102; BÔNUS
˖࣪ ❛ BÔNUS
— 102 —
COM OS CABELOS SOLTOS, Camilla estava sentada com as costas apoiadas na parede. O silêncio vindo do berço a faz sorrir brevemente, ela olha de volta para suas mãos enquanto apoia os braços sobre os joelhos.
Uma olhada no vidro agora obscurecido pelo grande metal que cobre o exterior. Cipher nunca mais o abriu desde que Dom se afastou deles. Atrás dos olhos dele, ela viu, ele queria salvá-la, mas ela começou a conhecer Cipher um pouco melhor do que isso. Tudo o que Cipher queria agora era usá-la para chegar ainda mais a Dom. Doeu saber o quanto estava funcionando...
A porta dos fundos apitou e se abriu.
O olhar de Camilla se estreita enquanto Sin entra.
— Eu não estou com fome. — Camila conta a ele.
— Você disse isso esta manhã. — Sin assegurou-se de que a porta se fechasse atrás dele. Ele colocou a bandeja na mesa. — Se você não comer, não poderá cuidar dele. — ele acena para o berço.
— Eu posso cuidar dele muito bem. — Camila encara. — Se eu precisar de ajuda sobre como sequestrar. Eu ligo para você ou para Ciper.
Sin quase sorri. — Fico feliz em ver que nem todo o seu espírito está morto.
Camila zomba. — Saia.
As sobrancelhas de Sin se curvam. — Ai. Achei que você queria alguém para conversar aqui.
— Você precisa parar de pensar. — Camila assente.
Uma leve risada dele. — Bem, me disseram para não sair até você comer. Então... — ele está sentado na cadeira, apoiando a mão na perna. — Receio que você esteja preso ao meu rosto encantador até então.
— Você se elogia.
— Obrigado. — um sorriso acenando dele.
Camila balança a cabeça. — Veja o prazer que você está obtendo com isso. — Sin levanta as sobrancelhas. — Eu realmente não estou com humor. Então, se você vai ficar aqui. Você pode me fazer um favor ficar quieto?
— Eu posso fazer isso. — seu sorriso cai. — Só se você responder a uma pergunta.
Camilla suspira, olhando para as paredes à frente. — O que?
— Por que?
Nenhum movimento em suas feições enquanto ela espera um momento.
— Por que o que?
Os cotovelos de Sin repousam sobre os joelhos enquanto ele se inclina. — Por que lidar com isso? Eu poderia trazer você aqui e fora do avião em minutos. Mas você vai ficar para uma criança que nem é sua? — suas sobrancelhas se contraem. — Arriscar sua vida pelo filho de outra pessoa. Algo que você não precisa fazer.
— Eu não preciso.
— Exatamente. Então por que você está?
— O que Cipher disse sobre a teoria da escolha? — Camilla tentou se lembrar, distraindo-se. — Tudo o que decidimos é uma escolha. Isto era minha. — revirando as memórias de um certo amigo, ela quase teve vontade de chorar ao se lembrar dele. — Eu não devo nada a ninguém. As escolhas que faço são porque quero. Assim como quando o pai dele me viu prestes a ser pior e me impediu. A mãe dele também. Não porque eles me deviam alguma coisa... Só porque eles se importavam comigo. — os olhos de Camilla se voltam para olhar para os perdidos de Sin. — Você sabe o que é isso? Ou ela bagunçou tanto a sua mente.
— Minha mente já havia desaparecido há muito tempo antes que Cipher chegasse perto de mim.
Camilla puxa as sobrancelhas. — Por que?
Uma inclinação de cabeça dele. — Eu pensei que era eu quem estava fazendo uma pergunta?
— Você quer receber, você tem que dar. — Camila desvia o olhar.
— Não até que você me conte primeiro. — Sin fica para trás.
Camila dá de ombros. — Não é uma grande história. Só me lembro das vezes em que eles me lembraram da família em que cresci. Nem sempre tive... Mas consegui uma. — ela assente. — Tudo porque uma garota quis ajudar a trocar meu pneu...
Raven sentou-se no banco do Café na frente de Gia.
— Rafael disse que terminaria há cinco minutos. Por que me faz esperar ele pegar comida? É por isso que odeio compartilhar meus restaurantes.
— Relaxe, sua mulher faminta. — Gia entrega a bebida para ela.
Raven pega e salta do banquinho. — Você diz isso até que eles estejam sendo uma dor para você. — ela marchou atrás. — Nathan, Rafe!
Os dois homens saltam da conversa perto dos carros.
A sobrancelha de Tyler se ergueu, desviando sua atenção do carro à sua frente e de ensinar Camilla.
— Bem quando pensei que apenas a voz de Nicole os assustava. — ele diz.
— Quem não fica com medo quando Raven grita? — Nathan pergunta.
— Xander. — Camilla diz no banquinho ao lado de Tyler.
Tyler olha para cima. — Bem, Xander, pensa na morte como uma aventura. Então vamos usar um indivíduo mais são.
Camilla aponta, balançando a cabeça. — Certo.
Ravena suspira. — Vocês dois idiotas, venham. Eu quero pegar comida e vocês estão me segurando.
— Xander não faz isso? — Nathan aponta, rindo.
Raven abre a boca até que uma mão lhe dá um tapa na cabeça.
— Ai! — a risada de Nathan foi interrompida.
Xander o tira do caminho. — Eu te falei sobre usar meu nome. Se você não quer sua língua, Nathan. Diga-me agora.
— Isso é abuso de funcionário! — Nathan diz a ele.
— Eu sou seu colega de trabalho, idiota. Seu empregador está me apoiando. — Xander continua caminhando em direção a Raven.
Nathan olha para trás - ele dá um pulo quando Nicole se aproxima; prancheta na mão.
— Jesus. — ele amaldiçoou.
— O que? — Nicole olha em volta confusa. — O que está acontecendo?
— Não se preocupe com isso. — Tyler acena.
Ao ver um carro parar, um cara sai. Tatuagens cobrindo um braço como o dele. Seu cabelo preto parando no colarinho.
Rafael dá uma boa olhada. — Não é Marco?
Nathan esfrega a cabeça. — Sim, é ele. O que diabos ele está fazendo aqui?
Tyler olha por cima do ombro, com as sobrancelhas franzidas em confusão para o jovem caminhando em direção à loja.
Ele já havia vencido ele nas corridas algumas vezes, Nicole também e o cara ainda não estava feliz com isso. A quantidade de vezes que quase brigaram por causa da atitude dele. Tyler não gostou que ele tentasse falar mal da vitória de Nicole ou de ter que impedi-la de rebater. Isso em si é um trabalho mais cansativo do que falar. Nicole é pequena mas a menina teve a força de muitos ao seu lado.
Marco era arrogante até o momento das corridas e não se importava com nada além de seu carro. O fato de ele ter garotas com ele do jeito que tinha surpreendeu a todos.
Xander sente o cheiro do ar. — Sinto cheiro de lixo.
— Ah, essa é boa. — Marco ouviu isso enquanto se aproximava. — Você inventou isso sozinho?
Xander sorri. — Um pouco.
Tyler enxugou as mãos, encontrando-o no meio do caminho. — Uau, você não entra aqui simplesmente. Posso ajudá-lo?
— Por favor, nem Deus quer. — Xander diz fazendo com que os dois homens olhem. — O que diabos podemos fazer? — Raven puxa Xander de volta pelo braço. — O quê? Eu menti?
Marco aponta. — É melhor ouvi-la.
— Eu tenho palavras-gatilho, então tome cuidado com as suas. — Xander avisa.
— Eu cuido disso, Xander. — Tyler suspira. — Marco...
— O que diabos você quer? — Xander cuspiu.
Tyler levanta a mão. — O que acabei de dizer?
— Você estava demorando muito. — Xander brinca.
— Não se preocupe. — Marco mostra as mãos em defesa enquanto levanta os óculos escuros. — Eu não vou entrar na loja de brinquedos da sua namoradinha.
Tyler deu um passo, mas a mão em seu peito o fez parar - seu olhar não deixou Marco.
Camilla deslizou do banquinho tentando intervir, mas a fala de Nicole a impediu.
— Primeiro, nunca desrespeite a loja da minha família. — Nicole o avisa. — Estava aqui há muito tempo, e antes de seus pais terem cometido um grande erro.
— De que diabos você está falando?
— Estou olhando para isso. — o doce sorriso de Nicole não combinava com seus olhos. Cai rápido. — Agora, sério. Por que você está aqui?
Camilla se interveio. — Ele realmente veio me ver.
Todo mundo olha para ela louco.
— Alguém me empurre para o trânsito. — Xander balança a cabeça.
— Estou bem atrás de você. — os olhos de Raven ainda estavam arregalados.
Xander sorri. — Olhe para nós, dispostos a morrer juntos. — a cabeça de Raven se volta para ele, dando-lhe um olhar maluco. — Ah, você estava brincando!
— Camila? — Nicole olha para a amiga. — Você o convidou aqui?
— Ele só está aqui para me pegar. — Camila garante. — Ele também queria se desculpar.
— Eu fiz, mas pelo jeito que seu garoto Tyler está olhando para mim. — a cabeça de Marco se inclina. — Não sei.
Gia entra. — O que está acontecendo?
— Tyler está prestes a matar Marco e Camilla se tornou rebelde. — Xander diz a ela calmamente.
— O que? — Gia pisca, Raven balança a cabeça.
O sorriso de Tyler não encontrou seu olhar. — Você realmente tem cerca de cinco segundos antes de eu mover Nicole para o lado.
— Eu vou me mudar de boa vontade. — Nicole olhou para Marco. — Camilla, por que você vai a algum lugar com ele? — ela olha para a amiga.
— Conversamos na festa outra noite e ele me disse o quanto sentia muito por tudo. Ele queria se desculpar e até me levar para sair hoje. — Camilla olha entre eles. — Então eu pensei que isso seria ótimo primeiro.
— Ele... — Tyler acena com a cabeça, o leve sorriso de Marco fez sua mandíbula apertar.
— Como ela disse, só estou aqui para pedir desculpas. — as mãos de Marco se levantam em defesa. — Então, se terminarmos. Estou pronto para ir. Entre no carro, Camilla.
Nicole fica surpresa. — O que diabos você acabou de dizer?
A cabeça de Gia estalou. — Com licença?
— Camilla não vai entrar naquele maldito carro. — Raven dá um passo, mas é agarrada e gira de volta ao lugar. — Xander!
Xander a segurou. — Não vou matar ninguém hoje, então relaxe.
Camila balança a cabeça. — Ele não quis dizer isso de forma alguma.
— Sim, ele fez. — Nicole foi dar uma olhada na cara dele. Tyler passou um braço em volta da cintura dela para puxá-la para trás. — Nunca diga a ela o que fazer. Na frente da loja do meu pai. Você perdeu a cabeça.
— Estou simplesmente dizendo a ela...
— Nada! — Raven o interrompe.
— Não é uma coisa. — Gia acrescenta.
Xander olha para a direita. — Gia, você dá um passo e eu te tropeço. — um revirar de olhos.
Tyler olhou para Marco. — Camilla, podemos falar com você lá atrás por um segundo?
Camilla olha entre seus amigos e Marco. — Não sei até que ponto isso é seguro.
— Ninguém vai tocar nele. — Rafael assegurou-lhe.
Nicole zomba.
— Especialmente não você: — Tyler puxa Nicole com ele. — Eu só preciso te contar uma coisa antes de você ir. Ele está seguro.
— Não fale por mim. — Raven zomba.
— Shhhh: — Xander aperta o lado dela com um leve sorriso. — Embora eu adorasse ver isso, não.
Camilla olha para Marco. — Serei muito rápido.
— Cinco minutos, Camila.
Nicole parou, virando-se novamente.
— Oh, inferno, não. — Raven saiu do aperto de Xander.
Xander a agarra pela cintura. — Venha e me ajude com as motos.
— Você já os consertou!
— Não, não fiz. Vamos. — ele a arrasta para fora da porta.
— Vou colocar a bunda dele em coma!
— Eu sei que você vai, passarinho. Eu sei.
A voz de Raven silenciada pela porta se fechando.
Nicole coloca a mão nas costas de Camilla e a leva embora, seu olhar maligno para Marco.
— Nós voltaremos. — Camila conta.
Tyler lançou-lhe um olhar antes de segui-lo.
Marco revira os olhos e balança a cabeça.
A cabeça de Gia se inclina. — Você quer algo para beber, Marco?
Marco dá de ombros.
Nathan ri. — II, não beberia aquele homem.
— Cale a boca, Nathan. — Gia estala.
★
— Ok, sério, não é um problema tão grande assim. — Camila conta a eles.
— Cami, o jeito que ele acabou de falar com você...
— Você está explodindo para ser algo mais. —
— Não, não estou. — Nicole estressa com ela. — Ele dando ordens em você.
— Ele não me deu ordem, Nicole! — Camilla levanta a voz de volta para ela. — Não é grande coisa e ninguém tornou isso exatamente acolhedor para ele.
— Ele me insultou duas vezes e me atacou uma vez. O homem precisa ter sorte de eu não ter colocado o pé na garganta dele. — Nicole assente.
— Ok, relaxe. — Tyler fica entre elas.
— Para alguém que odeia violência, você não tem problema em usá-la quando lhe convém. — Camilla levanta a mão.
— Para as pessoas de quem gosto, sim. — Nicole assente. — Você não é o tipo de garota para Marco.
— Então eu não sou boa o suficiente?
— Não foi isso que eu disse. — Nicole diz.
— Você praticamente fez isso.
Nicole segura a mão dela em oração, suspirando. — Camilla, eu não estou dizendo isso. Estou dizendo que as garotas que ele procura são aquelas que não veem o seu valor, essa não é você. Num minuto ele está falando assim com você e no outro ele está tentando colocar as mãos em você.
— Ele nunca faria isso.
— Como você sabe? — Nicole pergunta a ela. — Você mal conhece ele, Cami!
— Nem você!
— Eu vi o suficiente para durar uma vida inteira. — Nicole assente.
— Por que você está tão preocupada com o que estou fazendo com ele? Não é da sua conta.
— Você é minha amiga...
— Palavra-chave amiga. — Camila encara. — É isso que tenho com você. Mas você não é minha mãe. Não preciso de um sermão seu sobre com quem passar meu tempo.
— Só estou tentando ajudar. — Nicole promete. — Esse homem não é o cara para você. Não o bajule porque ele lhe mostrou um lado legal. Caras como esse gostam de começar a te derrubar mentalmente e depois é fisicamente.
— Tenho certeza que Tyler levou você através das cordas mentais. — Camilla joga de volta.
— Sim: — Tyler faz um gesto de 'duvidoso'. — Mas até eu sabia até onde realmente ir. — Nicole olha para ele. — O que?
— Olha, vocês dois se concentram em suas vidas amorosas e cuidam da vida das minas. — Camila aponta.
— Tá bom. — Nicole sai. — Eu não concordo com isso.
— Obrigada. — Camila vai embora.
— Espere. — Tyler chama.
Segurando a porta aberta, ela revira os olhos e olha para trás
— E agora?
— Tome cuidado. — Tyler diz a ela. — E se você precisar de mim. Me ligue.
— Eu vou ficar bem.
— Apenas prometa que você ligará. Ok?
— Tanto faz, Tyler. — Camila vai embora.
Caminhando pela garagem, ela lançou um olhar rápido para Nicole antes de entrar no carro.
Raven volta para dentro enquanto sai da garagem.
— Então ninguém pensou em furar os pneus do idiota? — Raven pergunta a eles.
Xander sorri para ela e balança a cabeça.
A mão de Nicole sobe. — Nada que eu possa dizer. Ela quer ir, deixe-a.
O braço de Tyler envolve seu peito e a puxa para trás.
— Ela vai ficar bem. — ele apoia a cabeça na de Nicole.
— Eu ainda digo que ele precisa de um pneu furado. — Raven zomba.
— Você tem andado muito com Xander. — Gia assente.
A cabeça de Xander vira para seu primo.
★
Sentado nos degraus que levavam à varanda.
Tyler vasculhou sua pequena caixa de ferramentas. Tirar os antigos e substituí-los por coisas novas.
Ao ouvir passos, ele ergueu os olhos e viu Camilla subindo os degraus inferiores.
— Quase fiquei preocupado com você. — ele deixa uma ferramenta cair na caixa. Vendo os arranhões em seus joelhos, ele franziu as sobrancelhas até olhar em seu rosto e ver lágrimas. — O que aconteceu?
Camila balança a cabeça. — Ele não me bateu, então não pense isso.
Tyler move sua caixa e deixa ela enviar uma mensagem para ele.
Camila se senta. Passando a mão pelo cabelo, ela funga, olhando de volta para a casa. — Nicole está em casa?
— Dentro com Gia. — ele concorda. — Por que?
— Não estou pronta para o discurso de eu te avisei dela. — Camilla suspira, usando as costas da mão para cobrir o rosto.
— Ela não vai fazer isso com você. — Tyler olha para ela. — Agora o que aconteceu?
— Ele, hum, ele só queria conversar sobre quais peças de carro você usa e tudo mais. Eu finalmente entendi e quando o fiz ele tentou me beijar e eu disse não. Então começamos uma discussão, me chamou de um monte de besteira. — ela acena. — Eu tive meus arranhões porque bati nele por tentar me forçar a entrar no carro, então ele me empurrou. O chão impediu minha queda, é claro. — lágrimas picando seus olhos. — Ele me deixou. Então tive que caminhar uma hora.
— Por que você não me ligou?
— Porque é constrangedor. — a voz de Camilla falha. — Não quero que alguém me salve sempre. Posso me salvar. Sempre salvei.
Tyler assente. — Sim, você fez. Não significa que você sempre terá que fazer isso, Camilla. — ele a cutucou.
— Como você sabia que tipo de cara ele era?
Tyler dá de ombros. — Marco deixa isso óbvio.
Camila assente. — Achei que poderia encontrar alguém que realmente não olhasse para mim com pena. Alguém que realmente se importasse.
Voltando-se para trás, ele pega a pilha de trapos limpos e pega um.
— Sabe, Nicole não estava dizendo que você não era boa o suficiente. Na verdade, ela estava dizendo que você é boa demais para dar a alguém como Marco uma maldita atenção. — Tyler diz a ela, ele olha para Camilla. — Eu prometo que há alguém lá fora para você, mas não é ele.
Ele amarra no joelho com mais sangue.
Camilla segura seus braços. — Posso te perguntar uma coisa? — ele concorda. — Você sempre a amou?
Tyler sorri. — Não, eu não fiz. — Camilla pisca confusa. — No primeiro dia em que a conheci, Nicole tentou me dar uma surra. Minha única graça salvadora é ser parente de Gia. — Camila ri. — Mas então passei a amá-la. Todas as coisas que achei irritantes acabaram se tornando as coisas que mais amo nela. — olhando para baixo, seu sorriso aparece ainda mais. — Eu perdi isso a certa altura. A única coisa sobre o amor é que você não precisa dele se não estiver disposto a lutar por ele. É aí que acontecem as lutas mais difíceis. Todo mundo lutou pela pessoa que ama em algum momento, e você irá.
— Não sei se sou tão forte.
— Seus joelhos machucados discordam.
Camilla ri baixinho.
— Eu sei que caras como Marco parecem bonitos por fora, mas essa alma é feia por dentro. Você se esquivou de uma bala e não precisa de nada assim em sua vida. Você me ouviu? — Tyler chama a atenção dela com um tapinha na perna. — Estou falando sério. Não deixe aquele idiota estragar tudo para a pessoa que está lá fora, Cami. Na verdade, você pode ser o mais forte entre todos nós neste grupo.
— Eu duvido.
— Eu não. — Tyler afirma. — Quem colocou isso na sua cabeça? Que você não é forte e precisa ser salvo?
— Meu tio quando eu morava com ele... — Camilla admite.
— Lembre-me de rebocar o caminhão dele amanhã. — Tyler acena para ela com uma risada. Ele sorri. — Você tem uma alma forte, Camilla, não deixe um idiota tirar isso de você. Promete?
— Eu prometo.
Tyler acena para a casa. — Ela está lá dentro.
Camilla se levanta e sobe a escada - ela se vira. — Obrigada, Tyler.
— Sem problemas. — Tyler acena com a cabeça, pegando as chaves.
— Onde você está indo?
— Diga a Nicole que esqueci algo na loja. Volto daqui a pouco.
— Ok.
Camilla entra em casa e vai para a sala onde ouve risadas. Com um aceno para todos, ela foi em direção à cozinha.
Nicole fechou a geladeira e se vira para ver a amiga ali. Uma gota de choque ao olhar para Camilla quando a garota se aproximou.
Camilla brinca com as unhas. — Nicole, eu estou...
Abraçando-a, Nicole suspira de alívio.
— Salve isso. — Nicole balança a cabeça. — Você está bem? — Ela se afasta. — O que aconteceu com seus joelhos? Ele machucou você?
— Mentalmente, talvez. — Camila balança a cabeça. — A parte física era por minha conta.
Nicole assente. — Então vou pegar o carro do bastardo, você percebeu?
— Não se opôs. — Camilla balança a cabeça, seus olhos suavizam. — Sinto muito, Nicky.
— Camilla, a última coisa que quero é fingir ser sua mãe. Ou fazer você pensar que não consegue cuidar de si mesma. Eu só estava preocupada com você. — Nicole admite. — Você acha que eu diria que você não é boa o suficiente para nenhum homem? Eu só não queria você com alguém porque você se sente sozinha. Essa não é a maneira de conseguir amor, especialmente com alguém como Marco. Eu não estou pronta para ver você machucada ou em uma daquelas situações em que acho que iria perder você por causa dele. Principalmente quando sei que você vale muito mais.
— Nem sempre parece assim.
— Portanto, trabalhamos nessa confiança. — Nicole diz a ela. — Está aí, só temos momentos de fraqueza e tudo bem. No entanto, me recuso a deixar você acreditar que Marco é sua única opção. — Camilla ri e a abraça, Nicole apertou-a com força. — Eu sempre vou cuidar de você.
— Eu sei porque é o seu trabalho.
— Não. — Nicole sorri. — Porque eu quero...
Camila se afasta. — Eu preciso que Gia me ajude com isso. Tyler teve que ir à loja, disse que voltaria.
— Ok. — Nicole a ajuda. — Vamos, vamos pegar algo para suas pernas.
★
Tyler entrou na sala, fechando a porta silenciosamente.
— Estou de pé. Então não há necessidade de ficar na ponta dos pés. — Nicole diz.
Os olhos de Tyler a encontraram na cama. Vestindo uma de suas camisas, seus cachos ainda úmidos do banho não muito tempo atrás.
— A loja demora tanto, né? — Nicole ergueu a sobrancelha, sentando-se em seu livro.
Tyler tira a jaqueta. — Eu estava procurando por algo.
Nicole notou os arranhões nos nós dos dedos. — Tyler.
— Ele teve o que mereceu. — Tyler joga a camisa para o lado. — Eu levei Xander comigo.
— Bem, eu sei disso. — Nicole bufa. — Quem você acha que me disse onde você realmente estava?
Tyler revira os olhos. — Dedo duro.
Nicole suspira. — O que você fez com ele?
— Eu dei uma surra nele porque sempre quis. Mas isso foi depois que ganhei isso. — ele tem as chaves do carro de Marco. — Um presente para Camilla. Ela queria outro carro para virar seu. — Nicole pega as chaves. — Ela está bem?
— Sim, ela vai passar a noite, ela está no quarto da Gia. — Nicole sorri para as chaves. — Deixe para você me vencer.
— Oh eu sei. — ele acena para eles. — Isso não vai tirar nada, mas quero que ela saiba que realmente não precisa disso. Já vi muitas garotas entrarem nessas situações, nunca quero que ela se machuque assim, nenhuma delas.
— Eu sei. — Nicole toca sua bochecha, sorrindo. — Xander está certo. Você é um bom irmão quando quer.
Tyler revira os olhos com uma leve risada. — Quando eu quero estar, hein? — Nicole assente. — E que tal um bom namorado?
Nicole cantarola divertida. — Quando você quiser ser...
— Oh sério? — abraçando-a, Nicole ri. — Levá-lo de volta.
— Eu retiro o que disse! — Nicole cai contra ele. Empurrando o cabelo para trás, ela olha para ele. — O que?
— Absolutamente nada, Toretto. — ele
balança a cabeça. Nicole ri e se move para abraçá-lo.
— Obrigada.
Tyler balança a cabeça. — Ela é minha amiga.
— Eu sei...
Camilla sorri consigo mesma ao lembrar.
— Eles me ajudaram muito. — ela assente. — Eu nem sempre quis ser aquela garota que precisava ser salva. Eu queria salvar alguém pelo menos uma vez. E consegui... Pelo menos espero que sim.
Sin sentou-se em sua cadeira, quieto. — Você tinha boas pessoas ao seu redor.
— Sim. — Camilla concorda. — Você vai me dizer por que sua cabeça já está tão bagunçada?
Sin zomba baixinho. — Conhecer minha história de pena não me tornará diferente aos seus olhos.
— Isso pode me ajudar a entender você.
— Me entender? — a cabeça do pecado se inclina. — Você quer que eu explique o fato de minha própria mãe ter sido baleada na minha frente. — o olhar de Camilla suaviza. — Ou a parte em que eu digo que foi meu chamado 'pai' quem fez isso. — um olhar para baixo o fez dar uma risada sombria para si mesmo. — Ele pagou por isso alguns anos depois. — a risada e o sorriso desaparecem. — Embora nada disso a traga de volta. Agora, traz?
— Por que ele a matou?
— Nunca quis que ela me tivesse. — Sin encolhe os ombros. — Ela conseguiu me manter escondido por alguns anos. Até aquele exato momento. Justamente quando penso que ela não poderia ser mais estúpida.
Camilla olha para ele loucamente. — Ela salvou sua vida.
— Nunca pedi a ela ou disse que queria continuar vivendo. — Sin diz para ela, Camilla olha para baixo. — A única pessoa que se importava se eu respirasse, se foi... — ele estala os dedos. — Bem desse jeito.
— Perdi minha mãe assim. — Camilla admite para ele. — Ela foi atingida por uma bala perdida no caminho para me buscar na escola. Eu não pude nem ir ao funeral dela. Fiquei com muito medo.
— Sobre o que?
— Para dizer adeus. — Camilla sentiu as lágrimas escorrerem.
Embora ela quisesse manter sua palavra de nunca chorar na frente desses homens, aqui estava ela. Esperando o mesmo olhar lamentável, ela ficou surpresa ao ver Sin olhando para ela com uma expressão vazia. Mesmo que ele estivesse pensando, ela não sabia.
— Bem. — Sin finalmente parou para falar. — Acho que temos mais em comum do que pensávamos.
— Eu acho que sim. — Camilla usa a mão para enxugar as lágrimas.
Ao ouvir um movimento, ela olha para cima quando ele se aproxima de sua cama. Curvando-se, ele lhe ofereceu a pequena caixa de lenços.
Olhos cansados encontram os curiosos de Sin. Tirando dele, ela tira alguns.
— Você não precisa que eles vejam você chorando diante das câmeras. — Sin diz a ela.
— Obrigada. — Camilla o segura no colo.
— De nada, Camila.
Ouvir o nome dela a fez lutar para manter os olhos baixos. Quando ela olhou através dos cílios, aqueles mesmos olhos fixaram-se nos seus.
— Ainda não estou comendo. — ela conta a ele.
Um revirar de olhos. — Estou ciente da sua teimosia. — ele volta em direção à porta.
— Isso significa que você não vai embora?
Virando a cabeça por cima do ombro, ele para. — Por enquanto, sim. — Sin tem um assento na cadeira.
— Ok.
Camilla se deita, enrolando o travesseiro sob a cabeça.
Logo ela suspira. — Existe uma razão para você continuar olhando para mim?
— Há uma razão para você continuar olhando para trás?
Nenhuma resposta enquanto ela zomba.
Sin sorri - apoiando as pernas. — Acho que não.
— Estou tirando uma soneca. — Camila conta a ele.
A cabeça de Sin se inclina. — Você confia em mim o suficiente?
Um silêncio caiu na sala entre os dois.
A voz de Camilla estava baixa.
— Ainda não sei...
Sin ouviu isso, seu olhar viajou do chão para a garota que estava deitada na cama não muito longe dele.
— Você é um grande problema para mim. — Sin diz, observando-a. Um leve sorriso triste aparece em seus lábios. — Boa noite, Camila...
Esse foi apenas um capítulo bônus!
Você acha que Sin deixará Camilla morrer? 👀 Ela já confiou. Veremos à medida que a história continua.
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