063
˖࣪ ❛ DOR DA FAMÍLIA
— 63 —
NICOLE E DOM caminharam pelo hospital.
Saber que Deckard até colocou Hobbs no hospital a deixou ainda mais amarga com seu nome.
Depois de saber o que ele fez com Han, seus sentimentos em relação a Deckard Shaw continuaram a ficar ainda mais confusos. Raiva, tristeza, culpa, mas entre tudo isso... Ela não conseguia odiá-lo em seu coração.
Ele teve que responder pelo que aconteceu, mas não da maneira que ela sabia que seu pai queria que ele respondesse.
Dom olha para o pequeno vaso que ela carregava. — Nunca pensei que veria o dia em que você traria flores para Hobbs.
Nicole zomba. — Nem é todo dia que alguém como Luke Hobbs está num hospital.
— Posso concordar com isso.
Os dois saem do elevador.
Cabelo para trás em seu estado natural, Nicole tinha seus cachos poodle penteados para trás em um rabo de cavalo. Camisa preta de manga comprida, calça jeans preta rasgada e botas com salto na parte inferior.
Dom localiza quem eles procuravam. — Elena.
Virando-se, uma expressão de alívio tomou conta dela enquanto ela caminhava até os dois. — Dom, Nicole — um sorriso para a jovem. — Você cresceu.
— Eu gostaria, acontece que estou presa a essa altura.
Elena ri e lhe dá um abraço. — Ainda uma boca inteligente e linda, assim como sua mãe.
— Obrigada. — Nicole se afasta, com preocupação em seu olhar. — Você está bem?
— Já estive melhor. — Elena admite.
— Como ele está? — Dom pergunta a ela.
— Quebrou a clavícula e fraturou a perna em dois lugares. — Elena diz a eles. Nicole e Dom trocam breves olhares. — Ele só recuperou a consciência esta manhã. A primeira coisa que disse foi: 'Chame-me Dom'. — ela aponta para a sala atrás dela. — Ele está lá.
O olhar de Dom muda da direção da sala para Elena.
— Você está bem? — Dom inclina a cabeça, olhando para ela.
Nicole olha duas vezes, inclinando levemente a cabeça para o pai.
Elena notou Dom olhar e se afastou dele com um aceno de cabeça. — Estou bem. — ela fez sinal para que eles o seguissem. — Ele está esperando, vamos embora. — Elena vai embora.
— Sim, pai. — Nicole o observou com a mão no quadril. — Vamos. — ela acena com a cabeça para a sala. — A propósito, você tem um jeito estranho de flertar. Espero que não tenha sido assim que você conquistou minha mãe.
Dom segue Nicole. — Há uma diferença entre flertar e se importar com uma pessoa, espertinha.
— Certo. Eu já perguntei se ela estava bem, boa tentativa. — Nicole revira os olhos.
Dom zomba. — Você é a filha da sua mãe, eu lhe digo.
★
Deitado na cama, com gesso na perna e no braço apoiados. Hobbs sentou-se, assistindo TV. Alguns hematomas e cortes acima do olho conforme a luta e os danos da explosão mostraram.
— Tenho algo para você. — Elena se aproxima entregando-lhe uma pasta. — Seus arquivos.
— Obrigado.
Dom entra, Nicole se aproxima do pai para olhar a sala.
A atenção de ambos se voltou para o antigo show.
— Você arrisca sua vida e seus membros para salvar o mundo livre, e o que eles lhe dão? — Dom fala. Hobbs volta sua atenção para os dois Toretto na porta. — Gelatina e um programa de TV ruim dos anos 70.
— Muito mal. — Nicole estava ao lado de Dom. — Todo o dinheiro do mundo para salvar vidas, e eles não podem pagar pela TV a cabo neste lugar?
Hobbs solta uma risada. — Você sabe, tem suas vantagens. — Dom sorri. — Banhos de esponja não são tão ruins.
— Pai! — a garotinha no canto o repreende.
Dom e Nicole viram a cabeça para ela. Elena bufa uma risada com suas expressões chocadas.
— Sinto muito, menina. — Hobbs pede desculpas a ela.
— Espere, você tem uma... Espere. — Nicole pisca enquanto fica sem palavras.
Dom transferiu seu choque da garota para Hobbs. — Pai?
Nicole zomba, incrédula, e uma risada escapa. — D-de jeito nenhum! O quê? O grande e malvado Hobbs, é papai?
— Tudo bem, ria. — Hobbs permite que ela faça isso. — Não é tão difícil de acreditar.
— Ah, não, é, você já conheceu você? — Nicole pergunta. — Uau. Uau.
Dom sorri para Nicole. — Quem teria pensado.
— Eu não. Espere até eu mandar uma mensagem para Roman. — Nicole balança a cabeça. — E uma garota? Como se isso ficasse ainda melhor. — Hobbs revira os olhos de brincadeira. — Não, estou falando sério. Preciso mandar uma mensagem para Roman, ele vai se divertir com isso. Xander sabe?
— Diga a ele e eu acrescentarei algo a esse seu disco. — Hobbs aponta.
Os olhos de Nicole reviram com a ameaça. — Abuso de poder.
Hobbs sorri - olhando para sua filha, ele acena com a cabeça para eles.
— Samantha, querida, quero apresentar você a algumas pessoas.
Saindo da cadeira, ela caminha até eles.
— Eles são... — Hobbs balança a cabeça lentamente. — Eles são velhos amigos do seu pai. — Dom e Nicole trocam um sorriso mútuo para Hobbs. — Vá em frente e diga olá.
Samanta sorri. — Dominic Toretto, certo?
Dom assente. — Sim.
Com as mãos nos joelhos, Nicole se inclina para ficar na altura de Samantha.
— Ela é adorável. — Nicole sorri.
O olhar de Samantha se estreita em Dom. — Nicole Toretto?
— Em carne e osso.
— Hum. — Samanta sorri. — Isso é muito legal. Meu pai disse que ele chutou a bunda do seu pai uma vez.
Os olhos de Nicole se arregalaram, seu queixo caiu no chão.
As sobrancelhas de Dom se ergueram, olhando para Hobbs.
— Jovem, cuidado com a boca. — Hobbs diz a ela.
Ambos, Dom e Nicole olharam para Hobbs, que apenas deu de ombros inocentemente.
A língua de Nicole cutuca sua bochecha, ela ri para conter seu aborrecimento enquanto olha para Samantha.
— Ah-haha, ha. — Nicole assente. — Seu pai está usando drogas pesadas agora. — Hobbs ri. — Além disso, levar uma pancada na cabeça dele, várias vezes, pode causar problemas. Sem falar na velhice. Então posso ver como ele pode confundir seus dados.
— Eu duvido.
— Tenho certeza que você até duvida qual sapato é o seu esquerdo ou o direito. — Nicole sorri falsamente. — Então vamos deixar isso claro. Meu pai chutou a bunda do seu pai. — ela aponta.
— Nicole. — Dom diz.
— De novo. Duvido.
— Eu não.
— Ouvi dizer que você levou uma surra, na verdade. — Samantha cruza os braços. — Várias vezes.
— Não estou discutindo com alguém que provavelmente ainda usa pull-ups.
— Pelo menos estarei com um tamanho de sutiã maior quando tiver a sua idade. — Samantha a olha de cima a baixo. — Meu pai deixou claro que te pegou muitas vezes.
— Seu pai não conseguiu me pegar no pior dia dele.
A cabeça de Samantha se inclina. — Você os tem muito, não é?
Nicole me encara e se inclina para frente. — Ouça aqui. Eu bati em crianças. — os olhos de Samantha se estreitam. — Vou pendurar sua bunda de cabeça para baixo pelas pernas.
— Tem duas mãos, o que está impedindo você. — Samanta dá de ombros. — Não, a menos que levar uma surra seja algo de família e você esteja com medo.
— Eu dei um chute na sua bunda.
— Cuidado com a boca. — Dom e Hobbs contam aos dois.
— Pelo menos você conseguiu algo útil. — a cabeça de Samantha se inclina. — Eu realmente me perguntei sobre esses sentidos.
Nicole rosna enquanto se inclina
— Tudo bem, querida, isso é o suficiente. — Hobbs diz a ela.
Nicole encara Samantha. — Fofa, garota. — uma secura em seu tom.
Dom envolveu Nicole em um abraço lateral, sorrindo.
Hobbs ri e olha para sua filha. — Sam. Eu quero que você vá comprar alguns biscoitos ou algo assim com Elena enquanto eu e Toretto conversamos. Você me ouviu?
— Você vai com elas, Nicole. — Dom deixa cair o braço. — Você ficará bem com Elena.
Nicole olha duas vezes, com um movimento do polegar. — Por que eu tenho que ir comprar biscoitos com a duende mau do Papai Noel?
Samantha para, com as sobrancelhas erguidas. — Você não é nenhuma Sra. Claus.
Os olhos de Nicole se arregalaram olhando para Dom. — Eu era tão ruim assim na idade dela? — Dom lançou um olhar astuto e assentiu lentamente. — Meu Deus. Sinto muito.
Dom ri. — Escute, você mal comeu ontem à noite. Então vá com eles, não preciso que você desmaie em mim.
— Por que não posso ficar aqui e conversar com Hobbs? Eu meio que gosto dele. — Nicole faz um gesto com a mão para ele.
Hobbs abaixa a cabeça, rindo.
A cabeça de Dom se inclina para a filha, aquele tom sério vindo logo atrás. — Nicole.
— Tudo bem, estou indo, estou indo. — Nicole coloca o pequeno vaso de flores no estande de Hobbs.
Ele sorri. — Obrigado, garota.
Nicole assente. — De nada.
Elena coloca as mãos nos ombros de Samantha. — Vamos, senhoras, vamos pegar alguns biscoitos.
Todas começaram a sair.
— Acho que Nicole está farta disso. — Samantha bufa.
— O que foi que ela disse?! — Nicole pergunta.
Elena ri.
— Cuidado com essas bocas vocês duas. — Hobbs grita.
Dom anda ao redor da cama. Só assim, todos os sinais de sua diversão e sorriso desapareceram.
— Quem fez isto? — a pergunta que estava em sua mente desde que tudo pegou fogo.
— Você se lembra de Owen Shaw? — Hobbs pergunta a ele.
Dom para no meio do caminho para olhar para ele de lado.
Como ele poderia esquecê-lo...
— Aquele que destruímos metade de Londres tentando pegar. Bem, este é o irmão mais velho e mau dele. — Hobbs colocou o arquivo na frente de Dom. — Dê uma olhada neste.
Dom abriu o arquivo.
Uma foto de Deckard o encarou bem na cara, junto com algumas de suas outras informações.
— Deckard Shaw. — Hobbs fala de volta. — Assassino das Forças Especiais Britânicas. O tipo de recurso único que nenhum governo jamais admitiria empregar.
Os olhos de Dom foram do arquivo para Hobbs. — Garotos das Operações Negras.
— Pior. — Hobbs diz. — Eles criaram um monstro. Eles sentiram que Shaw era um mal necessário até que finalmente decidiram que ele era desnecessário. Os poderes constituídos sentiram que ele sabia um pouco demais. O ativo tornou-se um passivo. — os olhos de Dom voltaram para o arquivo. — Então eles enviaram 20 agentes de elite para aposentá-lo...
— E eles erraram. — Dom diz.
Hobbs assente. — Isso foi há seis anos, e Shaw tem sido um fantasma desde então. Até agora. — Dom fechou o arquivo. — A última chamada farsa dele foi quando ele foi visto com Hailey Shaw. Isso foi três meses antes de irmos a Londres para rastrear Owen.
Esse nome apareceu nos olhos de Dom quando ele olhou para Hobbs.
Agora ele começou a entender por que Nicole pensava que isso era culpa dela.
— Eu pensei que Nicole tivesse ficado com Owen?
— Às vezes. — Hobbs diz a ele. — Aquela brincadeira com Nicole, não foi só isso. Posso dizer que quando Owen a enviou para seu irmão, eles não estavam recebendo visitação dos pais. Ele a enviou para ele por um motivo.
— Qual foi o motivo?
— Para se tornar o que Owen precisava na época. — Hobbs diz. — Uma sombra. Entra e sai sem nunca ser vista, e se ela foi vista - sempre foi um motivo. Você não pegou Nicole a menos que ela quisesse. Não gosto de trazer à tona o que está no arquivo de Nicole ou a garota que eu tive que rastrear, mas nunca mentiria para você, Dom. Há muitas coisas que ela sabe. A maior parte não é Owen. Tenho um bom pressentimento, a maioria é Deckard. Ele a mencionou e a primeira coisa que ele deixou claro é que a ensinou a sobreviver na vida deles..
— Ela nunca mencionou ele. — Dom diz.
— Estou começando a entender por quê. — Hobbs diz. — Eu sei que a vingança de Deckard Shaw é colocar todos nós em um caixão ou em um hospital. Para Nicole, isso não tenho certeza. Não sei a história completa da história deles e só ela poderia te contar isso, mas a maneira como as coisas estão. Eu sei que ela está no topo da lista dele agora.
Dom apoia as mãos na beirada da cama do hospital. — Então, como posso encontrá-lo?
— A resposta oficial é: você não encontra. — Hobbs diz a ele.
Dom se endireita. — Ele matou Han. Quase matou minha família. Não vou deixar outro Shaw deixar Nicole com medo.
— Ele também tentou me colocar em um saco para cadáveres. — Hobbs diz. — É por isso que quando eu sair, vou machucá-lo tanto que ele vai desejar que sua mãe tivesse mantido as pernas fechadas. Mas até então, minha resposta oficial para você é: fique quieto.
Dom olhou para Hobbs endurecido. — Agora você sabe que não posso fazer isso.
— Eu conheço você, Dom. — Hobbs grita.
Se ele não conseguisse chegar até Deckard, então deixaria tudo nas próximas mãos de quem pudesse.
— É por isso que agora eu lhe dou a resposta de irmão para irmão. — Hobbs diz a ele. — Faça, seja o que for que você tenha que fazer. Mas quando você encontrar aquele filho da puta, apenas me faça um favor.
Dom vira a cabeça para ele. — O que é isso?
— Não perca. — Hobbs diz.
Dom acena com a cabeça e vai até a porta.
— E Dom. — Hobbs chama sua atenção. — Ele está vindo atrás de Nicole, posso lhe dizer isso pessoalmente. Só não sei por quê. Mantenha-a em algum lugar seguro.
— Eu planejo. — Dom assente.
Dom saiu da sala.
Hobbs o observa sair. — Boa sorte, Toretto.
★
Nicole, Samantha e Elena andaram pela cafeteria do térreo. Samantha escolhe algumas coisas para levar para o quarto do pai.
Recuando e observando-a, Nicole e Elena ficaram de lado.
Elena sorri para Samantha. — Eu acho que ela gosta de você, você sabe.
— Mini Hobbs? — Nicole ergueu uma sobrancelha. — Ah, não, absolutamente não. — um aceno de cabeça. — Eu vejo aquela criança me rastreando no futuro, como seu pai cão de caça. Não estou interessada.
— Planeja continuar em apuros como seu pai?
Nicole acena com a mão 'duvidosa'.
— Não intencionalmente. — Nicole diz. — O problema tem um jeito de me encontrar, se isso faz sentido.
— Oh, eu sei. — Elena ri. — Bem, você tem meu número se você se envolver muito nisso.
— Salvo em uma discagem rápida. — Nicole mostra seu telefone. — Eu ligaria para Hobbs, mas ele poderia me prender.
Elena ri. — Há uma boa chance de que ele possa.
Nicole sorri, mas foi breve. — Estou feliz que ele esteja bem.
— Ele é um cara forte. — Elena assente.
— Sim. — Nicole franze a testa. — Uma pessoa de quem gosto está no hospital e a outra... Ele estará no túmulo em alguns dias. — um escárnio incrédulo. — A vida tem um jeito engraçado de bater em você.
— Nada disso é culpa sua.
— Eu gostaria de poder concordar com você. — Nicole olha para baixo.
— Ei. — Elena chama sua atenção. — É verdade que as pessoas estão no lugar errado, na hora errada. O destino não tem nada a ver com você como pessoa. Existem apenas algumas coisas que não podemos controlar. Hobbs não gostaria que você se culpasse, e posso apostar que Han também não.
Os lábios de Nicole tremem um pouco. — Han... — um sorriso enquanto ela pensa nele e consegue conter as lágrimas. — Nunca contei a ele que aprendi seu truque de direção.
— Ele sabe. — Elena segura a mão dela. — E tenho certeza que ele te ensinou bem.
— Sim, sim, ele fez. — Nicole ri.
— Nicole. — Dom chama.
Ambas as mulheres se voltam para vê-lo esperando.
— Parece que seu pai está pronto para você.
Nicole acena com a cabeça e olha para ela. — Obrigada, Elena.
— Sem problemas. — Elena a abraça. — Esteja segura e cuide dele lá fora. — ele acena com a cabeça para Dom.
— Eu vou. — Nicole prometeu.
Samantha se aproxima com suas coisas. — Você está saindo?
— Sim. — Nicole ergueu a sobrancelha. — Você queria me expulsar pessoalmente ou algo assim?
— Não posso dizer que isso não passou pela minha cabeça. — Samanta dá de ombros.
— Claro que sim. — Nicole se vira nos calcanhares. — Até mais, garota.
— Ei! — Samantha chama por ela. Nicole para e olha para trás. — Tente não levar uma surra aí. — Nicole sorri. — Pelo menos balance para trás uma vez para não parecer tão mal.
O sorriso de Nicole desapareceu, ela olhou para a garota e revirou os olhos - indo embora. — O nome Hobbs está começando a fazer meus olhos tremerem.
O lado de Elena abraça a menina, observando Nicole sair com Dom.
Dom deu uma última olhada para Elena, seus olhos caindo para Nicole.
— Venha, vamos.
Nicole notou a severidade na voz do pai enquanto o seguia.
— Tudo certo? — Nicole pergunta a ele. Dom entra no elevador. — Olá, diga alguma coisa. — Nicole balança a cabeça diante do silêncio dele. — Pai, vamos lá, você está me assustando.
Dom se afasta dos elevadores para encará-la.
— Vou dizer uma coisa, no minuto em que você me contar quem é Deckard Shaw... — o rosto de Nicole disse tudo quando ela teve que desviar o olhar. — Então é disso que você tem medo.
— Não tenho medo de Deckard. — Nicole deixa isso claro.
— Então como você o conhece? Owen mandou você até ele?
— É uma longa história.
— Bem, o dele está prestes a ser curto. — Dom diz a ela. — Estou mandando você para a DR com Mia.
— Você não pode fazer isso.
— Eu não posso fazer isso. — Dom repete. — Você quer apostar? Estou fazendo isso para proteger você. — ele foi para o elevador.
Nicole atrapalha. — Eu não preciso de proteção.
— Ele explodiu a casa, Nicole. Nossa casa. — a voz de Dom aumenta. — Ele colocou Hobbs neste hospital e matou Han. Teria matado todos nós se não tivéssemos saído!
— Você não acha que eu sei disso. — Nicole discute com ele.
— Então como você sabe que ele não vai te machucar?
— Porque eu o conheço. — Nicole não recuou. — Eu o conheço melhor do que você e Hobbs.
— Você não o conhece tão bem quanto pensa. O arquivo daquele homem é uma sentença de prisão perpétua.
— O seu foi melhor? — Nicole pergunta honestamente a ele. Dom parou por um momento enquanto seus olhares lutavam entre si. — Eu e você sabemos que os arquivos são a história de outra pessoa, não a história da pessoa real. Ele não fez metade das coisas que você acha que ele fez lá.
— Isto é o que você pensa?
— É o que eu acredito. — Nicole reformulou a frase. — Deckard é perigoso? Eu seria uma idiota se dissesse não. Mas ele fez tudo o que você vê escrito? — Nicole balança a cabeça. — Olha, eu sei que o que ele está fazendo é ruim, mas sei que ele não faria isso sem motivo.
— Você acha que o conhece tão bem?
— Quando eu estava sozinha... — a voz de Nicole falha. — Quando pensei em morrer porque não sabia se você viria atrás de mim ou se eu conseguiria escapar. — o olhar de Dom suavizou-se. — Eu literalmente sentei às portas da morte, implorando para morrer. Só para que isso passasse, para que toda aquela dor passasse. Eu estava me colocando em perigo... Só esperando que uma bala me atingisse.
Nicole não os sentiu, mas o estresse e as lembranças dolorosas fizeram com que lágrimas escorressem por seu rosto.
— Owen sabia que eu estava a mais um trabalho de um caixão e antes que pudesse chegar a esse ponto ele me mandou para Deckard. — Nicole funga algumas de suas lágrimas. — E naquela época, Deckard era meu lugar seguro longe de Owen. Quando esqueci quem eu era, ele me fez lembrar. Ele me ensinou para que eu não ficasse atrasada na escola e garantiu que eu soubesse como realmente sobreviver lá fora. Deckard era o único que eu tinha lá fora... Que me lembrava você.
Os olhos de Dom se arregalaram um pouco quando ele olhou para ela.
— Eu odeio o que ele fez com Han? Claro que odeio. — Nicole luta com as lágrimas. — Pelo que ele está fazendo com todos nós, eu odeio isso. E nunca estive tão confusa em toda a minha vida... Sobre quem eu mais preciso proteger. — lágrimas caem de seu queixo. — Ele não é o cara que você pensa que ele é. — Dom olha para ela e desvia o olhar. — Eu sei que você o quer morto, mas morte por morte não é a resposta. Se eu simplesmente o tivesse encontrado e contado a verdade, Han estaria vivo e isso não estaria acontecendo.
— Você não sabe disso.
— Sim, eu sei. — Nicole assente. — Ele está aqui porque pensei que poderia deixar meu passado para trás... Mas finalmente ele me alcançou. — Dom não disse uma palavra. — Se você encontrasse Brian no hospital sem nenhuma explicação, você pensaria duas vezes? Não, você estaria lá fora, sem fazer perguntas, assim como ele. Vocês dois são iguais.
— Nunca me compare a ele. — Dom aponta.
A cabeça de Nicole balança. — Apenas deixe-me falar com ele.
— Você não está indo em um raio de um quilômetro de outro Shaw. — Dom diz a ela. — De novo não.
— Ele não é irmão dele.
— Você tem certeza disso?
Nicole foi responder, mas parou.
Por que ela não podia mais simplesmente responder a isso? Houve um ponto em que ela poderia dizer que Deckard não era nada parecido com Owen, mas depois de tudo isso... Ela tinha tanta certeza?
— Isso foi o que eu pensei. — Dom assente. — Você não está me impedindo de encontrá-lo.
— Então você não está me impedindo de ir com você. — Nicole endurece a voz.
— Estou levando você para um lugar seguro e isso não é comigo.
— Você não entende. — Nicole balança a cabeça lentamente. — Não é com Owen que você está brincando. Não importa onde você me coloque, ele irá lá. Eu o conheço melhor do que você pensa. Tudo o que você estaria fazendo é colocar outra pessoa para ser morta e eu não estou prestes a deixar você fazer isso. Também não vou deixar você perseguir Deckard Shaw. Você nunca o pegaria, não sozinho.
— Eu não vou arrastar você para isso mais do que você já está. — ele deixou isso claro. — Você não está falando com ele.
— Pai....
— Eu te disse não. — o olhar severo e a voz severa de Dom a acalmaram. — Quando eu encontrar Shaw, não o encontrarei para falar nada. Já me decidi quando se trata disso. Hospitais são uma coisa. Han morto... Isso é outra.
— Eu sei. — Nicky sussurra enquanto ela balança a cabeça.
Dom olha para sua filha. Ele nunca a tinha visto assim por causa de uma pessoa, a menos que fosse ele.
— Vou manter você comigo. — Dom finalmente fala.
Nicole levanta seu choque para ele. — Você vai?
— É a única maneira de ficar de olho em você. — Dom diz. — Certifique-se de não fazer nada maluco.
— Eu sabia que havia um problema nisso. — Nicole suspira. — Pai...
— Não estamos mais discutindo sobre Deckard Shaw. — Dom entra no elevador. — Eu preciso ligar para Brian.
— Eu pensei que você estava me levando com você?
Dom acena com a cabeça quando a porta se abre e eles entram.
— Eu estou. — ele diz. — Estou dizendo a Brian que o veremos em Los Angeles para o funeral de Han.
Nicole franze as sobrancelhas. — Onde estamos indo?
— Vou trazer Han para casa. — Dom olha. — Indo para Tóquio.
As portas se fecharam.
— E ainda não é sua culpa. — Dom diz a ela.
— O que?
— Você me disse que a culpa foi sua por Han. Você não bateu o carro dele, você não o matou. — o olhar de Dom cai sobre ela. — Shaw escolheu fazer isso com ele. Assim como você acha que poderia ter falado com ele. — as portas do elevador se abriram. — Ele poderia ter feito o mesmo com você.
Nicole queria protestar, mas como poderia... Seu pai tinha razão.
— Eu sei que ele poderia ter feito isso, mas...
— Mas nada. — Dom a interrompe. — Eu não vou desistir. Estou grato pelo que ele fez por você, mas tudo isso foi embora quando ele fez isso. Você pode conhecê-lo, Nicole, mas eu não. E depois disso... Eu não quero.
Dom sai do elevador.
Nicole o observa, com um puxão no peito quando a dor de perder Han foi estampada na manga de Dom.
Dom queria matar Deckard, e Deckard queria matar Dom. E tudo o que ela queria fazer era proteger os dois um do outro e evitar que mais alguém se machucasse...
Nicole pisca sem pensar quando percebe algo.
— Espere... — Nicole sai do elevador. — Você disse Tóquio?
★
Letty caminha pelo pequeno hospital.
Partes disso pareciam muito familiares, mas sua mente ainda estava em branco. Ela caminhou com uma mulher para trás; ambos falando em espanhol.
— Sinto muito. — a enfermeira pediu desculpas, em inglês. — Simplesmente não há registro de Leticia Ortiz.
— Mas tenho certeza de que fui mantida aqui. — Letty tenta explicar.
A senhora balança a cabeça. — Sinto muito, não sei o que te dizer. — Letty para enquanto a mulher continua pelo corredor. — Eu gostaria de poder te ajudar.
Letty solta uma leve risada falsa diante da chamada atitude prestativa da mulher.
Uma explosão nas costas a fez pular, ela se vira e vê uma senhora sendo levada às pressas em uma maca.
Memórias dela mesma ressurgindo quando ela se lembrou de ser uma dessas pessoas.
Uma mulher corre pelas portas duplas do hospital, arrastando Letty quase inconsciente com ela.
— Ajuda! — ela chamou as pessoas. — Ajuda, preciso de um médico, por favor!
Um médico e uma enfermeira correram para ajudá-la.
— O que aconteceu com ela? — o médico questionou preocupado
— Acidente de carro, encontrei-a na beira da estrada. — ela explica e os ajuda a colocar Letty em uma maca. — Por favor, ajude-a.
— Sim, nós vamos. — o médico diz.
Eles começaram a empurrar Letty pelo corredor com pressa.
Letty olhou para a mulher acima dela, não era um rosto familiar, mas ela estava grata por ela.
— Sinto muito, mas você tem que ficar aqui. — a enfermeira diz para a mulher.
— Señorita? — o médico começou a questionar Letty, ele lançou uma pequena luz nos olhos dela. — Você pode me dizer seu nome? Qual é o seu nome?
— Letty. — sua voz fraca. — Letty Tore....
A respiração ofegante ficou curta enquanto ela tirava sua mente da dor de aliviar aqueles dias. Os dias em que ela perdeu as memórias de tudo que a tornou quem ela é agora.
Uma enfermeira que ouviu a conversa aproximou-se de Letty por trás.
Dando um leve toque em seu ombro, Letty se vira. A enfermeira pede desculpas com os olhos e pergunta a Letty em espanhol se 'ela estava bem'.
Assentindo, Letty se afasta dela. — Sí.
Dando uma olhada no lugar, uma carranca triste surgiu em seus lábios quando ela começou a sair.
A enfermeira deu outra boa olhada em Letty - rapidamente, ela tirou uma foto da gaveta de sua mesa. Uma segunda olhada nisso para Letty.
Foi lá que ela a conheceu...
— Com licença, senhora? — a enfermeira chama, correndo atrás dela. — Eu me lembro de você.
— O que? — Letty para e se vira para encará-la. — Você faz?
— Sim. Fui eu quem te ajudou quando você foi trazida. — ela explica. — Pelos ferimentos que você teve, nunca vi ninguém lutar do jeito que você lutou. Isso é seu.
Colocando-o na mão dela.
Letty ficou um pouco confusa até virar a foto.
Uma foto de família dela, Dom e Nicole. Na época em que Nicole tinha apenas três ou dois anos. Os três juntos e felizes. A ironia deles é que tiraram essa foto no Race Wars.
Desprevenida - Letty segurou Nicole risonha em seu braço enquanto Dom abraçava os dois por trás. Os dois sorrindo juntos.
Um leve sorriso – a enfermeira acena para a foto.
— Eu poderia dizer que você era mãe. Quando vi como você lutou com todo aquele dano, então essa foto que você tinha com você. Deve ter caído, e quando tentei devolvê-la para você, disseram que um homem verificou você saiu naquele dia.
Letty encara. — Owen.
— Sempre tive a sensação de que um dia você voltaria, então guardei para você, só para garantir. — a enfermeira explica. — Ela é uma linda garotinha.
Letty deixa seus dedos passarem pela foto, um sorriso finalmente aparecendo. — Ela não é mais tão pequena.
— Eu poderia dizer que ambos significaram muito para você. — a enfermeira diz. Letty lançou-lhe um olhar confuso. — No primeiro dia, enquanto você estava inconsciente e inconsciente, você ficava dizendo: 'Tenho que voltar para eles'. — os olhos de Letty se arregalaram ao ouvir isso. — Dizendo que eles precisavam de você, que ela precisava de você. Eu não sabia quem, já que só encontrei a foto mais tarde. Você não poderia nos dar nomes, mas você sabia. — o sorriso da enfermeira desaparece. — Então, no dia seguinte. Você nem se lembrava de ter dito essas palavras para nós.
— O dia em que perdi minhas memórias.
Assentindo, a enfermeira olha para a foto.
Letty enxuga as lágrimas com as costas da mão. — Hum, obrigada. — ela acena a foto. — Por isso e por sua ajuda naquele dia.
— Claro. — um leve sorriso reaparece. — Escute, por que você não me deixa seu número? Vou procurar seus registros. Eles podem ter sido armazenados ou arquivados incorretamente. Se acontecer alguma coisa, eu ligo para você.
— Você faria isso?
Um olhar honesto para Letty. — Depois de tudo que você passou? Se você quer respostas, você merece tê-las.
— Obrigada.
Letty anota seu número e devolve a prancheta para ela.
— Ok.
— E obrigada por guardar esta foto para mim. — Letty balança a cabeça. — Você não precisava fazer isso.
— Eu sei. — a enfermeira sorri. — Quantos anos ela tem agora? — Letty se afasta da pergunta. — Sua filha. Quantos anos ela tem agora?
— Dezoito. — Um sorriso orgulhoso de poder dizê-lo. — Você tem filhos?
— Duas filhas e um filho.
Letty ri, incrédula. — E você me chama de lutadora. — uma aceno para a enfermeira enquanto ela sai. — Obrigada.
Saindo do hospital, Letty entrou no carro e fechou a porta. Ela tirou a foto do bolso.
Mesmo que ela não tenha obtido todas as respostas que queria, ela conseguiu o suficiente para acalmar sua mente por enquanto.
Ligando o carro, o olhar de Letty encontra a foto em mãos.
Toda aquela luta naquela época para voltar para eles....
Aqui estava ela, deixando os dois, apenas em busca de respostas.
É claro que ela precisava conhecer o passado, mas o que ela aprendeu foi como amar Dom e Nicole novamente.
Nem mesmo sabendo que Nicole era sua filha naquela época e instantaneamente ela a protegeu como ela era. O relacionamento que ela teve com Dom, a atração por ele nunca parou - ela percebeu que aprendeu a se apaixonar por ele, mesmo sem as velhas lembranças.
Algo que ela não contou a ele...
Eles estiveram com ela todo esse tempo. Talvez sua mente não tivesse Dom e Nicole completamente como ela queria, mas seu coração sempre os conheceu.
Família dela.
Todos eles passaram pelo inferno para voltar um para o outro.
Com memórias ou sem memórias, eles eram sua família e era onde ela precisava estar agora. Uma parte dela rezou para que a mulher encontrasse algo, mas até então... Ela não cometeria o mesmo erro.
Dessa vez ela saiu do hospital...
Ela estava voltando para casa, para eles...
★
Twinkie caminhou entre as pessoas e os carros na garagem.
— Ei, ei, Sean!
Conversando com Neela, Sean ouve seu amigo ligando.
— Ei, Sean! — Twinkie chama a atenção do grupo. — Ei, olha isso, cara. Esse cara e essa garota aqui querem correr com o novo DK. Ouvi dizer que eles também estão vencendo todo mundo na Ásia. Só para chegar aqui.
Sean balança a cabeça, virando-se. — Hoje não, Twinkie.
O olhar de Twinkie ficou triste com seu amigo. — A garota disse que conhecia Han. — isso fez Sean levantar a cabeça. — Disse que Han era uma família para eles.
Sean demora um minuto, seus olhos viajam para Neela. Com um leve sorriso, ela acenou com a cabeça para ele ir em frente.
— Tudo bem. — Sean olha para seu amigo. — Onde ela está?
Twinkie sorri e se vira – levantando-se de um pulo e olhando através da multidão.
— Aí vem ela!
Um motor fazendo barulho enquanto atravessa o mar de pessoas que se separaram no caminho.
Aquela mesma música familiar ecoando nos alto-falantes da garagem. Uma música famosa dos Teriyaki Boyz.
Foi feito por um motivo e apenas um motivo.
Para, Tóquio Drift...
Um Dodge Charger todo preto com uma faixa vermelha no meio e faróis e rodas de LED vermelho sangue.
Puxando para cima.
Twinkie assobia os lábios com a cor e o tom. — Droga, ok, isso é legal!
Um flash de luzes vermelhas embaixo quando a porta se abriu.
Botas de salto vermelho escuro atingiram o chão – Nicole saiu do carro.
Jeans skinny jeans, rasgados para mostrar a meia arrastão vermelha por baixo. Uma camiseta vermelha curta e musculosa com um corte em V mais profundo e um dragão na frente.
Corrente cruzada em plena exibição enquanto uma luva de couro vermelho sem dedos cobria sua mão (esquerda) que dirigia. Cabelo natural torcido para trás, agindo como uma faixa enquanto seus cachos caíam pelas costas.
Nicole fechou a porta, dando uma olhada na atenção que chamava das pessoas.
Eu me pergunto se você sabe.
Como eles vivem em Tóquio.
Nada além de um sorriso enquanto ela passa pelos homens em seu caminho.
Se você viu, então você está falando sério. Então você sabe que tem que ir.
Nicole avista o cara Twinkie e vai até eles. Seus olhos encontraram brevemente o grupo em torno do homem que ela acreditava ser Sean.
Veloz e furioso!
(Deriva, Deriva, Deriva)
— É ela? — Sean aponta.
Com um largo sorriso, Twinkie acena com a cabeça. — Sim.
Veloz e furioso!
(Deriva, Deriva, Deriva)
Nicole para e olha para ele.
— Você é Sean?
— Sim. — Sean se aproxima. Seus olhos caem enquanto ele olha para ela.
Aqueles olhos e aquele sorriso dela. Ele já tinha visto isso antes...
— Eu conheço você. — ele aponta. — Nicole...
Uma sobrancelha levantada dela. — Sim.
Sean vai até seu carro, tira algo do porta-luvas e volta até ela.
— Eu sabia que seu rosto parecia familiar. — ele entrega a ela uma foto.
Nicole tira a foto, virando-a para mostrar ela mesma e Han.
— Han sempre disse que você tinha um daqueles sorrisos memoráveis. — ele diz.
Uma inclinação no ombro de Han enquanto ele se posicionava com Nicole, uma semana antes de seu aniversário de dezesseis anos. Ele tinha voado apenas naquela semana para visitá-la e ensiná-la a andar à deriva.
Deixando a dor vagar por seu peito, Nicole não pôde deixar de sorrir com as lembranças calorosas entre eles.
— Ele deixou cair no meu carro da última vez. Esqueci de devolvê-lo. — Sean explica. — Me disse que ele não era fã de crianças. Então ele conheceu você, acho que você mudou de ideia.
Nicole ri. — Parece ele. — um olhar para Sean enquanto ela balança a cabeça. — Obrigada por guardar isso.
— Sem problemas. — Sean balança a cabeça. — Desculpe.
— Ele sempre jogou tão de perto. — Nicole dá uma última olhada na foto.
— Vocês dois eram muito próximos?
Nicole acena com a cabeça, um sorriso aparecendo em seus lábios. — Eu o conheci quando tinha oito anos. Mesmo naquela época, ele era o mesmo. Uma das coisas que eu amava nele. Não saberia como me desviar do jeito que faço sem ele. Ele tinha um jeito especial de ensinar isto.
— Eu sei disso. — Sean zomba, os dois compartilham um sorriso. — Ele me disse que você era rápida e que dirigia como seu pai. — Sean assente. Nicole ri disso. — Nunca pensei que você viria até aqui.
— Tive que fazer isso, eu também queria ver o motivo de todo esse hype. — Nicole coloca a foto no bolso.
— Então você está pronta para correr?
— Por mais que eu adorasse vencer você primeiro. — diz Nicole, Sean ri. — Outra pessoa recebeu a prioridade. Então terei que esperar minha vez. — ela começa a andar. — Não sou eu que você corre primeiro.
Sean franziu as sobrancelhas. — Com quem estou correndo então, se não você?
O olhar de Nicole de volta, seu amplo sorriso assumindo o controle.
— O meu pai.
Olhando para seus amigos, Sean não questionou quando entrou em seu carro.
Ele parou o carro e já viu um Plymouth Roadrunner 1970 cinza esperando.
Os muscle cars. Uma coisa que Han lhe contou quando se tratou do nome Toretto. Você nunca os viu dirigindo em mais nada.
Sean vê Dom no banco da frente do carro quando ele para. O som de Los Bandoleros tocando dentro do Plymouth.
— Bom passeio. — Sean acena com a cabeça, admirando isso.
— Ganhei do meu amigo Han há alguns anos.
As sobrancelhas de Sean se levantaram. — Eu não sabia que ele gostava da musculatura americana.
Dom sorri. — Ele estava quando estava rolando comigo.
Sean esconde o seu e sorri. — Não sei se sua filha ou você sabe... — Dom ergueu as sobrancelhas. — Vocês dois sabem que esta não é uma corrida de 10 segundos.
Dom olha de Nicole para Sean, com uma risada profunda. — Não temos nada além de tempo. —
Sean acena com a cabeça e liga o carro. Dom sorri ao colocar o carro em marcha. — Você está pronto, garoto?
— Já nasci pronto. — Sean concorda.
— Vamos, Sean! Vamos! — Twinkie e o resto dos amigos de Sean torcem nos bastidores.
Neela caminha e fica na frente dos dois carros.
Um ponto à sua esquerda para uma garota.
— Preparar!
Um ponto à direita dela em outro.
— Apontar!
Neela faz um gesto com as duas mãos. — Agora!
Os dois carros saíram em disparada, seguidos pela multidão....
★
Corridas pelos livros, já que Sean teve que admitir que não havia mentira no que Han lhe disse. Dom e Nicole eram americanos como ele, mas os dois aprenderam a se adaptar ao drifting.
Nicole e Dom desfrutaram de uma nova cena e experiência. As corridas na América não foram nada comparadas às corridas de drift em Tóquio. A mesma correria, mas uma atmosfera diferente.
Nicole reservou um tempo após a corrida para conhecer a família e a vida que Han construiu para si aqui.
O garoto americano com forte sotaque sulista chamado Sean Boswell. Um jovem chamado Twinkie e uma linda garota chamada Neela – junto com alguns outros.
A memória de Han parecia permanecer em cada pessoa com quem Nicole havia conversado por ali. Ninguém poderia mencioná-lo sem sorrir ou sentir o peso emocional da sua morte. Isso é o quanto ele significava para as pessoas.
E Deckard tirou isso de todos eles.
Nicole se recosta em um dos carros.
— Cara, eu não sabia que você e seu pai faziam assim! — Twinkie diz.
— Nada mal para uma garota americana, hein?
Twinkie zomba. — Você estaria arrasando aqui. Han estava certo.
— Ele disse?
— Sim. — Twinkie estala. — E ele disse que você dirige como seu velho. Imprudente como o inferno.
Nicole faz uma careta. — Eh, só quando for necessário.
— Era necessário o tempo todo? — Neela brinca.
— Uma boa maioria. — Nicole admite. — Ei, Han também não era um santo. — ela aponta. — Só para sabermos.
— Nós sabemos. — Twink assente. — Oh! Han também disse que você gosta de dinheiro e fica com ele. Então, dito isso, consegui um bom negócio com esses novos relógios. — ele os mostra para ela. — Acabei de sair. Wah-lah. — Twinkie ri cutucando-a. — Dê uma olhada.
— Você quer dizer, este relógio? — uma sobrancelha levantada em questão quando ela lhe mostrou o pulso.
O mesmo preto que Twinkie tinha entre os muitos em seu pulso.
Neela cobre a boca de tanto rir.
— Uau-lá. — Nicole mostra isso.
— E-eu não esperava que ela fizesse isso. — disse Twinkie.
Neela abaixa a mão e revira os olhos para Twinkie. — Perdoe-o, por favor.
— Está tudo bem. — Nicole balança a cabeça. — Ele é fofo.
Twinkie sorri e cutuca Neela com o cotovelo. — Eu te disse, ela estava me olhando.
— Eu realmente duvido disso. — Neela assente.
— Eu não. — Twinkie faz beicinho. — Nicole, você está saindo com alguém? — Neela arregalou os olhos. — Porque eu não estou.
— O que aconteceu com Shelly? — Neela pergunta.
— Shelly quem? Quem é Shelly? — a cabeça de Twinkie se retirou.
— Estou contando a ela. — Neela aponta.
Nicole ri de Twinkie quando ele abraçou Neela e implorou que ela não contasse.
— Han tinha muitos personagens com ele, posso dizer isso. — Nicole assente.
— Nunca foi um momento de tédio, especialmente quando Sean apareceu. — o rosto de Neela se iluminou apenas ao mencionar seu nome.
Nicole olha para ela. — Suponho que você e ele são...
— Sim. — Neela dá uma risadinha. — Ele fez muito por mim. Ele e Han.
— Eu não esperaria nada menos dele. — Nicole assente.
Neela acena para Sean e Dom. — Você tem um pai muito legal. Poucas garotas podem dizer que seu pai as levou para Tóquio, para passear.
— Imagine que o primeiro momento de orgulho dele é você aprender a consertar um pneu furado e não andar.
Neela ri. — Você tem um pai diferente.
Os olhos de Nicole encontraram Dom do outro lado do estacionamento com Sean.
— Eu tenho.
A última coisa que ela queria era ver Deckard e seu pai brigando. Mas não importa o quanto ela se importasse com Deckard e o amasse como uma família... Ele não iria tirar mais ninguém dela.
Principalmente Dom...
Do outro lado do estacionamento, Dom estava com Sean olhando para as ruas de Tóquio; seus carros estacionados atrás deles.
— Han disse que você e Nicole foram rápidos, mas não tão rápidos. — Sean diz.
— Quem disse que os músculos americanos não podem flutuar? — Dom brinca.
Sean ri, seu sorriso diminui à medida que ele pensa em seu amigo.
— Han mencionou que deixava seus inimigos no retrovisor. Ele nunca falava muito sobre isso.
— Sempre jogando com cautela. — Dom assente.
Sean pegou sua mochila e vasculhou dentro dela – ele tirou alguns itens.
— Encontramos algumas coisas perto do acidente, não sobrou muita coisa. — ele entregou-lhe um saco transparente.
Dom pegou para ver o que restava e a dor não escondeu seu rosto.
— Gisele... — Dom falou o nome dela com o coração pesado. — Ele está sentado no teto do carro.
— Oh sim. — Sean lembra. — Há mais uma coisa. — segurando a corrente cruzada de Dom, não perdeu tempo chamando sua atenção. — Eu achei isto.
O símbolo de sua família e muito mais. Um pedaço de sua vida que ele compartilhou com Letty. Justamente quando ele pensou que estava perdido para sempre, ele encontrou o caminho de volta para eles.
— Deve ter significado algo para ele.
Dom pegou a corrente, segurando-a para olhar a cruz. A foto de Gisele ainda em sua mão.
— Quando você encontrar o cara que matou Han, o que você vai fazer? — Sean pergunta a ele.
Dom olha para a corrente. — As palavras ainda nem foram inventadas.
Nicole vai até eles.
— Pai...
Dom e Sean olham para trás.
— Nosso avião partirá em breve.
Dom assente. — Estou pronto. — ele se levanta.
Nicole vê a corrente em sua mão. — Onde você...
— Shaw deixou. — Dom diz, deixando-a segurá-lo. — Deixado como nossa mensagem. — o olhar triste de Nicole tremeluziu enquanto ela o segurava. — Isso também foi deixado.
Os olhos de Nicole se erguem – ela tira a foto de Gisele com um sorriso zombeteiro.
— Pensar que perdemos os dois... — Nicole balança a cabeça. A mão de Dom foi até o ombro dela, chamando sua atenção. — Eu sinto falta deles.
— Eu sei. — Dom balança a cabeça, penteando o cabelo para baixo.
Nicole o abraça.
Um bem necessário. Desde que chegaram a Tóquio, o peso da morte de Han parecia ficar cada vez maior.
Afastando-se, Nicole olha para Sean.
— Obrigada por nos receber aqui.
— Qualquer família de Han é sempre bem-vinda aqui. — Sean diz a ela. — Eu quero outra corrida.
— Tudo bem por mim. — Nicole manteve o braço em volta do pai. — Me dá a chance de vencê-lo novamente e, da próxima vez, vou conquistar o título de Drift Queen antes de partir.
— Você quer dizer rei?
Nicole sorri. — Você me ouviu da primeira vez, Boswell.
Sean ri junto com Dom.
Nicole deixa cair o braço enquanto recua. — Eu sou uma rainha, Sean. Nunca se esqueça disso.
— Veremos isso na próxima vez!
Nicole acena de volta.
Sean balança a cabeça. — Han estava certo sobre mais uma coisa.
Os olhos divertidos de Dom foram do filho para Sean. — Sim, o que é isso?
— Você está muito ocupada com isso. — Sean acena para Nicole.
Dom balança a cabeça lentamente. — Você não conheceu a mãe dela.
— Acho que estou bem por enquanto.
Dom soltou uma risada rouca.
Apertando a mão de Sean, ele o puxa para um abraço.
— Obrigado. — Dom dá um tapinha nas costas dele.
— Sem problemas. — Sean se afasta com um sorriso. — Se Nicole voltar, com certeza cuidarei dela, qualquer família de Han é família aqui.
— O mesmo vale para você e os seus. — Dom assente.
Sean sorri para seus amigos. Seus olhos encontraram Neela, que olhou para trás bem a tempo de pegá-lo olhando. Uma risadinha enquanto ela acena para ele.
— Han cuidou de nós, vou ter certeza de continuar fazendo isso.
Dom dá um tapinha nas costas dele. — Você tem nossos números se algo der errado.
— Esperemos que não.
Dom acena com a cabeça e sorri para os outros enquanto caminha para alcançar Nicole.
Ele a vê encostada no carro.
— Han realmente teve uma vida boa aqui. — Nicole observou Sean e seus amigos.
Dom para na frente dela e olha para eles. — Ele fez.
Segurando seus braços, o olhar triste de Nicole se volta para o pai.
— Para onde vamos agora?
— Voltando para casa. — Dom diz a ela. — Presta nossos respeitos e dizer adeus a Han...
Dom conhece Deckard e qual relacionamento ele tem com Nicole. Enquanto isso, Nicole está dividida entre quem proteger de quem. Letty tem alguém disposto a ajudá-la a encontrar respostas, mas ela ainda quer voltar para casa.
Chegou a hora da família se reencontrar. 😭
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