023
˖࣪ ❛ O JOGO DO DIABO
— 23 —
BRIAN E DOM ficaram no armazém esperando a chegada de Braga e seus homens.
A remessa de carga estacionou bem ao lado deles. Ambos os homens sabiam que todos os agentes estavam de prontidão. Esta noite estava prestes a dar certo ou terrivelmente errado.
— Bem, a boa notícia é que quando pegarmos esse cara, você sairá daqui como um homem livre. — Brian disse.
Dom mantém os olhos à frente. — Foi isso que eles te contaram?
Ele assentiu. — Sim, esse é o acordo.
— Então, você ainda oferece leite e biscoitos para o Papai Noel? — Dom faz uma pergunta óbvia.
— Sim. — Brian disse com uma zombaria.
Até ele sabia que a chance de seu povo manter a palavra era muito baixa. Mas ele cumpriu sua palavra com Dom, ele queria afastar ele e Nicole disso, se pudesse.
Motores auditivos, muitos carros e um SUV preto param dentro do armazém.
Chegando atrás dele, Brian entrega a Dom a chave do carro. — Aqui. Caso as coisas dêem errado. Você pode pegar Nicole e ir embora.
Descruzando os braços, Dom pega as chaves. Além dele, não pude deixar de lembrar a última vez que estiveram em uma situação quase semelhante a esta.
Dom afasta as memórias enquanto coloca a chave no bolso, os olhos voltados para os carros.
— Como nos velhos tempos?
— Sim. — Brian lhe envia um breve sorriso.
Todos os homens de Braga e Gisele saltaram dos carros, afastando-se alguns metros deles.
Foi Feinx quem continuou a caminhar em direção a Dom. — Isso é o que você queria, certo?
Campos o chama, alcançando-o para atrapalhar.
Dom avançou assim como Brian, mas quando Brian o viu pronto para aguentar mais do que o necessário, ele o deteve.
— Dom...
Feinx e Dom se recusaram a desviar o olhar um do outro.
Campos chama a atenção de Feinx por um breve momento, fazendo o homem se acalmar, mas não antes de lançar um olhar de advertência a Dom. Primeiro, que Dom não teve problemas em retornar.
O resto de sua tripulação ficou para trás enquanto observava Campos se aproximar dos dois.
Percebendo que Dom ainda está olhando para Feix, ele fala. — Ele é inofensivo, não se preocupe com ele... E ele sente muito por Letty.
A raiva silenciosa nos olhos de Dom enquanto ele vira a cabeça para Campos.
— Onde estão nossas coisas? — pergunta Campos.
Brian afastou seu leve desconforto, foi até a caixa e a abriu. — Você quer dizer as coisas que costumavam estar aqui, certo? — Campos sorri um pouco, mas Dom viu uma pitada de raiva se contorcer em seus olhos. — Bem, você verá. — Brian fecha a caixa novamente. — Quando vemos Braga e Nicole, esse era o acordo. — ele volta para se juntar a Dom.
Campos assente. — Não se preocupe, Braga mantém a sua palavra.
Dom continuou olhando para Campos, algo não estava certo com o cara. Ele sabia muito apenas para ser o braço direito de alguém. Quando Nicole estava ao telefone, ela tentou dizer algo sobre ele, e ele lentamente começou a pensar no quê - mas precisava ver 'Braga' com os próprios olhos para ter certeza.
Olhando para os homens, Dom vê Gisele mas quem ele não viu foi Nicole com eles.
Campos dá-lhes uma última olhada antes de recuar, ele se vira com um giro sinalizado dos dedos.
Um dos homens vai até o carro de Feinx, colocando todos os olhos nele.
Ele abre a porta, uma bota o acerta bem no rosto, fazendo sua cabeça erguer e o corpo cair para trás, para todo o choque.
Nicole foge do carro e dos caras que tentaram agarrá-la.
— Pai!
Os olhos de Dom se arregalaram, prestes a atacar. — Nicole!
— Não tão rápido, anjo. — Feinx a puxa de volta, em um abraço de urso por trás antes que ela pudesse fazê-lo, ignorando sua surra.
— Não! Me coloque no chão! — ele teve que levantá-la no ar para ter algum controle sobre ela, Feinx começa a arrastá-la de volta. — Saia de perto de mim!
O punho de Dom cerrou-se ao seu lado, foi necessário todo o seu poder para não se aproximar e agarrá-la para longe dele. A dor de não matar Feinx com as próprias mãos. Se havia uma coisa que ele sabia, se a polícia não o pegasse, ele o pegaria e isso era uma promessa de morte.
Campos bloqueia a visão de Dom. Com os cabelos espalhados no rosto, Nicole respira pesadamente, tentando procurar o pai.
— Tivemos uma conversa antes de partirmos.
Nicole luta contra Feinx sem sucesso, Dom e Brian tentaram ver melhor o que estava acontecendo. Dom deu um passo, mas percebeu que os caras de Campos imediatamente pegaram suas armas, todos menos Gisele.
Dom dá um passo para trás, olhando para eles.
— Você não vai chegar até ela sem uma bala. — Brian murmura, lutando para manter sua própria raiva sob controle.
Dom não queria dizer isso, mas Brian estava certo.
Feinx apenas ri baixo da briga de Nicole. — Não vou a lugar nenhum.
Nicole se contorce. — Espero que ele mate você primeiro. — ela range os dentes para ele.
Campos se abaixa para ficar na altura dela e garante que Dom não pudesse ver - ele agarra o queixo dela para encará-lo. Nicole interrompeu sua luta por um breve momento. — Você diz uma palavra. A próxima vez que os vir, estará olhando para seus túmulos. — os olhos de Nicole finalmente se voltam para ele, o medo retornando lentamente. — Você entendeu? — ela balança a cabeça lentamente, seu corpo começando a relaxar. — Bom.
Com um sorriso, ele deixa cair o queixo dela e a levanta até a altura máxima.
Brian foi quem falou quando Campos se virou. — Deixe ela ir.
— Eu teria. — Campos dá de ombros. — Se o que estávamos procurando estivesse realmente naquela caixa. — Dom encara. — Agora temos que fazer isso de uma maneira diferente. — ele ri do olhar que Brian e Dom lhe lançam. — Você tem uma garota forte, Dom. Espero que saiba disso.
Os olhos de Dom vão para Nicole, seu olhar suavizando sobre ela. Ele ter que observar o medo dela e Feinx tocá-la o deixava doente e ele não sabia quanto autocontrole poderia manter.
Com um sinal, a porta preta do SUV se abriu.
Um cara de meia idade, cabelos grisalhos e terno sai do carro e bate a porta.
Brian notou a presença do homem - ele o viu no clube conversando em particular com Campos.
Os dois homens observaram, ele tinha uma expressão nervosa ao se aproximar deles. Brian achou estranho que um dos traficantes de drogas mais perigosos tenha medo de dois homens, quando tem pelo menos dezesseis atrás dele. Tudo o que ele sabia tinha armas.
Ele deixa o dinheiro na frente de Brian e Dom. — US$ 2 milhões. — eles olham para ele. — Você fica com o resto e sua filha... — os olhos de Dom se desviam. — Quando eu conseguir minha propriedade.
Brian e Dom continuam a encarar o homem e ambos os seus sentidos não lhes dizem nada errado.
Os olhos de Dom passam por cima do ombro de 'Braga' para Nicole. Seus olhos se voltaram para o homem antes de voltarem para seu pai, um leve movimento de cabeça invisível para confirmar o que ele precisava. Brian percebeu isso também e sorriu de volta para o homem.
Gisele foi a única a perceber o olhar entre Dom e Nicole. Ela sabia... Eles não estavam acreditando.
— Eu tenho uma pergunta. Você estava usando rosa quando estava saindo do bairro? — Brian pergunta.
O nervosismo se espalha pelo rosto do homem.
Seus olhos alternam entre Dom e Brian.
Dom encara o impostor.
— Você está pensando o que eu estou pensando, certo?
Dom continuou olhando para o homem. — Ele não é Braga.
Ao ouvir essas palavras, Campos sorri.
— FBI!
A equipe da SWAT entrou correndo com suas armas, os homens do Braga não perderam tempo e dispararam contra eles. Uma guerra de nada além de tiros ecoou.
— Abaixe-se! — Brian gritou puxando o homem para baixo - ele e Dom caíram no chão.
Nicole grita e tiros altos passam por seu rosto, e não consegue ver o pai em meio à loucura. Ela luta em Feinx enquanto ele se abaixa com ela
— Papai! — Nicole tenta procurar Dom, com o coração preocupado por ele e Brian. — Deixe-me ir, papai!
Feinx arrasta-a consigo para Braga, entrega-a a outro enquanto protege Braga, enquanto correm para o carro.
— Saia daqui! — Brian grita com Dom, que ainda procura por ela. — Saia daqui, Dom! — ele sabia que eles tentariam matar Dom ou prendê-lo depois disso.
Gisele saca a arma, virando-se. — Nicole! — ela procura pela garota.
Dom levanta a cabeça ao ouvir Gisele chamá-la.
— Deixe-me ir! Papai!
Dom ouve a voz dela, seus olhos se voltam para o carro de Feinx. Um de seus homens a jogou nas costas.
Campos sorri para Dom, que está com os olhos arregalados.
Isso foi uma armação...
Ele nunca planejaria devolver Nicole a eles...
Entrando no carro, Campos fecha a porta. — Corra para baixo. — ele conta a Feinx.
O carro acelera em direção à saída, atingindo um grupo da equipe SWAT e seus homens na saída.
Brian aponta para o carro. — Campos é Braga! — ele grita em meio à bagunça e ao massacre que estava acontecendo agora, mas nenhum dos homens ouviu.
Alguém anunciou o golpe mais cedo e estragou todo o plano.
Dom corre para o carro.
Gisele se afasta dos tiros, ela se vira e vê Feinx correndo em sua direção. Nenhuma intenção de parar ou desacelerar. Ele estava prestes a atropelá-la.
Nicole arregalou os olhos.
— Não! — alcançando entre os assentos, ela agarra o volante, Feinx diminui a velocidade no vidro por apenas um segundo.
Dom aborda Gisele por cima do carro bem a tempo.
O cara de Braga arrastou Nicole de volta para o banco com ele.
Gisele não conseguia superar as batidas do coração, ela encara Dom enquanto ele a levanta - ele salvou a vida dela. De todos foi ele quem a salvou.
— Vamos. — Dom a puxa até o carro que Brian lhe deu para fugir.
Os dois entraram e Dom saiu correndo do armazém. Tentando colocar a maior distância possível entre ele e os policiais.
Ele esperava ver o carro de Feinx, mas eles haviam desaparecido.
Dom bate a mão no volante, assustando Gisele. Não havia nada além de dor estampada em seu rosto e ela não podia culpá-lo. A filha dele acabou de testemunhar um tiroteio e ele não conseguiu chegar até ela, não conseguiu salvá-la. Gisele ouviu a voz da garota e fez o possível para chegar até ela, mas já era tarde demais.
— Ela estava bem ali, eu deveria tê-la agarrado quando tive a chance. — Dom balança a cabeça. — Eu deveria ter.
Gisele finalmente fala. — Você nunca a teve, Dom. — ele dá uma breve olhada para ela. — Braga nunca iria devolvê-la para você. Foi tudo uma brincadeira, ele só queria sua remessa de volta.
— Você sabe para onde eles estão indo?
— Sei, mas você não pode estar falando sério em ir atrás, Braga. — Gisele disse.
— Enquanto ela estiver com ele, eu estarei.
Gisele recostou-se um pouco admirada nele. Ela nunca teve alguém disposto a arriscar tudo para recuperá-la, mas, novamente, esta era sua filha.
— Você vai me ajudar ou não?
Gisele o encarou por um momento, tirou um pedaço de papel do bolso e anotou outro número. — Ligue-me amanhã à noite. Até lá terei algo para você.
Dom tira isso dela. — Você estava procurando por ela. — Gisele não disse nada enquanto desviava os olhos para outro lugar. — Por que?
— Eu queria ajudá-la. Eu não teria sido capaz de viver comigo mesma se não tentasse afastá-la durante isso. — Gisele admite, com os olhos baixos. — Braga considera Nicole útil, o que significa que ela está segura... Por enquanto.
Dom volta o olhar para a estrada.
— Por agora...
★
Nicole estava sentada no banco de trás do carro da Feinx enquanto se dirigiam para o México, onde ficava a casa de Braga.
Com as pernas puxadas até o peito, ela conteve as lágrimas. Tiros ainda soavam em seus ouvidos.
Os dois estavam ali na frente dela...
Não só o pai dela, Brian realmente apareceu.
Por que ela não lutou com mais força para fugir? Mesmo que ela tenha lutado, ela não sentiu que fez o suficiente. Tudo o que ela conseguiu fazer durante os tiros foi gritar, o medo a afundou - não lhe permitiu mais do que chorar e chamar pelo pai.
Por esse erro, ela ainda estava com Braga.
Chega de Mia, Tyler, Gia ou Brian. Nada.
Tudo estava prestes a ser tirado dela novamente, assim como aconteceu com Letty.
— Parece que seu pai viverá mais um dia. — Braga sorri de volta para ela. A menina tinha manchas de lágrimas nas bochechas - os olhos inchados de tanto chorar. — Você vai ficar bem Nicole, confie em mim. — ele se vira. — Em dois dias você estará fora daqui, aprendendo coisas novas. Esse cara está ansioso para ter você, principalmente depois de tudo que ele sabe.
— Ainda digo que deveríamos matá-la. — Feinx franze a testa.
Nicole se conteve, afundando-se no banco de trás o máximo que pôde.
Braga ri. — Não se preocupe com ele. Contanto que você se comporte, tudo isso vai passar, de forma agradável e fácil.
Depois de uma ou duas horas, chegaram a uma casa. Um que Nicole poderia assumir era um entre muitos. Ele sentou-se em uma parte muito isolada. A casa mais sofisticada que ela precisa tinha que ser de construção recente.
Não era uma estranha no México, a última vez que ela esteve aqui... Tudo havia mudado.
Agora aqui estava ela novamente no México, nas mãos do próprio diabo, pelo menos ela pensava.
Braga saiu primeiro, a galera já fora e perto de casa.
Nicole deu uma olhada em todos os carros estacionados ao sair. Mesmo que ela quisesse tentar fugir, seria uma missão tola fazê-lo. Não havia nenhuma maneira de ela conseguir chegar ao fim da estrada sem que alguém a pegasse. Se eles fossem tão gentis.
Campos olha para a grande e tranquila casa de pedra. — É bom estar de volta. — ele começa a andar com Nicole sendo arrastada por Feinx. — Só para que todos fiquem claros. Ninguém toca na garota a menos que eu lhe dê permissão para fazê-lo. Trate-a como faria se ela fosse minha família.
— Esse é um pensamento doentio. — Nicole diz.
Braga olha para ela. — Um deles tocando você?
— Não, eu ser parente de você.
Ele ri. — Você é uma garota engraçada, anjo.
Nicole revira os olhos, entendendo plenamente o insulto pretendido. Ela evita os olhares de muitos ao entrar na casa.
Descendo o corredor, Braga abre a porta de um quarto. Ao contrário de Los Angeles, foi construído de forma bastante decente e mais mobiliado que o outro.
— Entre. — Braga acena com a cabeça.
Nicole olha para ele com zombaria.
Feinx a empurrou para dentro, fartando-se de sua atitude e boca. Ela não era melhor que sua mãe. Ele mal se lembrava da mulher, mas sabia que ela tinha uma boca implacável como a de sua filha.
Nicole entrou cambaleando - ela se vira. — Você realmente vai parar de colocar as mãos em mim.
— O que você vai fazer se eu não fizer isso, hein? — ele deu um passo à frente. — Se dependesse de mim. Você teria ido embora.
— Então, o que está impedindo você?
A cabeça de Feinx se inclina, dando um passo, mas Braga o empurra para trás. — Calma, ela só está irritada de tanto dormir.
Nicole encara Feinx e ele não sabe qual pai ele acha que está mostrando mais.
— Vejo você de manhã e se eu fosse você, não tentaria nada. Você nunca sabe qual dos meus rapazes está um pouco feliz esta noite. — Braga sorri. — Conversaremos quando você se acalmar. Boa noite, Nicole. — ele fechou a porta atrás dele.
Nicole correu até a porta e tentou abri-la, mas estava trancada por fora.
Correndo até a janela, ela a levanta, mas nem uma vez ela fica saliente. Selado completamente fechado - quebrar a janela nem era possível. Ela havia pensado em todas as fugas possíveis com esta sala.
Batendo as mãos nele repetidamente, ela luta para levantá-lo novamente com um grito de frustração. — Deixe-me sair! — sua franja fica curta, lágrimas quentes escorrendo pelo seu rosto - ela cai no chão. — D-Deixe-me sair, por favor.
Os gritos que ela se recusava a soltar na frente de Braga finalmente a afogaram, engasgando-se na garganta enquanto saíam dela.
Toda a sua luta e ela nunca se sentiu mais desamparada...
Palavras de seu pai voltando à sua mente quando ela mais precisava delas.
— No mínimo, você permanece viva. Eu vou te encontrar, Nicky. Eu juro que vou...
Era nisso que ela tinha que acreditar e confiar, que não importava para onde Braga a mandasse, que seu pai a encontraria. Ele havia quebrado uma promessa feita a ela no passado, mas isso foi naquela época, isso é agora. Ele provou hoje o inferno que ele se colocaria para recuperá-la.
Então ela permaneceria viva. Não importa o quão impotente ela se sentisse, ela lutaria... Porque foi isso que seus pais a ensinaram a fazer.
★
Depois de ser retirado do caso, Brian foi até a casa de Dom. Um lugar onde ele não pisava há anos.
Brian não se importou por ter sido retirado do caso. Ele se importava que Stasiak desligasse a tomada tão cedo e tirasse Nicole deles, ele se importava que não pudesse devolver a Dom o que ele mais precisava. Uma pessoa que ele mesmo cuidava e amava.
Nicole pode ter ficado com raiva dele, mas ele sabia que era por causa da dor dela e merecia a maior parte disso. O que ela não merecia é ser arrastada para nada disto e nas mãos do Braga.
Caminhando pela entrada, ele viu Dom lá dentro vestindo sua velha camisa de mecânico sem mangas.
Terminando o trabalho no demônio que Letty começou a consertar.
O colar de corrente cruzada que Letty usava estava pendurado no espelho interno para lembrá-la. A corrente etiquetada que Nicole lhe deu, pendurada bem ao lado da dela. Um lugar que ele rezou para que nunca tivesse que ficar para se lembrar dela em seguida.
— Todo mundo está procurando por você. — Brian disse enquanto entrava.
— Estou bem aqui. — Dom continua trabalhando.
— Você já ouviu alguma palavra sobre Nicole? — ele perguntou.
Dom assente. — Gisele mandou um contato colocar os olhos nela como um favor. Nicole está segura por enquanto... Assim que eu terminar com isso, irei atrás dela. — Brian acena com a cabeça, pegando-o desprevenido, ele esperava uma palestra sobre direito dele. — E não se preocupe. — Brian olha para cima. — Eu não culpo você pelo que aconteceu outro dia. Eu sei que não foi sua decisão.
— Pelo menos alguém não me culpa. — Brian zombou e olhou para o motor. Seus lábios se erguem em um sorriso. — É bom ver que você acompanhou o tempo e mudou para a injeção eletrônica de combustível. — Brian enfia as mãos nos bolsos com um aceno de cabeça. — Parece bom.
Dom solta uma risada gutural. — Buster se tornou um redutor.
Brian encolheu os ombros com um pequeno sorriso, que desaparece lentamente. — Eu vou com você.
— Não pretendo trazer ninguém de volta. — Dom deixa-o saber o que ele quis dizer. — No minuto em que eu a pegar. Eu vou embora e não vou olhar para trás para ver quem está no meu retrovisor.
— Eu sei.
Dom apenas fica olhando e enxuga as mãos em um pano. — Aperte o acelerador.
Brian acerta - o som do motor ligando faz os dois sorrirem.
Mia saiu do carro e assistiu com um pouco de felicidade. A única quantia que sobrou depois que Dom contou o que aconteceu e como eles não recuperaram Nicole. Ela sabia que seu irmão estava prestes a sair para ir atrás deles sozinho, pelo menos ela pensava assim até ver Brian lá.
Brian olha para fora quando sente um par de olhos observando. Mia desvia os olhos dele e entra em casa, usando as costas da mão para abafar os gritos que ameaçam cair. Primeiro Letty e agora ela tinha medo de perder Nicole.
Dom não impediu Brian quando ele foi atrás de sua irmã. Mia era uma garota adulta que conhecia seu coração melhor do que ninguém e se ele confiava nela em alguém agora... Era Brian.
Fechando a porta da garagem, ele se sentou em frente ao Charger com a cerveja na mão. Inclinando-se para frente, ele apoiou os cotovelos nos joelhos.
De todos os problemas aos quais sua corrida o arrastou, este devia ser o pior. Agora aqui estava ele, numa guerra com Braga para trazer Nicole de volta para casa. Mesmo que ele morresse no processo, nada o impediria de encontrá-la. Ele havia quebrado promessas suficientes, esta não seria mais uma adicionada à lista.
Uma parte dele sorri enquanto olha para o carro. Só de lembrar como Nicole era quando criança, ele não ficou nem um pouco chocado quando ela deu um chute na cara de um dos homens de Braga, outro dia, tentando fugir. Sua filha era sua mãe em todos os sentidos. Nenhum deles jamais pararia de lutar.
Ele se lembrou da época das corridas de rua, de como Nicole odiava quando eles tinham que sair em noites como esta...
Dom entra em seu quarto.
Letty ficou na frente do espelho, arrumando o cabelo para trás.
— Letty, você viu minhas chaves?
— Na verdade, eu estava prestes a perguntar se você tinha visto as minhas, não fui eu que as dei para você? — ela largou a escova virando-se para ele.
— Não, eu não te dei a minha? — ele perguntou.
Letty levantou a sobrancelha. — Estaríamos aqui tendo essa discussão se você fizesse, Dom?
— Eu realmente poderia ficar sem atitude esta noite. — Dom sai da sala.
Letty levantou a mão e murmurou. — Tanto faz.
Dom entrou no quarto de Nicole e a viu se atrapalhando com alguma coisa. — Nicky.
Os olhos de Nicole se arregalaram, ela se vira, mantendo as mãos atrás das costas. — Huh?
— O que é isso que você tem pelas costas, garota? — ele caminhou até ela.
— Nada, papai, nada mesmo. — ela sorri.
— O que eu disse sobre mentir para mim? — Dom disse severamente, seu sorriso se achatou.
— É um pecado de Toretto. — Nicole deixou os ombros caírem. — Aqui. — tirando as mãos de trás das costas, ela colocou dois molhos de chaves na mão dele.
— Você pegou as chaves, Nicky? — ele pisca. — Por que?
— Porque eu odeio que vocês saiam para correr, e eu tenho que ficar em casa com uma babá. Quem, sem ofensa, papai - mas ela realmente não é tão inteligente para cuidar de alguém mais jovem que ela. — Nicole disse.
Dom ri, abaixando-se. — Venha aqui. — estendendo um braço, Nicole sorri correndo para o lado dele para abraçá-lo. — Agora, eu meio que concordo com a última afirmação sobre sua babá. — Nicole ri. — Você sabe que há uma razão para fazermos isso, você já deveria saber disso. E olhe, quando você tiver idade suficiente, se você se interessar por isso. Então vou levá-lo para guerras raciais e deixar você com as pessoas lá.
— Sim! Vou ser rápida como você quando se trata de carros, não vou? — Nicole pula animada.
— Sim, você vai. — ele beijou sua testa. — Vou te ensinar tudo o que sei. Para que você possa ser como sua mãe. Uma louca por equipamentos, com um pouco de temperamento.
Nicole sorri. — Você promete?
— Eu prometo.
Nicole o abraça, apoiando a cabeça em seu ombro. — Eu também te amo,
Dom sorri.
— Nós amamos você. — Letty diz da porta, encostada no batente. Os dois olham para trás e veem seu sorriso de adoração, que se contorce um pouco enquanto ela olha para Nicole. — Você sabe que seu tio Leon ainda está tirando uma soneca revigorante no sofá. — suas sobrancelhas se curvam. — Quer me ajudar a desenhar o rosto dele antes de sairmos?
— Os marcadores estão lá embaixo! — Nicole sai correndo dos braços de Dom e sai pela porta.
— Onde você está indo, Nicky? — Mia pergunta do corredor.
— Mamãe disse que posso desenhar o rosto do tio Leon enquanto ele dorme.
Mia olha para Letty. — Você é horrível.
— O único que está sendo ferido é Leon.
Dom se levanta. — Tudo bem, quando a professora dela ligar dizendo que ela desenhou o rosto de uma criança durante a hora da soneca. Você será a única a dizer a ela, exatamente, com quem ela aprendeu isso.
Letty ri abraçando sua cintura enquanto eles saem da sala.
Os olhos de Dom piscam para a corrente cruzada pendurada no espelho. A imagem do túmulo de Letty não sai de suas memórias.
— Eu prometo a você, vou trazê-la de volta. — ele murmura.
★
Dom e Brian estavam trocados e prontos para partir. Eles receberam a ligação de Gisele e tiveram que sair agora se quisessem chegar a tempo.
Mia balançou a cabeça enquanto olhava para Dom. — Como você se despede do sua único irmã?
— Você não se despede. — Dom a puxa para um abraço apertado.
Mia suspira contra ele, contendo suas emoções. — Por favor, traga-a de volta para casa.
— Eu vou.
Dizer adeus a Mia foi o mais difícil, mas se Brian conseguisse voltar, ele havia prometido a Dom que não deixaria nada acontecer com ela. Dom não sabia o que aconteceu com eles naquela noite, mas sabia o que quer que fosse, precisava saber.
Chegando à fronteira do México. Os dois observaram a visão de onde estavam indo.
Sentados no capô do carro, os dois homens ficaram em silêncio por alguns momentos.
— Você ainda tem certeza de que quer fazer isso, O'Conner? — Dom perguntou.
— Positivo. — nenhuma hesitação em sua voz. — Aquela garota significa algo para mim, só para você saber.
Os lábios de Dom se erguem em um leve sorriso. — Eu sempre soube. Você quase seria o favorito dela. Vince teria matado você. — Brian ri, concordando com isso.
O som de um carro chamou a atenção dos dois homens.
Um Porsche Cayman branco para, deixando um rastro de poeira.
Gisele sai e vai até as duas.
— Achei que você não fosse aparecer. — Dom se aproximou dela.
— Você salvou minha vida, estou disposta a retribuir o favor. — Gisele assente. — Além disso, você tem uma boa filha. Uma cabeça-dura. Que é teimosa, olha muito e fala mal. Mas ainda assim é uma boa garota.
— Parece Nicole para mim. — Brian assente.
Gisele entrega a Dom um pedaço de papel. — Isso vai ajudar você a chegar a Braga, ela está com ele. Se de alguma forma ele escapar com ela novamente... Da próxima vez que você ver Braga, Nicole já terá ido embora. Ele parece decidido a entregá-la a alguém.
— Ele não vai embora com ela desta vez.
— Dom. — Gisele disse severamente fazendo-o olhar para ela. — Essa escolha que você está fazendo. Entrar aí é suicídio.
— Eu não tenho escolha quando se trata dela. — Os olhos de Dom suavizam. — A única coisa que me resta a perder é Nicole. Nada mais. —
Gisele acena em compreensão. — Você é um ótimo pai. Eu sei que você deve ter amado muito a mãe dela. — ela beija sua bochecha. — Espero que você a pegue. Adeus, Dom.
Entrando no carro, Gisele sai em alta velocidade.
Dom se aproxima e se recosta no capô do carro.
— Então é aqui que termina minha jurisdição. — Brian olha para a vista.
— E é aqui que o meu começa.
Dom dá uma olhada para Brian. O cara que errou, mas como homem e irmão, ele queria consertar esses erros. E Dom não conseguia pensar em ninguém melhor para ter com ele em outra guerra pela sua família – pela família deles...
— Esta pronto? — Brian pergunta a ele.
— Dirija ou morra....
★
Ao ouvir uma batida na porta, Nicole se levanta da cama.
Ela passou o último dia e meio presa no quarto. Só abria para um cara trazer para ela uma muda de roupa, coisas que ela precisava para um banho e, às vezes, comida.
Vestindo um par de jeans skinny pretos, ela usava uma blusa branca por baixo de uma jaqueta jeans combinando. Seu cabelo estava penteado e preso em um rabo de cavalo alto. A pulseira com pingentes que Tyler deu a ela ficava bem em seus pulsos.
A porta se abre totalmente para mostrar um dos homens de Braga com uma arma ao lado.
Nicole achava que eles sempre terem que ter armas quando iam ver como ela estava era um pouco demais. Embora ela admitisse que se eles não os tivessem, ela teria tentado a sorte.
— Braga quer falar com você. — ele acena com a cabeça. — Venha, vamos.
Nicole se levanta e o segue para fora do quarto até a sala de estar. Braga sentou-se no sofá conversando com um de seus colegas, rindo e sorrindo como se isso fosse normal para ele. E pensar que coisas assim se tornaram normais para esse homem, ele estava doente.
Nicole percebeu o fato de ele estar mais arrumado do que de costume, com uma sacola de dinheiro ao lado. Ele devia entregar isso a alguém.
— Chefe. — seu cara chama.
— Lá está ela. — Braga sorri para ela. — Ouvi dizer que você não causou problemas aos meus rapazes ontem ou esta manhã. Estou grato por isso. — Nicole franze a testa. — Como você dorme?
— Feito uma pedra. — Nicole disse em tom sarcástico. — Como qualquer outra pessoa que você provavelmente sequestrou.
— Posso garantir que não é onde eu os colocaria. Se levo alguém é por um motivo, ou para enviar uma mensagem. Acontece que você é a primeira.
— Eu deveria ser tão sortuda. — Nicole murmura.
Braga sorri. — Vocês dois, dêem a mim e a Nicole um minuto. — os dois homens lançam-lhe olhares inseguros. — Ela está inofensiva agora, eu ficarei bem. Tenho os caras aqui, vá se encontrar com Feinx. Iremos embora em breve de qualquer maneira.
Os dois não discutiram enquanto saíam.
— Sente-se. — Braga apontou para o sofá à sua frente. Nicole sentou-se, com os braços cruzados enquanto se recostava. Uma breve olhada na pasta que Braga havia colocado ao lado dele. — Bem, eu tinha tudo preparado para amanhã, mas alguém chegou mais cedo. Então hoje é o dia.
Os olhos de Nicole se estreitam para ele. — Que meu pai está vindo? — sua sobrancelha levantou. — Estou ciente.
Braga simplesmente ri. — Mesmo que ele venha...
— Ele vai. —
— Não importa, você não estará aqui. — Braga diz, seu olhar despreocupado não mudando. — Nicole, assim como eu te disse ontem, você está indo embora. A única coisa é. — ele estende as mãos com uma leve risada. — Eu não vou ter que forçá-la. Você vai querer ir de boa vontade. — Nicole olhou para ele como se ele tivesse perdido o controle. — Na verdade, você praticamente vai me implorar para ir.
Nicole pisca, seu beicinho se contorcendo enquanto ela inclina a cabeça. — O que faz você pensar isso?
— Isso. — Braga jogou a mesma pasta na mesa à sua frente. — Vá em frente, procure você mesmo.
Nicole olhou, ela se senta e pega a pasta nas mãos. Braga observa enquanto ela abre.
As fotos lá dentro faziam sua espinha arrepiar a cada uma que ela olhava.
Isso era algum tipo de piada de mau gosto que ele gostava de fazer? Nesse caso, ela não estava com disposição para nada disso. Todas as fotos pareciam recentes de sua mãe.
— O-o que é isso?
— Com o que se parece? — a cabeça de Braga inclina-se. — Eu não te disse que ele pode ter algo em que você possa estar interessada. Foi isso.
Deixando-os cair sobre a mesa, ela se levanta. Lágrimas picando no final de seus olhos.
— Sou jovem, mas não estúpida. — Nicole aponta para as fotos. — Minha mãe está morta. Nós a enterramos.
— Você fez?
Nicole arregalou os olhos.
Sua cabeça balança para cima. — Onde está a sua corrente que você costumava levar?
Os olhos arregalados de Nicole foram para as fotos, as sobrancelhas franzidas. Ela pega um onde mostrava mais cor. A corrente no pescoço da mãe, não era dela, é essa... Que pertencia à Nicole.
Essa corrente...
Aconteceu algo que ela vinha questionando desde a morte de sua mãe. De onde foi sua própria corrente desde que ela a deu pessoalmente para sua mãe. Por que só um voltou e o outro não...
— N-Não. — Nicole balança a cabeça, algumas lágrimas escorrem por sua mandíbula cerrada. — Ela está morta. — ela agarra a foto, lançando um olhar que poderia matar Braga. — Ela está morta, você mesmo me disse isso.
— Não tecnicamente. — ele dá de ombros. — Não sei quem sua família enterrou naquele caixão, mas não foi, Letty Ortiz. Ela está com Shaw há algum tempo.
Isso não soou bem aos ouvidos de Nicole.
— Se ela está viva, então por que não voltou? Ela me prometeu isso. Minha mãe nunca me abandonaria.
— Ela não pode cumprir uma promessa que não se lembra de ter feito. — ele diz e poderia jurar que viu os olhos dela ficarem ainda mais arregalados. — E ela não pode voltar para uma casa que ela nem sabe que tem.
As sobrancelhas de Nicole se unem. — Do que você está falando?
Braga recostou-se cruzando as pernas. — Imagine acordar em um hospital e não se lembrar de quem você é, ou de onde você veio? Você provavelmente teve uma vida boa, mas não consegue se lembrar das coisas que fez ou como chegou lá. é um pensamento assustador. Aposto que ela tem...
— Você quer dizer-?
— Letty nem sabe que você existe, Anjo. — Braga balança a cabeça lentamente. — Nem daria uma segunda olhada em você pessoalmente. Não tem memória de nada.
Nicole sentiu como se um golpe tivesse sido desferido em seu peito enquanto ela lutava para se manter de pé diante de tudo isso.
Letty estava viva e sem memória, ela estava realmente prestes a acreditar nisso? Principalmente de Braga entre todas as pessoas.
— Agora você poderia vir comigo enquanto eu faço algumas paradas, apenas no caso de um milagre e seu pai aparecer para você. Mas você nunca conseguiria sair daqui. — Braga capta o olhar dela e sorri. — Ou quando aquele SUV preto parar. Você deixou que ele te levasse até Shaw, para que você pudesse ver sua mãe.
A ideia de ir embora, ela sabia que Dom viria buscá-la em algum momento, mas se isso fosse real...
Na verdade, ele estava dizendo alguma coisa: se a mãe dela estava viva e sem memória, ela precisava de ajuda.
— É aqui que é hora de você fazer sua própria escolha, Nicole. Ninguém irá culpá-la se você for.
— O meu pai...
— Quem você acha que precisa mais de você, é Letty ou Dom? — ele perguntou.
Se eles sobrevivessem e ela contasse ao pai que Letty estava viva, que bem isso traria? Eles não sabiam onde ela estava, nem quem era esse Shaw. Seria como procurar uma agulha num palheiro.
Se sua mãe estava viva e sem memória, isso significava que ela não tinha ninguém além de Shaw e seu povo. Nenhuma família real estava lá com ela, ninguém para realmente apoiá-la. Letty estava sozinha. Uma dor que Nicole sentiu quando Dom os deixou. Quando ela sentiu que havia perdido tudo, sua mãe estava ali para mostrar que ainda a tinha.
Foram as duas contra tudo. Enxugando as lágrimas das outras e segurando uma a outra para superar. Sua mãe era a pessoa mais forte que ela conhecia, mas agora era sua mãe quem precisava de alguém...
Os olhos de Nicole voltam para a foto.
— Por que você está fazendo isso? — ela pergunta a ele, sua voz baixa. — O que devolvê-la para mim faz por você?
— Vejo grandes coisas para você, Nicole. Com um cara como Shaw disposto a te ajudar, você crescerá em um mundo que nem sabia que existia. Você pode fazer muita coisa, só precisa da pessoa certa para ensinar. Você vai ser algo que ele vai gostar de usar. Isso eu já posso ver.
Nicole encara. Não se tratava de ajudá-la, parecia que Shaw, quem quer que fosse, precisava dela. Ele queria usá-la e encontrou a melhor coisa para atraí-la para ele.
— Quando contei a ele sobre você e quem você era filha, ele ficou muito surpreso. Você estava sendo observada há muito tempo, algo que você teria notado se tivesse sido ensinado melhor. — Braga sorri com o choque dela. — Veja o que estou lhe dando aqui, Nicole. Estou lhe dando uma segunda chance de proteger uma pessoa que você pensou ter perdido. Se eu tivesse essa oportunidade, eu a aproveitaria.
Um silêncio caiu entre eles.
Duas buzinas altas vêm de fora, quando um SUV estaciona.
Nicole olhou para a foto de Letty em sua mão. Outra estava na pasta, uma foto antiga dos dois juntos, quando Nicole tinha sete anos. Ela o pega, olhando para o rosto de sua mãe.
Fique viva...
— Porque ele vai me encontrar... — Nicole diz para si mesma.
Nicole fecha os olhos deixando cair uma foto, mas aquela com os dois ela manteve por perto.
— Bem...
Dom não estava sozinho, ele ainda tinha Mia e pelo que ela tinha visto há dois dias, ele agora tinha Brian. A mãe dela não tinha ninguém. Letty sacrificou tudo e quase perdeu a vida para resgatar Dom, agora ela estava sozinha sem memória, para eles. Pensando que ela não tinha mais nada, mas foi mostrado a ela. Que ela provavelmente não tinha família ou pessoas que a amassem e a quisessem de volta para casa.
Braga levanta a sobrancelha.
Nicole já havia se decidido.
— Eu irei embora.
O sorriso malicioso no rosto de Braga a deixou enojada.
Dom as encontraria um dia ou, quando ela chegasse lá, encontraria uma maneira de entrar em contato com ele. Mas ela precisava saber se isso era real. Mesmo que fosse uma armadilha apenas para fazê-la partir, uma chance de ver sua mãe viva, ela aproveitaria essa chance e não olharia para trás.
Braga se levanta. — Então está feito. — ele aponta. — Sua carona irá levá-lo até Shaw. Bom minuto de carro. Mas ele fez questão de voltar pessoalmente para buscá-lo.
Nicole mantém a foto com ela enquanto caminha em direção à porta.
— Você pode precisar disso lá fora. — Braga lhe entrega uma bolsa, ela a pega com olhar cético ao abri-la. Algumas pilhas de dinheiro guardadas cuidadosamente dentro. Nicole olhou para ele com os olhos arregalados. — Eu te disse, não vejo nada além do melhor para você neste mundo. Aproveite sua viagem, Nicole. Diga a Shawn que eu disse que ele é bem-vindo.
Nicole pendura a bolsa no ombro e sai, passando por todos os homens que a observam.
O aperto em seu peito aumentava enquanto ela caminhava até a caminhonete. Um dos homens abriu a porta para ela.
O inferno é o que ela sabia que o aguardava a cada passo - ela não abaixou a cabeça, não desta vez.
Se sua mãe estivesse lá fora, ela iria encontrá-la. Ela iria arriscar suas chances.
Nicole entra - a porta se fecha, eliminando suas chances de voltar atrás.
Pela única mãe que ela tinha, ela apostaria tudo.
Até a sua própria liberdade...
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