Passo 2: SUCESSO!
Com um rápido movimento a chave é girada e os professores de canto e literatura abaixam-se para gatinharem para longe sem serem notados. Conseguem ouvir a voz dos dois adolescentes e as batidas na porta.
Ignoram-nos e continuam a gatinhar até virarem a esquina.
— Achas que estamos a ir longe demais? Não sei até que ponto trancar dois alunos numa sala é correto. Isto não vai colocar o nosso emprego em risco, vai? — Namjoon pergunta ao seu colega ao sentar-se no chão com as costas apoiadas na parede.
— Também não é como se fossemos deixá-los lá trancados a noite toda... — Seokjin dá de ombros e junta-se ao professor de literatura. Ambos sorriem, concordando um com o outro, Jungkook e Yiyhun não vão morrer por ficarem duas horas trancados juntos e o emprego deles não vai sofrer consequências se ninguém descobrir o que eles andam a fazer.
「₪」
Já faz três semanas desde que os professores deram início ao seu projeto, e por isso também faz três semanas desde que começaram a implicar com os mais novos. Todavia, nenhuma das suas tentativas anteriores parecia estar a dar certo.
Desta vez, Jimin decidiu que iriam aplicar uma estratégia mais radical.
Depois de Min Yoongi colocar uma carta nos cacifos deles para que "à hora H se encontrassem no sítio X", Seokjin e Namjoon iriam trancá-los numa sala e duas horas depois iriam destrancá-los. Queriam saber o que aconteceria se os dois rivais ficassem todo este tempo juntos, sem ninguém por perto.
Cansado de bater na porta e chamar por alguém, Jungkook senta-se numa das mesas da sala. Ele revira os olhos ao ver que Yiyhun não desiste e permanece de pé, a bater na madeira.
— Hey! Não tem piada! Abram esta porra! — Ela defere um murro mais forte na porta, e quando se prepara para chutá-la também, Jungkook impede-a. Ele agarra-lhe o pulso e obriga-a a encará-lo, está tão sério quanto de todas as outras vezes que teve de fitar a Choi. Sem trocar uma única palavra ergue a mão dela para examinar os nódulos das suas mãos, estão um pouco vermelhos por causa do impacto com a superfície rija.
— Se continuares assim vais magoar-te, além disso, qual é o teu objetivo? Partir a porta? Vais pagar pelos estragos? — Volta a fixar as suas orbes nas dela. Ambos têm uma faísca ameaçadora no olhar, que apenas surge quando estão diante um do outro. Jungkook bufa. — Senta-te e fica quieta, já não consigo ouvir a tua voz irritante.
— E desde quando te importas com o que faço?
— Não me importo. — Para reforçar a sua ideia, também nega com a cabeça.
— Acabaste de o fazer.
— Não fiz nada.
— Fizeste sim! — Aponta-lhe para a cara com o indicador e tomba a cabeça para o lado.
— Tanto faz... — Dá de ombros e solta-a para se afastar e voltar a sentar-se na mesa. Cruza os braços e mantém o seu olhar em Yiyhun que, com um sorriso vitorioso, dá meia volta e retorna para perto da porta. A Choi volta a acertar um soco na porta, que range com o impacto. Jungkook suspira e desvia o olhar tentando ignorá-la, Yiyhun continua a chamar por ajuda ou alguém que a consiga tirar da sala.
É como se ela se sentisse em perigo perto dele, também não lhe agrada ter de ficar nesta situação, mas a forma de como a Choi aparenta estar desesperada para sair de perto de si incomoda-o. Por mais que ele não goste dela, Jungkook nunca lhe faria mal de propósito, e talvez nesse requisito, Yiyhun tenha sorte por ser menina.
Com um resmungo irritado, ele levanta-se e volta agarrá-la.
— Para! Não tens cérebro!? — Exclama-lhe na cara, fazendo Yiyhun arregalar os seus olhos.
Com gestos brutos, ele arrasta-a para longe da porta e obriga-a a sentar-se numa cadeira. A sua respiração é pesada e a irritação é evidente na sua face, ele acaricia os nódulos de Yiyhun e ela revira os olhos.
— Estás a fazê-lo de novo... Não me digas que finalmente não consegues esconder que gostas de mim. — Yiyhun ergue as sobrancelhas e bate as pestanas, espera uma resposta.
— Não testes a minha paciência. — Solta-lhe as mãos e senta-se na cadeira da mesa da frente em que a sentou. Se ela tentar voltar para perto da porta, irá impedi-la. — Trouxeste o telemóvel?
— Não, deixei-o no quarto. — Dá de ombros, não dando importância à questão.
— Acho que nunca conheci alguém tão burra quanto tu, e se te tentassem magoar?
— Eu não sou assim tão indefesa Jungkook, e és capaz de parar de agir como se isso te importasse? Ou vais mesmo confessar que estás apaixonado por mim aqui? — Revira os olhos e provoca-o com um cutucar no braço. Com um movimento brusco, Jungkook impede-a de lhe voltar a tocar. — E tu? Também não trouxeste o telemóvel? Podias ligar para aquele amigo teu vir cá impedir-nos de cometer um homicídio.
— O Beomgyu está a dormir agora e deixei o telemóvel a carregar no quarto. De qualquer das formas, porque é que estás aqui a estas horas?
— Deixaram-me um bilhete, dizia que tinham algo para me dizer e para vir ter aqui. E pelo o que vejo, foste tu. — Olha para Jungkook à espera que ele se explique.
— Não fui eu, só vim porque também me deixaram um bilhete. O meu dizia que precisavam da minha ajuda para algo. — Especifica.
Suspiram ao mesmo tempo.
— Quem quer que tenha sido, não deve demorar a voltar, felizmente não cometerei um homicídio hoje. — Agora, só têm de esperar que alguém os tire da sala.
「₪」
Namjoon e Seokjin adormeceram no corredor. Esqueceram-se de destrancar os dois alunos, que foram obrigados a dormir na sala—juntos.
No entanto, quando abriram a porta, bastante preocupados, os dois professores não conseguiram evitar sorrir triunfantes. Jungkook e Yiyhun permaneceram nas cadeiras em que se sentaram inicialmente, ela deitou-se sobre a mesa diante de si e ele deitou a cabeça ao lado dela. Têm as caras de frente uma para a outra, e como ponto bónus, Yiyhun tem os ombros cobertos pelo casaco do Jeon.
Passo 2, concluído com sucesso!
•••
—934 PALAVRAS—
Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro