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˖࣪ ❛ O TEMPO PASSA RÁPIDO
— 92 —

NICOLE ESTAVA SENTADA no chão, com o cabelo liso preso em um rabo de cavalo alto enquanto ela examinava os papéis.

— Aqui está, Nicole. — Talia entra na sala com uma caixa. — Elena enviou.

— Outro? — Nicole franze as sobrancelhas. — Espero que não sejam mais roupas.

— Seu filho nunca vai precisar de roupas, isso é certo.

Rindo, Nicole usa o sofá para ficar de pé, mas Talia foi rápida em correr e ajudá-la a se levantar.

— Eu estou bem.

— Tem certeza?

— Eu tenho que me acostumar com isso em algum momento.

Nicole suspira, puxando a camisa para baixo sobre a barriga que aparece. Já se passaram oito meses desde o dia em que ela chegou ao pequeno lugar que se tornou seu lar.

Elena apresentou Talia no dia seguinte. No início Nicole não falava muito com a garota, mesmo tendo a mesma idade, Nicole não era confiável para ninguém ao seu redor. Mesmo que ela tenha suavizado, ela ainda não confiava em ninguém que não fosse sua família ou Elena no momento.

Além das dores nas costas, ela estava bem e fez questão de se exercitar para ajudar a se manter motivada e saudável. Foi uma recomendação da médica e acabou sendo de alguma ajuda para ela. A médica e Elena foram sua graça salvadora em alguns sustos que ela teve. Sua médica estava de plantão e sempre disposta a responder qualquer dúvida para ela. Ela se sentiu um pouco melhor sabendo que a mulher mais velha a ajudaria quando seus nove meses finalmente terminassem.

Foi um pouco estranho para ela como seu estômago não cresceu tanto quanto ela pensava. Uma coisa explicada para ela ser normal para uma garota do tamanho dela. A médica tentou contar uma piada sobre gêmeos e Nicole riu inquieta, só de pensar nisso a faria cair de uma ponte sem carro. Carregar um filho já dava trabalho suficiente, ela não estava pronta para tentar criar dois.

Nicole abriu a caixa e tirou um lindo cobertor de pelúcia. De um lado azul marinho e do outro lado preto, costurado na frente, 'Mom & Dads Best Gift'.

Com um leve sorriso, ela o segura contra o peito. Elena havia perguntado a ela há algumas semanas quais eram as cores favoritas dela e de Tyler, e ela não conseguia pensar no porquê, mas o cobertor agora confirmava. Seu nome ainda causava uma dor em seu peito. Os pesadelos não eram tão frequentes, às vezes ela sonhava com ele, mas pareciam um pesadelo quando ela acordava e via que ele não estava realmente ali com ela.

Mesmo depois de oito meses, ela ainda chorava e os hormônios não melhoraram em nada para ela.

— Ah, é tão lindo! — Talia para de tirar coisas para ela.

Nicole sorri e entrega a ela. — Idéia de Elena.

— Eu amo isso. — Talia ri. — Aposto que este será o favorito dele.

— Tive um bom pressentimento. — Nicole assente.

— Você está feliz por ser um menino?

Nicole faz uma careta. — Você sabe que eu estou. — ela pensa sobre isso. — Eu meio que pensei em uma garota, mas não consegui me imaginar com uma. Não me importei com uma, mas simplesmente não a vi e agora sei por quê. Embora eu deseje que esse garoto o faça, saia minha bexiga. — Nicole olha para a barriga quando diz isso, revirando os olhos. — Ainda nem saímos e as crianças estão desafiadoras.

Talia dobra o cobertor rindo. — Aposto que ele estará igualmente animado quando sair.

— É melhor que sim. — Nicole zomba. — É como um circo lá entre duas e três da manhã. A primeira vez que vi um pé chutar minha barriga por dentro, liguei para Elena e disse a ela que acho que algo está errado com ele. Ou que eu estava cultivando outra espécie. — Talia bufa. — Sim, ria. Ninguém me explicou tudo sobre a gravidez.

— Bem, você tem uma pequena desculpa. — Talia abre um pequeno espaço entre os dedos. — Você escolheu um nome?

— Ainda debatendo. — Nicole suspira, ela sorri um pouco. — Embora eu ache que sei o que será. Tudo isso será confirmado quando ele finalmente sair de lá.

— Você ainda tem um mês. Você está animada?

— Mais como aterrorizada. — Nicole examina a caixa. — Mas estranhamente, estou feliz.

Talia se senta na beira do sofá. — O que há de tão estranho em ser feliz?

— Isso nunca dura muito para mim. — Nicole admite, seu sorriso ficando frágil. — Normalmente algo ruim acontece. Quase me faz sentir amaldiçoado às vezes. Como se eu merecesse um pouco disso.

— Ninguém merece o que você passou, mas isso te deixou mais forte, certo?

Uma leve zombaria. — Dizemos isso para tentar justificar como a vida às vezes é insuportável. Isso nos torna mais fortes, mas odeio ter que ser sempre. — Nicole balança a cabeça. — Foi bom quando voltei para casa. Eu poderia tentar ser mais forte, mas... — ela sorri para si mesma. — Tyler percebeu isso todas as vezes. Sempre lá para me lembrar que eu não precisava estar se não quisesse.

— Ele parece um cara muito legal.

— Ele era um idiota. — Nicole sorri. Talia ri enquanto olha para ela. — Mas eu amo ele.

— Você não quer dizer amou?

Nicole balança a cabeça. — Não, amou já passou. Nunca vou deixar de amá-lo. Também prometi que sempre o faria, mesmo quando ele parasse de amar a si mesmo.

Talia olha para baixo. — Acho que ninguém nunca me disse isso.

— Você irá. — Nicole acena com a cabeça, Talia levanta os olhos. — Eu não gostava muito da sua existência quando você apareceu... — Talia sorri. — Mas você cresceu comigo e tem sido uma grande ajuda. Qualquer um que consegue me aguentar normalmente é incrível, então lidar com a minha gravidez é de um nível diferente.

Talia ri enquanto se levanta. — Foi um prazer, acredite em mim. Elena me contou o que pôde, e também me lembro de como minha mãe estava com medo de ficar sozinha com minha irmã e eu. Ela não estava com meu pai por causa do que aconteceu com ele. Então eram só ela e duas meninas.

— Parece guerra.

— Concordei que era, mas ela fez isso. — Talia suspira. — É assim que eu sei que você pode.

— No começo eu argumentaria, mas acredito que posso.

— Bom. — Talia dá um tapinha nas costas dela. — Você deveria sempre, e eu estarei aqui durante os primeiros meses. Então você não tem nada com que se preocupar.

— Obrigada, Talia.

— Sem problemas. — arrumando a caixa, ela a levanta com facilidade. — Vou colocar isso lá em cima e ajudar você com o jantar.

— Tudo bem. — Nicole se aproxima e se senta no sofá. Ficar em pé por longos períodos também não era mais sua coisa favorita.

Pegando a foto no suporte ao lado dela, ela sorri.

Elena conseguiu o que sobrou da explosão. Algumas fotos que ela conseguiu guardar e eram as que ela mais precisava.

A foto com ela e Tyler no último churrasco em família. Gia conseguiu tirar uma enquanto Nicole estava rindo em seu colo. Nicole olhou para Tyler na foto e percebeu que ele a encarava o tempo todo com um certo sorriso.

Ele sempre olhou para ela assim. Mesmo em suas falhas e momentos ruins, aqueles olhos voltados para ela não mudaram e nem os sentimentos dele. Mesmo quando ela estava sendo teimosa com ele, ele simplesmente sorria e fazia algo que normalmente a provocaria para finalmente fazê-la falar. Todo o inferno que eles passaram para finalmente saber como funciona o outro.

Perdê-lo do jeito que ela fez, ainda não parecia certo.

Elena estava tentando encontrar os amigos de Nicole, mas todos simplesmente saíram do controle, pois tudo levava a becos sem saída. Ninguém queria ser encontrado e Nicole não podia dizer que os culpava. Eles estavam todos tentando se manter seguros no momento, e ela precisava fazer isso ao máximo.

Um leve movimento a fez olhar para baixo e sorrir.

— Acho que você está acordado aí. — Nicole murmura, colocando a foto de lado.

Quanto mais a criança crescia, mais ela não se sentia tão sozinha. Talia ajudou, mas a verdadeira pessoa que a mantinha em movimento estava com ela desde o dia em que descobriu.

A ideia de ser mãe a assustava, mas ela mal podia esperar para vê-lo. Se foi uma coisa que ela prometeu fazer é proteger o filho que eles criaram juntos. A última coisa estava ligada a Tyler, e ela o tinha ali com ela.

Tudo o que ela conseguia fazer era imaginar a emoção quando ele descobrisse que era um menino. Tyler sempre falou sobre ser um modelo melhor e melhor que seu próprio pai. Nicole toca a barriga enquanto sorri.

Não havia dúvida em sua mente que ele teria sido...

Batidas na porta fizeram sua cabeça levantar. Talia desceu as escadas, dando o último passo devagar enquanto olhava para Nicole.

— Você está... — Talia pergunta, mas Nicole balança a cabeça rapidamente.

Outra rodada de batidas ecoa.

Talia tira a arma do quadril enquanto acena para Nicole ir atrás.

Sem correr nenhum risco, Nicole pegou a arma debaixo da mesa de centro e foi até os fundos, mas deu uma olhada para ter uma visão clara e atirou se necessário.

Talia mantém a arma escondida na outra mão enquanto abre ligeiramente a porta. — Posso ajudar?

— Estou procurando por Nicole Toretto. — a voz diz a ela.

As sobrancelhas de Nicole se contraem ao ouvir a voz. Era familiar.

— Eu não conheço nenhuma Nicole, me desculpe.

— Tem certeza? — seus olhos verdes piscam com curiosidade, a figura encostada na porta. Dando a Nicole uma pequena visão de seus braços que usavam um decote em V branco de manga curta.

— Tenho muita certeza.

— Huh. — um aceno de cabeça. — Engraçado. Só Nicole está com aquele Charger lá fora.

— Qualquer um pode ter esse carregador. — Talia desvia.

— Mmm, é verdade, mas não com aquele motor ou interior. Eu deveria saber, eu mesmo a ajudei a fazer isso.

Os olhos de Nicole se arregalaram vindo da esquina. — Xander?

Talia se vira, olha de volta para o cara e abre mais a porta para ela ver.

Passando pela garota, Xander olhou para sua melhor amiga no corredor. Pelo menos ele pensou que era ela.

Cabelo um pouco mais comprido que antes, mas com aqueles cachos naturais que ele lembrava. A altura ainda é a mesma e as características ainda brilham desde a última vez. Só que desta vez ela teve um solavanco, pois os olhos dele foram rápidos para descer para o que ela carregava com ela.

O alívio em seu rosto apareceu quando ele a viu.

Ela estava bem...

Depois de todos aqueles meses de busca, uma mulher loira chamada Elena o encontrou hoje cedo, enquanto ele parou em Los Angeles. No minuto em que ela lhe disse onde Nicole estava, ele não perdeu um segundo, pois tinha que ter certeza por si mesmo.

Um sorriso se contorcendo em seus lábios. — Posso te chamar de mamãe Toretto agora?

Algumas lágrimas escorreram por seu rosto enquanto ela se aproximava e o abraçava. Xander a segurou, mas não com muita força, pois tinha medo de fazer qualquer coisa. Ela era forte, mas se sentia tão frágil assim.

— Ainda não. — Nicole colocou o rosto em seus braços enquanto respirava o mesmo perfume que ele usava como sempre. Músculos mais construídos e ombros mais largos, oito meses mudaram muita coisa entre eles.

Xander se afasta, enxugando o rosto. — Eu procurei por você em todos os lugares.

— Você fez?

— Eu não te disse que faria isso? — Xander levantou a sobrancelha e prendeu o cabelo dela para trás. — Eu não esqueci de você, Nick. — Nicole sorri e o abraça novamente. — Nenhum de nós fez. Inferno, você foi tudo o que me preocupou nos últimos meses.

— Eu estava bem. — Nicole assegurou-lhe.

Xander esfrega as costas dela enquanto ela o ouve repetir os mundos para se garantir: — Eu encontrei você.

O calor em seu peito por finalmente vê-lo novamente e saber que ele ainda estava vivo. Isso aliviou os oito meses de preocupação que ela teve por ele e seus amigos.

— Eu não tenho toda a tripulação comigo. — Xander se afasta. — Mas eu tenho alguém.

Talia olha para trás quando Camilla entra.

— Cami. — Nicole sorri.

— Nicole! — Camila entra correndo.

Nicole ri quando Camilla esbarra nela.

— Uau, não mate a criança aí dentro! — Xander diz a ela.

— Ela está bem, ela está bem. — Nicole ri abraçando sua amiga de volta. — Eles são bons, Talia. Eu os conheço.

— Ok. — Talia fecha a porta, colocando a arma de volta em segurança. — Estarei lá em cima até você terminar. — ela se levanta.

— Quem é a guarda-costas? — Xander pergunta quando a viu desaparecer escada acima.

— Silêncio. — Nicole acena para ele.

— Deus, eu senti sua falta. — Camila suspira. — Olhe para você, você está tão linda grávida. — ela se afasta. — Tenho que tirar uma foto para Gia.

— Por que ela não veio com você? — Nicole pergunta.

— Cuidando de Raven. — Xander diz a ela. — Além disso, não esperávamos encontrar Elena. Camilla era apenas minha motorista de fuga, só para garantir.

— Voltarei para a última parte. O que há de errado com Raven? — Nicole pergunta. Camila sorri. — O que?

— Seus malditos hormônios são o que há de errado com ela. — Xander murmura.

Os olhos de Nicole se arregalaram. — Não. — Xander concorda. — Oh meu Deus, sério? Vocês dois? Eu nunca imaginei isso.

Xander bufa. — Ah, sim, porque você e Tyler eram os mais queridos da mãe e do pai quando descobrimos.

Nicole ri. — Não, não, estou feliz por você. — Xander ri quando ela o abraça. — Eu não posso acreditar nisso. Isso simplesmente aconteceu?

— Sim. — Xander assente. — Descobri ontem.

Nicole olha para o amigo. — Eu não posso acreditar nisso.

— Sim, mas isso é daqui a nove meses. — Xander dá de ombros.

— Então. — Nicole dá um tapa em seu ombro. — Você vai ser pai. — uma leve zombaria enquanto ela balança a cabeça. — Eu imagino.

— O que diabos eu conseguiria dele?

O sorriso de Nicole quase mudou, mas ela conseguiu mantê-lo enquanto a morte de Tyler trouxe uma tensão diferente.

— Você faria, mas ele ficaria tão feliz. — Nicole segurou sua mão. — Assim como eu sou.

— Obrigado.

— Vocês podem entrar na cozinha. — Nicole faz um gesto para que eles o sigam.

— Então, você tem uma guarda-costas? — Xander traz à tona novamente.

— Não estou realmente em posição de lutar para me defender de nada, então sim. — Nicole acena com a cabeça, passando água para ambos. — Você vai me dizer por que precisava que Camilla fosse motorista de fuga?

— Apenas no caso de... — Xander bebe um gole de água com um sorriso malicioso.

— No caso de quê? — Nicole pergunta a ele.

— Escute. — Xander abaixa sua garrafa. — Eu acho que é seguro para você poder sair e ser vista novamente. O que quer que tenha acontecido, morreu naquele dia. Jakob está fora da rede, assim como Cipher. Algo está me dizendo que aquela não era nossa mãe. Eu me sinto como que a morte de Tyler a teria tirado do esconderijo mais rápido do que qualquer coisa. — os olhos de Nicole ficaram tristes. — Então, por mais que pensássemos que fosse, não é. Nossa mãe não deixaria isso passar. Ela estaria procurando pessoas para culpar e tentando tirar o que puder.

— Eu acho que isso é uma coisa boa. — Camila suspira.

— Sim. — Nicole assente. — Sinto muito, Xander.

— Está tudo bem. — Xander tentou sorrir, mas ele desistiu. — Ao contrário de Tyler, eu não gostava muito da ideia de sua respiração, de qualquer maneira. Eu queria saber mais sobre meu pai. Acontece que ele morreu naquele dia.

— Sua mãe também?

— Eles só encontraram um corpo. — Xander explica. — Então, só porque Cipher não era ela, isso não significa que ela provavelmente não esteja por aí. De qualquer forma, não é problema meu. Onde está o Pomo? Ele apenas deixa Elena cuidar de você. — o olhar de Nicole cai imediatamente para o balcão, o que o faz parar no meio da garrafa. — O quê? Ele está bem?

— E-eu não sei. — Nicole admite que pensar nisso ainda a assustava. — No dia em que fomos para o México, ele estava comigo e na manhã seguinte... — Xander franze a testa - suas sobrancelhas se juntam. — Na manhã seguinte ele se foi.

— O que? — Camilla vira a cabeça para ela.

— Que diabos você quer dizer com isso? — Xander coloca a garrafa na mesa. — Ele simplesmente se levantou e saiu?

— Eu não sei, Xander. Ele não me deixou nada, exceto um telefone, mas logo tive que jogá-lo fora porque não sabia o que estava anexado. — Nicole diz. — Estou preocupada com ele.

— Você deveria estar porque eu definitivamente vou matá-lo. — Xander assente.

— Não diga isso, não sabemos o que aconteceu.

— O inferno vem nos visitar e desaparece, o que você acha que aconteceu Nicole?

— Não coloque isso nele, Xander. Eu sei que você quer culpar alguém.

— Oh, acredite em mim, Jakob é o culpado. — Xander assente. — Mas eu sempre tive um leve pressentimento, assim como o seu amiguinho policial. — Nicole desvia o olhar. — Estou lhe dizendo que algo não está acertando nisso. Você pode ficar em negação por enquanto, mas quando você perde esses sete quilos, você está crescendo aí...

— Ele pesa seis libras, obrigada. — Nicole corrige.

— Uma diferença numérica. — Xander retruca. — A questão é que não acho que Eric tenha tido algo sério a ver com a morte de Tyler, mas também não acho que ele tenha sido completamente sincero sobre o motivo de estar aqui.

Nicole desvia o olhar. — Ele não mentiria para mim.

— Para proteger você? Sim, tenho a sensação de que ele faria isso.

— Proteger do quê?

Xander suspira. — Eric acreditava que quem quer que fosse Cipher estava interessada em você por algum motivo, Nicole, eu e Tyler queríamos saber por quê. Tínhamos a sensação de que era nossa mãe por causa das semelhanças, mas como eu desmascarei, se fosse, ela estaria em um matança.

— Então você acha que ele mentiu sobre o quê exatamente? — Nicole pergunta.

Camila balança a cabeça. — Xander acredita que Eric ainda é policial.

Nicole olha para Xander, que dá de ombros.

— Escute, eu sei que você não gosta dele, mas não acho que ele faria isso. Tentar descobrir coisas para me proteger de sons como ele, mentir não.

— Tudo bem. — as mãos de Xander se erguem em defesa, ele aponta um dedo. — Ainda estou deixando o queixo dele fora do lugar por sair e não me contar.

— Está tudo bem. Eu não fiquei sozinha por tanto tempo. Elena me encontrou algumas semanas depois disso e então trouxe Talia aqui e ela tem sido de grande ajuda. — Nicole admite. — Então, estou bem.

Xander sorri. — Mais ou menos sobre o que me importa. Eu também ouvi as palavras, ele? Isso significa... — suas sobrancelhas se curvam. — Garoto?

— Garoto. — Nicole sorri.

Camila sorri. — Agora tenho certeza de que Xander vai ter uma menina.

— O que eu disse sobre desejar coisas ruins para mim? — Xander pergunta a ela.

Nicole ri.

— Eu amo isso. — Xander se abaixa para ver melhor a barriga de Nicole. — Pensar que vocês têm que carregá-los ainda é alucinante. Tenho a sensação de que você vai ser teimoso como seu pai, infelizmente, garoto.

— E o tio dele.

— Com a oração, é claro, ele adquire algumas das minhas características. — Xander pisca para ela com a risada de Nicole. — Você vai cuidar dela, eu aposto. Uma coisa sobre os homens da nossa família, não importa quão jovens, eles cuidarão de qualquer um. — um sorriso enquanto ele dá um pequeno tapinha em sua barriga. — Sim, você vai ficar bem. Vocês dois.

Nicole sorri enquanto Xander se levanta.

— Engraçado, você vai ter que fazer um treinamento importante quando isso acabar. — Xander suspira.

Nicole tira a faca da gaveta junto com a tábua para começar o jantar.

— Por que? — Nicole pergunta a ele.

— Por favor, você provavelmente tem sido preguiçosa nesses últimos meses. Provavelmente mais lento e... — Xander para quando a faca é girada com facilidade e apontada a centímetros de seu pescoço enquanto ela lava a tábua com a outra. Os olhos de Xander se estreitam para a faca enquanto ele pisca lentamente, os olhos arregalados de Camilla olham para frente e para trás entre os dois. — Ok, talvez você não precise trabalhar nessa parte.

Nicole tira a faca. — Sou muito capaz de me defender quando necessário. Confie em mim.

— Nicole, onde fica seu banheiro?

— Lá em cima à direita.

— Obrigada. — Camilla sai correndo.

Nicole sorri e olha para Xander.

— Como você tem estado?

— Eu estou bem.

— Você está animado?

— Sobre Raven? — Xander pergunta. — Claro que estou. Gostaria de estar em casa para ficar mais animado. Ou o que temos como lar. Seu primo Mando conseguiu uma bela casa para todos nós lá fora.

— Estou feliz que ele cuidou de vocês. — Nicole sorri. — Ele foi minha salvação na República Democrática do Congo, me fez pensar muito.

— Entendo por que você escapou até lá. — Xander assente. — Paz diferente com isso.

Nicole larga a faca. — Xander. — ele olha para ela. — Você não precisa continuar fazendo o que está fazendo.

— Não comece, Nicole. — Xander avisa.

— Não, eu vou começar. — Nicole diz a ele. — Todo mundo vai dançar com casca de ovo com você, mas eu não. Você precisa parar de cavar e ir para casa.

— Você diz isso como se não quisesse descobrir o que aconteceu com ele.

— Sabemos o que aconteceu, Xander, e sabemos quem fez isso. Pelo menos sabemos quem participou disso. — Nicole diz. — Mas fazer isso direito, aqui, não vai fazer nada além de piorar as coisas.

— Assim como ignorá-lo.

— Todos nós não estamos em posição de optar por prestar mais atenção a isso. — Nicole tenta explicar para ele. — Raven precisa de você em casa.

— Eu tive que encontrar você, Nicole.

— Você fez isso. — as mãos de Nicole repousam sobre as dele, inclinando-se para ele. — E eu estou bem.

— Você não quer voltar conosco?

— Ainda não. — Nicole balança a cabeça. — Eu acho que é melhor eu ficar aqui até depois que ele nascer e então me juntar a vocês para que Talia possa voltar para casa. Mas você precisa se afastar disso. Tyler não teve a chance de ir embora, Xander. Eles o levaram antes que ele pudesse. — Xander desvia o olhar. — Você realmente quer trazer balas para a sua paz de novo? E desta vez uma delas pode não errar...

Xander zomba. — Eu sobrevivi a coisas piores.

— E Raven? — Nicole pergunta. Seu silêncio a deixou quieta. — Como ela sobreviveria? — Xander olha para ela através dos cílios. Nicole morde as lágrimas. — Aquela dor de ela perder você, ou o contrário. Você não quer isso com você. — por mais que ela tentasse, as lágrimas ainda picavam sua visão. — Tenho pesadelos, choro. Tenho sonhos, choro. Tudo porque são sempre sobre ele. Só estou me mudando por causa do filho que temos, mas se não fosse por isso. Preferia morrer ali com ele. — os olhos de Xander se arregalaram. — Quando você ama alguém até esse ponto. Perdê-lo é como se perder e tentar aguentar todos os dias é a pior parte.

Xander sentiu a própria dor no peito, aquela expressão nos olhos dela - ele nunca tinha visto isso, exceto quando ela estava com Owen. Esse medo de perder e talvez até de se perder.

Demora um minuto, mas ele assente. — Eu voltarei para casa com ela. — o sorriso de Nicole era fraco, enquanto ela enxugava as lágrimas com as costas da mão. — Mas eu não quero você aqui sozinha.

— Elena estará aqui mais em breve, já que está perto dessa hora, e eu estou com Talia. — Nicole diz a ele.

— Por que você não deixa Camilla ficar? — Xander oferece. — Eu sei que ela quer e isso deixaria alguns de nós à vontade. Só porque acreditamos que ninguém está olhando, não significa que devemos ficar desprevenidos. Posso trazê-la de volta em algumas semanas. Deixe-a arrumar alguns coisas. Isso vai aliviar um pouco minha mente e a de Gia.

— Se ela quiser, sim. — Nicole assente. — Eu poderia precisar de mais companhia, especialmente um rosto familiar.

Xander assente. — E você virá conosco quando isso acabar, certo?

— Claro. — Nicole sorri.

— Bom. — Xander suspira e olha para baixo. — Estou muito feliz que você esteja bem, Nicole. — isso a fez apertar a mão dele. — Eu sei que ele não está aqui, mas ainda estou por vocês dois e não vou a lugar nenhum.

Nicole sorri. — Eu sabia desde Londres que não iria me livrar de você. — Xander pisca fazendo ela rir e abraçá-lo.

Penteando o cabelo dela para baixo, ele apoiou o rosto na cabeça dela com um sorriso satisfeito. — Ele ficaria orgulhoso de você, você sabia disso?

— Eu sei. — Nicole sorri.

— Estou orgulhoso de você.

O sorriso de Nicole cresce. — Eu sei...

Nicole sentou-se à mesa com Talia e Camilla conversando.

— Nada ainda? — Talia pergunta a ela.

— Tenho sentido um pouco de dor. — Nicole dá de ombros. — Nada grave. A médica disse que é normal, mas a essa altura eu gritei, implorei e até chorei.

— Para a médica?

— Não, ao garoto que não quer se despejar. — Nicole diz, Camilla bufa. — Estou cansada e neste momento ele está falando em tentar ajudá-lo a se assumir e eu não quero isso. Mas também quero que ele saia.

— Uau, nem nasceu e ele está lhe causando problemas. — Camilla toma um gole de café.

— Conte-me sobre isso.

Elas estavam em contagem regressiva, mas parecia que a criança queria chegar dias atrasada. Todos os outros não se importaram, mas Nicole tinha toda a intenção de expulsá-lo no dia em que deveria.

Camilla ficou mais do que feliz em descer e ficar com ela, pois Gia trocaria de lugar com Camilla quando a criança chegasse. Xander já havia dito a ela para ligar quando isso acontecesse, pois todos queriam estar lá para ajudá-la e vê-lo.

Elena adorava ter as duas meninas lá com Nicole, já que ela fazia visitas mais frequentes.

Nicole empurra a cadeira para trás. — Vou sentar lá fora.

— Sim, preciso fazer algumas tarefas hoje. — Camila se levanta. — Vocês duas precisam de alguma coisa?

— Estou bem. — Talia balança a cabeça.

Camilla acena com a cabeça e olha para a amiga. — Nicole, precisa de alguma coisa?

— Uma criança que sairá quando for mandada. — Nicole resmunga, deixando de fora.

Camilla e Talia riem dela.

— Eu volto em breve. — Camila sai.

Tália se levanta. — Eu vou limpar isso.

Nicole sentou-se do lado de fora e apoiou os pés com um suspiro. Algumas horas se passaram, ela teve que ignorar as dores que iam e vinham e a necessidade de se curvar devido à leve dor.

Recostando-se, ela observa a vista. A vista da praia era ótima, mas ela gostaria de poder aproveitá-la mais sem o peso extra que pesava sobre ela.

Examinando o telefone, seu polegar pairou sobre o nome de Dom. Já fazia alguns meses desde que ela falou com eles. Por mais que ela quisesse contar a eles, ela ainda não conseguia explicar tudo, especialmente por telefone.

Ainda assim, a dor de não poder ter Letty com ela durante tudo isso e até mesmo seu pai permanecia todos os dias. Principalmente Dom. Se houve um momento em que ela precisou do pai, foi quando Tyler morreu. Mas o medo de contar a eles agora e tão tarde também ressurgiu.

Nicole suspira, esfregando a testa. — Eu faço isso comigo mesma. — ela suspira.

A segundos de ligar para o número de Letty foi uma dor e bateu nela, fazendo-a largar o telefone no chão e deixar cair as pernas da outra cadeira. Um leve grito escapou de seus lábios quando ela sentiu a pressão e a sensação de água escorrendo por suas pernas, mas a dor que vinha junto com isso, e não parecia normal. Algo dentro de seu corpo lhe dizia que não. Um instinto.

Curvada, ela tentou se levantar, mas não conseguiu, pois soltou outro som de dor.

Talia abre a porta. — Nicole, eu tenho alguns... — seus olhos se arregalaram. — Nicole. — ela corre, colocando um braço em volta dela enquanto segura sua mão. — Você está bem?! O que está acontecendo?

— Não sei. — Nicole tinha lágrimas escorrendo pelo rosto de dor. — A-algo está errado, algo não parece certo.

— É o bebê? — Talia pergunta a ela, Nicole balança a cabeça ansiosa e quase cai de joelhos, mas Talia a segura. — Não, não, preciso que você caminhe comigo, ok. Vou levar você ao hospital, eu prometo - mas preciso que você respire e não tenha pressa. Você acha que consegue?

Nicole morde a dor e balança a cabeça. — S-Sim.

— Ok, vamos. Peguei você, não se preocupe. — Talia a ajuda.

Chegar ao hospital foi a parte mais difícil, pois Nicole sentiu que as coisas pioravam à medida que chegavam lá.

Talia teve que correr para pedir ajuda a alguém, pois Nicole não conseguia mais sair do carro. Sentir dor era simples, mas essa dor era maior do que ela jamais sentiu em toda a sua vida.

Nicole não viu muita coisa, pois tudo começou a parecer uma névoa e mais tonta quando a colocaram em uma maca e a levaram para dentro. Por que ela estava tão tonta? Não parecia algo comum. Ela não estava tomando nenhum tipo de remédio e a única coisa que bebia era o chá que Talia normalmente fazia todas as manhãs, ela nem comia ainda.

Muitas luzes em seu rosto enquanto algumas enfermeiras a cercavam. Era um hospital pequeno e privado que Elena encontrou graças a uma recomendação. Dizer que foi útil era um eufemismo.

Nicole não conseguia mais ouvir Talia nem nada no momento enquanto a transferiam para outro quarto. O médico com quem conversaram era o médico normal dela, e ela nunca o tinha visto um dia em sua vida. Onde estava sua médica regular? Este era o hospital certo? Tinha que ser.

Tudo o que ela sentiu foi a dor e as palavras talvez das enfermeiras dizendo que tudo ficaria bem.

Nenhuma palavra veio a ela quando todos caíram no ouvido da morte, tudo ficou entorpecido pelos sons das máquinas. A cada segundo que passava parecia cada vez mais longo. No meio do caos, ela se lembrou de ter empurrado e lutado. Muita coisa acontecendo ao seu redor e nenhuma pessoa familiar com ela para segurar sua mão ou explicar tudo o que estava acontecendo. Mesmo com os olhos embaçados e cheios de lágrimas, ela não conseguia ver Talia, Elena ou mesmo Camilla.

Por que seu corpo se sentia tão fraco para falar ou fazer qualquer coisa? Nenhuma reação permaneceu lá dentro.

Sentando-se, Nicole não brigou com as enfermeiras enquanto elas conversavam com ela. Concentrando-se nas ordens dos médicos e nas enfermeiras que estavam com ela, ela ouviu suas palavras e instruções.

Num último esforço ela finalmente ouviu, ela ouviu o choro de uma criança. Tentar tentar ver e chamar a atenção de alguém.

A dor ainda persistia e ela ouviu monitores disparando fazendo-a retirar a mão que alcançava a mulher loira que o segurava.

Olhando para a mulher, ela viu olhos azuis que a lembravam tanto do olhar de Tyler de volta para ela com o que Nicole conseguiu interpretar como um olhar furioso.

— Posso... — a dor a parou quando ela quase sentiu que a atingiu como um caminhão.

As pessoas ao seu redor começaram a falar e a se mover rapidamente enquanto ela sentia seu coração bater ainda mais rápido.

O choro da criança caindo ao longe enquanto Nicole tentava levantar a cabeça para ver, mas a dor era demais.

Não demorou muito para que a sala ficasse pesada e tudo ao seu redor ficasse escuro antes que ela perdesse a consciência.

Elena sentou-se ao lado da cama enquanto observava a jovem dormir.

— Ela já acordou? — Camila entra.

— Não, ainda não. — Elena tirou o cabelo de Nicole do rosto. Uma expressão de coração partido em suas feições enquanto Nicole parecia cansada e derrotada. — Você teve notícias de Talia?

— Não desde que ela ligou. Pensei que ela ainda estaria aqui quando viemos, mas ela disse que teve uma emergência familiar logo depois. — Camilla senta do outro lado. — Eles disseram alguma coisa?

— Não, ainda não. — Elena suspira, seu olhar de volta para Nicole.

Movendo-se finalmente, as duas mulheres rapidamente voltam suas atenções para ela.

Espreguiçando-se, Nicole estremeceu ao apertar os olhos por causa das luzes brilhantes.

— Elena?

— Oi, estou aqui. — Elena pega a mão dela com um sorriso. — Bem aqui.

— Você está bem? — pergunta Camila.

Nicole assente lentamente. — Acho que sim. O que aconteceu?

— Seu corpo começou a desligar e os médicos ficaram realmente preocupados com você. — Elena explica. — Quase pensei que você não conseguiria, mas aqui está você. Você está viva. — um leve sorriso de alívio.

Os olhos de Nicole vasculham a sala. — Onde ele está? — o sorriso de Elena cai fazendo Nicole franzir as sobrancelhas enquanto ela olha entre as duas. — Elena? — voltando os olhos tristes para ela, Nicole sentiu seu estômago embrulhar. Ela não gostou daquele olhar de pena e preocupação, ela sabia disso muito bem. — Alguém pode me dizer uma coisa? — Nicole implora, ela se senta ignorando a dor. — Onde está meu filho? Eles o colocaram em outro quarto?

Camila balança a cabeça. — Nicky, ele...

— Ele o quê? — uma ameaça em sua voz.

Elena fala. — Nicole, me desculpe.

— Desculpe por quê? — Nicole grita, as lágrimas já caindo enquanto ela as amaldiçoa no minuto em que o fazem. — De que é que está arrependida? — suas feições suavizam enquanto sua voz falha. — Elena, onde ele está? — sua voz fica mais abafada de medo quando ela pergunta novamente. — Onde ele foi?

— Nicole, ele não sobreviveu depois do parto.

— O que? — Nicole balança a cabeça. — Não, não, isso não é verdade.

— Nicole.

— Elena, eu ouvi ele! — Nicole não queria gritar. — Eu ouvi, juro que ouvi. Ele conseguiu.

— Nem depois que ele saiu, Nicole. — Elena balança a cabeça. — Sinto muito. — Nicole apenas balançou mais a cabeça, pois não queria ouvir isso de novo. — Os médicos dizem que ele...

— Não, não, ele não fez nada porque ainda está aqui! — Nicole diz para ela. — Eu o ouvi aqui, e sei que ele me ouviu. Eu o ouvi, E-Elena. Eu fiz...

— Eu sei que você fez.

Um grito quando as palavras quebradas tentaram sair, mas não conseguiram, Elena a segurou antes que Nicole se inclinasse para longe. Não foi um choro normal de perder alguém, foi um choro de uma mulher que perdeu seu filho e ecoou alto.

Camilla sentiu as próprias lágrimas quando o som dos gritos de partir o coração de Nicole encheu a sala inteira. Ficando cada vez mais duro e pesado à medida que ela continuava.

Esta foi sua última coisa, sua última promessa. Ela prometeu ser uma boa mãe e ser melhor.

Elena segurou Nicole com força com uma leve pedrada.

— Eu não vi o rosto dele. — Nicole disse entre seus choros, agarrando Elena enquanto sentia suas lágrimas caírem. — Eu nem consegui ver o rosto dele. — parecia que alguém havia arrancado seu coração e justamente naquelas horas ela queria voltar no tempo. Não no dia em que Tyler morreu, mas no dia em que ela esteve com Owen como parte de seu desejo de ficar. A morte foi mais acolhedora que esta dor. A vida não era o que ela queria.

Não depois disso, nada resolveria isso.

A morte seria melhor do que saber que a vida dela seria assim. A dor se alinhava e cada golpe a empurrava para mais perto do ponto de ruptura.

Um lugar do qual ela não achava que voltaria desta vez.

E é isso!

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