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˖࣪ ❛ O AMOR CURA
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NICOLE USOU O pano para limpar o banco em frente à loja Toretto.
Leon veio até lá para dar uma boa olhada. — Nada dói mais do que ver essas duas datas.
As datas de Vince e Jesse no banco recém-colocado. Eva manteve sua promessa e garantiu que fosse feito com perfeição. Foi triste colocar uma nova lápide e ela passou a maior parte do dia chorando. Jesse foi embora tão rápido durante um momento agitado, a família não teve muito tempo para lamentar ou mesmo dar a ele um enterro adequado. Então, dessa vez, eles fizeram. Embora tenha doído muito, Nicole sentiu uma espécie de peso desaparecer de saber e esperar que ele estivesse em paz. Ela esperava que seus dois tios encontrassem.
— Sinto muita falta da época em que eu era apenas uma criança e andava por aí com vocês.
Leon sorri. — Agora você tem seu próprio mini você perambulando por aí. — isso fez Nicole sorrir um pouco para si mesma, aquele olhar abaixando para o banco. — Você sabe que eles ficariam orgulhosos, certo?" — Nicole olha para ele. — Eu posso dizer isso, porque eu sou um dos tios orgulhosos que conheciam bem aqueles dois idiotas.
— Você tem que voltar logo?
— É, peguei a casa da família. Falei para Mia que tenho que trazê-los para cá no mês que vem quando formos visitá-la. Dar a você uma chance de conhecer seus primos.
— Eu adoraria isso. — Nicole ri. — Posso finalmente contar à sua esposa as velhas cantadas que você usava? Ou como eu era a criança-asa.
Leon aponta. — Agora, espere um minuto...
— Agora que tenho idade suficiente para saber o que é uma dançarina exótica. — Nicole olha para ele. — Eu só queria dizer. Minha mãe deveria ter batido mais forte em você por isso.
— Eu não discordo.
Uma risada entre os dois enquanto ele a puxava para um abraço.
Nicole se agarrou a ele e teve que lutar contra as lágrimas que queriam cair. Leon e seus tios eram uma grande parte de sua vida que ela sempre quis lembrar e manter perto de seu coração.
— Tio Leon!
Ouvir a vozinha fez com que ambos se afastassem.
Vestindo sua camiseta vermelha e calças cáqui, os cachos balançavam junto com ele enquanto ele corria.
— Ei! — Leon o pega num abraço. — Pequeno B. — o sorriso no rostinho o fez rir. — Só a imagem da sua mãe, sabia?
— Atitude, é o que o papa Dom diz.
Leon ri.
Nicole enfiou a língua na bochecha. — Lembre-me de agradecer ao seu avô incrível por essa frase quando passarmos por lá mais tarde.
— Você vai nos deixar agora? — pergunta o pequeno Brian.
— Sim, voltarei mais tarde neste ano para ver vocês. Então vocês podem conhecer o resto da família, ok?
— Hum!
Leon o coloca no chão e se abaixa para ficar na altura dele. — Preciso que você me faça um favor enquanto estou fora?
— O que é isso?
— Cuide da sua mamãe. — Leon acena para ela. — Ela foi criada por mulheres fortes, mas às vezes esquece que precisa de ajuda.
— Eu posso ajudá-la!
Nicole sorri para ele, com a mão apoiada em seu cabelo, fazendo-o olhar para ela.
Leon os observou. — É, você vai. — o pequeno Brian olha para ele. — Dê mais um abraço no seu tio antes que eu vá embora no pôr do sol. — uma risadinha do pequeno Brian que o abraça. — Que bom que pude conhecê-lo.
— Você também!
Leon se levanta. — Vejo você em breve, mamãe Toretto.
— Vejo você em breve. — Nicole segura os braços.
Leon entrou no carro e acenou novamente antes de sair em alta velocidade, fazendo-a suspirar.
— Todo mundo acelera?
— Ah. — Nicole ia negar, mas se viu suspirando. — É. Mas fazemos isso com segurança. — sua cabeça se inclina. — Explico quando for mais velho.
O pequeno Brian foi até o banco. — Mamãe, será que eu vou conhecê-los?
O sorriso triste de Nicole falava do quanto ela desejava que isso acontecesse um dia.
— Esses dois não, mas posso te dizer que eles adorariam ter conhecido você.
— Realmente?
— É. — Nicole estende a mão. — Vamos ver seus avós.
— Ok!
Segurando firme a mão dela, eles caminharam até o plymouth estacionado não muito longe. Nicole se viu olhando para o banco por cima do ombro.
Ela aprendeu a guardar as memórias e o amor, mas agora finalmente aprendeu a dizer adeus...
———
Abrindo a porta para ele, o pequeno Brian saltou do carro e correu pela entrada da garagem.
Letty sorri ao vê-lo correndo direto para ela, pegando-o em um abraço. Uma risada enquanto ela o segurava, beijando sua bochecha.
Nicole demorou a subir a entrada da garagem, com as chaves na mão.
Aquele tanque branco mostrando o pulso dela sendo enfaixado dos cortes. Os médicos removeram os do estômago dela e disseram que ela estava indo bem em relação à cura, e que o resto levaria tempo.
— Ei. — Ramsey abraça o pequeno Brian quando Letty o coloca no chão.
— Tia Ramsey, olha! — ele mostrou a ela seu jogo de bolso.
— Oooh, quem te deu isso?
— Tio Han. Chegou ontem.
Roman olha duas vezes. — Então, Han está tentando me superar de novo?
Tej balança a cabeça casualmente. — Você perde isso quando fala, não é difícil.
— Não comece. — Ramsey o avisa.
— Só estou dizendo, Han lá fora, ele não tem coisas melhores para fazer em Tóquio. — Roman olhou para eles. — Nicole. Explique isso.
— Que parte disso você gostaria que eu explicasse? — Nicole franze as sobrancelhas.
— Não seja atrevida. — Roman aponta para a sobrancelha dela se erguendo divertidamente. — Agora, B, o que você quer de Natal?
— Um carro!
Roman assente e olha para trás. — Tej.
— Não, você queria ser o tio favorito, lembra? — Tej sorri, dando tapinhas em suas costas. — Agora seja o tio favorito e pergunte a ele que tipo.
— A mãe dele tinha um gosto muito vintage e caro para isso.
— Ela ouviu você. — Nicole inclina a cabeça.
— Pare de mimá-lo. — Roman aponta. — Ele precisa começar com bicicletas.
— Para mim, ele é. — Nicole concorda. — É por isso que sei como fazer perguntas específicas a ele, porque sei que se eu fizer o que você acabou de fazer, isso nos levará até aqui. — Roman estava sem palavras. — É melhor você manter sua palavra com meu filho ou eu vou atrás de você, Roman.
— Mas... — Roman vê sua sobrancelha levantada e para. — Aniversário de dezesseis anos? — Nicole concorda lentamente. — Eu posso fazer isso. Eu posso fazer isso.
— Quer mostrar ao tio Tej o seu jogo que o Han te pegou? — Nicole pergunta a ele. — Você ficou falando sobre isso o dia todo.
— Tej nem sabe dirigir um carrinho de brinquedo. O que ele vai fazer em um jogo?
Um olhar de Tej, seu olhar suavizou de volta para ele. — Vamos, B.
O pequeno Brian segurou a mão dele enquanto eles se afastavam, mas Roman recebeu um empurrãozinho casual para sair do caminho.
— Ah, assim?! — Roman pergunta. — Ele vai me ligar quando quiser baterias. Você não.
Letty, de braços cruzados, observava-os divertida.
Nicole ri. — Você viu o papai?
— Na garagem, Brian foi dar uma olhada nele.
— Ele está bem?
— É. — Letty olha para a garagem. — Ele só está sozinho desde o culto desta manhã para Jesse. Você sabe como ele se sente responsável por Jess e Vince.
— Eu sei.
Ela se dirige à garagem no momento em que um rosto amigável surge.
— Lá está ela. — Brian sorri, Nicole acolheu o abraço que ele a puxou para dentro. — Pensei que você voltaria um pouco mais tarde?
— Uma voz irritante disse que precisávamos voltar mais cedo.
— Intuição de filha?
— Não, meu filho no banco de trás.
Brian ri enquanto sai, dando tapinhas nas costas dela. — Ele está lá dentro.
Nicole se vira. — Brian.
— Sim? — Brian parou.
Nicole foi lhe contar algo, mas acabou fechando a boca e apenas balançando a cabeça.
— Nada.
Brian a observou, um pequeno sorriso em conhecimento. Ele caminhou de volta e lhe deu um abraço. Isso a fez fechar os olhos por um breve momento. Feliz em saber que ela ainda o tinha com ela e que ele ficou com eles todos esses anos.
Quando Dom não estava por perto para observá-la e persegui-la, Brian o fazia. Mesmo quando a adolescente o afastava, ele mantinha distância, mas nunca parava de observá-la.
Um homem que ela orava para nunca abandonar a vida dela ou de sua família.
Havia uma razão pela qual ela deu o nome dele ao pequeno Brian.
Brian se afastou. — Entre.
Nicole assente e o solta.
Um pequeno sorriso de quanto ele a conhecia. Não muitos ainda estavam aqui desde o começo, mas ela ainda tinha um.
Nicole foi até as portas e o viu encostado na lateral do seu Charger. Uma foto em sua mão e ela podia dizer pelo porta-retrato antigo que era uma foto que continha as duas coisas de que ele mais sentia falta. Sem usar seu colete de trabalho, ele decidiu combinar sua própria filha com uma regata preta e jeans.
— Sabe... — Nicole entrou, pegando um olhar surpreso de Dom por cima do ombro. — Eu sempre me perguntei quando eu entraria e veria seu carro em vez do do vovô Jack. Realmente parece o começo e o fim de uma era, hein?
Dom deu uma risadinha baixa e acenou com a cabeça para que ela se aproximasse.
Nicole largou as chaves enquanto passava, mas se viu olhando para a parede de memórias que ficava naquela garagem desde antes de ela nascer.
Encostada no carro ao lado dele, Nicole tirou a foto quando ele a entregou a ela.
— Nós tivemos alguns momentos loucos, hein? — ela sorri, um olhar para Dom. — Sabe, eles não gostariam que você se culpasse para sempre.
— Você é meu pai?
— Às vezes parece que eu meio que mereço esse direito.
Dom sorri um pouco e acena. — Você tem. — ele olhou para ela. — Como você está se segurando?
— Parece que você me jogou de um penhasco todas as manhãs.
— Era um penhasco.
— E três prédios. — lembra Nicole.
— Não tive escolha quanto a isso.
— Eu honestamente teria me arriscado com o mercenário britânico que agora chamo de meu tio Deckard.
A risada de Dom foi mais alta dessa vez. — Sério, Nicole. — isso a fez olhar para cima. — Como você está?
O sorriso de Nicole cai um pouco, mas os cantos de sua boca conseguiram se inclinar para cima. — Estou bem. — um olhar para suas mãos. — Não vou me curar física ou mentalmente depois de algumas semanas, mas me sinto um pouco melhor. Principalmente porque vocês não me fazem pensar muito sobre isso.
— É para isso que estamos aqui. — Dom a cutuca. — O amor tem seu jeito de curar também. — Nicole não pôde deixar de concordar. — Você nem conseguia falar quando nasceu, mas eu vi você curar pessoas.
— Quem?
— Eu e sua mãe para começar. — Dom diz fazendo-a sorrir. — Isso não é uma coisa fácil de fazer, mas você fez. Sem saber. Assim como eu vejo o pequeno Brian fazer o mesmo por você e Tyler.
— Não poderia ter pedido por um curandeiro melhor. — Nicole entregou a foto a ele. — A propósito, Eva cumpriu todas as suas promessas.
— Sim? — ele guarda.
— É, eu devolvi os carros para ela ontem. — Nicole suspira, dando a volta no carro. — Eles não são meus para ficar. Eu ficaria puta se alguém tentasse ficar com o carro do Jesse ou até mesmo o seu. Ela atrasou o acordo dela, então eu tive que atrasar o meu. — Dom olhou por cima do ombro com um sorriso orgulhoso. — Meu sono está piorando desde toda essa confusão.
— Isso é normal. — Dom concorda. — Vai levar um tempo para as coisas se acalmarem.
— Tente fazer isso com um garotinho pulando na sua barriga para comer Froot Loops às 7 da manhã.
— Essa é a mesma garota que ficava deitada sobre as costas do pai dormindo até ele acordar para ligar os desenhos animados. — Dom pergunta. — Quer comparar histórias?
— Não, estou bem. — Nicole retira o que disse.
Dom assente. — Estou mais do que disposto a...
— Não! — Nicole balança a cabeça.
Dom andou por aí para dar uma boa olhada no carro com ela.
— Já descobriu sobre Jace? — Dom pergunta.
— Eva disse que ele vai ficar bem. — Nicole sorri ao lembrar da conversa. — Ela acrescentou infelizmente no final de tudo isso.
Dom correspondeu ao sorriso dela com o seu. — Parece certo.
Os pensamentos de Nicole voltaram para a noite com ela e Jace.
— Você sabe que não posso deixar de saber que ele estava certo. — admite Nicole.
Dom olhou para ela. — Sobre?
— Eu e ele sendo parecidos. — Nicole diz. — Ele é tudo que eu poderia ter sido. Loucura dizer que, mesmo com amor, às vezes o passado nos machuca demais.
— Você não é nada parecido com ele.
— Eu poderia ter sido. — Nicole concorda. — Toda aquela tristeza e ódio. Não posso deixar de saber que eu teria sido como Jace. Tentando acertar as contas com a vida porque ela me dava muita dor para lidar. Ele não tinha um exército de pessoas atrás dele prontas para tirá-lo dessa como eu tinha. Não estou dizendo que sinto pena dele ou que entendo seu método distorcido. Eu apenas entendo sua dor. — aqueles olhos permanecendo no Charger. — Ele pode te transformar em uma pessoa que você nunca soube que existia.
Dom concorda. — Pode. Mas você quer saber o que eu acho... — Nicole levanta a cabeça para olhar para ele. — Nós podemos escolher pessoalmente o que nos tornamos. Dor incluída. Por que eu acho que poderia ter sido você, seu coração é um pouco diferente do dele. Mesmo com raiva, e eu posso garantir isso. — Nicole sorri um pouco. — Você teve todos os momentos para se tornar Jace. Enquanto você estava com Owen, quando você pensou que tinha perdido o pequeno Brian. Você teve muitas oportunidades, mas não perdeu, e você é a razão pela qual não perdeu. — Dom a fez olhar para ele com uma mão em seu ombro. — Eu realmente preciso que minha filha comece a se dar mais crédito. Ela é durona como o pai. — Nicole sorri e desvia o olhar, fazendo o próprio sorriso de Dom se contorcer. — Com o coração e o sorriso de sua mãe.
Uma risadinha dela enquanto Dom a puxava para um abraço necessário. Nicole manteve os olhos apertados enquanto o segurava. Além de Brian, Dom era para sempre uma pessoa a quem ela rezava para nunca dizer adeus. Tran despertou muitas memórias antigas para todos, mas ele os ensinou o quão longe todos eles estavam daquele ponto no tempo.
— Eu te amo, pai.
— Eu também te amo. Sempre. — Dom se afasta um pouco. — Vamos focar em te levar para o altar de alguém, Hm?
A diversão de Nicole se agitou, ela levantou a sobrancelha. — Pai, você está realmente pronto para isso?
— Absolutamente não.
Nicole ri. — Pelo menos você não vai chorar como Roman, que jura que não será ele.
— Eu posso me juntar a ele dessa vez. — Dom admite para a risada contínua dela. — Vai ser um dia difícil, mas mal posso esperar para ver.
— Eu e você. — Nicole suspira pesadamente, dando uma olhada no Charger. — Tenho uma pergunta séria.
— Sim?
— Você acha que pode falar com pessoas que já faleceram? Como quando você está naquela fronteira entre a vida e a morte.
Dom pensa sobre isso. — Não vou dizer que não pode acontecer. Coisas mais loucas já aconteceram, e nenhum de nós realmente sabe como é a vida após a morte, exceto aqueles que já se foram. O que te faz perguntar?
— Enquanto eu dormia, pensei que estava falando com o vovô Jack. Ele me ajudou a voltar, e então ouvi sua voz depois disso.
— Não vou dizer que você não falou com ele, mas você sabe o quanto sempre quis vê-lo quando criança. Você nunca teve essa chance. — Dom dá de ombros. — Talvez aquele sonho tenha sido seu encerramento de finalmente vê-lo.
— Talvez. — Nicole assente, ela sorri. — Eu sinto que ele teria me perseguido assim como você.
— Ele teria perseguido nós dois.
Nicole ri e concorda.
— Mamãe! — o pequeno Brian correu para as portas. — Mamãe! — os dois olham para trás com urgência. — O tio Roman encostou no seu carro e o arranhou!
— C-como você simplesmente vem aqui e dedura desse jeito?! — Roman veio atrás dele. — Achei que tínhamos um acordo.
— Tio Tej me deu isso. — ele levantou cem dólares.
Nicole se vira. — Você encostou no meu carro?
— Mmm-mm! — Roman balança a cabeça negativamente.
— Sim, você fez isso. — diz o pequeno Brian.
— Pare... — Roman pega um pequeno e risonho Brian e sai correndo com ele.
— Roman! — Nicole grita atrás dele enquanto marchava para a porta. — Devolva meu pequeno informante. Fui eu quem o empurrou para fora!
Dom ri, balançando a cabeça. Nicole parou de sair pela porta.
— Oh, pai? — isso chamou sua atenção por cima do ombro. — Eu sei que você pode pensar que eu sou um pouco louca por ver o vovô Jack. Mas ele me disse para te contar uma coisa.
— O que é que foi isso?
— Ele disse para te contar: 'Eu nunca estive tão orgulhoso dele por finalmente chegar à linha de chegada de Toretto'. — Nicole diz para uma sobrancelha confusa puxada por Dom, ela apenas sorri. — Eu realmente não sei o que isso significa também. Acho que foram apenas meus próprios pensamentos. Eu tenho que ir, Raven vai arrumar meu cabelo em breve. Te amo, pai!
Nicole o abandona.
Os olhos de Dom voltam para a parede de fotos, uma com ele e Jack. Essas palavras de Nicole, elas saíram da boca do próprio pai dele em um ponto quando falavam sobre criar uma família e um filho. Nicole não tinha nascido quando eles tiveram essa conversa, e as chances dela saber dessa conversa eram nulas.
Então como ela sabia...
Dom olhou de volta para as portas que Nicole deixou.
Nada poderia ser mais misterioso do que a estrada da vida e da morte. A vida era cheia de milagres e a morte sempre seria um mistério porque nunca sabemos, até que estejamos cara a cara com ela.
———
Ondas empurrando contra a areia. Algumas pessoas foram embora na praia enquanto o sol começava a se pôr no dia, trazendo uma calmaria a cada momento.
Estacionado não muito longe, Tyler tinha seu assento encostado na frente do carro. Jeans cobria as pernas cruzadas no tornozelo com as mãos enfiadas nos bolsos. Aquele braço tatuado agora em plena exibição de sua regata branca.
Aqueles olhos buscando o sol se pondo à sua frente.
Ele começou a entender por que Nicole sempre se interessou por esse tipo de cenário. Isso fez você se afastar do mundo por um momento e lembrar que estar vivo é um presente em si.
Aquela motocicleta familiar parando ao lado do seu carro recebeu um olhar simples por cima do seu ombro.
Colocando o suporte no chão com um movimento suave do pé, Xander, com as mãos enluvadas, tirou o capacete.
Uma corrente de prata em volta de seu pescoço pairava sobre sua regata azul-marinho. Aqueles fios loiros soltos caindo do cabelo que ele tinha puxado para trás.
— Estava procurando por você, irmão.
Tyler olhou para ele por cima do ombro antes de finalmente sorrir. Xander ri sozinho.
— Pensei que tinha fugido de novo?
— Você não é tão estúpido assim.
Tyler ri dele.
Xander desce da bicicleta e se inclina sobre o carro ao lado.
— É melhor que o preto do seu jeans não manche minha tinta. — Tyler diz a ele.
— Ah, cale a boca.
Uma risada de Tyler, que balança a cabeça e olha para a paisagem.
— Como você me encontrou?
Xander, com os braços cruzados, simplesmente inclina a cabeça para trás para olhar confuso para o irmão.
— É como se você tivesse esquecido quem eu sou.
— Estou muito ciente. — Tyler concorda. — Mandei mensagem para os caras, eles disseram que nos encontrariam aqui.
— Espera aí, você mandou mensagem para todo mundo, menos para mim?
— Sim.
— Por que?
— Porque você não lê mensagens a menos que sejam de Raven ou Nicole.
— É porque estou em um grupo de bate-papo cheio de idiotas. — Xander aponta. — O fato de vocês todos terem um sem mim é uma traição. — Tyler revira os olhos. — Por que você não me mandou mensagem?
— Talvez porque eu saiba que você sempre me procura.
Xander sorri, desviando o olhar. — Parte do trabalho de um irmão mais velho. — ele olhou de volta para ele. — O que fez você vir até aqui?
— Paz de espírito. — Tyler dá de ombros. — Espero mesmo que continue assim por muito tempo.
— Ele vai.
Tyler levantou a sobrancelha. — Você viu nossa família?
— Eh, eu vi. — Xander concorda, seus olhos voltando para as ondas. — Também vi como nós defendemos quando chega a hora. Não sei sobre você, mas isso é um upgrade das pessoas que eu tinha me protegendo em empregos.
Tyler sorri. — Como é a sensação de trocar empregos de mercenário por um pai em tempo integral?
— Tyler. Eu brinco com bonecas. — Xander diz, Tyler jogou a cabeça para trás rindo. — Sinceramente, olhei no espelho e não me reconheci depois disso. Mas sabe de uma coisa? — controlando sua risada até certo ponto, Tyler olhou para seu irmão. — Não trocaria aquela pequena versão ambulante de sua mãe por nada.
— Pelo que vejo, ela também não trocaria você. — Tyler admite. — Você sabe que você é o mundo inteiro daquela garotinha? — Xander suspira e logo concorda. — Então saiba que assim como você me responsabiliza, eu farei o mesmo por você quando se tratar da minha sobrinha.
— Não esperaria nada menos, irmão. — Xander assente.
Um sorriso cúmplice entre os dois.
— Meu irmão vai ser um homem casado, mal posso esperar. — Xander sorri. — Já marcou uma data?
— Ainda não. — Tyler balança a cabeça. — Ela mencionou uma data mais próxima da primavera.
— Então, tenho tempo para planejar uma despedida de solteiro.
— Então, você não quer ver o casamento? Porque Nicole vai te matar.
— Ela tem que me pegar primeiro.
— E ela vai. — Tyler concorda.
— Está tudo bem. — Xander dá de ombros. — Prefiro sair rindo e com uma boa briga.
Tyler ri e olha para seu irmão que riu — Doente. — ele se recosta no carro. — Como você está se segurando depois de tudo isso?
Xander dá de ombros. — O mesmo. — ele balança a cabeça. — Odeio dizer isso, mas aquela coisa com Tran realmente me fez pensar muito. Os pais realmente desempenham um grande papel em quem você se torna, e agora eu me pergunto que papel eu desempenharei quando se trata da minha própria filha. Eu nunca quero ser sua lição ou razão para ela odiar o mundo.
Tyler levou um minuto enquanto estudava seu irmão. — Eu sei que você descobriu que não tínhamos o mesmo pai, mas ele é tudo o que você conheceu.
— Eu sei.
— Então você sabe, ele ficaria feliz em ver que você escolheu essa vida para si mesmo, e não aquela da qual fomos forçados a fazer parte. Você mudou muito e não foi para pior, na minha opinião. — Tyler diz a ele e observa a expressão de Xander mudar ligeiramente. — Aquele outro cara que é seu pai. Talvez seja uma coisa boa você nunca tê-lo conhecido. Você pode não ter se tornado essa pessoa se o tivesse conhecido.
Um leve sorriso de Xander começou a aparecer em seus lábios. — Dois pais, ambos mais corruptos que o outro. Faz você se perguntar como eu me tornei assim.
— Talvez porque você teve aquele pai que garantiu que você soubesse que tinha outras opções. — Tyler diz fazendo Xander sorrir um pouco e olhar para ele. — Papai não era o melhor, mas ele nos deu mais escolha do que Cipher já fez.
— Ele fez. — k sorriso de Xander retorna. — E você está certo... — suas sobrancelhas se erguem - sorriso desaparecendo. — Deus, isso é estranho de se dizer.
Tyler concorda. — Imagine eu dizendo que você é uma boa pessoa. Essa merda dói muito porque você é realmente um babaca.
Xander olha para frente com um aceno calmante. Os dois ficaram em silêncio antes de Xander casualmente empurrar Tyler para o lado, fazendo-o perder o equilíbrio.
— Nunca mais fale comigo sobre sentimentos, seu filho da puta, é estranho. — Xander diz a ele.
— Você falou sobre eles primeiro!
— Cale-se.
— Você tem um coração, seu bastardo, admita.
— Posso admitir isso para qualquer um, menos para você.
— Ooh. — Tyler estremeceu. — Você sabe que fica mais atrevido com a idade.
Xander o empurrou para fora do caminho, fazendo Tyler rir e evitar o mata-leão.
Aqueles carros familiares parando para estacionar em sincronia.
— Eu disse que eles estariam brigando quando a gente chegar. — Nathan grita do carro.
— Vocês dois são homens crescidos. — diz Damon do seu lado.
Mike ri, reclinado no carro, com o pé apoiado.
Rafael olhou para a janela de Damon. — Defina crescido, por favor? Essa família é infantil.
Os olhos de Damon se estreitaram. — Sinto muito. Você e Nathan não brigaram por causa de panquecas esta manhã?
— Brigar? — Nathan arregalou os olhos. — Ele me atacou como um maldito jogador da NFL escolhido para o dia do draft.
— Eram mirtilos. — Rafael murmura de seu assento.
— Infantil, hein? — Xander assente.
— Podemos ir? — Rafael muda de assunto. Um toque de sua buzina. — Vamos.
— Ok, ok, por que você é o velho rabugento de nós? — Xander coloca as luvas de volta, indo até sua moto. — Precisamos fazer o Rafael transar.
As risadas dos amigos só fizeram com que ele mostrasse o dedo do meio para eles.
— Ele é como o avô. — Nathan responde com um slide cinco de Xander, e os dois riem baixinho.
— E se eu tivesse uma bengala, eu bateria na bunda de todos vocês porque todos vocês são desrespeitosos.
— Nós sabemos. — todos concordaram.
Tyler ri balançando as chaves no dedo.
Outro carro que estava chegando recebeu um olhar dele.
— Oh, aqui está o rico idiota. — Xander levanta uma mão. — Você está atrasado!
Mike franze as sobrancelhas, um movimento de recuo com o pescoço. — Você não é rico?
— Mike, eu vou literalmente remover seu maldito volante da próxima vez que eu tocar nele na oficina.
Uma gargalhada estrondosa de Nathan enquanto Damon começava a rir do queixo caído de Mike.
Sin abriu a porta do carro e saiu pela metade - ele se apoiou na porta que abriu, manga curta, botão branco para baixo revelando uma regata preta por baixo. Um simples par de jeans e sapatos para combinar.
— Obrigado por nos abençoar com sua presença. — diz Xander.
— De nada. — Sin responde casualmente e olha de volta para Tyler. — Você está pronto para ir ou o quê?
— Elas já estão lá? — pergunta Nathan.
— Quando chegarmos lá, já será noite. — Sin acena para o pôr do sol. — Elas devem ser.
— Primeira parada no posto de gasolina? — pergunta Mike.
— Vamos. — Tyler acena para que eles se preparem.
— Agora, Rafael. — Xander balança a perna e se senta. — Lembre-se dos sinais de mão para motociclistas, da última vez eu quase voei na parte de trás do seu para-brisa.
— De propósito. — ele diz.
Xander ri colocando seu capacete. — Esse grupo tem homens atrevidos. — chutando seu suporte, o motor de sua moto soando.
O caminho até o posto de gasolina já os havia levado para as ruas noturnas de Los Angeles.
Estacionando perto do posto de gasolina depois de conseguir o que precisam.
Xander sentado no porta-malas do carro de Nathan ao lado dele. Os dois bebendo de seus canudos com sorrisos maliciosos; observando a discussão brincalhona entre Damon e Mike que eles ajudaram a começar.
— Ok, mas quem disse que se você pisar no freio de mão isso vai acontecer? — Damon levanta a mão.
— Gravidade e freios. — o tom de voz de Mike fez Damon olhar feio.
Tyler e Rafael riem com os outros dois. Sin até conseguiu dar um leve sorriso de seu lugar encostado no capô ao lado de Tyler.
— Isso é pior do que seu argumento sobre como Dorthy não era o vilão no Mágico de Oz. — diz Mike.
— Não é culpa dela que a casa caiu sobre aquela senhora! — aponta Damon.
— Uma casa cai na sua irmã, você não tem treta? — Mike inclina a cabeça.
— Tem razão. — Xander concorda. — A casa cai em cima da Gia, vou matar qualquer coisa envolvida.
Um golpe no braço de Nathan. — Não deseje isso.
— Não deseje - quem diabos tem uma casa para derrubar alguém? — Xander pergunta, para uma pausa de Nathan. — Exatamente. — ele bate o braço para trás. — Sério.
Tyler olhou para o telefone e viu a mensagem que apareceu.
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Com um sorriso nos cantos dos lábios, ele se inclina para fora do carro enquanto digita sua resposta.
— Vamos. — Tyler diz a eles.
— Já era hora. — Xander de capuz abaixado. — Aposto que era Raven segurando elas. A quantidade de vezes que gritaram comigo porque ela não conseguia deixar o cacho dela direito esta manhã.
— Experimente a roupa. — Nathan zombou.
— Eu tenho os dois. — Sin suspira.
— Pelo menos foi um pouco disso. — Tyler abriu a porta. — Nicole gritou comigo porque o motor dela estava desligado e eu era o último sob o capô.
— Lembre-me de nunca entrar em um relacionamento. — Damon diz para um Mike risonho.
Todos os faróis iluminando o estacionamento.
A moto de Xander liderando o caminho para fora com os carros seguindo, todos eles fazendo fila no sinal. Luzes azuis neon sob o carro de Mike, seguidas pelas vermelhas de Nathan.
Todos os carros chamando a atenção dos outros no semáforo.
Xander olhou para trás quando ouviu o início de Shake, dos Ying Yang Twins com Pitbull.
— Estivemos na playlist da Nicole, não é? — ele levantou uma sobrancelha divertida para o irmão.
Já debruçado na janela, Tyler casualmente levantou o dedo médio para as risadas.
Xander assentiu com a cabeça ao som da música que tocava alto.
Ele olha para o carro cheio de algumas garotas que não paravam de olhar para eles.
Um movimento do dedo para fazê-los abrir a janela.
A garota ficou confusa, mas desistiu.
— Você se importa se cortarmos caminho?
— Não, vocês podem.
— Agradeço. — Xander abaixa o visor.
A batida diminuiu ao mesmo tempo em que o sinal ficou verde.
Xander decolou primeiro, levantando a frente da moto no ar antes de abaixá-la.
Os outros carros dispararam logo atrás dele em uníssono, pois foram os primeiros a assumir a liderança descendo a rua na frente de todos.
Xander apertou seu bluetooth. — Agora, onde elas estão de novo?
Tyler foi atender até que viu os faróis se aproximando rápido em seu retrovisor. Um sorriso irônico puxando lentamente.
Chegando o mais perto possível da traseira do carro, o carro virou para a direita e parou ao lado de Xander.
Ele olha duas vezes para Nicole sorrindo.
— Ei, Xander. — um aceno de dedos. — Tchau, Xander.
— O que?
Nicole mudou a velocidade para ultrapassá-lo, Camilla ri do banco do passageiro, com os cabelos esvoaçando.
Olhando pela janela, ela acenou. — Tchau!
Gia passou voando por ele para ficar atrás de Nicole e eles assumiram a liderança.
— Sua noiva está dando um mau exemplo para Camilla. — Xander diz em seu Bluetooth.
Tyler levantou a sobrancelha. — O quê?
Um escárnio de Sin. — É, ok. Camilla é sua própria versão de selvagem.
As sirenes da polícia chegam quando eles chegam na esquina, indo logo atrás dos carros de Nicole e Gia.
— Deve ser o mês da cota. — brinca Nathan.
As risadas nos bluetooths.
— Quer ajudá-las? — pergunta Rafael.
Tyler assistiu com o mesmo sorriso. — Nah, elas conseguiram.
Camilla colocou a música no carro para The Way I Are de Timbaland ft Keri Hilson. A olhada por cima do ombro através das luzes piscantes no retrovisor.
Gia os viu pelos espelhos enquanto as sirenes se aproximavam.
— Já liguei. — Raven diz do banco do passageiro. — Cinco minutos. — ela olha para a loira que se sentou entre os assentos dela e de Gia. — Rose, você me deve dez.
Ela revirou os olhos enquanto tirava a nota de dez do sutiã e a entregava.
— Tão estúpido. — Rose murmura.
Nicole olha casualmente para o carro ao lado dela. Um aceno de cumplicidade para elas.
Gia assumiu a liderança na frente de Nicole e trocou de faixa, fazendo com que alguém a seguisse.
O outro policial seguindo o para-choque de Nicole.
O policial tentou colocar a placa, mas a tampa preta abaixou antes que ele pudesse.
— Que diabos? — ele franziu as sobrancelhas.
Camilla se vira para frente e vê o caminhão à frente.
Aqueles olhos se arregalando. — Nicky.
Um sorriso irônico surge e Nicole acelera.
Trocando de faixa e indo na traseira de um carro com o policial bem atrás dela. Esperando até que o carro dela se alinhasse com o caminhão.
Nicole aciona um interruptor dentro do carro.
Com os pneus vazios, Nicole cortou o carro para passar por baixo do trailer, quase fazendo o policial bater no carro da frente.
Nicole chegou e, antes de bater nos pneus, aproveitou a oportunidade para voltar à frente do carro que estava atrás dela.
— Ah, ele está puto. — diz Camilla.
Uma risada das duas meninas, Nicole e Camilla, uma da outra.
O carro que seguia Gia seguiu seu carro para dentro do túnel. Desviar para dentro e para fora não estava funcionando para ela, pois ele parecia determinado.
— Encoste o carro. — elas ouviram no alto-falante do carro da polícia.
— Você o deixou bravo. — Rose morde a unha, sorrindo.
Gia ri. — É, acho que não quero.
Vendo o vão próximo à parede do carro surgindo.
Os olhos de Gia se voltam do policial que se aproxima do seu para-choque para o carro à frente.
— Vamos ver se as aulas de Nicole valeram a pena ao dirigir em espaços apertados. — diz Rose.
— Não nos mate. — implora Raven.
Gia ri, e puxou o freio ao mesmo tempo em que fez uma curva fechada. O carro caindo na linha em sua curva de deriva enquanto se alinhava suavemente entre o outro carro e a parede do túnel.
O outro motorista ficou surpreso quando Gia passou por eles dirigindo de ré.
Segurando a mão no encosto de cabeça, ela desceu pelo espaço lateral, chamando a atenção de várias pessoas.
Nicole as viu chegando e cortou um carro, pisando no freio para diminuir a velocidade do carro e criar um espaço.
Gia passou por ela e fez a curva que fez seu carro voltar para a frente.
Nicole mudou para a próxima faixa para que elas ficassem lado a lado.
— Nada mal, Harden! — Nicole grita da janela. — Nada mal, mesmo!
Gia lhe faz uma saudação e dá uma risada calorosa.
Os dois carros saem do túnel enquanto outro conjunto de carros e uma moto conhecida vêm da rua lateral para voltar à fila com eles.
Damon olhou em volta. — Nenhum policial?
Xander ri. — Legal.
Tyler olhou quando viu o carro familiar se aproximando para ficar lado a lado com ele.
Nicole continuou olhando entre ele e a estrada. — Uma pergunta rápida para você. — sua sobrancelha levantou. — Você tem namorada?
Tyler balança a cabeça. — Não. Mas uma futura esposa.
Nicole ri acelerando para passar na frente dele.
Um sorriso divertido surge. — A única vez que deixei você escapar fugindo de mim.
Todos os carros ocupando um pedaço de espaço enquanto dirigiam para o destino. Passando pela multidão de pessoas, outras corridas acontecendo entre eles chegando.
Cada carro estacionando na diagonal logo após o outro, sendo o último a estacionar Xander e sua bicicleta.
Saindo com suas botas, calças cargo pretas com tinta respingada por cima. Um top preto justo de alças finas que mostrava seu decote e corrente cruzada.
O cabelo de Nicole agora cortado e repartido no centro com um pouco atrás das orelhas. Sentindo que era hora de uma mudança no cabelo, ela decidiu se inspirar em uma foto antiga que viu de sua mãe. Mia mencionou o quanto Nicole havia espelhado Letty antes de ir embora.
Uma mudança na fita do pulso para preta e uma mudança nos piercings de hélice para diamantes novamente.
Nicole olhou por cima do ombro quando ouviu uma voz.
— Nicole! — Xander andou até mim com os braços abertos. — Você parou do meu lado como se tivéssemos um problema. O que foi?
Nicole zombou do gesto dele. — Você me diz.
Ele pressionou a testa contra a dela, enquanto os dois brincavam se avaliando com os braços abertos.
Tyler riu de Damon mexendo com Gia e Raven.
Um abraço de irmão para alguns caras que vieram vê-los.
Ele olhou para ver Nicole e Xander frente a frente. Uma observação do cabelo dela o fez esquecer de todos os outros enquanto ele se pegava observando-a. Ele não percebeu isso do carro, mas agora ele tinha uma boa visão dela.
Xander se afastou para cutucá-la pela testa, provocando risadas de Nicole.
Tyler a pegou pela cintura, levantando-a, ele sorri para ela. Nicole ri, aquela mão descansando na parte de trás do pescoço dele.
— Cortou o cabelo? — Tyler diz, Nicole dá um aceno nervoso, mas observa aquela expressão calma crescer em um sorriso. — Linda. — ele diz mais para si mesmo, mas aquele sorriso dela mostra que ela ouviu.
A última vez que ela cortou o cabelo assim, eles estavam se despedindo um do outro anos atrás. Era engraçado como as coisas podiam mudar em anos.
— Vai assistir às corridas comigo? — Tyler perguntou e recebeu um leve aceno dela.
Nicole ri quando ele abaixa uma mão para envolver um braço firme em volta da cintura dela, fazendo com que Nicole envolvesse as pernas ao redor dele.
Tyler usou a mão livre para apontar para Xander.
— Sim, sim, eu sei como me comportar. — Xander zomba. A risada de Raven ecoou. — Temporariamente. — ele se inclina para cima. — Com licença. Eu quero rir também, o que é engraçado?
Todo aquele inferno que eles tinham acabado de passar, só para ser outra história para contar nas corridas. Pela primeira vez, Nicole e Tyler ficaram fora das corridas, mas apostaram em seus amigos.
Um lugar que terminou com risadas em vez de brigas e fúrias contra os direitos de se gabar.
Estar naquele lugar a curou mentalmente, assim como estar perto de todos eles. Deitados no capô do carro com Camilla, eles se pegaram rindo e conversando. Eventualmente, todos se juntaram a eles para apenas conversar e brincar.
Gia os impede. — Esperem!
— O quê? — Xander olha para trás. — Estou tentando contar minha história.
— Eu queria tirar uma foto. — Gia balança o telefone. Os gemidos de todos fizeram sua mão ir para o quadril. — Essa seria a primeira em anos.
— Quer que eu tire? — Rose oferece.
— Não, porque você vai estar nele. — Gia a empurrou para perto dos carros.
— Por quê? — Rose parece confusa.
— Queremos você lá. — Nicole acena para ela. — Não, a menos que você não queira.
Olhos cor de Rosa vão para Mike, que sorri.
— Não há nada de errado com um momento fotográfico. — ele oferece.
Rose se viu olhando para o grupo ao seu redor - aquela sensação de estar perto de pessoas genuínas. Algo que ela não tinha desde sua mãe.
— Acho que não. — Rose se aproximou e ficou entre Damon e Mike.
Gia pediu para uma das pessoas de lá tirar algumas fotos para eles.
Nicole, com os braços cruzados, recostou-se em Tyler, que a tinha enrolada nele e a cabeça dele apoiada no braço dela.
Gia pulando nas costas de Nathan para sua diversão. Todos se espremeram para posar na frente do carro de Tyler.
Raven deu uma cotovelada em Xander revirando os olhos enquanto Camilla lutava para fazer Sin e Rafael sorrirem.
Depois de muitas tentativas, eles finalmente conseguiram uma boa foto.
Uma que eles guardariam para sempre.
———
A noite tinha terminado mais calma do que eles pensavam. Claro que tudo tinha terminado com os policiais aparecendo e todos tendo que ir embora.
Ainda assim, todos conseguiram a fuga que precisavam.
Nicole subiu as escadas, foi até um cômodo em particular e deu uma espiada lá dentro.
Deitado profundamente adormecido como Ramsey disse. Nicole entrou e se abaixou ao lado da cama dele. Puxando o cobertor sobre ele mais, ela se viu escovando seu cabelo.
Um sorriso surgiu em seu rosto quanto mais ela o encarava. Seu próprio filho curando as partes dela que ela não sabia que precisavam.
Perdida em seus próprios pensamentos, ela não percebeu aqueles olhos se abrindo. Não até que a mão dele a tocou.
Os olhos de Nicole se voltam para ele. — Sinto muito, você pode voltar a dormir.
Tyler entrou e se apoiou na porta observando os dois.
— Você ganhou? — o pequeno Brian esfrega os olhos.
Nicole ri. — Nós não corremos hoje à noite, B.
Ele boceja. — Você vai ganhar então?
— Claro. — Nicole concorda. — Você se divertiu com Ramsey?
— Mhm! — ele se aconchega debaixo das cobertas. — Agora eu sei como fazer jailbreak em TVs.
Tyler segura o riso enquanto abaixa a cabeça.
Um suspiro de Nicole que só conseguia esfregar as têmporas. — Por que todos na minha família são criminosos? — ele ri, Nicole se viu rindo.
— Eu gosto da tia Ramsey.
— Eu também. — Nicole sorri. — Quer sair comigo e com seu pai neste sábado?
— A praia?! — o pequeno Brian se senta.
Uma risada dela. — Acho que podemos convencê-lo.
— Posso dirigir?
— Talvez quando você tiver sete anos. — Nicole dá de ombros.
— O papai vai me ensinar?
— Tudo, exceto a deriva. — Tyler respondeu, chamando a atenção deles. — Deixo isso com sua mãe.
Nicole sorri para ele por cima do ombro.
— Sério? — os olhos do pequeno Brian brilham.
— Sério. — Nicole olha para ele. — Pode até ter aulas com seu pai Dom antes mesmo de chegarmos até você.
Tyler ri.
— Vou me preparar para dormir. — Nicole segura seu mindinho para o pequeno Brian que prendeu o dela com o dele. — Te amo.
— Amo você.
Nicole se levanta e passa por Tyler com um toque em seu braço. Um sorriso para ela enquanto ele a deixa passar por ele.
Ele entrou e fez questão de acender a luz noturna que o pequeno Brian gostava de usar sempre.
— Papai, fiz minha lista de aniversário. — diz o pequeno Brian.
— Você fez? — Tyler andou até lá e sentou-se na cama. — Deixe-me ver.
— Tia Mia me ajudou. — o pequeno Brian pega o pedaço de papel que estava debaixo do travesseiro e se senta.
Tyler olhou para ele. — É outro desenho de um cachorrinho?
— Hum!
— Você não vai deixar isso passar, vai?
— Mmm-mmm! — ele balança a cabeça rapidamente.
— É, você tem a teimosia da sua mãe, isso é certo. — Tyler murmura. Ele continua lendo e sorri para as coisas na lista. — É tudo o que você quer de aniversário?
— Sim.
— Tudo bem. — Tyler concorda e enfia no bolso. — Pronto para começar a pré-escola depois disso? — ele balança a cabeça negativamente para a risada leve de Tyler. — Por que não?
— Não sei se as pessoas vão gostar de mim.
O sorriso de Tyler volta ao perceber o quanto ele e o pequeno Brian eram parecidos desde pequenos. Ele sempre temeu a mesma coisa, o mundo e as pessoas o rejeitando. Ele percebeu o quão tímido seu filho era quando não estava perto de pessoas que ele conhecia, mas ele ainda mostrava gentileza a todos.
— Sabe, pode ser que você também não goste necessariamente de algumas crianças. — Tyler diz, fazendo o pequeno Brian levantar a cabeça. — Mas aí você vai conhecer algumas crianças que podem acabar sendo seus melhores amigos.
— Realmente?
Um aceno dele. — Foi como conheci metade dos seus tios. Todos vieram da escola. Você não precisa se preocupar com as pessoas gostando de você, ok? — o pequeno Brian sorri. — Aqueles que gostam naturalmente estarão perto de você. Isso eu prometo e é só com isso que você se preocupa.
— Eu posso fazer isso.
Tyler mexeu no próprio cabelo com a mão, fazendo-o rir.
— E se eles não gostam de você, eles são loucos. Porque nós somos uns caras legais.
— É! — ele o repreende.
O pequeno Brian o abraça com uma risadinha, fazendo o sorriso de Tyler crescer e balançá-lo de um lado para o outro.
— Você vai ficar bem na escola, ouviu? — Tyler diz a ele e o sente assentir contra seu peito. — E você sabe para quem ligar se não.
Tyler se afasta.
— Posso dormir com vocês hoje à noite?
— Eu te dou dez se você pular na sua mãe.
O pequeno Brian sorri, salta da cama e sai correndo do quarto.
Tyler se levanta para sair.
— O verdadeiro inferno, Tyler! — grita Nicole.
Tyler riu ao entrar na sala e ver o pequeno Brian cobrindo as costas como uma tartaruga.
Nicole lutando contra o pequeno Brian para prendê-lo em um abraço.
Um sorriso de Tyler enquanto observava os dois.
Seu mundo inteiro se resumia a duas pessoas e apenas seus sorrisos.
É isso por este capítulo!!
Agora podemos nos divertir um pouco! O próximo capítulo será um salto temporal de alguns meses. Um casamento está chegando, assim como dois aniversários importantes e, claro, muita diversão em família.
Até breve. ❤️❤️
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