Capítulo 7 - Promise me this; That you'll stand by me forever
Missouri, EUA
December 2006
Com a viagem de seus pais — junto de seu irmão caçula, Austin — Taylor tivera a casa inteira só para si.
Sua ideia de "paz", era aproveitar todo seu final de semana comendo porcarias, maratonando séries e filmes que seus pais repudiavam e achavam "impróprios" para uma garota de dezesseis anos.
Não. Em outra fase de sua vida, jamais teria feito isso. Ela passaria o final de semana inteiro apenas com a cara enfiada nos livros e aprimorando seu conhecimento sobre absolutamente tudo. E talvez, parte dela aínda apreciasse esse lado, afinal, ela realmente queria ir para Harvard. Não era um sonho só de seus pais, era seu também.
Mas, vejamos bem, Travis mudara um pouco de seus pensamentos. Ele lhe mostrara que a vida era mais do que apenas estudar. E que ela não precisava sempre agradar os pais — embora ela ainda achasse que sim, isso era essencial, se quisesse a aprovação deles. E, acreditem, ela quer.
Aconteceu sem que ela imaginasse. Aqueles dias em que fizera o trabalho de filosofia com ele, e, escondera de seus pais sua suspensão – comprando também, o silêncio de seu irmão com lanches e fazendo o dever do mesmo – foram os dias mais loucos de sua vida.
Houveram brigas, sim. Mas, por incrível que pareça, os dois se entenderam muito. Ele era adorável, e, claro, a família dele era o próprio significado da palavra amor e simplicidade. Taylor ficou maravilhada e simplesmente encantada com eles.
— Não acredito. Trav já te meteu em uma confusão, querida?
Foi a pergunta de Donna, assim que ambos passaram pela porta de entrada da casa do garoto.
— Eu realmente sinto muito. Meu filho não tem jeito mesmo! — a mulher disse, dando um tapinha na cabeça de Travis, que rira sem jeito.
— Mãe, essa é Taylor. Nós... pegamos suspensão e temos um trabalho para fazer juntos.
— Seja bem-vinda, querida. — Donna a abraçou fortemente, sem que a loira esperasse.
Taylor fez uma expressão confusa, mantendo suas mãos longe da mais velha. – Não que ela desconhecesse esse tipo de afeto em sua família. Mas vejamos; essa mulher aínda era uma desconhecida.
— Oh! É... obrigada, senhora Kelce. — a garota respondeu, finalmente retribuindo o abraço, após um franzir de testa.
— Que isso! Pode me chamar de Donna, apenas. — soltou-a, admirando-lhe. — Vou pegar algo para vocês comerem!
A mais velha dirigiu-se à cozinha, estranhamente animada para alguém que acabara de saber que o filho havia sido suspenso – Se fosse sua mãe, Taylor estaria de castigo até a faculdade.
— Vem, vamos fazer esse trabalho no meu quarto. — Kelce anunciou, seguindo corredor adentro.
A jovem manteve-se parada. Aínda na entrada. Tudo bem, ela sabia que tinha que se mover. E sabia que tinham um trabalho para fazer, mas... no quarto dele?
Não. Isso não estava certo. Seus pais não aprovariam.
Foi questão de segundos até vê-lo voltar.
— Loira? — Travis chamou. — Você pode me seguir, okay?
— Nós podemos fazer o trabalho na sala de estar?
O garoto piscou algumas vezes, antes de esboçar um sorriso meio arrogante, e então, rir.
— Ah, na sala? — pôs as mãos na cintura, apontando para o cômodo. — Está com medo de entrar no meu quarto? Não se preocupe, loirinha, eu não mordo.
O rosto dela corou imediatamente, e ela baixou a cabeça, sentindo-se um pouco boba. Mas quem pode culpá-la? Mesmo que seus pais não estejam ali, parece que, eles constantemente a estão vigiando.
— Não é medo. — Taylor rebateu, tentando soar firme, embora sua voz tenha saído um pouco hesitante. — Só acho que seria mais apropriado.
Travis arqueou uma sobrancelha, cruzando os braços enquanto inclinava levemente a cabeça para o lado, como se estivesse tentando decifrá-la.
— Apropriado? — repetiu, como se a palavra fosse algo totalmente estranho para ele. — Taylor, estamos falando de um trabalho de filosofia, não de... sei lá, um jantar à luz de velas.
Ela sentiu suas bochechas queimarem ainda mais. Ele tinha uma habilidade impressionante de deixá-la desconcertada.
Levantou o rosto, e encarou-o. Travis não é feio, ela sabe disso. Os dois são apenas... de mundos completamente diferentes. E ainda tem essa arrogância dele. Sem contar que, se ela estava ali, a culpa era inteiramente dele.
O garoto continuou parado, com a mochila nas costas, a testa franzida e apontando para o corredor que guiava à seu quarto. O boné que ele usava, apenas adicionava um charme a mais, principalmente com o uniforme da escola.
— Certo. — disse finalmente, ajustando a alça de sua mochila no ombro. — Vamos logo com isso.
Travis abriu um sorriso satisfeito e fez um gesto para que ela o seguisse. O quarto dele era exatamente o que ela imaginava: paredes decoradas com pôsteres de bandas e times de futebol americano, uma pilha de roupas largadas sobre uma cadeira no canto e uma cama que parecia nunca ter visto um lençol esticado. Apesar de tudo, o ambiente tinha algo acolhedor, talvez pelo cheiro de desodorante misturado ao aroma de madeira do velho piso.
— Pode sentar aí. — ele indicou a cama, enquanto puxava uma cadeira giratória para si.
Taylor hesitou, mas acabou se sentando na beirada da cama, segurando a mochila no colo como se fosse um escudo.
— Você sempre deixa seu quarto assim? — perguntou, olhando ao redor.
Travis deu de ombros, folheando um caderno com anotações desorganizadas.
— Não tá tão ruim. Minha mãe limpa às vezes, quando cansa de reclamar.
Ela revirou os olhos, mas não pôde evitar um pequeno sorriso.
— Vamos começar? — ela sugeriu, tentando manter o foco.
— Claro. — ele puxou o caderno para mais perto, jogando uma caneta na direção dela.
O trabalho começou com dificuldade. Travis parecia mais interessado em fazer piadas e provocar Taylor do que em escrever qualquer coisa. Ela, por outro lado, estava decidida a terminar o quanto antes, mas não conseguia ignorar o fato de que ele era incrivelmente charmoso, mesmo quando a irritava.
— Então, loirinha, me explica de novo essa parte do “estado de natureza”. — perguntou, inclinando-se na cadeira e olhando para ela com um sorriso preguiçoso.
— Você deveria prestar mais atenção. — respondeu, tentando soar firme, mas sua voz entregava sua irritação crescente.
— Eu tô prestando atenção. — ele garantiu, erguendo as mãos em defesa. — Só gosto de ouvir você explicar.
Taylor bufou, mas deu um sorriso de canto que, pensou que ele não havia notado – engano seu. Ele reparava em tudo.
Era impossível não perceber o tom provocativo em sua voz, mas, ao mesmo tempo, havia algo genuíno no jeito como ele olhava para ela.
— Hobbes acredita que, sem um governo, as pessoas viveriam em um estado constante de guerra, cada uma contra a outra. — explicou, tentando ignorar o olhar dele.
— Interessante. — ele murmurou, apoiando o queixo na mão enquanto a observava.
— Você não está prestando atenção de novo, está?
— Tô, sim! Juro. — Travis levantou a mão como se estivesse prometendo algo solene. — Só acho que você devia ser professora. Você tem jeito pra isso.
Taylor tentou se manter sérias, mas acabou rindo do comentário. Seus olhos se encontraram, e, ele riu junto.
Aquilo aqueceu o coração dela de uma maneira inesperada, até ela voltar a si. – Só estavam ali por culpa dele.
— Vamos continuar.
Àquele dia ficou marcado nela como o inicio de tudo.
A casa dos Kelce virou seu refúgio, e, para ser honesta, a ideia de Travis sobre ela nunca contar para os pais que fora suspensa, deu mais do que certo.
Hoje, no entanto, era a primeira vez que, ela finalmente tinha conseguido ganhar a confiança de seus pais para não precisar ir viajar com eles. A casa toda só para si, sem adultos supervisionando, e sem o peso de "ser a garota perfeita".
Travis, no entanto, acabou com seus planos de maratonar séries e comer porcarias. Ele decidiu ir fazer-lhe uma visita – algo que, se ela fosse confessar, havia adorado.
Os dois comeram pizza, conversaram, riram, se beijaram ... e por um momento, ela se sentiu leve.
Esse era o garoto que ela amava, e, com quem sonhava se casar um dia. Talvez essa fosse uma ideia precipitada para apenas um mês de namoro. Mas era assim que ela se sentia.
E Taylor tinha certeza de que ele se sentia da mesma forma.
Sendo assim, quem poderia impedi-los? Ela acreditava que, nem mesmo seus pais. – Mesmo que eles aínda não soubessem de nada.
— Isso foi... — ele deitou-se ao lado dela, na cama, completamente ofegante, após jogar o preservativo no lixo do banheiro dela.
— Insano. — a garota completou, cobrindo-se com o lençol.
Travis se cobriu também, e pôs as mãos atrás da cabeça, sobre o travesseiro. E então, sorriu como um bobo.
Um silêncio pairou entre eles, enquanto olhavam para o teto. Pode ser que fosse um pouco de timidez. Era a primeira vez que ambos se encontravam nessa situação, e, embora tivesse sido uma experiência unica e prazerosa, eles eram apenas adolescentes.
— Você está bem? — o castanho questionou, virando o rosto para vê-la. — Eu não te machuquei, né?
Taylor desviou o olhar para ele, sentindo suas bochechas esquentarem. Era um misto de constrangimento e conforto, como se ele soubesse exatamente o que dizer para aliviar qualquer tensão.
— Não, você não me machucou. — respondeu baixinho, olhou-o de soslaio. — Foi... foi bom.
Travis sorriu de lado, visivelmente aliviado, e passou a mão pelos cabelos bagunçados, suspirando.
— Só... bom? — indagou, arqueando uma sobrancelha. — Eu ia dizer que foi incrível. Agora vou parecer um emocionado.
Isso a fez rir.
— Foi perfeito. — corrigiu-se.
— Bom saber. Porque, olha, eu estava nervoso pra caramba. — confessou, rindo de leve.
Ela se virou para ele, encontrando aquele par de olhos verdes, e franzindo a testa em surpresa.
— Nervoso? Você?
— Claro que sim. — ele deu de ombros, como se fosse óbvio. — Eu não queria estragar nada. Você é especial pra mim, minha loirinha.
O coração dela disparou, e um sorriso tímido surgiu em seu rosto. Ele sempre tinha uma maneira de desarmá-la com palavras simples, mas carregadas de sinceridade.
— Você também é especial pra mim. — murmurou, sentindo uma onda de coragem a invadir.
Travis se inclinou e beijou sua testa, um gesto carinhoso que fez com que ela se sentisse ainda mais segura. Eles ficaram em silêncio por alguns minutos, apenas ouvindo a respiração um do outro, até que ele quebrou o momento com seu típico tom descontraído.
— Sabe, isso foi melhor do que qualquer trabalho de filosofia. — brincou, arrancando uma risada dela.
— Não consigo acreditar que você ainda tá pensando em filosofia. — Taylor zombou, empurrando-o de leve.
— Hey, só estou dizendo. Hobbes deveria ter colocado algo sobre isso no "estado de natureza". — ele riu, virando-se de lado para encará-la.
— Você é impossível, Travis Kelce. — ela disse, balançando a cabeça, mas não conseguiu evitar o sorriso que crescia em seus lábios.
— E você me adora assim. — ele respondeu, confiante.
Taylor não negou. Em vez disso, aproximou-se dele, apoiando a cabeça em seu ombro. Era um momento simples, mas carregado de significado para ambos. Ela sabia que o que tinham era especial, mesmo que ainda estivessem descobrindo como lidar com tantas emoções novas.
— Eu adoro. — levantou a cabeça, e lhe deu um selinho nos lábios. Ele lhe deu um sorriso bobo, antes dela voltar a deitar no peito dele, e dizer: — Na verdade, eu te amo.
Travis sentiu seus olhos encherem de lágrimas. Era um amor genuíno, de dois jovens que estavam arrecem aprendendo sobre a vida, algo que ele nunca pensou que encontraria tão cedo na vida.
O garoto engoliu em seco, tentando não parecer tão vulnerável naquele momento, mas falhou miseravelmente. Abraçando-a com mais firmeza, ele depositou outro beijo em sua testa.
— Eu também te amo, minha loira. — respondeu, acariciando suas costas desnudas. — Mais do que pensei ser possível.
Taylor sentiu o calor subir pelo peito ao ouvir aquelas palavras. Ela sabia que ele era diferente. Travis não era apenas o garoto popular da escola com um sorriso encantador. Ele era alguém que a fazia sentir-se viva, como se o mundo pudesse esperar enquanto eles viviam aquele momento.
Eles permaneceram ali, abraçados, enquanto a noite avançava, conversando sobre coisas bobas e sonhos que ainda não tinham coragem de contar a mais ninguém. Cada risada, cada olhar e cada toque apenas fortalecia a conexão entre eles.
Era como se, pela primeira vez, Taylor pudesse ser ela mesma sem medo de julgamentos, sem a necessidade de corresponder às expectativas de todos. Com Travis, ela era apenas Taylor. E isso era mais do que suficiente.
— Trav? — Taylor chamou, praticamente em um sussurro, enquanto brincava com os pelos no peito dele.
— Hum? — fez um cafuné nos cabelos dela – ondulados, pelo suor que aínda os dominava.
— O que você faria se meus pais tentassem impedir nosso namoro?
O garoto fez uma pequena pausa. A mão pousou sobre a cabeça dela, enquanto ele levantava levemente a cabeça, apenas para vê-la aínda perdida em seus próprios pensamentos.
— O que eu faria? — pousou sobre o travesseiro novamente, e desceu a mão até a cintura dela, trazendo-a para mais perto de si. — Eu acho que na hora, nada. — deu de ombros. — Mas, princesa, eu poderia te esperar uma vida inteira. Sei que a nossa conexão não é comum. E se eu não pudesse tê-la agora, eu esperaria.
— Você não esperaria nada. — riu e ele sentiu seu peito vibrar. Ela deixou um beijo no peitoral dele. — Aposto que encontraria alguma garota mais bonita e com uma família menos complicada do que a minha.
— Ei, não fala isso. — Travis a repreendeu suavemente, segurando o rosto dela com as mãos grandes e calorosas, para faze-la o encarar. — Não tem ninguém nesse mundo que possa me fazer sentir o que você me faz sentir, Tay.
Os olhos dela brilharam ao ouvir aquelas palavras. Havia tanta sinceridade no olhar dele que era impossível duvidar.
— É sério. — ele continuou, com um sorriso sincero no rosto. — Eu não trocaria você nem por todas as cheerleaders da escola juntas.
Taylor riu baixinho, mas seus olhos ainda estavam fixos nos dele. – De vez enquanto, lançando o famoso olhar triangular.
— Você é tão bobo.
— E você gosta disso. — rebateu, beijando-a novamente, dessa vez mais lento e carinhoso.
O beijo parecia selar tudo o que eles sentiam um pelo outro, e por um momento, o mundo lá fora deixou de existir. Travis afastou-se apenas o suficiente para olhar para ela novamente.
— Eu não vou a lugar nenhum, loirinha. — prometeu, seu tom mais sério agora. — E se seus pais não aprovarem, a gente vai encontrar um jeito. Mas não vou desistir de você.
Taylor sentiu seu coração aquecer ainda mais. Ela sabia que as coisas poderiam ser complicadas, mas com Travis ao seu lado, sentia que poderia enfrentar qualquer coisa.
A garota o queria, e faria o impossivel para mostrar aos seus pais o quanto o ama.
— Você é incrível, sabia? — disse acariciando o rosto dele com delicadeza.
— Eu sei. — ele brincou, fazendo-a rir. — Mas sou ainda melhor com você por perto.
Travis ajeitou-a para que ela subisse em cima dele, encaixando-os em um abraço sem maldade – embora estivessem nus, e seu corpo reacendesse com ela por perto.
Taylor deitou a cabeça em seu ombro, e, com suas unhas, fez um carinho lento em sua barba rala, depositando um beijo em sua clavicula, que o fez arrepiar-se.
E foi aí que ela percebeu; Era ali que queria estar, não importava o que viesse pela frente.
— Você me promete que ficará ao meu lado para sempre? — a loira perguntou em um sussurro.
— Sempre. — enrolou seus braços ao redor de sua cintura. — Vamos nos casar, ter filhos, e dizer a eles que nos amamos desde a adolescência. Isso não seria incrível?
— Seria. — sorriu, deslizando suas unhas sobre a barba dele com mais lentidão. — Mas e se... Sei lá, o destino intervir no nosso amor?
Travis soltou um suspiro profundo, como se estivesse considerando aquela possibilidade. Mas em vez de responder com palavras imediatamente, ele segurou o queixo de Taylor com delicadeza, fazendo-a encará-lo diretamente. Seus olhos verdes brilhavam com determinação.
— Taylor, ouve bem o que eu vou te dizer. — pediu, sua voz baixa, mas firme. — O destino não tem força contra o que a gente tem. Pode jogar o que quiser no nosso caminho, eu vou lutar por você, por nós.
Ela sentiu os olhos marejarem, tocada pela intensidade com que ele falava. Travis sempre tinha uma forma de fazê-la sentir como se fosse a pessoa mais importante do mundo.
— Mas... e se for algo que não podemos controlar? — insistiu, mordendo levemente o lábio, um hábito nervoso que ele achou adorável.
— Então a gente dá um jeito. — ele respondeu com um sorriso confiante. — Porque o amor que eu sinto por você, loirinha, é maior do que qualquer coisa que o universo possa inventar.
Taylor não conseguiu evitar o sorriso que surgiu em seus lábios, mesmo enquanto uma lágrima escorria. Ela sentiu o peito aquecer com a certeza de que ele realmente acreditava naquilo.
— Eu acho que você é mais otimista do que deveria ser. — brincou, secando o rosto com a mão.
— E você me equilibra, então tá tudo certo. — retrucou, passando o polegar suavemente pelo rosto dela. — E mesmo se o destino tentar nos separar, eu sempre vou dar um jeito de te encontrar, Taylor. Eu prometo.
Ela inclinou-se para beijá-lo novamente, sentindo-se preenchida por uma mistura de esperança e gratidão. Não importava o que o futuro trouxesse; naquele momento, Travis era seu porto seguro, e isso era tudo o que ela precisava.
— Eu te amo, Trav. — sussurrou contra os lábios dele.
— Eu te amo mais, Tay. — ele respondeu, apertando sua cintura, fazendo o corpo dela aquecer em uma onda de timidez que já nao deveria existir, dado a situação que se encontravam.
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