É realmente hora de dizer adeus
"Para mim, você foi meu amor uma vez. Meu coração que está preenchido com antipatia se torna vazio mesmo com a brisa passageira, o preço que eu terei de pagar vem até mim." - Tear
Eu fiquei maravilhado com a história que a Hyun tinha me contado, "o conto da flor de Esmeraldo" é realmente uma história muito bonita e assim como ela, eu também me identificava.
Depois de me contar o motivo de se identificar com a flor, Hyun saiu as pressas para seu quarto, fui atrás mas assim que cheguei à porta, ouvi ela chorando. Não deveria ter perguntando, só de ouvir a história da pra se deduzir, mas depois disso me senti mal, se ela ainda ama essa pessoa como vai deixar de ama-la pra me amar? Será que eu deveria insistir nessa ideia ou deveria desistir e apenas ficar ao lado dela como amigo?
Comentei isso com Namjoon, ele disse que pode acontecer dela me amar a ponto de esquecer essa pessoa, eu só tinha que demonstrar totalmente meus sentimentos.
Eu conseguia conversar com ele sobre isso porque toda vez que ele ligava Hyun nunca estava por perto e quando estava ela saia, não entendia porque disso mas nunca perguntei. Ele me disse para fazer coisas pequenas para ela, detalhes que façam a diferença, eu já sou bastante atencioso com as pessoas que me importo então ele disse que não seria difícil.
Passei a acorda-la cedo, preparo o café da manhã, cuido para que não fique resfriada o que é muito fácil pra ela que anda de moto.
Naquela mesma noite eu fui até a janela pra fecha-la antes de ir me deitar, quando vi novamente os vasinhos pequenos, peguei um e olhei de perto a planta.
- Sabe plantinha, vou te contar um segredo. Eu amo a Hyun, mas não posso contar pra ela, tenho medo. - Assim que disse, senti uma brisa beijar meu rosto, estranhei completamente, eu havia acabado de fechar a janela não tinha da onde vir aquele vento.- estou procurando formas de dizer, mas não encontro. Por favor florzinha, me ajude.
Poderia ser taxado de louco por pedir à uma flor que me ajudasse, não disse nada sobre pro Namjoon, ele seria o primeiro a me encher, e faria isso pro resto da minha vida.
-quebra de tempo-
Naquele dia, olhar pra Hyun estava sendo difícil pra mim, eu não estava mais suportando conter meus sentimentos. Decidimos fazer um passeio na praça, como fazíamos quando crianças, insisti para que ela aceitasse um sorvete, sabia que ela gostava, e depois de muita insistência ela aceitou.
Ela disse que esperaria em um banco próximo, enquanto eu aguardava o sorveteiro preparar o sorvete, ele demorava demais. Nesse meio tempo me lembrei de uma vez quando éramos mais novos, viemos até essa praça e compramos sorvete, Hyun estava eufórica, eu não sabia de onde tinha saído tanta animação. Assim que ela pegou seu sorvete o mesmo foi de encontro ao chão, meu coração ficou em pedaços ao ver sua expressão de tristeza, não tínhamos dinheiro para comprar outro e então tive a impressão de que ela fosse chorar então imediatamente ergui o meu sorvete e entreguei pra ela, sua reação foi tão gratificante, vê-la feliz acendeu uma chama em meu estomago. Eu sabia que sentia algo mais que amizade por ela, mas não sabia que era tão forte, e ao vê-la sorrir naquele momento foi incrível. Sorri ladino ao lembrar de tal coisa.
Fui tirado de meus devaneios quando o sorveteiro me chamou, paguei pelo doce e fui em direção a garota que me esperava. Ela estava em um de seus momentos avoados, me perguntei no que ela estava pensando naquela hora. Estendi o sorvete até a frente de seu rosto e assim fiquei por um tempo até que ela finalmente percebeu minha presença, e quando ela viu o doce em minha mão, seus olhos se acenderam como faróis na noite, senti novamente a chama em meu estomago queimar, eu não aguentaria esconder por muito mais tempo.
-Por favor, não deixe cair, aquele homem demora demais pra colocar três bolas de sorvete na casquinha. - A alertei, realmente não estava com paciência para esperar que aquele senhor preparasse outro sorvete.
Me sentei ao seu lado e olhei pra frente, precisava pensar em qualquer outra coisa que não fosse ela, eu não estava pronto ainda. Me arrisquei a olha-la, ela estava tão distraída com o sorvete que nem percebeu que seu cabelo estava totalmente em seu rosto e que poderia encostar no doce. Ergui a mão afastando os fios e os coloquei atrás de sua orelha, olhei pros seus olhos e pude ver meu reflexo neles, eles eram como ameixas redondas, minha parte favorita em seu rosto. Quando dei por mim, estava chegando mais perto, eu poderia beija-la ali mesmo, ela nem mesmo se afastou, não me atrevi a desviar meu olhos dos seus, eu estava indo com calma, como rosas quando florescem ou como flores de cerejeira quando esvoaçam, como aquele momento lindo.
Porém tudo se desfez como a neve tocando o chão quente, como um dente de leão sendo tocado pela mais simples brisa, tudo se desfez quando alguém chamara por meu nome. Nunca odiei tanto algo que fora me dado por minha mãe, pediria perdão por isso depois, não antes de descobrir quem me chamava, e quando vi não pude acreditar no que meu olhos estavam vendo, isso só podia ser brincadeira do destino. Ele e o universo estavam contra mim, o que era isso? Um complô?
-Jooniper?- Eu estava confuso, por que ela estava aqui? E por que estava me chamando tão escandalosamente? Me levantei rapidamente, não queria que ela ficasse ali, estragaria tudo o que eu tinha conseguido. Jooniper fora uma das pessoas que Namjoon jogara pra cima de mim, eu o xingaria tanto na próxima vez que conversasse com ele.
-Jinnie querido, o que faz aqui?- Disse alto se aproximando demais de mim, e então me abraçou, ouvi Hyun bufar e se levantar, mas Jooniper não abria uma brecha para que eu a seguisse e eu sabia bem disso.
- Jooniper, por favor me deixa em paz, não aconteceu nada entre a gente, pensei que Namjoon tivesse esclarecido para você...- Fui interrompido pelos lábios dela nos meus, aquilo me deixou em choque, não podia acreditar na audácia dela, rapidamente a afastei. - Você esta louca? O que pensa que está fazendo?
-Jin eu...- Não esperei por uma resposta, me virei e fui a procura de Hyun, mas não a via em lugar algum, tentei ligar pra ela mas só dava caixa postal, droga, isso não podia estar acontecendo. Não conseguindo ligar pra ela, liguei pro Namjoon, e antes mesmo que ele falasse algo, comecei a xinga-lo.
"Quanto mais o tempo passa, mais isso fica profundo. Estou entre seu passado e seu futuro, agora não me deixe, eu acredito, comece a correr. Você é meu batimento cardíaco sem fim."
-Quebra de tempo-
Por favor atende.
Eu já não sabia quantas vezes havia ligado, estava preocupado, fazia horas que ela tinha ido embora da praça e até agora não dera noticias, as ruas já estavam escurecendo eu precisava saber se ela estava bem.
-Alo. - Sua voz baixa me pegou no susto, ela finalmente havia atendido, meu coração deu um pulo em meu peito e um peso enorme saiu de minhas costas.
-Hyun, onde você esta? Eu fiquei preocupado com você, precisamos conversar...
-Eu estou com o Hoseok, esta tudo bem Seokjin.- Me chamar pelo nome foi realmente ruim, ela quase nunca me chamava assim, eu sabia que tinha algo muito errado e que eu estava encrencado.
-Lis por favor, venha pra casa.
-Tudo bem, estou indo.- E desligou, afastei o telefone e o encarei, me senti mal, com náuseas e vertigens, algo de muito ruim aconteceria naquela noite e eu não estava nem um pouco feliz com isso. Respirei fundo duas vezes desejando me acalmar, daria tudo certo, eu esclareceria tudo a ela assim que ela chegasse, não podia mais guardar isso. Agora, é a minha vez de ir atrás. Eu, definitivamente, alcançarei seus pensamentos.
Fui a cozinha beber agua e minha atenção foi chamada pelo vasinho de esmeraldo perto da janela, algo estava diferente, mas eu não sabia dizer o que. Mas foi ao me aproximar dele que eu percebi o que estava errado. Flores, pequenos brotinhos azuis no emaranhado de folhas, sorri com a visão, Hyun adoraria ver isso.
"eu estou com medo, eu sou patético, tenho tanto medo que você me abandone no final, eu ponho uma mascara novamente e vou te encontrar"
-quebra de tempo-
Estava tão absorto em meus pensamentos que não percebi quando ela chegou, olhava fixamente um ponto no chão, pensava mil e uma coisas diferentes, desde possíveis jeitos de dizer pra ela, a respostas que eu não gostaria de ouvir.
-Jin? Podemos conversar?
-Sim claro, mas por favor deixe-me dizer algo antes, é importante.
-O que eu tenho pra dizer também é.- Assenti e me sentei no sofá, ela optou por se manter em pé mas antes que ela dissesse algo eu a interrompi.
-Antes, quero que saiba que eu e Jooniper não temos nada Lis, me desculpe por aquilo.
-Okay, mas isso não é o que parece.- franzi o cenho, o que ela quis dizer com aquilo?- Jin você conversa com aquela mulher o tempo todo, "Joonie" isso, "Jonnie" aquilo.- Tive que conter o riso, não acredito que ela estava pensando nisso.
-Lis, Joonie é meu amigo de Seul, Kim Namjoon. Não há nada, absolutamente nada entre eu e ela, lembra que eu disse que tinha tido casos em Seul? Ela foi um deles, mas como ela mesmo demonstrou mais cedo, ela é muito desagradável.
-Jin por favor, não invente coisas. Eu vi quando vocês se beijaram.
-O que? Não Lis...
-Vai continuar mentindo?- Ela começou a gritar, eu estava assustado, por que ela estava agindo assim?
-Por que você esta fazendo isso? Não deveria se importar tanto com isso...
-Porque você esta mentindo pra mim.- Seus olhos estavam marejados, eu queria poder abraça-la e conforta-la naquele momento, não suportava ver ela assim.- E porque eu te amo, e eu não queria isso. Porque eu te odeio. Desde que você partiu, não houve um dia em que eu tenha te esquecido.
Aquelas palavras me acertaram em cheio, eu não conseguia reagir. Como assim ela me ama? Não, isso não faz sentido, não tem como isso ser verdade. Não havia percebido quando um sorriso invadiu meu rosto, mas quando olhei pra Hyun, ela me olhava incrédula parecia ter nojo do que estava vendo, tentei alcança-la mas ela se afastou e saiu do apartamento me deixando sozinho com meus próprios pensamentos.
Levei tanto tempo pra digerir aquelas informações que nem percebi que estava parado como um idiota na frente da porta. Hyun me amava? Então era por minha causa que ela gostava tanto de Esmeraldos, e por minha causa ela chorou aquela noite.
Suspirei derrotado ao imaginar quantas noites mais ela chorou sozinha.
E então corri, queria alcança-la antes que ela saísse, talvez fosse tarde de mais, o elevador ainda estava descendo, me arrisquei a ir até o estacionamento, imaginei que ela pegaria sua moto. Fui pelas escadas, nunca corri tanto na minha vida, mas ao chegar lá já era tarde de mais, só tive tempo de ver sua moto passando rápido por mim.
"Adeus para mim, é como uma lágrima que escorre sem que saibamos, ela floresce em meus olhos. As palavras que eu não tive a coragem de dizer fluem, e o arrependimento aparece em meu rosto"
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