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˖࣪ ❛ TIO DECKARD SHAW PARTE DOIS
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DIRIGINDO PELO QUE pareceram horas. Nicole não se lembrava de quando adormeceu durante a viagem, mas não abriu os olhos novamente até sentir Deckard balançando seus ombros suavemente para levantá-la, quando ela afastou as mãos dele, ele a sacudiu com mais força, para seu aborrecimento.
— O que você está tentando fazer para tirá-los da tomada?
— Pare de ser uma garota. — ele murmura. — Estava aqui.
— P-Pare de ser uma... — Nicole fica surpresa. — Afinal, o que isso quer dizer?
Saindo do carro, ela o fecha e dá uma olhada ao seu redor. Era uma área aberta e tranquila com uma casa grande no meio dela. Entre a grama aberta, levava de volta às árvores que se aventuravam sabe-se lá para onde.
A casa de quatro andares tinha varanda lateral e amplo alpendre.
Era uma casa de verdade. Algo que ela não via há muito tempo.
— Quem vive aqui? — Nicole olha para Deckard que passou por ela com suas malas.
— Eu vivo. — ele entra. — Vamos lá. É tarde.
Nicole olhou para trás, para o caminho de terra que levava de volta às árvores. — Outras pessoas moram aqui?
— A próxima casa fica a dez minutos. — Deckard abre a porta para ela.
Nicole entrou na casa e dizer que Deckard tinha bom gosto era um eufemismo. Na verdade, ele fez esse lugar parecer uma casa.
Levando a bolsa para cima, Nicole se acomodou em um dos muitos quartos vagos. Não decorado, mas bem simples. Tinha seu próprio banheiro, o que lhe poupava o trabalho de ter que sair do quarto.
Verificando o quarto, ele tinha uma cama king size com cabeceira de veludo preto. As paredes pintadas em um cinza calmo para combinar com o clima dos quartos.
Nicole foi até a área da janela saliente e sentou-se nas almofadas vermelhas. A última vez que ela teve seu próprio quarto, ela estava morando com Mia em sua verdadeira casa, sua única casa.
Deckard coloca a última mala no chão.
— Agora é hora de revisar algumas regras.
— De quem é essa casa? — Nicole mantém o olhar pela janela.
— Foi-me dado pela minha mãe, um presente. — Deckard diz. — Costumava ser a casa de férias da nossa família. — ele se senta na beira da cama. — Agora as regras.
— Não vá embora e não cause problemas. Entendi.
Deckard olha para ela. — Você sair só vai se machucar, então isso não me preocupa. — os olhos de Nicole se estreitam pela janela. — Minha verdadeira regra é não tocar em nenhum lanche e comida da minha terceira despensa. Todo o resto na cozinha, eu não me importo — sua sobrancelha se ergueu. — Eu não gosto de dirigir horas para um maldito mercado. Regra dois, não me incomode quando estou trabalhando ou lendo. Isso é tudo que me importa, esta casa é sua por enquanto enquanto você estiver aqui. Eu não importa o que você faz. Só não seja problemático, como você disse. Entendeu?
Nicole olha para ele, mas concorda. — Sim.
— Bom. — Deckard se levanta. — Meu quarto fica no final do corredor, se você precisar de mim.
Nicole o observa sair, deitando-se nas almofadas que ela fica confortável na janela saliente.
Ela trocou o inferno por outro? Ou essa era a pausa que ela realmente precisava...
★
Nicole subiu a colina.
Seu cabelo preso em um coque bagunçado, algumas mechas grudadas na testa suada. Ela usava um par de leggings e uma camiseta curta.
Usando uma pedra para puxá-la colina acima, ela demora um minuto.
— Você está tentando me matar, estou muito convencida.
— Pare de ser um bebê, eu faço isso todas as manhãs.
— Por que você precisou me trazer com você? Eu estava confortável na cama, não tentando ser a próxima Tomb Raider. — Nicole a segura. — Deus, isso é uma tortura.
Deckard se vira. — Você treina com meu irmão e tem que aprender a lutar contra homens com o dobro do seu tamanho, mas ainda assim reclama de subir uma colina.
— Esta é uma colina? Pensei que fossem duas. — Nicole respira. — Isso é uma tortura. Prefiro ver a tinta secar.
— Pare de reclamar. — Deckard continua sua caminhada. — Adolescentes irritantes, tudo que vocês fazem é reclamar da vida.
Vantagens da cabeça de Nicole. — Eu ouvi isso!
— Eu espero que você tenha feito isso, eu não murmurei.
Nicole olha para a nuca dele. — Desgraçado.
— Eu ouvi isso.
— Eu espero que você tenha feito isso!
Finalmente chegando ao topo, Nicole apoiou as mãos nos joelhos - respirando fundo.
— Estou tendo um ataque de asma.
— Você tem asma? — Deckard pergunta preocupado.
— Você não acabou de me ouvir dizer que eu estava tendo um?
— Pelo amor de... — Deckard revira os olhos.
— Deus. — Nicole balança a cabeça. — Eu não sabia que estava tão fora de forma.
— Venha aqui e veja isso. — Deckard a chama.
Nicole se aproxima, semicerrando os olhos por causa do sol. Esta caminhada pode ter sido uma tortura, mas o resultado final foi lindo de se ver. A visão de onde eles estavam dizia muito.
Deckard olha para ela da visão ampla. — Você tem aquele trabalho que eu disse para você escrever esta manhã.
Nicole tira do bolso.
Mais cedo, no café da manhã, ele a fez escrever toda a sua dor. O que ela sentia agora que havia tirado uma vida e como isso a mudou.
— O que agora? — Nicole balança o papel. — Espero que você não espere que eu leia para você.
Deckard cruza os braços. — Rasgue isso. — Nicole franziu as sobrancelhas - ela abre a boca. — Apenas faça. — Nicole revira os olhos, mas fez o que ele disse. — Agora jogue-o pela borda.
Nicole olhou além do limite. — Isso não é lixo?
— Jogue o maldito papel.
Nicole deixa-o ir – o vento tira-o das suas mãos. Ele voou no ar antes de cair longamente até o fundo.
— Como você se sente agora?
— O mesmo. — Nicole olha para ele. — Mais ou menos. Jogar o papel pela borda não muda o que eu fiz? Você está ciente disso?
— Não, não importa, mas estou ciente de que você não entendeu. — Deckard diz. Nicole olha em volta antes de voltar para ele. — Se você pode deixar isso de lado, você pode deixar o resto de lado, eventualmente.
— Você já deixou isso passar?
— Sim. Você não vai esquecer, mas isso é algo com o qual você terá que conviver. — explica Deckard. — Ficar deitado na cama o dia todo, desejando que as coisas melhorem, não muda nada. — Nicole desvia o olhar. — Se você deixar a vida fazer isso com você, você nunca conseguirá sair daqui.
— Eu cheguei até aqui...
— Pare. — Deckard diz rapidamente a ela. — Não confunda algumas chances de sorte com você ser bom. No minuto em que você errar contra alguém, você estará morto.
— E se às vezes eu quiser isso? — Nicole pergunta a ele. — Tudo que eu quero é ir para casa e viver minha vida, mas não tenho mais casa. Não tenho mais minha família, eles acham que estou morta porque seu irmão achou que isso seria melhor! Toda a minha identidade a ponto de nem saber quem sou quando olho para mim mesma... — arrastando as mãos pelo rosto, ela remove as lágrimas. — Eu não sei quem eu sou, então o que acontece se eu morrer... — Nicole encolhe os ombros, suas lágrimas caem com uma risada zombeteira. — As pessoas pensam que estou morta de qualquer maneira. Qual será a diferença?
— Meu irmão mudou a cor do seu cabelo e um nome, claro. — Deckard dá de ombros. — Você acha que ele mudou quem você é?
— Eu nunca fiz nada disso até conhecê-lo.
— Isso significa que você nunca teria encontrado esse tipo de vida? Você não sabe no que teria se metido. Quanto mais velha você fica, mais as coisas vão mudar, Nicole, mais você vai mudar. Isso é o que acontece quando você percebe que o mundo não é o lugar legal que você pensava que era.
Nicole balança a cabeça, desviando o olhar. — Só porque você está mudando não significa que você perdeu quem você é, você só não conhece a pessoa que está se tornando ainda.
— Isso aconteceu com você?
— Sim. — Deckard concorda. — Agora, qual é o nome que você recebeu?
— Hailey S...
— Qual é o nome que você recebeu? — Deckard pergunta a ela novamente.
Tomando um minuto, ela enxuga as lágrimas do rosto. — N-Nicole Toretto.
— Qual é o nome do seu pai?
— Dominic Toretto.
— Mãe?
— Letty Ortiz.
— Lembre-se disso. — Deckard diz a ela. — Tudo bem? — Nicole assente, enxugando as lágrimas. Deckard coloca a mão em seu ombro. — Você pode mudar quando vê algo novo, mas isso não muda quem você é. Você ainda é Nicole Toretto. Boca chata e esperta, Nicole Toretto.
Nicole suprime a risada e olha para ele. — Posso te perguntar uma coisa? — ele concorda. — Por que você se importa tanto?
— Porque na sua idade eu precisava de alguém que me contasse as coisas que eu contei a você. — ele tira a mão do ombro dela. — Nem todo mundo pede para ser arrastado para a vida em que está.
— Você não pediu isso?
— Não. — Deckard balança a cabeça. — Mas assim como você, a família que eu tinha me levou a não ter essa escolha.
— E quanto a Owen?
— Infelizmente, meu irmão escolheu a vida para si mesmo. — Deckard admite.
— E você?
— Essa é uma história para outra hora.
Os olhos de Nicole se estreitam enquanto ela observa Deckard pegar sua mochila. Ao contrário de seu irmão, Deckard não parecia carregar consigo essa mentalidade de 'Odeio o mundo'. Foi estranho para ela dizer, mas estar perto dele parecia familiar para ela, ele a lembrava de alguém.
Além dela, queria manter sua atitude fria em relação a ele, mas ele estava tentando ajudá-la. Não por pena, mas porque sabia como era estar onde estava agora. A sensação de questionar quem ela é por causa do que os outros fizeram. No entanto, com tantas palavras, ele estava dizendo a ela para continuar lutando e vivendo.
Exatamente como seu pai lhe disse para fazer...
Nicole olha para a beira da colina.
Deckard se vira quando percebe que ela não o estava seguindo. — Nicole?
— Estou indo.
Dando uma última olhada, ela o seguiu através das árvores para descer.
★
Vestida com calça de noite e regata. Nicole brincava com seus cachos úmidos enquanto caminhava pela casa.
Entrando na pequena biblioteca da casa, ela deu uma olhada em todos os livros atrás da mesa. Olhando por cima do ombro, ela notou uma foto em particular.
Ela o pegou e viu quatro adolescentes estavam na frente. Duas meninas com cabelos loiros e dois meninos que favoreciam os dois irmãos Shaw.
Uma mulher mais velha estava atrás deles.
Nicole não pôde deixar de sorrir ao ver como eles pareciam felizes juntos. Aqui ela pensava que os dois irmãos eram maus, mas parecia que um deles vivia de outra coisa além do dinheiro. Ele vivia de acordo com um código próprio, de família... Assim como o pai dela.
— O que você esta fazendo aqui? — Deckard entra.
A cabeça de Nicole se levanta. — Desculpe! Você disse que eu poderia visitar a casa, então parei aqui. Procurando algo para ler. — Deckard vai até ela e vê a foto em sua mão. — Desculpe.
— Está tudo bem. — Deckard pega dela para dar uma olhada por si mesmo. — Faz um tempo que não vejo isso.
— Quem são essas duas garotas?
— Minhas irmãs. — Deckard diz baixo. — A da esquerda está, Hanna. Você meio que age como ela, e a da esquerda está, Hattie.
Nicole observou como ele olhou para a foto e seus olhos ficaram tristes. — Elas ainda estão vivas?
— Hattie está. — uma ligeira mudança em sua voz.
— Lamento ouvir isso. — Nicole olhou para a foto e viu Hanna abraçando Owen para salvar sua vida. — Ela parece muito feliz.
— Owen era seu irmão favorito. — ele sorri. — Me chamava de chato.
— Bem, ela não está errada. — Nicole encolhe os ombros para os olhos laterais. Olhando duas vezes para a cabeça, ela levanta as mãos em defesa. — Apenas dizendo.
— Ela era a irmã mais velha, depois fui eu, meu irmão e depois Hattie.
— Onde está sua irmã mais nova?
— Eu não tenho certeza. — Deckard abaixa a foto. — Ela cortou os laços com a família depois que minha irmã mais velha morreu e eu deixei o exército. — uma dor em seus olhos mostrando mais da história, mas ele não conseguia seguir esse caminho novamente.
A cabeça de Nicole se inclina, olhando para ele. — Aquelas histórias que Owen me contou sobre você, sobre o irmão dele se tornar desonesto... Eram verdadeiras?
Deckard dá de ombros. — As pessoas vão acreditar no que qualquer pessoa com um título lhes diz, Nicole. É melhor você saber disso agora. Às vezes, sua palavra, apesar de ser a certa, não significa nada. — seus olhos caem na foto. — Você deveria dormir um pouco. Está ficando tarde.
Nicole entendeu a dica e começou a sair, mas para na porta e olha para ele. — Palavras significam alguma coisa.
Deckard olha para cima. — O que?
— Eu disse que as palavras significam alguma coisa, você só precisa encontrar as pessoas que acreditam em você.
— Você acha que isso é o suficiente por aí?
— Para mim é. — Nicole dá de ombros. — Prefiro me concentrar nas pessoas que acreditam em mim do que naquelas que não acreditam. Eu sei que isso pode não significar muito desde que acabei de conhecer você. — ela balança a cabeça. — Mas não acho que você seja uma pessoa má.
— Certeza sobre isso?
Nicole pensa sobre isso antes de concordar lentamente. — Você disse sim para me acolher. Talvez tenha sido apenas um favor, mas se você fosse uma pessoa má, você teria me deixado naquela sala com minha própria mente. Isso diz muito, pelo menos para mim. Eu ainda não não gosto de você.
Deckard ri. — Bom.
— Concordarei em sempre lembrar quem eu sou, desde que você concorde em lembrar que não é uma pessoa má. — os olhos de Deckard se erguem da mesa para a jovem que lhe dá um sorriso corajoso. — Negócio fechado?
— Você tem um acordo, Nicole.
Nicole sorri e sai da sala. — Boa noite, Deckard.
— Boa noite, Nicole.
Reunindo seus papéis sobre a mesa, seus olhos voltam para onde Nicole saiu. Um pé no saco e reclamante, mas ela foi a primeira pessoa em algum tempo que pensou em lembrá-lo disso. Apesar de suas emoções, ela ainda procurava ver o que há de bom nas pessoas e conseguiu ver além da imagem que ele tinha de si mesmo.
Terminando o trabalho daquela noite, Deckard subiu para dormir um pouco. Vendo a porta do quarto de Nicole ainda aberta, ele espiou para dentro e viu a garota dormindo na janela saliente.
Tirando o cobertor da cama dela, ele o deixa cair sobre ela.
Desligando a lâmpada dela, ele sai em direção à porta.
Já fazia um tempo que ele não cuidava de alguém que não fosse ele mesmo. Era engraçado como em dois dias uma criança conseguia preencher o vazio que sentia há algum tempo.
★
MESES DEPOIS
Nicole caiu no cais de madeira do lago. — Ai!
— Há quanto tempo estamos fazendo isso. — Deckard se abaixa. — Eu disse para você parar de bloquear com a esquerda.
— É por isso que usei meu direito, você me enganou!
— Exatamente, por que você está demorando tanto para descobrir isso?
Nicole o trava em um triângulo para surpresa de Deckard, ele a levanta, mas ela apenas cai de pé e bloqueia o golpe - pressionando a faca em sua garganta.
Um Deckard impressionado acena em aprovação. — Isso é muito melhor.
— Ah.
Deckard passa as pernas por baixo dela, fazendo-a cair de bunda. — Pare de sempre se vangloriar, é assim que você morre.
— Minha bunda vai ficar machucada.
— Não seria se você parasse de pensar que sabe mais do que eu. — Deckard dá um passo para trás. — Você está melhorando muito. — ele lhe oferece uma mão. — Vamos.
Os olhos de Nicole se estreitam. — Se você me deixar cair de novo, é melhor dormir com um olho aberto.
— Eu não farei isso... Desta vez.
Nicole revira os olhos e pega a mão dele.
Uma rotina matinal normal que desenvolveram nos últimos meses. Caminhando, ele a ensinando a lutar com mais precisão para desafiar os números e até mesmo a aprimorar sua direção quando necessário. Era engraçado como em meses eles estavam mais próximos do que ela e Owen jamais seriam. Talvez se ela tivesse conhecido Deckard primeiro, ela não teria pensamentos tão ruins sobre o sobrenome Shaw.
Quando ele descobriu que ela faria 14 anos este ano, ele comprou para ela alguns de seus livros favoritos para colocar na estante que a ajudou a construir. A estante caberá no quarto que agora se tornou seu.
Nicole achou engraçado como ela a imaginou odiando o irmão mais velho, Shaw, mas ele acabou se tornando como outro tio para ela. Ele não estava fingindo ser legal com ela, ele realmente se importava com ela e lhe ensinava coisas. De certa forma, Deckard a lembra muito de Dom.
Ele nunca substituiria o pai dela, mas ajudou a preencher um pouco da dor que ela sentia por não ter mais o pai por perto.
Uma pausa na vida que ela foi forçada a viver era algo que ela realmente precisava.
★
Nicole estava sentada na sala de estar com livros e papéis cobrindo a mesa de centro. Deckard garantiu que ela não faltasse nos estudos escolares. Nas palavras dele, só porque sua vida não é mais normal, não significa que ela tenha que ser burra. Então ele fez questão de conseguir os livros dela para estudar e se manter atualizada.
Ele era um professor sem paciência, mas a ensinava bem e ela ficava grata por isso.
Cabelo alisado nas costas, Nicole tinha os dois lados enfiados atrás da orelha. Orelhas agora perfuradas com um piercing em hélice à sua direita. Um par de jeans skinny azuis rasgados e uma camisa preta de mangas compridas com as mangas arregaçadas. Crescendo mais em sua forma nos próximos meses. Nicole teve que ir comprar sutiãs e dizer que arrastar Deckard para levá-la foi a coisa mais engraçada de sua vida. Ele nem entrava na loja, ficava sentado no carro enquanto ela fazia compras. Ela imaginou que essa seria a reação de seu pai se ele tivesse que levá-la.
Mordendo a ponta do alfinete, suas sobrancelhas franziram enquanto ela lia o jornal. — Álgebra é seriamente estúpida. Quem adiciona letras a ela. — ela vira as páginas. — Eu mal entendi a merda dos números.
Os faróis externos chamaram sua atenção.
Nicole se levanta. — Deckard. — vindo de fora do escritório, ele se dirige até a porta. — Quem é aquele?
Ele aponta. — Não se preocupe com isso, volte a estudar.
As mãos de Nicole se erguem em defesa. — Com prazer. — ela se joga no sofá.
Ouvir o som de uma mulher discutindo calmamente com Deckard chamou sua atenção.
O som de saltos altos a fez olhar para a porta. Três homens vestidos de preto ao seu lado, uma mulher com cabelo branco cortado curto entrou. Nicole franziu as sobrancelhas ao ver como ela estava bem vestida. Estilizado da cabeça aos pés e batom vermelho para combinar. A mulher mais velha parecia melhor do que algumas mulheres na casa dos trinta.
Tirando os óculos escuros, Nicole captou os traços faciais familiares; enviando seus olhos arregalados.
Isso foi...
— Mãe, você poderia não entrar aqui?
— Eu ainda possuo este lugar, Deckard. — fechando os óculos escuros, ela encara Nicole. — Quem é?
— Essa é Nicole.
— Aquela que seu irmão está ensinando? — ela olha para seu filho mais velho. — Ele tem você como babá.
— Eu não preciso ser babá. — Nicole fala.
— Claro que sim. — ela acena para Nicole.
Nicole olha para ela. — Eu vejo de onde vem a atitude de seus dois filhos.
Isso fez a mulher sorrir. — E qual atitude você tem?
— Depende.
— Sobre?
— Você. — diz Nicole.
Os homens foram dar um passo, mas a mulher os impediu. — É mesmo? — A diversão atrai seu sorriso. — Quando você adquiriu essa linda garota?
— Alguns meses atrás. — diz Deckard. — Nicole, esta é minha mãe Madalena.
— Me chame de Magda.
— Por quê? Ninguém mais sabe? — Deckard pergunta.
Magda deu um breve tapa na cabeça dele ao bufar de Nicole. Deckard olha para a garota que cobre a boca.
— Eu gostaria de falar com ela.
Deckard puxa as sobrancelhas. — Você está falando.
— Sozinha. — Magda vai até o sofá. — Eu gostaria de ter uma mulher conversando com a garota que parece ser uma das maiores e especiais descobertas do meu filho. Gostaria de ver o que há de tão especial.
Deckard se aproxima. — Mãe...
— Estou bem. — Nicole diz a ele. — Eu não me importo de falar com ela.
— Veja. — a mãe se senta. — Parece que ela quer falar comigo também.
— Um poucoS — Nicole pisca com um leve sorriso.
Magda ri, cruzando as pernas. — Fora vocês três. — ela retruca. Deckard aponta para sua mãe. — Abaixe o dedo antes de se dirigir a mim.
Pensando duas vezes, ele fez o que lhe foi dito. — Pise com leveza.
— Ah, por favor, saia. — Magda se vira.
Deckard reprimiu a maldição, mas foi para a outra sala com seus dois guardas.
— Bem, agora finalmente posso conhecer você. — Magda diz olhando para ela. — Quem é você exatamente?
— Nicole Toretto.
— E esse cabelo e olhos? Posso dizer que não são naturais. Mas fica bem em você.
As sobrancelhas de Nicole se curvam. — Essa foi ideia do seu filho para esconder minha identidade. Meu cabelo é castanho e meus olhos também.
— Entendo, ele faz você parecer uma garota de passarela.
— Muito obrigada. — Nicole revira os olhos. — Você veio conversar ou me insultar?
— Não, vim perguntar se você quer uma saída. — Magda diz: Nicole fica surpresa. — Você é uma criança e deveria estar em casa com seus pais, não aqui. Especialmente com meus filhos idiotas. — os olhos de Nicole ficam tristes quando ela olha para ela. — Se você fosse minha filha, eu iria querer você em casa. Então, se você me disser onde, eu o mandarei de volta.
— E quanto a Owen?
— Oh, por favor. — os olhos de Magda reviram. — Ele não ousaria abrir a boca para me questionar. Agora me diga, você quer ir para casa?
— Eu quero.
— Então...
— Mas eu não posso. — Nicole a interrompe. — Vim aqui procurar minha mãe, não posso ir embora sem ela. E essa situação é um pouco mais complicada do que eu ir embora. Se eu for embora... Todo esse inferno seria em vão.
— Você continuaria possivelmente morrendo por sua mãe?
— Você faria isso pelos seus filhos? — Magda olha para Nicole antes de assentir lentamente. — Então aí está.
— Você é uma garotinha interessante. — ela sorri. — Tenho a minha própria atitude. Posso ser sua mãe.
— Eu não me importaria. — Nicole dá de ombros. — Você parece bastante louca.
Magda ri. — Querida, você não sabe nem a metade. — ela descansa a mão sobre a de Nicole. — Vim aqui só para ver se poderia te ajudar de alguma forma. Talvez um guarda-roupa melhor ainda pudesse ajudar. O que você tem agora é horrível.
— Cuidado, mãe Magda.
— Bem, só estou dizendo. — Magda dá um tapinha nas mãos. — Foi um prazer conhecer você, Nicole.
— Você também. — Nicole sorri. Ela para a mulher mais velha com a mão. — Obrigada por querer arriscar isso... Por mim.
— Obrigada.
Nicole franze as sobrancelhas. — Eu não fiz nada. Especialmente por Owen.
— Eu não estava falando sobre ele, eu quis dizer sobre Deckard. — Magda diz. — Eu não o vi cuidar de ninguém desde... — parando por um momento, ela dá a Nicole um sorriso triste. — Só sei que sua presença faz muita coisa. Hm?
Nicole assente. — Sim, senhora.
— Tudo bem, rapazes, vamos! — Magda chama. — Temos que viajar.
Os dois homens marcham para fora.
Nicole caminha com ela para fora.
Magda coloca os óculos escuros novamente quando Deckard sai. — Entrarei em contato, Decks. Só queria passar por aqui antes de partirmos para os Estados Unidos. Detesto ir até lá.
— A América não é tão ruim. — Nicole diz.
Os dois Shaw olham para ela.
— Sim, eu me ouvi dizer isso também.
Deckard balança a cabeça. — Tenha cuidado aí, sim. Não preciso tirar você de outra cela. — os olhos de Nicole se arregalaram, colocando a cabeça entre os dois. — E guarde suas armas para você.
— Armas? — Nicole murmura para si mesma, desviando o olhar.
— Você reclama tanto, você realmente herdou isso do seu pai, honestamente. — Magda revira os olhos. — Até nos encontrarmos novamente, querida Nicole. Espero poder ver sua verdadeira aparência na próxima vez. — seus olhos sobem e descem. — Talvez esse guarda-roupa também melhorar. Pode-se orar a um Deus.
— Meu Deus. — os olhos de Deckard reviram. — Ela não é uma maldita boneca, mãe.
— Entendo por que você não fala sobre ela. — Nicole balança a cabeça com um sorriso forçado.
Magda ri, dando um abraço em Deckard. — Cuide de você e dessa garota.
— Vou fazer. — ele concorda.
Magda se afasta com um sorriso. — Eu te amo, Deck. — ela se vira e desce as escadas até o carro que está esperando. — Aproveite seu tempo em Londres, Nicole!
Nicole acena com a mão.
O carro sai pelo caminho de terra.
Sorrindo, Nicole enfia a língua dentro da bochecha. — Decks?
— Cale a boca. — Deckard ataca de volta para casa. — Termine seus estudos.
Nicole ri voltando para dentro. — Você acertou, Decks, você acertou.
★
Nicole estava sentada no escritório com os pés apoiados no sofá de couro. Vestida com sua roupa de dormir e com o cabelo preso em um rabo de cavalo.
Deckard entrou ao telefone. — Sim, ela está tão bem quanto eu acho que alguém pode ficar. Isso não muda o fato de que ela é muito chata.
— Eu sinto que isso é sobre mim?
Deckard tira o telefone do ouvido. — É. — Nicole revira os olhos e acena para ele. Deckard volta à sua conversa. — No máximo depois que o inverno acabar. — os olhos de Nicole se erguem quando ela ouve isso. — Tudo bem então. Falo com você em breve.
Ele desliga o telefone.
— Aquele era Owen?
— Sim. — Deckard guarda o telefone. — Quero saber quando ele acha que você estará pronta para voltar lá. Eu disse a ele depois do resto deste ano. Tenho mais quatro meses até então.
— Isso é ótimo. — Nicole murmura, fechando o livro.
— Não pareça animada para ir embora. Meses atrás você implorou para ficar com meu irmão.
— Isso foi até eu perceber que ele tinha um irmão sã. — Nicole revira os olhos, colocando os pés no chão.
Deckard percebe a mudança em seu humor. — Qual é o problema?
— Isso significa que não posso voltar?
— Nunca pensei que você iria querer. Claro que você pode voltar. — Deckard está sentado ao lado dela. — Se eu não estiver ocupado fazendo os trabalhos que preciso. Você pode voltar aqui. Especialmente se o que você está fazendo lá fora se tornar demais. Aquela porta... — ele aponta. — Está sempre aberta para você. Para Nicole Toretto, não para Hailey Shaw. Por favor, me diga que você vai mudar seu cabelo para trás eventualmente?
— Sim. — Nicole ri.
— Bom. — Deckard dá a ela um pequeno sorriso. — Será solitário sem gritar com você a cada hora. Passei a gostar de você, garoto.
— Você quer dizer gritar a cada minuto?
— Cuidado. — ele aponta.
Nicole sorri e o abraça, para choque de Deckard.
Eventualmente, ela sabia que Owen iria chamá-la e eventualmente querer que ela voltasse. Ela sentia falta de Letty e até de Xander, mas havia uma parte dela que queria ficar aqui. O único lugar que parecia um segundo lar para ela. Agora ela tinha que sair logo, e deixar provavelmente a melhor pessoa que ela conheceu desde Xander.
Deckard logo a abraça, dando tapinhas em suas costas. — Você não vai embora ainda, Nicole.
— Eu sei. — Nicole se afasta dele. — Essa foi apenas a minha maneira de dizer obrigada.
— De nada, lutadora. — ele acena para ela. — Você cresceu muito com a bagunça que tirei de Owen. Eu diria que estou um pouco orgulhoso.
— Você e sua mãe têm um ótimo jeito com elogios rebatidos, é uma característica familiar?
Deckard ri. — Eu diria que sim.
Nicole se recosta balançando a cabeça. — Vamos relembrar o lançamento de facas amanhã?
— Por que não? — Deckard se levanta. — Eu poderia colocar uma maçã na sua cabeça.
Os olhos de Nicole se arregalaram. — Não! Da última vez você quase me matou.
— Minha mira estava muito acertada.
— Diga isso para os fios do meu cabelo que você levou consigo.
Deckard dá de ombros. — Eu acertei a maçã. Eu diria que é melhor do que nada.
— Você é o pior.
Deckard acena para ela. — Vou passar a noite. Vejo você de manhã.
— Boa noite. — Nicole ri.
Abrindo o livro, ela olha pela janela.
Faltavam apenas quatro meses para ela voltar para aquela vida novamente. Deckard fez questão de trazer de volta a mentalidade que ela tinha desde o início...
Para permanecer viva, não importa o que aconteça...
Mesmo que ninguém viesse buscá-la e esta fosse sua vida por muito tempo, ela aprenderia a permanecer viva nela.
★
QUATRO MESES DEPOIS
Chegando ao armazém.
Nicole saiu do carro.
Cabelo cor de vinho em cachos de praia até as costas, preso atrás das orelhas. Calça de couro com corte de bota, uma regata branca e algumas pulseiras com pingentes no pulso.
Com uma bolsa pendurada no ombro, ela olha para o armazém. Aquele sentimento terrível voltando para assombrá-la desde que eles partiram esta manhã, mas ela o reprimiu.
Deckard tira os óculos escuros. — Owen e todos deveriam estar lá dentro.
— Essa é a sua motivação para me fazer entrar? Não está funcionando.
Deckard morde a risada. — Você vai ficar bem. Melhor ainda, na verdade, especialmente depois de tudo que eu te ensinei. Você deveria ser capaz de ser mais esperto e lutar contra qualquer um lá dentro.
— Até seu irmão?
— Se você pensar bastante. — Nicole olha para baixo, seus olhos voltam para ele. — Quando você quiser voltar. Você tem meu número. — ele a lembra. — Ou se você precisar de mim porque encontrou o caminho para uma cela de prisão.
— E se eu só quiser ligar e ter certeza de que você está cuidando de si mesmo ou incomodar você?
— Eu ficarei feliz de ouvir de você.
Nicole sorri e se aproxima de seu abraço. Ele a segura com força. — Não achei que eu realmente gostasse de você. Ou que minha mãe também gostaria.
— Sentimento mútuo.
Nicole pisca para afastar as lágrimas. — Obrigada, por tudo que você fez por mim.
Deckard se afasta para olhar para ela. — Você pode não ter nascido assim, mas tem um coração Shaw dentro de você.
— Posso ocupar o lugar de Owen?
— Se ele continua me irritando, não vejo por que não. — Nicole ri. Deckard cutucou suas bochechas. — Cuide-se, pequena lutadora, mantenha contato.
— Eu vou. — Nicole recua. — Decks.
Deckard se vira e aponta um dedo de advertência para ela. Nicole ri dele.
Entrando em seu carro, ele acelera pela estrada.
Nicole entra no armazém.
Nada parecia ter mudado desde que ela se foi. Os mesmos carros continuavam estacionados, ela até viu seu próprio carro e moto sozinhos em sua área, em perfeitas condições.
Do lado de fora da porta que dava para a área principal, Nicole respira fundo antes de entrar.
As conversas diminuíram quando ouviram passos entrando.
Nicole entrou e viu Owen conversando com alguns membros da equipe na plataforma, mas até ele parou para se virar.
Como se fosse seu primeiro dia novamente. Mais uma vez todos os olhos estavam voltados para ela, mas desta vez ela não teve medo de nenhum deles. Ela não era mais aquela garota assustada que entrou aqui com Owen, também não era Hailey Shaw, era Nicole Toretto. E se foi uma coisa que Deckard a ensinou a fazer, foi não demonstrar medo... A ninguém.
Owen levanta as sobrancelhas. — E aqui eu pensei que ele não iria mandar você de volta. — os olhos de Nicole foram para os dele. — Bem-vinda de volta, Nicole.
Letty move Owen para descer as escadas, o que o fez franzir as sobrancelhas.
Nicole foi pega de surpresa quando Letty se aproximou e a abraçou. Pensando por um momento, ela sorri para si mesma e retribui o abraço da mãe. Os pensamentos que passavam por sua mente todos os dias. Perguntando-se se sua mãe ficaria bem e se ela estaria segura sem ela aqui.
Letty se afasta. — Você está bem? — Nicole acena com um pouco de lágrimas. — Então por que você está chorando?
— Seria ruim dizer que senti sua falta?
Letty abre um sorriso e a abraça novamente. — Eu também senti sua falta, Nicky.
Nicky...
Se ao menos ela pudesse dizer por que conhecia aquele nome tão bem, por que ao conversar com ela esse foi o primeiro apelido que ela inventou.
Todas as coisas que ela queria contar a ela... E se Letty não se lembrasse de nada depois de seu aniversário de 15 anos, nos próximos meses, ela contaria a ela.
Memórias ou não... ela planejava contar tudo a ela.
Letty se afasta com uma leve risada. — O cabelo cresceu e você parece mais velha. Tem brilho em você?
— A paz de Owen Shaw fará isso com você. — Nicole acena com a cabeça, Letty ri cutucando-a. Olhando ao redor, Nicole percebeu que alguém estava faltando. — Espere, onde está...
O som da porta batendo ecoou.
— Ei, consegui as impressões digitais daquele cara sobre o carro flip. Owen! — Xander entra. Seus passos diminuíram quando Letty se moveu para mostrar a Nicole. Aqueles profundos olhos verdes dele se estreitando.
— Olha quem decidiu voltar afinal. — Owen apontou para ela.
Nicole deixou a mãe para ir até Xander.
Ele se preparou para o pior, mas ficou ainda mais confuso quando ela jogou os braços em volta do pescoço dele para abraçá-lo. Ao pegá-la, ele tropeça um pouco para trás, mas equilibra os dois.
— Nicole, eu estou tão...
— Você não precisa se desculpar. — Nicole balança a cabeça.
Se não fosse por Xander, ela poderia ter feito algo consigo mesma que nunca poderia voltar atrás. Ele se importava o suficiente para arriscar que ela ficasse brava com ele para sempre. Tudo o que ele fez foi para salvá-la de si mesma e, se não tivesse feito isso, ela nunca teria conhecido Deckard. Ela nunca teria chegado tão longe sem ele ir contra ela para fazer isso.
— Obrigada. — os lábios de Nicole tremem através de seu sorriso.
Xander a abraça de volta. — Você não vai me dar um tapa depois de terminar de me abraçar, vai?
— Discutível.
Xander ri. — Bem-vinda de volta, louca.
Nicole assente, sorrindo. — Também senti sua falta...
Owen desce. — É bom ter você de volta, Nicole.
Jah e Ivory foram até lá para cumprimentá-la e recebê-la de volta.
— Agora que você está de volta, podemos começar nossos planos para os próximos meses com o pé direito.
Nicole se afasta de Ivory. — Quais planos?
— Para nossos trabalhos que estão por vir. Espero que você goste de viajar pelo país. — Ele conta a ela. — Também fizemos um novo amigo.
A sobrancelha de Nicole se ergueu. — Novo amigo? Quem?
— Ele é policial. — Owen pega um arquivo e entrega a ela. — Conheça seu novo inimigo. Você poderá vê-lo em breve.
Nicole folheia e para no nome. — Luke Hobbs.
— Alguns de seus rapazes tentaram me perseguir na semana passada
— Que encantador da parte dele. — Nicole fecha o arquivo. — Você ainda não me disse que trabalho você estava fazendo?
— O próximo será discutido mais tarde. — ele pega as impressões de Xander e mostra para ela. — Já ouviu falar de um carro flip, Nicole?
A cabeça de Nicole se inclina para ele. — Não, mas agora eu quero.
Owen sorri. — Então vamos começar, certo? — ele aponta para a plataforma.
Nicole assente, mas para. — Espere, por que você me mostrou Hobbs?
— Porque você vai conhecê-lo em breve.
Nicole para. — O que?
— Bem-vinda de volta ao trabalho, Nicole. — Owen vai embora.
Nicole olha para Xander, que levanta as mãos. — Só volto em cinco minutos e ele está pronto para me entregar a um policial.
Letty zomba. — O jeito, Owen Shaw, eu acho.
— Você quer dizer o jeito psicopata? — Nicole pergunta.
Xander ri. — Sim, eu senti falta dela.
Letty balança a cabeça para eles e volta para a mesa.
Nicole abre o arquivo para ver a história de Hobbs. Ela olha para a foto com uma inclinação de cabeça.
— Eu nunca gostei de policiais...
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