˖࣪ ❛ LETTY E NICOLE
— 41 —

NICOLE DÁ A volta no caminhão. — Ficou feliz em dizer que você finalmente pegou Hailey Shaw?

Hobbs olha. — Um pouco. Deveria saber que você era um Toretto.

— O que denunciaria isso?

— Os esquemas combinados de você e seu pai para fugir.

Nicole dá de ombros. — Você não pode me culpar pela sua velhice.

— Esse velho derrubou seu pai.

— Você está nessa fase, hein? — Nicole pergunta a ele. Hobbs ergueu a sobrancelha. — Perda de memória.

— Cuidado.

Nicole sorri, mas logo desaparece. — Por que você não está me interrogando sobre onde Shaw está agora?

— Não é importante no momento.

— Não é isso que você quer?

— Isso é. — Hobbs apoia as mãos no cinto. Uma breve olhada em onde Dom conversou com Han. — Mas eu também imaginei... — seus olhos se desviam. — Você já passou por bastante hoje. — Nicole assente. — Seu pai passou por um inferno para pegar você. Quando descobri que ele deixou a filha morrer, eu não sabia de toda a história. Agora eu sei...

— E?

— Eu o respeito. — Hobbs assente. — Isso vai mais longe para mim do que qualquer lei.

— Então você não é apenas um policial malvado? Quem usa camisas justas?

Hobbs quebrou a cara para rir. — Não. Eu prometi a ele ajuda para trazer você e sua mãe de volta. Eu gostaria que alguém fizesse o mesmo.

— Você tem um filho?

— Filha.

Nicole sorri. — É interessante. — ela cruza os braços. — Nunca imaginei você como um pai.

— O mesmo vale para o seu.

— Touché, Hobbs. — o sorriso de Nicole desaparece. — Eu quero ajudar você. — Hobbs ergueu a sobrancelha. — Preciso voltar antes que a noite acabe. Se eu for, posso conseguir a localização de Shaw. Mas não vai durar muito.

— Eu não posso pedir que você faça isso.

— Não estou pedindo permissão a ninguém. — Nicole balança a cabeça. — Eu tenho que voltar porque ele ainda acredita que estou com ele. Xander não tem mais bandeira para ele. Se eu não voltar, ele vai me forçar a voltar.

— Como você vai explicar isso para Dom?

— Não sei. — admite Nicole. — Eu mal consigo deixá-lo, mas preciso. — ela entrega o telefone para ele. — Faça com que Tej rastreie.

Hobbs olha para o telefone antes de voltar para ela. — Por que você está fazendo isso?

— Estou cansada de ter medo. — Nicole diz a ele. — Eu quero ir para casa, e eu quis dizer isso...

Hobbs dá uma olhada para ela. — Você sabe que nunca vou te contar isso em Nova York. — Nicole franze as sobrancelhas. — Mas você é uma criança durona, Nicole Toretto.

— Meu pai me ensinou a ser.

Hobbs sorri. — Eu acredito nisso. Então, o que você precisa de mim?

Após a conversa, Nicole deixa Hobbs e esbarra em Riley.

— Com licença, desculpe. — Nicole pede desculpas.

— Não, você está bem. — Riley sorri, ela dá uma olhada para ela. — Hailey Shaw, hein?

— Parceira de Hobbs. — Nicole concorda. — E é Nicole.

— Nicole agora?

— Sempre foi, Nicole.

Um olhar para a mulher. Nicole não conseguia identificar onde, mas seu rosto parecia tão familiar. Ela sabia que tinha visto, mas não conseguia lembrar onde. Talvez um dos policiais que a perseguiu em Londres?

— Bem, é bom ter você aqui. — Riley dá um tapinha no ombro dela, saindo.

— Obrigada. — Nicole balança a cabeça. Ela observa Riley por cima do ombro antes de atravessar a sala.

Por que aquela mulher parecia tão familiar? Onde ela a viu? Deve ter sido mais de uma vez que ela viu seu rosto. Nicole estava pensando em policial, mas ainda não parecia certo.

O toque do seu celular a fez parar no caminho.

— Olá?

— Recebi notícias sobre o que aconteceu no Royals. Você está bem? — a voz de Owen soou. — Você deveria ter me ligado.

— Desculpe, estava muito ocupada sendo detida contra a minha vontade. — Nicole assente. — E você sabe, quase morrendo.

— Jah cuidou dos dois que fugiram do local. — Owen diz a ela. — Onde você está?

— No hotel.

— Estou indo buscar você. Me mande uma mensagem com a localização.

O olhar de Nicole encontrou seu pai trabalhando em seu carro. Uma tristeza toma conta de seus olhos conforme ela o observa.

Desta vez seria diferente. Ela tinha que continuar dizendo a si mesma – que isso não terminaria como antes.

Já não era aquela menininha do Braga. Ela não estava impotente de fazer qualquer coisa. Foi isso que Owen lhe ensinou.

Quer ela gostasse ou não.

Ele a ensinou a não ser mais aquela garota... E era hora de ela perceber que não era.

— Nicole... — Owen chama o nome dela.

Nicole leva o telefone de volta ao ouvido. — Vou mandar uma mensagem para você.

— Bom. Precisamos fazer as malas e sair logo. Envie-me isso rapidamente. — Owen desliga.

Nicole guarda o telefone e vai até Dom.

Ela sorri olhando para o motor lá dentro.

— O que foi que aquele avô disse sobre motores?

— Bem, para Chargers. — Dom levanta. — Se você cuidar bem, pode durar anos.

— Quantos?

— Gerações.

Nicole ri. — Sabe, você ainda nunca me ensinou direito como cuidar de um.

— Eu vou. — Dom enxuga as mãos. — Você nunca vai acreditar em mim, mas às vezes age como seu avô.

— Isso significa que eu pegarei o Charger quando chegarmos em casa?

Dom sorri. — Boa tentativa, garota. — os olhos de Nicole reviram. — Não sei o que perguntar primeiro. As corridas de rua... — os olhos de Nicole se arregalaram. — Ou as motocicletas.

— Prefiro ficar de castigo quando voltarmos.

— A pensar nisso.

O queixo de Nicole cai, Dom ri da visão.

Uma pausa em seu choque para rir também.

— Pensei que nunca mais ouvi sua risada.

— Sim, vamos, não ri muito aqui. — Nicole passa a mão no capô. — Brian me disse que eu tenho um primo. — suas sobrancelhas se curvam em diversão.

— Jack. Eu dei a ele seu velho Charger de brinquedo.

— Ei, ei. — Nicole faz uma pausa em tudo. — Você fez o quê? Posso pegá-lo de volta. Eu mesmo vou roubá-lo do garoto.

— Vou pegar outro para você.

— Ou! — Nicole levanta um dedo. — Me escute. Compre um novo para ele e me devolva os meus.

— Pensei que fosse apenas algum brinquedo?

— Bem, para alguns. — Nicole dá de ombros. — Mas esse é o meu brinquedo. Foi a primeira coisa que você me deu... — Dom olha para ela. — Quando você voltou para a casa.

— Na época em que seu pai era um encrenqueiro.

— Não, você ainda é isso. — Nicole acena com a cabeça, Dom levanta a sobrancelha divertido. — Só mais sábio agora.

— Eu vou aceitar.

Nicole sorri. Surpreendeu-a como os anos separados não pareciam nada além de um pesadelo.

Parando, Dom percebeu o desconforto de sua filha.

— O que está errado?

Nicole engole o nó na garganta. — Eu tenho que ir.

— Você não vai voltar, Nicole. — Dom volta a trabalhar nos bastidores. — Você quase morreu lá com Shaw.

— E ela vai morrer se eu não fizer isso. — Nicole vai até o carro. — Este não é um momento difícil, mas muitas vezes quase morri trabalhando para Owen. Só que nunca tão perto.

— Eu te disse, você não....

— A única coisa que a mantém longe dela sou eu. — Nicole diz a ele. — Você pode pensar que isso só vai até certo ponto, mas ele sabe que se ela se fosse, eu iria embora. De qualquer maneira que eu puder. — Dom lança um olhar duro para ela. — Eu tenho que voltar. Pelo menos até Hobbs chegar ao local. Ele será capaz de rastreá-lo melhor e isso me dará tempo de falar com ela para que possamos ir embora. — Dom tentou contorná-la, mas Nicole atrapalhou. — Você tem que me ouvir.

— Não vou perder vocês duas, jogamos muitos jogos disso.

— Você não vai me perder. — os olhos de Nicole suavizaram. — Mas se eu não voltar, nós a perderemos. Depois tudo isso, tudo que passei. Será em vão. — ele olhou para ela. — Você não precisa se preocupar comigo fugindo de você. — Nicole não tirou os olhos de Dom como antes. — Não estou fugindo para Shaw e não estou fugindo dele. Estou voltando para casa, mas você tem que me deixar ir uma última vez. — os olhos dela imploram aos dele. — Eu prometo... — Nicole se aproxima. — Por favor.

Demorou um minuto, mas ele finalmente dá um leve aceno de cabeça em concordância.

Dom apoiou a mão no topo da cabeça dela e puxou-a para um abraço - ele apoia o queixo no topo da cabeça dela enquanto usa os dois braços para abraçá-la.

— É a sua vez de não quebrar uma promessa feita a mim...

Nicole se afasta, mas para quando ele coloca algo em sua mão. Era a corrente de metal que ela devolveu a ele. O último dia em que se viram, mas não seria como da última vez. Havia apenas um lugar para onde ela iria depois disso.

Lar.

— Não importa em que país eu vou persegui-la em seguida. — Dom chama sua atenção. — Eu estarei lá com você.

— Eu sei que você vai.

Nicole o abraça. O peso em seu peito parecia mais pesado, mas isso não era um adeus.

— Eu amo você pai.

Um sorriso surge em seus lábios. — Eu também te amo... — encontrando nele a vontade de deixá-la ir, ele assente. — Apresse-se antes que eu mude de ideia.

Nicole recua, até que ela consegue se virar e ir para os elevadores.

A equipe a observa entrar e sair.

— Uau, Dom. — Tej gritou, Dom olhou para ver toda a equipe olhando para ele de forma maluca. — Você está deixando ela sair de novo?

— Ela tem que fazer isso. — Xander fala. — Owen matará Letty se Nicole não passar por aquele armazém esta noite.

— E ela nos deu isso. — Hobbs entrega algo para Tej. — Quando for seguro, você liga para que possamos rastreá-la. A garota é inteligente. — ele olha para Dom, que ficou quieto. — Toretto... — os olhos de Dom piscam para ele. — Nós vamos recuperá-los.

— Eu planejo isso. — foi tudo o que Dom disse enquanto ia para o carro.

Nicole cumpriria sua promessa e ele ainda cumpriria a dele. Dom não se importava se eles pegassem Owen ou se ele fugisse.

Ele estava recuperando sua filha e mesmo que Letty não se lembrasse, ele iria recuperar sua esposa.

★

Nicole sai do carro estremecendo.

— Faça as malas. Partiremos em breve. — Owen fecha a porta do carro.

— O que? — Nicole se vira. — Achei que íamos ficar mais tempo.

— Consegui a localização do que preciso. — Owen diz a ela. — Então isso significa que estamos nos mudando. A menos que você tenha motivos para querer ficar?

— Nenhum mesmo. — Nicole balança a cabeça.

O plano já estava de volta, mas ela não iria demonstrá-lo. Hobbs e seu pai descobririam alguma coisa. Tej foi rápido, mas ela não sabia quão rápido.

— Presumo que Xander ajudou você antes de decidir nos deixar.

Nicole assente. — Surpresa que você o deixou ir.

— Não há ressentimentos. — Owen dá de ombros. — É o irmão dele. Eu posso entender não querer voltar por esse motivo. Tyler, não é?

Nicole acena com a cabeça e percebe um leve sorriso de Owen - suas sobrancelhas franzidas em suspeita. Owen não era conhecido por aceitar a traição muito bem e ela sabia disso.

— Estou feliz que você esteja bem.

— Você está? — Nicole ergueu a sobrancelha.

Owen sentou-se no capô do carro. — Nicole. Você é uma das pessoas mais importantes desta equipe. Digo isso muitas vezes. É por isso que treinei você, ajudei você...

— Você chama me transformar nisso de me ajudar?

— Você sabe como sobreviver.

— Uma criança não deveria ter que aprender isso. Eu deveria estar com meus pais, em casa, vivendo a vida que deveria ter tido até você e Braga aparecerem.

— Sua vida e aquela pequena família já estavam em pedaços antes que eu e Braga fizéssemos qualquer coisa. Não esqueçamos que fui eu quem capacitou você a ter os dois pais e não apenas um, Toretto. — Owen cruza os braços. — Se estamos sendo técnicos.

Nicole olha para ele. — Você não entende.

— Eu entendo perfeitamente. — diz Owen. — Todos nós gostaríamos de poder fazer as coisas de maneira diferente, mas a vida é assim, Nicole. para sobreviver, arranhar, e lutar pelo que querem. Aqueles que têm que ver a imagem maior do mundo do que o que os outros tentaram pintar para eles. A arte pode ser muito feia, Nicole... Assim mesmo mundo e as pessoas que nele vivem.

Nicole para por um breve momento enquanto absorve as palavras de Owen.

— Você vai me agradecer por isso, quando superar sua teimosia.

— Você vai esperar muito tempo por isso. — Nicole zomba.

Owen sorri. — Impaciente. — ele acena para ela. — Você não é uma criança burra, Nicole. Você é muito inteligente e está no mundo que eu te apresentei, e você pode ser alguém muito perigoso. Não importa o que aconteça com você, você nunca vai se livrar do que foi ensinado. — Nicole não desviou o olhar dele, mas seu olhar não diminuiu. — Você quer saber como eu fico à frente de você pessoalmente, Nicole?

— Estou curiosa.

— É simples, na verdade. — ele dá de ombros. — Eu estudo você. Posso ser seu professor, mas sempre sei, nem uma vez... Eu subestimo você. — Owen diz para a inclinação da cabeça de Nicole. — Você não me surpreende porque espero que você revide, e eu me preparo para isso. Cada. Única. Vez...

Nicole não lutou contra o frio. Havia uma promessa ameaçadora dentro dessas palavras.

— Acho que vou considerar isso um elogio.

— Você teve uma longa noite. Partiremos em duas horas. — Owen se inclina para fora do carro. — Eu sugiro que você tire uma soneca rápida.

Nicole vai embora, mas para e olha para ele. — Posso te perguntar uma coisa?

— Claro.

— Por que você sempre quer que eu volte?

Owen demora um segundo. — Você foi minha primeira aluna de verdade, Nicole, você será a última...

Nicole não diz nada - indo embora para o fundo.

Abrindo a porta de seu quarto, ela entrou e viu Letty sentada em seu quarto.

— Ei. — Nicole fecha a porta atrás dela. — Eu mandei uma mensagem de volta para você.

Letty se levanta. — Eu sei. — ela caminha até ela. — Por que você não me contou?

As sobrancelhas de Nicole se uniram. — Te contei... — seus olhos se voltam. — Eu disse que tinha um trabalho para Owen e foi uma loucura, mas estou bem, eu só... — Nicole nota as manchas de lágrimas nas bochechas de Letty. — O que é...

Letty mostra a Nicole a foto que estava guardada debaixo do travesseiro, fazendo a jovem recuar. Um leve golpe em seu peito enquanto sua respiração fica presa.

— Eu conheci Dom. — os olhos de Letty lacrimejaram ao olhar para a foto. — Ele me disse quem você era.

— Eu...

— Tudo sobre você começou a fazer muito sentido. — Letty zomba. — Essas lembranças daquela criança, daquela garotinha sempre passam pela minha cabeça. Eu a conhecia, mas não sabia... — Nicole tira a foto, mas para ao sentir uma mão em seu rosto. — Por que você não me contou, ela era você...

Nicole não percebeu suas próprias lágrimas até que elas começaram a cair. — Eu não achei que você acreditaria em mim. — a cabeça de Letty se inclina enquanto ela pisca para afastar o resto das lágrimas. — Então eu esperei e esperei. — Nicole finalmente viu o olhar de sua mãe olhando para ela. — Você não me conhecia. Não posso olhar na cara da minha mãe e dizer que ela deveria me amar. Não importa o quanto eu quisesse. Quando ela nem sabia que deveria ser minha mãe...

— Nicole...

— Você não tinha ninguém com você. — Nicole grita para ela. — Eu precisava saber que você estava viva e, quando o fiz, queria mantê-la assim. Só não queria perder você de novo. — Letty a agarra em um abraço. — Por favor, não fique brava comigo, por favor. — Nicole se agarra a ela. — Desculpe...

As próprias lágrimas de Letty caem. — Você não me deve desculpas, Nicky.

Ouvir aquele apelido novamente fluir tão naturalmente da voz de sua mãe, mas desta vez, sua mãe sabia de onde ela o herdou. A mãe dela sabia...

— Todo esse tempo eu me perguntei por que você... — Letty se afasta um pouco e levanta o rosto de Nicole para livrá-la das lágrimas. — Você é minha filha. — Nicole sorri através de suas emoções. — Minha criança maluca. — Letty ri - abraçando-a novamente, ela apoia a mão na nuca de Nicole. — Sinto muito por nunca ter visto você.

— Não é sua culpa.

Um abraço que ela nunca pensou em receber há muito tempo. A última vez que ela realmente abraçou Letty foi quando ela saiu pela porta com a memória cheia.

— Parte disso é. — Letty se afasta. — Mas eu vou consertar isso.

— Como?

— Mandando você de volta para Dom.

— Owen não vai deixar você fazer isso.

Letty olha para ela. — Então ele sabia que você era minha filha esse tempo todo? — Nicole assente lentamente. — Ele ameaçou você com isso? — seus olhos caíram no chão. — Nicole. — aquela voz severa ela sentia falta, mas Nicole esqueceu o quanto isso a assustava. — Ele fez?

— Foi assim que ele me trouxe aqui. — Nicole diz a ela. — E como ele sempre me manteve aqui.

Os olhos de Letty se estreitaram. — Na noite em que atirei no seu pai, Owen me disse que você queria ficar aqui.

Nicole mostra os hematomas que ainda têm no braço daquela noite. — Ele me deu uma escolha, mas não uma escolha justa. Eu não poderia ir embora e se o fizesse, ele mataria você. A razão pela qual ele manteve você viva foi por esse motivo.

Letty pega a mão dela e limpa o hematoma. — Shaw fez isso?

Nicole assente. — Eu não tenho medo dele. — Letty olha para ela. — Eu só estava com medo do que ele faria com você. Pensei que você tivesse morrido uma vez porque queria reunir nossa família novamente. Eu não poderia viver com isso duas vezes, não posso.

— Venha aqui. — Letty a puxa para um abraço. — Você não precisa se preocupar com isso.

A dor interior de saber que sua filha estava aqui por causa dela. Todas as coisas que ela sabia que Shaw obrigava Nicole a fazer estavam afetando Nicole que a jovem ainda não conseguia ver. Nenhuma criança da idade dela deveria ver ou fazer as coisas que ela fazia, mas Owen sabia que ela veria, porque ele tinha Letty.

Nicole pensou que estava morta e ainda tinha que agir dessa forma mesmo sabendo que estava viva.

— Eu não quero que ele machuque você. — Nicole a aperta.

Letty ri, virando a cabeça para ela. Nicole olha por cima do ombro.

— Você esqueceu quem é sua mãe, hein?

— Eu...

— Você fez um bom trabalho cuidando de mim e nunca esquecerei isso. — Letty esfrega a lateral do rosto. — Mas agora é hora de você recuar e ser criança novamente. Você não deveria ter passado por nada disso.

— Eu faria isso de novo. — Nicole admite o sorriso de Letty.

— De onde você tirou essa atitude, garota?

— Você, eu herdei isso de você. — Nicole sorri.

— Faz sentido. — Letty ri e encosta a cabeça na de Nicole.

— Para que eu possa dizer que te amo de novo sem que você me olhe como se eu tivesse perdido o controle?

Letty sorri. — Eu também te amo, menina... E, obrigada...

— Para que?

— Salvando-me, de novo.

Nicole sorri. — De nada.

Letty tira algo do bolso. — Acho que isso pertence a você.

Os olhos de Nicole se arregalaram diante da corrente cruzada. Tantas memórias vieram associadas a uma joia. O presente de seu pai em seu aniversário de 8 anos que significou muito para ela.

Letty coloca no pescoço de Nicole. — Você sempre esteve comigo. Mesmo antes de chegar aqui.

Nicole brinca com a cruz, um sorriso aparecendo em seus lábios. — Você ainda não se lembra do pai, não é? — seus olhos tristes vão para Letty, que lhe dá o melhor sorriso que pode. — Ele está dizendo a verdade sobre conhecer você.

— Claramente, considerando que tenho uma filha com ele. — Letty sorri, erguendo a sobrancelha. — Não me lembro de Dom. — uma carranca triste puxa seus lábios para baixo. — Mas eu acredito nele... — Letty brinca com a corrente que Dom devolveu a ela. — E eu sei que nós dois queremos a mesma coisa.

— O que é isso?

— Você segura.

Os olhos de Nicole se voltam para sua mãe. — Eu não quero mais fugir.

— E não vamos. — Letty olha para a corrente em sua mão. — Se eu sei alguma coisa sobre mim e você, não devemos ter muito medo. — Nicole sorri um pouco. Letty estende a mão. — Você confia na sua mãe?

Nicole segura a mão dela. — Eu confio.

Letty a puxa para um abraço e a abraça. — Lembre-se do que eu lhe disse naquele dia. Se ninguém te pegar, eu sempre pego.

— E você sempre fez isso. — Nicole a segura com força. — Mesmo quando você não sabia...

★

O armazém inteiro estava lotado e eles partiriam na próxima viagem. Shaw estava decidido a partir antes de um certo tempo.

Examinando o arquivo de Dom, ela segurou a corrente cruzada na palma da mão. Cada vez que ela pensava nele, um sentimento estranho a dominava. Nada além de emoções para um homem – e ainda nenhuma lembrança ligada a elas.

Owen se aproxima.

— Onde está Nicole?

— Preparando-se. — Letty respondeu em tom simples.

Owen acena com a cabeça, ele notou a corrente cruzada na mão dela.

— Bonito. — ele estendeu a mão. — Posso? — Letty largou os arquivos e entregou a corrente para ele.
Owen admira isso. — Vou te fazer uma pergunta, Letty.

Ela colocou as mãos sobre a mesa, olhando para frente enquanto tentava conter a raiva crescendo em seu peito.

— Quero que você pense muito antes de responder. Quando eu lhe der a ordem... — Owen fala suavemente. — Para atirar em Toretto... — seu corpo se encolheu com as palavras. — Qual será o seu primeiro pensamento?

Letty se virou para encará-lo. — Que tal, em vez disso, você olhar para mim e me dizer por que diabos você traria minha filha aqui? Sabendo exatamente quem ela é e me usando contra ela.

Owen queria dizer que estava surpreso, mas sabia que esse dia chegaria.

— Então, você finalmente se lembra de Nicole? — Owen sorriu. — Ela te contou? Ou Toretto?

Letty percebeu como Owen mencionou Dom, mostrando que ele sabia exatamente onde ela estava naquela noite. Assim como Nicole disse, Owen assistia... E nunca ficava para trás.

— Não importa quem me contou.

— Sua filha queria encontrar você. — Owen diz a ela. — Não é minha culpa que você não se lembrou dela.

— Não se atreva. — Letty o avisa. — Você a colocou neste inferno.

— Ela poderia ter se afastado de você a qualquer momento.

— Nós dois sabemos que isso é mentira. — Letty cuspiu. — Você sabia que ela não faria isso enquanto eu estivesse aqui. Você tentou transformar minha filha em uma assassina. O que há de errado com você?

— Comigo? — Owen repetiu. — Eu a salvei. Se você quiser ser técnica, fiz isso para que Nicole pudesse realmente sobreviver neste mundo. Agora é verdade que nenhuma criança deveria saber as coisas que ela faz. Mas isso é tudo culpa sua, Letty... Quem ela veio aqui para ver se eles ainda estavam vivos?

Letty queria discutir com ele, mas nesse ponto ele tinha razão. Ouvindo a história de Nicole, o passado dela e de Dom trouxe Nicole até aqui. Ela saiu para tentar limpar o nome dele para que pudessem ser uma família novamente. E isso levou todos eles até aqui.

— Talvez você e Toretto devessem reavaliar sua paternidade. Hm?

O olhar de Letty falou muito enquanto ela lentamente vira a cabeça para olhar para ele. — Você sabia exatamente o que estava fazendo quando a trouxe aqui. Eu observei você. — ela diz a ele. — Eu não disse nada porque não achei que essa fosse a minha função naquele momento. Observei você tentar mudar o cabelo e os olhos dela. Cada coisa sobre ela para se adequar à sua imagem.

— Modificações para facilitar para ela.

— Você pretende encobrir a identidade dela para que ninguém pudesse encontrá-la e eu nunca me lembrasse dela. — Letty o chama. — Chamando ela de Hailey Shaw. — suas sobrancelhas puxam. — Eu não entendo que jogo doentio você está jogando, mas você não usará mais minha filha para isso.

— Eu nunca forcei Nicole a ficar aqui, Letty. — Owen disse encolhendo os ombros.

— Mas você sabia que ela nunca iria embora porque eu ainda estava aqui e você usou isso, e ela pensando que eu estava morta para sua própria vantagem, não é? — Letty pergunta a ele em um tom perigoso. — Não foi?

Owen sorri. — Tornou-se uma boa motivação quando precisei.

Letty se conteve ao não acertá-lo no queixo.

— Isso acabou. Irei com você para a Espanha porque esse é o nosso acordo. Depois disso, levo Nicole e vamos embora.

— Com quem você vai? Toretto e sua pequena turma?

— Eu não me importo para onde vamos. Tudo que sei é que estou levando ela para longe de você. — Letty disse severamente. O sorriso em seu rosto começou a desaparecer lentamente. — Vou cumprir minha parte, mas não fique no meu caminho quando isso acabar.

Owen leva um momento antes de rir e logo concorda. — Se ela está disposta a ir embora com você, que assim seja. Embora Nicole tenha muito talento em meu mundo, não sei se eu poderia deixá-la ir embora com você tão facilmente.

Letty pisca enquanto suas sobrancelhas ficam confusas. — Quando você me ouviu pedir permissão? — sua cabeça se inclina. — O quê? Você ensina algumas coisas a ela e de repente você tem uma palavra a dizer sobre a vida de Nicole, como se soubesse o que é melhor para ela?

— Eu me certifiquei de que ela permanecesse viva quando necessário, lembre-se disso.

Letty fica na cara dele, então eram os dois se encarando.

— Eu dei à luz aquela garotinha. Você não. — a mão sobre a mesa se fecha em punho. — Ela é minha. Então sugiro que você procure outra ou tenha a sua própria. — um olhar que faria qualquer pessoa cair no chão, já que o de Letty não desistiu por um segundo. — Apenas um homem lá fora tem uma palavra a dizer sobre a vida dela, você não é ele. —

O sorriso de Owen desapareceu completamente. — Eu vejo.

— Como eu disse antes, quando chegarmos à Espanha. Terminaremos.

— Então, que seja. — Owen acenou com a cabeça enquanto o olhar deles não diminuía.

— Bom. — Letty mantém seu olhar sombrio nele. — E se você colocar as mãos nela novamente... Você não precisa se preocupar com Hobbs ou Dom. Eu não tenho nenhum problema em matar você. — Owen acena e vai entregar o colar de volta para ela. — Fique com ele. E mantenha suas mãos longe do minha filha.

Batendo com o ombro no caminho, Letty volta em direção ao quarto de Nicole.

Os olhos de Owen viajam da corrente até a porta pela qual Letty saiu.

— Acho que nosso joguinho tem que acabar então, Letty. — Owen pega seu telefone e liga para um número.

— Vegh...

— Partiremos em breve para ter uma vantagem de 24 horas. Preciso que você e Klaus façam mais uma coisa por mim depois daquela visita familiar.

★

Letty entra no quarto e vê Nicole dormindo na cama.

Ambas com roupas semelhantes, exceto Nicole, que usava uma jaqueta azul marinho como a de Letty. Todo o seu cabelo alisado e colocado atrás das orelhas.

Por mais que ela quisesse fugir agora, ela sabia que não seria muito ousada e não confiava totalmente em Owen. Pelo menos na Espanha elas teriam melhores chances.

Letty sentou-se no sofá ao lado dela com um suspiro.

Uma pequena oração para si mesma para que isso desse certo de alguma forma. Ela não estava preparada para morrer ou perder Nicole novamente. Não para Owen, nem para ninguém.

Ele havia tirado a infância de Nicole e ela queria isso de volta para ela. Uma coisa de que ela se lembrou quando se tornou mãe: ela queria que Nicole sempre tivesse a vida que ela não teve.

Com um peso no colo, Letty viu Nicole usando as pernas como travesseiro e sorriu.

Usando a mão para escovar o cabelo, ela sorri para si mesma.

Isso iria acabar. De uma forma ou de outra.

★

Gia estava sentada no cobertor brincando com Jack.

Mia se aproxima e entrega seus brinquedos.

— Ele realmente gosta de você.

— Nunca pensei que gostasse tanto de bebês. Não é tão ruim. — Gia os tira dela.

— Isso é porque você não chegou à parte do choro. — Elena se aproxima.

Mia suspira. — Conte-me sobre isso. Não fica bem quando você dorme uma hora.

— Uma hora? — os olhos de Gia se arregalaram.

— Se eu tiver sorte. — Mia se ajoelha ao lado dele. — Mas eu tive muita prática. Nicole me preparou para a maternidade.

Gia ri. — Isso é ruim?

— Um bebê e uma casa cheia de adolescentes meio crescidos. — Mia suspira. — Eu até tive que comprar livros sobre como criar bebês.

Elena ri. — É difícil imaginar Dom cuidando de um bebê.

Mia suspira. — É, mas estranhamente... Ele fez isso. — seus lábios se erguem em um sorriso triste. — Letty estava tão confusa e assustada. Eu sei que Dom estava. — olhar para Jack fez Mia sorrir de dentro para fora. — Mas quando ela nasceu, vi Dom mudar. A maneira como ele sorriu quando a viu pela primeira vez. — ela esfrega o topo da cabeça de Jack. — Eu nunca entendi o porquê, até ter o meu próprio. Você só quer o melhor para eles. — Mia segura as lágrimas. — Nicole fez muito por Letty e Dom ao nascer... E por mim. — balançando a cabeça, ela demora um minuto. — Desculpe.

— Não sinta. — Elena esfrega suas costas.

Os olhos de Gia se voltam para Jack que começou a brincar com ela, ele comete um erro e bate no rosto dela.

— Jack! — o queixo de Mia cai.

— E há aquela violência de Toretto. — Gia assente lentamente.

Ambas as mulheres riem.

Elena ri e entra em casa para atender um telefonema.

Mia ri de Jack e Gia.

— Você sabe, eu sempre me perguntei se minha mãe alguma vez foi como você é com Jack. — Gia ri brincando com as mãos dele.

Os olhos de Mia se voltaram para ela. — Só me lembro de ter visto sua mãe algumas vezes. Não a conheci como Letty.

— Não se preocupe, eu também não.

O olhar de Mia suavizou-se. — Sinto muito, Gia.

Gia mostrou um sorriso triste. — Está tudo bem. Eu tive meus avós e meu pai até certo ponto. Eles eram o suficiente. Nicole não gostava de como seus pais eram amantes das ruas, mas eu a invejava às vezes. Por mais selvagem que a Sra. Ortiz seja... Ela nunca a abandonou. Gostaria de poder dizer o mesmo da minha. — essas memórias voltando lentamente para assombrá-la. Gia sai de seus pensamentos quando sente uma mão pousar suavemente em sua cabeça, ela olha e vê Mia lhe dando um sorriso corajoso. — Eu compartilhei demais?

— Não. — Mia ri. — Eu só quero que você sempre saiba, você é sempre bem-vinda em nossa casa. Nicole provavelmente ainda não gostará de ser arrastada para o shopping na idade dela. Então, às vezes, posso sempre arrastar você. E trazer Nicole apenas para torturar dela.

Gia sorri. — Eu realmente gostaria disso.

— Bom. — Mia se levanta. — Deixe-me ir começar o almoço. Quer me dar uma mão.

— Sim. — Gia se levanta.

Um Range Rover acelerou pela estrada em direção à casa, chamando a atenção das duas meninas.

Elena sai de casa.

— Mia, você está esperando alguém? — a suspeita de Gia remonta a elas.

Mia manteve os olhos arregalados na caminhonete. — Pegue Jack e corra. — Gia olha de volta para ela. — Agora!

Elena pegou sua arma. — Para trás, vamos!

Gia agarrou Jack e correu para trás com Mia a reboque.

Elena pula e estende a mão, Gia entrega Jack para ela.

Mia ajuda Gia a descer, ela se vira quando ouviu vozes e percebeu que elas estavam se aproximando.

Ambas as mulheres esperam que ela corra, mas Mia balança a cabeça.

— Mia. — Elena chama por ela.

— Vão. — Mia diz a elas. — Vá, tire-os daqui.

Mia corre de volta para casa com Vegh em seu encalço.

Correndo para o telefone, Mia solta um grito ao ser pega por Klaus, que a agarrou do nada.

Vegh aponta a arma para ela para fazer Mia parar de lutar.

— Onde estão os outros? — Vegh pergunta a ela.

Mia encara. — Perdido.

— Acho que você terá que fazer isso então. — Ela acena para Klaus. — Vamos. — seu sorriso vai para Mia. — Uma Toretto a menos. Falta mais uma, e vou gostar de pegar a última...

Letty se lembra dela ❤️ E Nicole e Letty estão indo para a Espanha. Mas não antes de Letty deixar claro exatamente de quem Nicole é filha quando se trata de Owen.

Todos nós conhecemos Owen Shaw, ele pode esconder emoções e bater em você onde dói. Vegh está com a Mia e ela vai atrás de mais uma. 👀