073
˖࣪ ❛ PECADOS DO PASSADO
— 73 —
OS OLHOS DE Nicole se abrem, seu corpo ainda se sente cansado e flácido por causa do que quer que ela tenha inalado. Sem dúvida para ela que Deckard foi quem a pegou desprevenida.
Com os olhos semicerrados por causa da luz fraca, ela move a cabeça para olhar ao redor. As paredes escuras do armazém fecharam-se em torno dela. A última vez que esteve em um, ela trabalhou com Owen. Agora aqui está ela tentando sobreviver ao irmão dele.
Movendo as mãos sobre o chão frio de pedra, Nicole sentiu todas as lembranças que suprimiu voltarem lentamente. As vezes em que ela se deitava em pisos semelhantes a estes, quando as emoções eram demais para ela aguentar. Chorando e desejando que Letty se lembrasse o suficiente para eles irem embora ou que Dom a encontrasse. Essas esperanças que morriam todos os dias quanto mais ela ficava com Owen.
Lágrimas se acumulam em seus olhos, ela as sente deslizar pelo seu rosto.
Não importa a cura, a dor nunca desapareceria.
Olhando para cima, ela vê uma mesa colocada no meio do chão.
Olhos examinando a área. Nicole não viu nenhum sinal de pessoas ali, havia uma saída a poucos metros de distância, entre a carga e as máquinas espalhadas.
Sem perder mais um segundo, Nicole levantou-se do chão e correu para a porta.
A sensação de algo pesado seguindo, ela olha para baixo para ver o que, assim como algo a puxou para baixo e bateu com força no chão.
Um grito de dor enquanto ela segurava o tornozelo, grunhindo durante o resto – ela o aperta com força.
Olhando para cima, Nicole viu a corrente algemada em seu tornozelo e não apenas uma aleatória, a pessoa certificou-se de que era a que ainda estava dolorida da festa.
— Aí! — Nicole gritou. Puxando os joelhos contra o peito, ela deita a cabeça nos joelhos com um grito.
— Não sei o que fez você pensar que seria tão fácil. — Deckard saiu calmamente. Fervendo no chão, Nicole olha para ele. — Esse é o olhar mais raivoso que já vi você me dar. — Nicole olhou para trás para ver a que estava acorrentada.
Lágrimas de frustração enquanto ela segurava o tornozelo novamente.
Deckard se aproxima. — Você deveria ter sido mais cuidadosa.
— Você é quem me colocou nisso.
— Eu não tinha corda para facilitar. Eu sabia no minuto em que você acordasse o que faria e para onde iria.
— Agora mesmo? Longe de você.
Deckard se abaixa a uma boa distância, apoiando os cotovelos nos joelhos. Seus olhos vão para o tornozelo dela.
— Deixe-me ver. — ele estendeu a mão e Nicole puxou a perna para trás. — Não seja teimosa.
— Você me acorrentou. — Nicole olha para ele. — Ser prisioneira do seu irmão não foi suficiente? Você quer assumir o próximo?
— Essas não são minhas intenções.
— Então o que são eles?! — Nicole ataca ele. Lágrimas caindo, ela enxuga a sujeira do rosto. Deckard apenas a observou enquanto ela fungava as lágrimas e tentava se mover, mas a dor no pé a fez estremecer. Ele tentou tocá-la, mas Nicole se afastou. — Eu te disse... — Nicole respira para se acalmar. — Não me toque.
Deckard enfia a mão no bolso e tira um lenço.
— Aqui, limpe seu rosto. — Deckard empurra para ela. Nicole olha para ele, ela o pega com cuidado e se afasta rapidamente. — É assim que você me vê agora? — Deckard pergunta. Nicole não diz nada, evitando o olhar dele a todo custo. — Você, entre todas as pessoas, deveria saber que não vou te machucar. Apesar de como você se sente sobre o que tenho que fazer. Não sou meu irmão, Nicole.
— Você tem uma maneira engraçada de mostrar isso.
— Você está viva, não está? — a cabeça de Deckard se inclina. — Owen teria matado você por fazer uma façanha como essa.
— Talvez ele devesse ter me matado há muito tempo. Deixe-me morrer em vez de me levar até você. — os olhos de Nicole caem no chão. — Salve-nos de tudo isso.
— Deixe-me adivinhar, conhecer-me foi o seu inferno?
— Não. — Nicole murmura, ela tenta enxugar o rosto.
— Entregue aqui. — Deckard retira dela, recuperando os pontos que ela perdeu.
Nicole não pulou, mas o observou com atenção. O lado gentil que ele tinha e que muitos não conseguiram ver.
Deckard olha para ela e para. — Não é perfeito, mas você não parece muito com o inferno.
— Muito obrigada. — Nicole revira os olhos.
— Mate o sarcasmo.
— Assim que você parar de matar esse plano estúpido de vingança que você tem. — argumenta Nicole.
— Meu plano seria melhor se você aprendesse a ficar fora do caminho. — aponta Deckard. — Então eu não teria que me preocupar em proteger alguma garota, enquanto tentava ensinar uma lição às pessoas ao seu redor.
— Que lição é essa? — Nicole olha para ele. — Você e meu pai estão lutando pelas mesmas coisas. Ele só veio a Londres para me trazer para casa.
— Quase matou meu irmão no processo.
— Isso é problema de Owen, não seu. — Nicole diz a ele. — Você mais uma vez tem que limpar a bagunça dele? — seus olhos se estreitam. — Ele não era um santo e você sabe disso, você sempre soube disso, mas ainda assim você dá a ele o benefício da dúvida porque ele é sua família significa que o que ele faz não tem consequências. Nada na vida acontece.
— Eu estou ciente disso.
— Se você entrar no mundo adulto, terá que estar preparado para as consequências que se seguirão. Sabe quem me disse isso? — Nicole pergunta a ele. — O mesmo homem que me vendeu para o seu irmão. Eu odiava Braga, mas ele não mentiu para mim sobre esse jogo.
Os olhos de Deckard piscam para baixo.
Nicole viu os pensamentos dele em outro lugar e foi pegar a bota.
— Eu não me incomodaria em verificar se há facas. — a voz de Deckard a deteve. Nicole olha para cima e vê olhos fixos nela. — Eles não estão lá.
— Claro que não. — Nicole zomba, balançando a cabeça. — Por que?
— Por que o que?
— Por que você está realmente fazendo isso? — Nicole pergunta a ele, farta. — Culpa? Owen é um homem adulto.
— Seu pai também. — Deckard diz, Nicole encara. — Assim como Owen tomou suas decisões, Dominic Toretto também fez. Agora, sinto muito que você tenha que pagar pelos pecados de seus pais, mas é isso que é.
— Meus pais pecam? — Nicole olha para ele loucamente. — E quanto aos seus pecados? Você vai me dizer que andou na linha tênue durante toda a sua vida? Guarde isso para alguém que não te conheceu. Eu sei quem você é quando tira a máscara, não é? esqueça isso. Você está bravo com meu pai, você deveria estar grato por Owen estar vivo.
— Não, graças a ele.
— Melhor que Owen o tivesse do que eu. — Nicole diz, Deckard olha para ela. — Eu já te contei o que teria acontecido.
— Cala a sua boca. — Deckard a avisa.
— Ou o que? — Nicole estala. — Vai me acorrentar? Me nocautear de novo? Ou melhor ainda, Deckard... — ela dá uma risada falsa. — Por que não me manter em um armazém e começar minha nova versão do inferno? Você, Shaw, parece bom nisso...
Deckard agarrou-a pelo braço. — Você ainda nunca sabe o que dizer da sua boca. — o peito de Nicole se agitou, enquanto seus olhos frios olhavam para os dele. — Fazer pouco caso disso não mudará a situação em que você se encontra.
— Isso também não mudará o fato de seu irmão ter um lugar especial no inferno esperando por ele. — Nicole grãos. Deckard a solta com um leve empurrão. — Você só está com raiva porque estou fazendo sentido. Os pecados de Owen não são para você pagar, irmão ou não! — Deckard olha para ela. — Nada disso teria acontecido se ele tivesse simplesmente deixado eu e ela irmos.
— Por que você ficou? — Deckard a questiona. — Você poderia ter ido embora. Voltei para buscar sua mãe.
— Coloque-se no meu lugar. Você teria deixado sua mãe lá? — Nicole pergunta a ele. — Eu não me importava se ela não se lembrava de quem eu sou. Eu não iria deixá-la. Você me viu pessoalmente, o que eu estava passando. Eu queria ir embora todos os dias. Owen sabia que não iria e foi assim que ele me manteve sob seu controle. Seu irmão viveu para me fazer sofrer porque sabia que podia. Ele poderia me usar para o que precisava e não teve que viver com quaisquer consequências. Ele começou isso.
— Oh sério? — a cabeça de Deckard se inclina. — Não foi como eu ouvi. — Nicole franze as sobrancelhas. — Como você disse, você jogou um jogo adulto com sua vida. Você pensou que sabia tudo quando na realidade deveria ter continuado criança. — Deckard diz. — Seus pais nesta vida trouxeram você até aqui, já é hora de você perceber que meu irmão não é o único culpado em sua lista.
— Tomei a decisão de partir sozinha.
— Veja o motivo pelo qual você tomou essa decisão... — Deckard olha para ela. — Sua mãe tentou limpar o nome do seu pai, eu me lembro. — Nicole volta sua atenção para ele. — O que, não achou que eu fizesse minha própria pesquisa sobre quem vocês realmente são? Seu pai deixou vocês duas no México, todos vocês estavam lá porque ele teve tantos problemas com sua lei que não teve escolha a não ser correr. Infelizmente, o assalto que seu pai fez com que ele fosse notado por muita gente. Braga é um deles e meu irmão é outro. — Nicole balança a cabeça. — Como eu disse, os pecados e o passado de seus pais trouxeram você onde você está agora. Junto com sua própria estupidez naquela idade. — ele aponta. — Você está escolhendo pagar pelos pecados deles vindo aqui para mim, assim como você saiu para ir para Owen.
Nicole não percebeu as lágrimas até que elas caíram nas costas da sua mão.
— S-Sim. — a voz de Nicole treme. — Você está certo. Eu escolhi tomar essas decisões e pagar por seus pecados. Mas você sabe o que eu os observei fazer? Eu os observei também pagarem por seus próprios pecados e pelo menos tentarem consertar seu passado. Meu papai abandonou a vida quando aprendeu o que perder duas das pessoas que ele mais amava poderia fazer. Ele me trouxe para casa e mesmo sabendo que eu estava ressentido com ele, ele me deu a chance de viver normalmente novamente. Deixou-me ver o que é ter uma infância. Apesar de tudo, ele se certificou disso. E minha mãe? Ela se lembra de mim até certo ponto, mas ainda assim ela voltou para casa e me criou como sempre fez. Mais uma vez eles colocaram suas emoções de lado para ainda cuidar de mim o melhor que puderam. — Deckard a observa com uma sensação de nervosismo em seu estômago. — Ambos aceitaram as consequências quando voltaram e aprenderam com elas.
— Isto é o que você pensa?
— É o que eu sei. — Nicole diz severamente. — Você sabe o que eles não fizeram? — ela honestamente pergunta a ele. — Eles não armaram um plano para me manipular para que pudessem me transformar em seu pequeno aluno, eles - não fizeram com que minha mãe quase fosse morta, nem fingiram minha morte. Meus pais não me torturaram por anos. Seu irmão fez isso. Você pode justificar isso? Seus pecados, seu passado. O que Owen fez para responder por isso? — Deckard continua a encará-la com um olhar ilegível. — Não é nada. — ela zomba. — E você quer falar sobre os pecados da família... — Nicole balança a cabeça lentamente. — Owen Shaw é o maior pecado que sua família já cometeu.
— Talvez ele seja, mas você é seu. — Deckard diz friamente. — Em vez de ser uma boa criança e ficar em casa, você decidiu participar de corridas de rua e logo se envolveu em seu próprio sequestro.
— Eu era...
— Estúpida. — Deckard responde por ela. — Agora olhe onde você está? Meio aleijada, na minha cara. A mesma garota chata de quem cuidei anos atrás.
— Você sabe que poderia ter me deixado sentar naquela sala e não ter feito nada.
— Você precisava de ajuda.
— Algo que você não precisava me dar. — Nicole o lembra.
Deckard aponta uma de suas facas para ela. — Eu te ensinei, para evitar que você morresse em uma vala em algum maldito lugar. Você deveria me agradecer.
— Obrigada. — Nicole diz secamente.
— Sua...
— Por ser uma versão menos pior do seu irmão.
Deckard lançou o passe da faca - Nicole se abaixa quando a faca atinge a lixeira atrás dela. Ela levanta a cabeça e lança seu olhar para ele.
— Eu disse para você tomar cuidado com sua boca inteligente.
Deckard se levanta e caminha até a mesa.
— Você pode pelo menos tirar essa corrente enferrujada? — Nicole aponta. — Eu sinto que preciso de uma chance.
— Você vai me causar problemas quando eu fizer isso?
A cabeça de Nicole se inclina. — Não. Claro que não, Deckard.
— Boa tentativa. — Deckard zomba, Nicole revira os olhos. Ele pega uma água da mesa e joga para ela. — Beba. Você ficou fora por muito tempo.
— Eu não quero isso.
— Pare de pensar com sua teimosia por um segundo. — Deckard avisa. — Agora beba. — Nicole pega a garrafa e a joga do outro lado da sala. Deckard olha duas vezes - dando-lhe um olhar severo. Deckard pegou outra água. — Você não vale a pena morrer.
— A menos que você enfie a garrafa de água na minha garganta. — Nicole o olha. — Então você está perdendo seu tempo. Não vou beber nada que você me der.
— Você continua assim. — Deckard aponta a água para ela. — Seu pai estará olhando para um cadáver quando chegar aqui.
— Você deve estar falando sobre o seu. — Nicole diz.
Deckard se vira, olhando furioso.
Uma risada vinda de trás fez com que os olhos de Nicole se estreitassem enquanto Deckard lançava seu olhar para o homem.
Jakande sai para o espaço aberto.
Nicole o encara. — Então você está trabalhando com ele. — sua cabeça se inclina para Deckard. — Você realmente se rebaixa tanto, né?
Deckard dá de ombros. — Temos um objetivo comum no momento.
— Você é melhor que isso. — Nicole diz a ele.
— Ele, melhor? — Jankade ri baixinho. — Ele é tão assassino quanto nós.
Piscando, Nicole finalmente volta sua atenção para ele. — Eu não acredito que estava falando com você.
Jakande apenas sorri, com as mãos em defesa. — Eu estava simplesmente apontando como todos nós não somos tão diferentes uns dos outros.
— Não se compare a ele. — Nicole avisa.
— Eu estava comparando você também, Sra. Toretto. — Jakande diz, Nicole franze as sobrancelhas em confusão. — Há muito para saber sobre você.
— Nada disso é da sua conta. — Nicole diz a ele.
Jakande caminha até ficar na frente dela. — Sabe, isso pode ser mais fácil do que você pensa. — Nicole zomba dele. — Sei que sou um homem de palavra e faço acordos com quem merece.
— Homem de sua palavra. — Nicole repete. — Você é um covarde que sequestra pessoas porque alguém colocou dólares em seus nomes. — Nicole retruca, ela e Jakande se encaram. — Isso é tudo que estou olhando.
— Sou um covarde disposto a dar a você e sua família uma chance de caminhar. — Jakande estende as mãos. — Você nos dá Ramsey e o Olho de Deus, deixaremos o resto deste assunto para Deckard. O assunto entre vocês dois será seu.
— Vá enterrar-se a três metros e meio. — Nicole franze a testa.
As sobrancelhas de Jakande se curvam. — Volte novamente?
A cabeça de Nicole se inclina. — Eu gaguejei quando falei?
Deckard observou os dois.
Jakande sorri. — Estou lhe oferecendo um acordo.
— Deixe-me deixar isso claro o suficiente para que você possa processar. Eu não confio em você. — Nicole disse na cara dele. — E eu nunca trairia Ramsey para ninguém. Ela era um alvo fácil para você, não era? Você sabia disso antes de sequestrá-la e fazê-la passar por Deus sabe o quê.
— Pedidos são pedidos.
— Então, entendo. — Nicole o olha de cima a baixo, sua carranca se aprofundando. — Mas eu já conheço o seu tipo.
— É assim mesmo? — Jakande mantém as mãos atrás das costas. — Eu adoraria ouvir isso.
— Isso faz alguma coisa por você? — Nicole olhou para os poucos homens. — Se é uma coisa que notei sobre esse pequeno grupo que você tem. Eles são leais a você.
— Como deveriam...
— Por medo. — Nicole termina, olhando para ele. — Alguns deles não são leais a você porque eles respeitam você. Eles fazem o que você diz porque temem por suas próprias vidas.
— O que há de errado com isso?
— Esse tipo de medo pode facilmente ser virado contra você. — Nicole diz a ele. — A qualquer momento. Um dia eles vão perceber que você não é realmente o mandante, você é apenas o intermediário. Aquele que responde à pessoa que está realmente no comando. Eu me pergunto o quanto eles vão temer você, quando eles descobrem que até você tem medo de alguém.
— Você deve estar me confundindo...
— Eu? — Nicole pergunta a ele. — Eu vivi com medo, então confie em mim quando digo que sei disso quando vejo. Você está atrás de Ramsey como se sua vida dependesse disso. Tenho certeza de que seu chefe deixou claro que se você não a trouxer de volta, é melhor que seja porque você está morto. — o sorriso de Jakande logo desaparece quando o próprio Deckard começa a ficar curioso. — Assumiu uma pequena equipe para que você pudesse finalmente sentir essa emoção, certo? Para finalmente se sentir como se estivesse no comando de alguém. Você descobriu o que leva o medo às pessoas e, desde então, é isso que você se torna. Um bastardo faminto por poder que se esconde atrás de outros homens. Meu pai tinha um bom nome para pessoas como você.
— Um homem de verdade.
— Uma vadia.
Jakande dá um passo.
— Tenha cuidado. — Deckard o avisa.
Jakande se aproxima, aquele sorriso torto não mudou a carranca de Nicole.
— Não precisa se preocupar, Sr. Shaw. — Jakande se abaixa na frente de Nicole. — Ela escolhe falar o que pensa. Apesar de estar errada.
— Ou talvez esse seu ego não consiga lidar com a verdade. — Nicole diz a ele. — Parece ser uma coisa comum entre os chamados homens adultos.
Jakande ri. — Nós dois temos algo em comum, Nicole, esse medo que você mencionou. Eu costumava ter isso na sua idade. Só que transformei o meu em algo.
— Não. — Nicole balança a cabeça. — Você mata pessoas quando manda e quando há dinheiro envolvido.
— Você também fez isso em determinado momento, Sra. Nicole. — Jakande aponta.
— Eu fiz o que precisava para permanecer viva. Nunca compare os dois e os confunda com o que diabos você faz. — Nicole se senta.
Jakande ri olhando para Deckard. — Biscoito de fogo.
— Ela está apenas se aquecendo. — Deckard toma um gole de sua bebida.
Jakande olha de volta para Nicole. — Eu gosto dela.
— Essa é uma afeição unilateral. — Nicole diz a ele sem rodeios. Ela o observa se mover, seus olhos se voltam para encontrar os dele. — Você chega mais perto de mim...
— Você não tem facas. — Jakande sorri.
— Não. — Nicole levanta o queixo. — Você tem.
Uma olhada em sua cintura para ver o canivete amarrado ao seu lado.
— Ensinou bem. — Jakande volta a olhar para ela. — Entendo por que você gostou desta, Deckard. Eu realmente gostaria que você considerasse minha oferta. Meu chefe pagaria muito por ela.
Nicole franze as sobrancelhas enquanto olha para Jakande, ela olha brevemente para Deckard.
— Eu poderia tirá-la daqui e ter uma bolsa na sua mão antes mesmo de Toretto chegar aqui. — Jakande enxuga as mãos, sorrindo. — Duvido que ela queira ver um massacre como esse na idade dela. — os olhos de Nicole se arregalaram de medo, sua respiração parou na garganta. — O que você me diz? Última chance.
— Eu te disse antes. — Deckard diz. — Não. — o olhar de Nicole suavizou-se quando ela olhou para ele. — A garota fica comigo e seguimos o plano. Somos aliados até o contrário.
— O que você quer dizer com massacre? — a voz de Nicole treme.
Os passos ecoaram e Nicole pegou alguns homens saindo pelos fundos.
— O-o que eles estão fazendo? — Nicole olhou para Deckard.
— Vou deixar você com isso então... — Jakande se afasta deles.
— Eu sei que você me ouviu. — Nicole responde a Deckard.
Deckard começa a limpar os talheres da refeição. — Eu já expliquei para você o que estou fazendo. Você já é crescida, Nicole, descubra. Estou sendo legal e permitindo que seu pai te veja mais uma vez.
— Que diabos você é. — Nicole retruca.
— Você não está em posição real de fazer nada a respeito. Está? — Deckard pergunta a ela. — Sugiro que você aceite o que as coisas são. Nada está mudando. — ele faz um gesto para um dos homens. — Liberte-a disso. Ela não vai a lugar nenhum.
Um dos homens se aproximou e tentou agarrar a perna de Nicole, ela o chutou no rosto. Sua cabeça voltou com um grito.
Agarrando um pouco da longa corrente, ela prendeu-a em volta da garganta dele e usou-a para puxá-lo para baixo – seu rosto batendo no concreto.
Deckard puxou a corrente fazendo Nicole tropeçar, ele a agarrou de volta contra ele em uma chave de braço. Os outros homens apontaram suas armas.
— Solte-me! — Nicole grita.
— Pensei que tivesse te ensinado a não deixar que suas emoções pensassem por você. — Deckard diz a ela.
— Eu te dei suas chances. — Nicole agarra o braço dele. — Você escolheu o seu lado!
— E se você não tomar cuidado, você vai morrer aqui mesmo. — os olhos de Deckard viajam para os homens acima deles com armas apontadas.
— Por que diabos você se importa?! — Nicole argumenta.
Um dos outros homens veio e destrancou-o do tornozelo. Puxando Nicole para a mesa, Deckard empurrou-a na cadeira. Nicole tentou se levantar, mas ele empurrou seu ombro para trás com facilidade para se sentar.
— A menos que você queira que eles coloquem uma bala em você, não tente isso de novo. — Deckard diz a ela. Ele bateu a água na frente dela. — Beba. — Deckard dá a volta na mesa e se senta. Nicole respira pesadamente enquanto olha para a água. — Eu não vou te contar de novo.
Nicole olha friamente para ele, ela estreita os olhos para o lado para ver onde Jakande voltou para verificar o cara que ela havia chutado.
Deckard começou a comer. Ele dá uma breve olhada em Nicole, para vê-la olhando para a saída.
Deckard engole sua mordida. — Eu sei o que você está pensando nessa sua cabeça. Não há nenhuma maneira de sair daqui que não envolva uma bala. — os olhos de Nicole lentamente se estreitaram para ele. — Então eu sugiro que você beba a água e não experimente.
O olhar de Nicole deu sua resposta.
— Como quiser. — Deckard dá de ombros. — Mas se você sair desta cadeira, eu dei permissão para eles atirarem. — os olhos de Nicole se arregalaram. — Então, se é isso que você quer que seu pai veja quando ele entrar aqui. Por favor, mova-se.
Nicole tentou enganar seu blefe. Um ponto vermelho apareceu em seu peito, fazendo seu coração disparar. Olhando para o ponto, o olhar nervoso de Nicole se volta para Deckard.
— Isso é o que você escolhe?
— Sinto muito que tenha sido assim, Nicole. — Deckard pega seu guardanapo. — Eu disse que você está livre para ir quando isso acabar.
— Mas minha família não é? — Nicole pergunta, Deckard balança a cabeça. — Então você também pode me matar.
Deckard ficou tenso na cadeira. — Eu não estou fazendo isso.
— Você já está.
Jakande saiu com alguns de seus rapazes, mas Nicole ainda podia ouvir sua voz por perto. Todo o armazém era uma emboscada.
Nenhum dos homens que acompanhavam seu pai por Deckard iria sair dessa.
Assim como aconteceu com Braga, aqui estava ela novamente – indefesa e assustada. Pessoas iriam morrer, as coisas iriam dar errado e não havia nada que ela pudesse fazer para impedir isso.
A história vai se repetir...
Um dos homens se aproximou e sussurrou algo para o irmão Shaw.
— Bom. — Deckard acena com a cabeça para Nicole. — Coloque-a no fundo até que ela seja necessária.
Os olhos de Nicole se ergueram para encará-los. Os homens olharam nervosamente de Nicole para Deckard e pigarrearam.
Deckard percebeu isso e zombou. — Ela não vai lutar com você.
Um dos caras puxa Nicole pelo braço.
Nicole olha para Deckard, sua voz treme. — Não faça isso.
Os olhos de Deckard piscam para ela. — Eu escolhi meu lado. Lembra, Nicole?
Os olhos de Nicole se arregalaram quando os homens a puxaram de volta, ela balança a cabeça. — Você não é Owen... Você não é ele e não precisa fazer isso! Ouça-me! — lágrimas de raiva, de medo de tudo isso, escorreram pelo seu rosto. — Por favor, não tire meu pai de mim. — Nicole engasga com seus próprios gritos. — Deckard, por favor. — ela lutou contra o aperto deles. — Não o machuque, não faça isso! — um pedido pela primeira vez em sua voz. — Por favor!
Deckard ouviu o último grito dela até que tudo ficou em silêncio.
Deckard mexeu no garfo. — Todos nós temos promessas que devemos cumprir, Nicole...
Todos tiveram que responder por uma consequência que causaram.
Mesmo que esse direito significasse queimar uma ponte que ele sabia que nunca poderia substituir depois disso...
★
— Aqui vamos nós. Armas quentes. — Sheppard chama de volta as outras tropas.
Eles conectaram o Ipad ao Olho de Deus, levando-os direto para o armazém da fábrica.
O Sr. Ninguém entrou primeiro, sinalizado por sua equipe.
Brian segurou sua arma perto, ele olha para Dom. — Você está pronto para isso?
— Sim. — Dom assentiu.
Os dois trocaram um olhar mútuo e entraram na fábrica com as armas prontas e apontadas.
Deckard sentou-se à frente deles; comendo. Todos eles se espalharam com as armas apontadas diretamente para ele.
— Espero que você esteja gostando de sua última refeição. — Brian disse a ele.
Dom observou Deckard. Algo sobre isso não combinava com ele. Aqui estavam eles com armas que poderiam matá-lo em um segundo, mas ele estava muito calmo. Ninguém percebeu a atitude e o comportamento de Deckard e também não gostou.
Deckard ergue os olhos no meio da mastigação, as sobrancelhas franzidas diante dos números. — É isso? Isso é tudo que valho? Uma dúzia de homens.
— Acho que você descobrirá que é mais que suficiente. — Sheppard assegurou, arma apontada.
Deckard enxuga a boca com o guardanapo e usou os dentes para puxar o pino da granada. Todos eles recuaram na defesa, continuando a manter as armas apontadas para ele. Deckard pega o alfinete entre os dentes e joga para o lado.
Ele colocou a granada em cima do guardanapo. — Quase me sinto ofendido por isso ser tudo que recebo. — Dom sai com a arma na mão, mas sem mirar. — Estou pronto para conhecer meu criador Shaw. — Deckard ergueu uma sobrancelha. — Você é?
— O que você esperava, Toretto? — Deckard pergunta a ele. — Para me pegar desprevenido? — Dom olha para ele. — Eu aqui parado, agitando uma bandeira branca?
— Nah, você não é tão inteligente. — Dom balançou a cabeça lentamente.
— Engraçado. — Deckard diz. — Nem sua filha. — Dom franze as sobrancelhas. — Acho que finalmente percebi os traços familiares. Vocês dois acreditam em tentar me enfrentar sozinhos. — Brian não gostou do som disso. — Sai Nicole! — Deckard chama por ela, olhando para Dom. — Seu pai finalmente chegou.
Dom achou que fosse algum tipo de piada, até que Nicole emergiu lentamente de trás de Deckard.
— Não. — Brian sussurra horrorizado, abaixando a arma.
Os olhos de Dom se arregalaram.
O Sr. Ninguém junto com os outros homens ficaram tão desconcertados quanto Dom e Brian.
Nicole caminhava devagar - ela quase podia sentir as armas escondidas apontadas. Tudo o que ela precisava fazer era dizer uma palavra sobre a configuração e um dos atiradores se posicionaria para matar Dom primeiro. Sua mente disparou, tentando pensar em uma maneira de avisá-los sem que ninguém visse, mas não havia.
Nicole se aproxima e fica ao lado da cadeira de Deckard.
A dor de olhar para o pai e para Brian era demais para suportar. Tudo o que ela queria era gritar para eles 'correrem', mas ela não conseguiu.
Era Braga outra vez. O mesmo medo de perder Brian e Dom bem na sua frente.
— Crianças. — Deckard balança a cabeça, esfregando o polegar na granada. — Eles nunca ouvem, não é, Toretto. — Dom desviou o olhar de Nicole, com um brilho nos olhos enquanto olhava para Deckard. — Outra característica familiar.
— O que você fez com ela? — Dom o questionou diante da visão aproximada de Nicole.
— Nada ainda. — Deckard certamente acrescentaria essa parte. Dom apertou a arma, mas não apontou por medo de sua filha estar tão perto. — Veja Toretto, eu acredito no amor duro. Nicole aqui... — ele colocou a mão no centro das costas dela, observou Dom ficar tenso, mas viu que ele não levantou a arma. — Ela é muito teimosa. Você não é? Diga a ele como você me rastreou até aqui e veio sozinha.
Os olhos de Dom foram para ela. — Nicole...
— Eu sinto muito. — Nicole resmunga, suas lágrimas escorrendo. Os gritos que ela nunca quis vir explodiram. — Eu não sabia mais o que fazer! — sua respiração fica curta, enquanto sua voz sai baixa. — Desculpe.
O medo de um deles atirar nele se instalou, de nunca mais ver Dom depois disso. Consequências para o passado, e ela tinha a sensação de que estava prestes a responder pelas dela.
Os olhos de Dom suavizaram ao ver seu medo enquanto o som estava em sua voz. — Nicole, olhe para mim. — ela balançou a cabeça e continuou chorando ainda mais.
O Sr. Ninguém começou a notar algo no medo de Nicole. Não foi pela situação em questão, ela continuou chorando por um motivo. Tentando dizer algo da única maneira que os levantaria.
Deckard Shaw estava em menor número, então por que mais ela estaria chorando?
Nicole nem sequer tentou correr até eles, onde era seguro. Granada ou não, ela tinha um tiro certeiro, mas algo a impediu. O medo rastejando dentro dele - seus olhos examinam ao redor quando algo começa a lhe dizer isso...
Não era de Deckard que Nicole tinha medo.
— Olhe para mim. — Dom diz a ela. O colapso de Nicole estava começando a disparar alarmes em sua cabeça. Algo não estava certo em nada disso. — Nicole!
— Por que você não vem buscar ela, Toretto? — Deckard sorri por um rápido segundo. Dom olhou para ele, mas seu olhar preocupado voltou para Nicole, que entrava em pânico lentamente. — Você faria qualquer coisa pela sua filha, certo? Eu até serei legal. — ele deu um tapinha nas costas dela. — Vá ficar na frente da mesa. — Nicole cambaleou cuidadosamente para ficar na frente da mesa, como ele disse. — Agora ela está mais perto. Esta é sua chance de agarrá-la sem consequências. E se eu fosse você, eu a pegaria agora.
Dom estendeu a mão. — Vamos, Nicole. — manchas de lágrimas em suas bochechas, os olhos tristes de Nicole vão para a mão de seu pai antes que seus olhos se encontrem novamente. — Vamos para casa, vamos. Isso acabou.
— Não acabou. — Nicole sussurra.
— Isso mesmo. — Deckard assentiu. Brian e o Sr. Ninguém olharam para Nicole, seus olhos lacrimejantes continuaram correndo antes de olhar para eles. Ela estava enviando uma mensagem silenciosa com os olhos da melhor maneira que podia. — Você já ouviu o ditado: 'O inimigo do meu inimigo é meu amigo'.
Os olhos do Sr. Ninguém se voltaram para as passarelas escuras enquanto ele começava a entender lentamente o que Nicole estava tentando dizer.
— Eu não tenho amigos. — Dom diz a ele severamente. — Eu tenho família e ela também.
Deckard assente. — Bem, eu tenho muitos amigos. O que significa que você tem muitos inimigos, Toretto.
As luzes se apagaram.
— Nicole, desce! — Dom apontou sua arma para Deckard.
Nicole saltou para fora do caminho assim que ocorreu a explosão. Caras surgiram de todos os lugares enquanto nada além de balas ecoavam no armazém. Jakande entra com dois de seus homens flanqueando-o, atirando em qualquer coisa que se mova.
— Formação dois-dois! Sheppard, descasque um! — Sr. Ninguém grita.
Os caras se protegeram e trocaram tiros com os homens de Jakande. Foi difícil conseguir um bom chute, pois Jakande os imobilizou de ambos os lados.
Dom olhou através da fumaça e dos tiros vermelhos.
— Brian!
— Estou bem. — Brian atira. — Você está com Nicole?
— Não! — Dom olha para fora, ele recua rapidamente quando tiros vêm em sua direção.
Nicole rasteja no chão, quando era seguro ela se levantou um pouco para correr atrás de algum equipamento para se esconder. Ao ouvir os tiros se aproximando dela, ela se arrastou para longe.
Nenhum lugar era seguro.
As balas atingiram onde ela tentou virar a esquina, Nicole gritou caindo para trás enquanto segurava a cabeça nos joelhos, afundando-se contra a caixa.
As imagens de estar com o Braga voltando. Assim como naquela época, ela não podia fazer nada. Apenas chore e se esconda – esperando que alguém a salve.
Homens atirando de todos os lados, dificultando seus movimentos. Ela se sentiu em uma situação difícil. Um movimento errado e ela teria balas nela.
Sheppard bate na lixeira, derrubando um homem acima que apontou sua arma para a garota.
— Nicole!
Ao descer, Sheppard a toca fazendo Nicole pular, mas ela relaxa ao vê-lo.
— Vamos, temos que ir! Agora!
Nicole balança a cabeça, as balas ecoam perto dela fazendo-a gritar. — Não, não posso, não posso!
— Sim...
As balas o atingiram bem nas costas.
Os olhos de Nicole se arregalaram em choque quando tudo ficou em silêncio aos seus ouvidos.
Pegando-o antes que ele caísse no chão, Nicole segurou-o.
— Sheppard! — Nicole tocou seu rosto, ele tossiu o sangue mostrando que ainda estava lá. — Sheppard, levante-se! Levante-se.
Ajustando a arma na mão. Nicole ouviu os homens chegando na passarela. Eles tentaram mirar até que ela viu o Sr. Ninguém se expor. Atirando em tudo que se mexia, sendo uma distração para ela.
Ao ouvir tiros novamente, seus olhos se arregalaram ao ver o Sr. Ninguém cair junto com mais de seus homens. Não ver Dom ou Brian fez o medo afundar ainda mais em seu peito.
Chorando, ela olha para Sheppard.
Olhando para a arma na mão de Sheppard, Nicole ouviu os homens e as balas se aproximando.
Ignorando o tremor em sua mão, Nicole enxuga as lágrimas respirando fundo enquanto tira a arma da mão de Sheppard.
Segurando-o, Nicole sentiu o tremor. A adrenalina subindo – seu instinto.
Não foi assim com Braga.
Aquela garotinha indefesa.
Ela morreu no minuto em que conheceu Shaw...
Carregando-o, Nicole mira e atira nos homens que cercam a passarela acima dela. Ela atira alguns degraus e os outros bloqueiam sua saída.
Os homens estavam sendo eliminados a torto e a direito. Nicole desvia uma série de balas em sua direção, contendo seus gritos. Estimulando-se para manter a calma.
Exalando, ela esperou que o ataque de balas parasse antes de virar a esquina e matar alguns. Lembrando cada direção de onde cada bala ecoou.
Um cara bate na esquina, Nicole usou a parte inferior da arma para acertá-lo na garganta e atirar nele na caixa.
Dando um tiro na máquina, o vapor subiu, dando-lhe a cobertura que precisava.
Um cara foi atirar no Sr. Ninguém e no Dom.
Nicole viu o homem lá em cima e atirou nele por cima da grade.
Correndo até Sheppard, Nicole se abaixa ao lado dele - usando o vapor como cobertura.
— Eu preciso que você me dê sua mão.
— Não, apenas vá. — Sheppard se afasta, tremendo com a perda de sangue. — Saia daqui, Nicole!
— Eu disse me dê sua mão!
Nicole agarra a mão dele e o puxa. Um grunhido de dor dele enquanto ela ajuda Sheppard a se levantar.
Sheppard segurou o ferimento, o braço em volta dos ombros dela. Nicole o segurou o melhor que pôde enquanto os dois caminhavam.
Brian olha através do caos. — Dom, eu a vejo!
Dom vira a cabeça para trás depois de ajudar o Sr. Ninguém a se levantar.
Brian os cobre enquanto Nicole passa, ele tira Sheppard dela e o ajuda.
— Vamos! — Dom grita para eles, com Sr. Ninguém detido.
Nicole viu o tablet com o Olho de Deus e foi pegá-lo.
As balas atingiram aquela área, fazendo-a tropeçar para trás.
— Nicole, deixa isso, vamos! — Dom ligou de volta para ela.
Deckard saiu não muito longe deles com a granada ainda na mão. Os dois se olharam, ouvir mais homens Jakande chegando fez Nicole erguer os olhos.
Deckard joga tudo fora.
Ao vê-lo cair no chão e girar, Nicole corre.
Uma explosão ocorreu dentro da fábrica.
Dom chutou a porta e colocou o Sr. Ninguém em seus ombros enquanto o levava para o SUV. Brian segurou Sheppard.
Nicole sai correndo, largando a arma enquanto pula para o lado do motorista do SUV.
Brian colocou Sheppard atrás – ele pula na frente com Nicole.
Tirando-o do estacionamento - Nicole para o carro e dirige para o mais longe possível da fábrica.
Dom vê o sangue e rasga a camisa do Sr. Ninguém. Nicole suspirou ao vê-lo usando um colete à prova de balas por baixo.
— Vocês realmente não acharam que eu iria entrar nu lá, não é? — Sr. Ninguém perguntou.
Dom olha para Sheppard, o garoto estava ficando pálido.
— Vocês dois foram muito atingidos. — Dom percebeu que o Sr. Ninguém também tinha outro ferimento começando a sangrar.
Nicole balança a cabeça à beira das lágrimas ao ver o sangue em ambos. — E-eu deveria ter dito isso.
— Eu vi o alvo nas suas costas, garota. — o Sr. Ninguém sibilou de dor. Nicole olha para frente e para trás entre ele e a estrada. — Uma palavra e eles teriam atirado em você se você estivesse de pé. Vejo que você não deixou nenhum dos meus homens para trás.
— Ela praticamente me arrastou com ela. — Sheppard tosse.
— De qualquer maneira, eu vejo. Este seria o resultado, quer você estivesse lá ou não. — Sr. Ninguém conta a ela. — Vejo que você pegou uma arma de novo. Quem disse que você não pode ser redimida, hein?
O sorriso de Nicole era frágil em meio às lágrimas.
O Sr. Ninguém olhou para Dom. — Olha, Toretto. Eu sei que você não vai me ouvir. Você não vai querer ouvir o que eu tenho a dizer. Mas a verdade é que você realmente deveria experimentar aquela cerveja belga, cara. — Dom dá uma olhada nele. — É algo especial.
Dom pensa sobre isso. — Cerveja belga, hein?
— Ei, precisamos levar vocês dois para um hospital. — Brian disse de frente.
Ninguém troca um olhar com Sheppard e finalmente balança a cabeça. — Não, você não precisa. — Nicole franziu as sobrancelhas. — Eu tenho meu próprio seguro de saúde. Médicos do SOCM de prontidão. Eles já estão chegando. — ele mostrou a eles um certo telefone que ele tinha. — Encoste, garota.
Nicole não queria, mas fez o que lhe foi dito enquanto estacionava no acostamento da estrada deserta.
Brian e Dom ajudam o Sr. Ninguém.
Nicole enrola sua jaqueta em volta do ferimento de Sheppard, recostando-o cuidadosamente. Seu cabelo solto e caído sobre os ombros.
— Preciso agradecer a você. — diz Sheppard.
— Você arriscou sua vida lá para vir me encontrar. — Nicole balança a cabeça. — Eu não ia deixar você.
— Sabe, finalmente entendi. — ele tossiu, segurando o peito. A respiração está baixa. Nicole inclina a cabeça. — Por que Eric diz que você é perigosa. Ele não vai gostar de saber que você atira melhor do que ele...
Nicole ri apoiando a mão em seu rosto para limpar a sujeira. — Eu tenho meu próprio amigo feliz para agradecer por isso. — ela conta a ele. — Eu só queria ter certeza de que um pai chegaria em casa.
Sheppard dá a ela um sorriso fraco. — Obrigado, Nicole.
— De nada.
Dom senta o Sr. Ninguém.
Nicole se aproximou e se ajoelhou diante dele enquanto Brian cuidava para ter certeza de que ninguém os seguia.
— Dom. — Sr. Ninguém chamou sua atenção. — Você tem que proteger Ramsey. Enquanto ela estiver viva, ela pode mantê-los fora do Olho de Deus, e eles sabem disso.
— Eu estava com medo daquilo. — Nicole murmura.
O Sr. Ninguém acena com a cabeça. — Eles não vão parar de vir até que a peguem. — Dom e Nicole trocaram um breve olhar. — E desta vez Dom, eles virão com tudo o que têm. Não há como esconder o outro, agora que eles têm o Olho de Deus.
— Eu não estou deixando você. — Dom balança a cabeça.
Ele não ligava para policiais, mas esse cara... Ele tinha respeito por ele. O Sr. Ninguém se expôs para garantir que Nicole chegaria até eles com segurança.
— Você não. — o Sr. Ninguém balança a cabeça. — Estou deixando você. — ele acena com a cabeça. Nicole e Dom olham para cima e veem um helicóptero vindo em direção ao Sr. Ninguém e Sheppard. — Vá agora, Dom. Saiam daqui, vocês dois. — Nicole abraça o Sr. Ninguém com cuidado para não machucá-lo. — Não me diga que você está sendo mole comigo, garota. — Nicole se afasta para olhar para ele. — Diga-me uma coisa. Quanto esse trabalho vai me custar?
— Esse número ainda nem foi inventado. — Nicole brinca.
O Sr. Ninguém solta uma risada dolorosa. — Vejo você em breve, garota. — ele concorda. — Devo dizer que é algo relacionado à lealdade de Toretto, você não pode substituí-la.
— Não, você não pode. — Nicole aperta a mão dele. — Obrigada, por tudo que você fez.
— De nada. — Sr. Ninguém acena para Dom. — Vá com seu pai. Chega de ser teimosa, ouça-o.
— Sim, senhor. — Nicole sorri tristemente.
Dom se levanta. Ele estendeu a mão para Nicole, que a agarrou e deixou o pai ajudá-la a se levantar.
Nicole olha por cima do ombro uma última vez para Sr. Ninguém e Sheppard antes de entrar no banco de trás.
Brian parou na estrada - ele ficava olhando para trás pelo espelho.
Os braços de Nicole repousaram sobre o resto enquanto ela se aproximava para ficar no meio.
Dom olha para ela. — O que diabos você estava pensando ao ir atrás de Shaw, Nicole?
— Que eu poderia impedi-lo de vir atrás de todos vocês. — Nicole balança a cabeça. — Eu sei que deveria ter ouvido você...
— Sim, você deveria ter feito isso.
— Mas você saiu para vir aqui sozinho também. — Nicole ressalta. — Então acho que não fui a única que não seguiu o plano.
Dom colocou o braço em volta dela, puxando Nicole para perto. — A última vez que você fez uma façanha como essa. Perdemos você por alguns anos.
Nicole olha para cima. — Desculpe.
Dom encara os olhos tristes suplicando com os severos. Tudo o que seu olhar pode fazer é suavizar enquanto ele descansa a mão para pentear o cabelo bagunçado dela.
— Você é filha da sua mãe. Você sabe disso? — Dom brinca. — Corações no lugar certo, mas sempre cabeças duras.
Nicole abre um sorriso, inclinando a cabeça para ele. Alívio finalmente sendo capaz de perceber que ele estava bem. Todos eles estavam bem, e desta vez... Os três saíram juntos.
A história começou a se repetir e em um momento todos a mudaram.
Aquela garota indefesa lá dentro - ela se lembrou de quem ela cresceu e lutou para ser.
Brian sorri para ela. — Seu tornozelo está bem?
— Percorrivel. — Nicole suspira e se inclina.
— Você pode dirigir com ele? — Dom retira a mão.
— Sim. — Nicole balança a cabeça, ela olha para ele. — Se você confiar em mim.
— Não tenho escolha. — Dom diz. — Uma guerra está chegando até nós, gostemos ou não. — Brian olha para ele. — Se uma guerra estiver chegando. Vamos enfrentá-los nas ruas que conhecemos melhor.
Nicole franze as sobrancelhas. — Qual é?
Dom olha para trás. — Aquele que eu te ensinei. — Nicole segura sua corrente cruzada com força. — Vamos voltar para casa...
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