019
˖࣪ ❛ AS COISAS DÃO ERRADO PARTE DOIS
— 19 —
NICOLE ESPERA QUE ele diga alguma coisa. — Diga isso, Tyler! E eles?
— Olha, eu só espero... Sua tia está aqui?
— Não, ela foi embora. Agora voltando para meu pai e Brian. O que você tem para me dizer?
Tyler balança a cabeça, tentando entender as palavras. — Ouça, quando eu estava conversando sobre negócios com um dos caras que conheço no local das corridas. Ouvi um dos homens que corre com Campos falando sobre duas pessoas que se prepararam para serem mortas ao tentarem entrar furtivamente no cartel de Braga. — os olhos de Nicole se arregalaram. — Não precisei perguntar nomes para saber de quem ele estava falando. Ninguém mais é estúpido ou ousado o suficiente para se infiltrar naquele cartel.
— Espere um segundo, se Braga sabe quem eles são, isso significa que Campos também sabe. — Nicole começou a pensar mais nisso. — Campos sabe quem é meu pai e quem eu sou?
— Eu...
— Ele sabia quem minha mãe era esse tempo todo e se fez de estúpido?
— Provavelmente. — Tyler não sabia mais o que dizer.
— Não, não. — Nicole anda de um lado para o outro enquanto seus nervos começam a se descontrolar.
— Eu não sei, talvez não. — Tyler diz. — Eu só sei que seu pai e Brian estão entrando em uma situação ruim.
Nicole para de andar para ir até ele. — O que eles vão fazer se souberem?
Tyler olha para baixo. — Nicole.
— Diga-me. — ela agarra a jaqueta dele com olhos suplicantes. — Por favor. O que eles vão fazer?
Ele olhou para ela por um segundo antes de suspirar. — Eles provavelmente teriam que lidar com Feinx e o resto dos principais homens de Braga. Eu só fiz alguns trabalhos solo, mas sei com certeza que isso é quase suicídio. ... Campos tinha que saber no minuto em que ela se disfarçou e acabou de jogar um longa.
Os olhos de Nicole se estreitam antes que algo a atinja, enquanto seu olhar viaja lentamente de volta para Tyler. — Feinx.
A sobrancelha de Tyler se levanta. — E ele?
— É ele quem faz essas entregas, não é? — Nicole pergunta.
— Sim...
— Isso significa que provavelmente foi ele quem fez isso. — Nicole teve um pressentimento e isso a estava direcionando para o lado errado, ela sabia disso. — A maneira como ele continuou olhando para mim... Mesmo depois que ela morreu. Ele sabe quem eu sou, aposto que me reconheceu.
Tyler balança a cabeça. — Você não sabe que foi ele quem a matou, Nicole. Poderia ter sido qualquer um desses caras.
— Mas se alguém a matasse, teria sido ele. Estou errado? — Tyler só conseguiu desviar o olhar. — M-Meu pai estava certo... — ela sussurra para si mesma enquanto seu coração parecia que continuava a cair.
— Eu nunca deveria ter levado você para perto de nenhum deles. — Tyler passa a mão pelo rosto.
Suas palavras não a alcançaram, a realidade a dominou e não a abandonava. A mão de Nicole treme com a ideia de perder Dom novamente.
Balançando a cabeça, ela se vira. — Preciso encontrar meu pai e Brian.
As sobrancelhas de Tyler se ergueram. — O que?
Nicole se dirige para a escada. — Eu disse que vou encontrar meu pai ou Brian antes de eles irem para lá.
— Nicole, eles provavelmente já se foram. — Tyler olha para ela como se ela tivesse perdido o controle. — Depois de conseguirem a carga, eles a despacham. Quando o GPS avisar, é isso. Eles cruzarão a fronteira antes de chegarmos até eles.
— Então tentamos chegar até eles antes do GPS. Ou atravessamos a mesma fronteira. — Nicole diz de volta. — Não posso simplesmente ficar sentada aqui e não fazer nada.
Tyler a segue. — Você tem apenas treze anos, Nicole, você é jovem demais para se envolver em nada disso.
Nicole se vira para encará-lo. — Diz para o garoto de dezesseis anos que está na minha frente. — seus olhos se tornaram fendas. — Você realmente não quer falar sobre quem deveria estar envolvido no quê. Não faça isso, Tyler.
Tyler e seu olhar severo e gelado a desafiam. — Por que estou nisso é diferente do que estou tentando fazer você entender. — ele aponta para trás deles. — É muito perigoso você ir a qualquer lugar lá fora. Não sei o que Braga ou Campos estão tramando.
— É por isso que vamos descobrir. — Nicole diz.
— Não. — Tyler aponta o dedo para ela. — Eu estou indo...
— Eu não vou ficar aqui depois que você me disse que acha que Braga armou para matar meu pai e Brian!
— Se Braga deu luz verde para Campos finalmente parar de fingir e eles realmente sabem quem você é, Brian e Dom não são os únicos em perigo. Você será o próximo se chegar perto desses caras. — Tyler disse. — É isso que você quer, hein? — foi a vez de Nicole desafiá-lo com um olhar furioso, mostrando que sua mente não estava mudando. — Honestamente, Nicole, o que vamos fazer? Vamos apenas dirigir por Los Angeles procurando um policial e seu pai? Achei que você odiava aquele tal de Brian, de qualquer maneira. — Nicole mordeu as palavras e desviou o olhar. — Eu quis dizer o que disse, não posso deixar você se envolver nisso.
Tyler mordeu a língua quando os olhos de Nicole se estreitaram após suas últimas palavras. Aquele olhar dela teria congelado o inferno, se possível.
— Não estou pedindo sua permissão. — Nicole deixa isso claro ao ficar cara a cara com ele. — Ou você está me levando ou eu encontrarei outra maneira de encontrá-los. — Brian passou por sua cabeça. — Não gosto dele, mas consigo pensar em mais pessoas que merecem morrer e não é ele. Se alguém vai, deveria ser Braga e Feinx. Não meu pai ou Brian.
— Nicole. — Tyler avisa. — Escute-me...
— Não, você me escute por um segundo. — Nicole o interrompe. — Quase todas as pessoas em minha vida foram tiradas de mim. Quando me perguntei quem seria tirado de mim em seguida, perdi minha mãe. — o olhar de Tyler suavizou-se. — Eu não posso perder meu pai para... Você me entende? — ela engole o choro e engole as lágrimas, pois não ousaria chorar agora. — Responda-me isso. — os olhos de Tyler voltam para encontrar os olhos castanhos dela. — Se fosse Gia, você ainda estaria discutindo comigo?
Os olhos de Tyler caíram em pensamento antes de olharem de volta para Nicole. Por mais severos que fossem os olhos dela, ele também podia ver o medo por trás deles. Se ele a deixasse ir sozinha, ele ficaria metade do tempo preocupado com ela e não havia como dissuadi-la de que isso era uma opção. Aquela mão se fechou em punho e seu olhar provou isso.
— Não vou levar você ao México, mas vou levá-la para encontrá-los. — Tyler cede, Nicole começa a relaxar um pouco aliviada. — Se não conseguirmos encontrá-los, então esperaremos em algum lugar. Seu pai e Brian não são caras idiotas, isso eu diria.
— Certo. — Nicole foi embora.
Tyler agarra o braço dela fazendo-a voltar. — Eu quis dizer o que disse a você. Vou levá-la para encontrá-los, mas não vou levá-la para o inferno. — ele balança a cabeça. — Eu não me importo com o quanto você me odeia. Tudo bem?
— Ok. — Nicole franze a testa para balançar a cabeça lentamente.
— Vista-se e vamos. — ele tira as chaves.
Nicole agarra o braço dele e envolve seu torso, jogando Tyler para longe enquanto ele olha para baixo.
— Obrigada.
Soltando-o, Nicole corre até a escada para se vestir.
Tyler suspira. — Fique grata quando essa porcaria acabar. — ele sai pela frente.
Vestindo uma calça jeans e uma regata preta que caía como um top, ela usou o tênis e o cabelo solto como de costume.
Mantendo sua palavra, Tyler a levou a alguns lugares, mas não teve sorte em troca. As duas últimas paradas foram onde Brian trabalhava e na cabana em que seu pai ficava. Nicole não conseguiu lutar contra o nervosismo que lhe atormentava com todo o caos que estava acontecendo. Seu pai estava certo e por que ela não ficou surpresa? Toda ela gritando com ele e ele só queria mantê-la segura de tudo isso que ela estava alheia, assim como ele disse. Nas ruas onde ele nunca quis que ela brincasse, sempre foi por uma razão e agora ela podia entender o porquê.
O coração dela se preocupava com ele e por um motivo estranho, com Brian também. Ela queria encontrar os dois ou pelo menos vê-los voltarem juntos e seguros. A única coisa boa que ela poderia dizer é que seu pai não estava sozinho ali. Quando sua mãe foi embora, ela não tinha ninguém para cuidar dela. Dom teria Brian se eles estivessem lá.
Nicole sabia que Mia iria matá-la quando ela voltasse para a casa vazia, mas isso tinha que ser um sacrifício que ela aceitou. Se ela pudesse evitar a perda de seu pai, nada a impediria de fazê-lo. Braga queria pegar sua família desde que matou Letty, mas ela não conseguia descobrir o porquê. O que o homem realmente queria deles?
Tyler dirigiu pelas ruas de Los Angeles, um deles segurando o volante. — Ah, aqui. — ele entrega a ela um pequeno saco de evidências que está no apoio de braço. — Entrei em contato com aquela amiga minha sobre o colar da sua mãe. Para ver se sobrou alguma coisa. A única coisa que não foi divulgada foi a pulseira que ela usava. — Nicole tira-o da bolsa e olha para a faixa preta. — Aparentemente não há mais nada.
— Isso não pode estar certo. — Nicole balançou a cabeça, brincando com isso. — Minha corrente estava no bolso dela. Como uma corrente volta e a outra não?
Tyler dá de ombros. — Talvez tenha queimado no fogo?
— Talvez. — Nicole girou a banda. — Ainda não faz sentido.
Os carros pararam na estação.
Tyler desliga o carro enquanto examina o prédio. — Se eu pedisse para você me deixar entrar aí e você ficar trancada no carro, você aceitaria? — Nicole abre a porta do carro e sai, ignorando-o. — Claro que você não vai. — Tyler suspira ao sair. — Não sei por que me preocupei.
Os dois entram e pegam o elevador até o andar que ela lembrava muito bem da última visita. Saindo do elevador com um propósito, Nicole atravessa o que ela chama de 'Pomos de preto' vestindo seus ternos.
Ela se aproxima da mesa de Brian para vê-la vazia, seu rosto cai, como se pela primeira vez ela esperasse realmente ver o policial.
— Com licença? — Nicole impede um rosto familiar que passa.
A agente Trinh faz uma pausa em sua atividade ocupada ao ver a jovem. — Nicole Toretto?
— Você lembra de mim? — Nicole pisca.
— Claro. — Trinh sorri. — Eu estava aqui quando Brian saiu com você naquele dia, ele também falou sobre você algumas vezes. — Nicole não escondeu o leve choque ao ouvir isso. — O que você está fazendo aqui? — este claramente não era o momento para a garota estar aqui, considerando que eles precisavam cuidar de Brian, já que o GPS chamava por ele.
— Estou procurando Brian. — Nicole brinca com as unhas.. — Ele está aqui por acaso?
Trinh balança a cabeça. — Sinto muito, não. Ele foi para casa mais cedo hoje, na verdade.
Nicole e Tyler trocam um breve olhar desapontado.
— Hum, bem, você sabe o número dele por acaso? — Nicole pergunta a ela. — Eu queria ligar e falar com ele mais tarde sobre meu pai.
— Posso conseguir para você um de seus cartões pessoais, espere aqui. — ela vai embora.
Tyler suspira. — Tanta sorte aqui.
— Ainda temos mais um lugar para verificar. — Nicole lutou para manter a esperança, ela cruzou os braços sobre o peito balançando a cabeça. — Talvez ele tenha saído mais cedo.
— Você está brincando, certo? — Tyler zomba. — Isso é um monte de besteira. Aquela mulher sabe exatamente onde ele está. — Nicole inclina a cabeça com um olhar. — Vamos, Nicole. Ele saiu mais cedo? Para onde mais ele iria?
— Eu já lhe contei o quanto sua mente positiva está ajudando? — Nicole honestamente perguntou a ele.
— Não.
— Bom. — os olhos de Nicole reviram.
— O quê? Você sabe que eu odeio lugares como esse. — Tyler se livra disso. — Me dá vontade de estar aqui.
Nicole deixa cair os braços, virando-se para encará-lo. — Você pode ser mais dramático?
— Sim! — Tyler sibila de volta.
— Nicole? — uma voz se aproxima deles por trás.
Os dois se viram para ver Eric Reinser parado ali atrás com alguns arquivos nas mãos.
Tyler casualmente olha para Nicole. — Quem é o idiota de terno? — a sobrancelha de Eric se arqueou com isso.
Nicole dá uma cotovelada nele com um olhar furioso e olha de volta para Eric. — Sinto muito por ele. — Tyler esfrega o peito, olhando para o lado da cabeça dela. — Ei, Eric. Que bom ver você de novo.
Seus olhos finalmente viajam de Tyler para ela e acena com a cabeça. — Você também. Você veio aqui para alguma coisa?
— Para ver Brian. — Nicole suspira.
Eric leu sua linguagem corporal e percebeu que algo não estava certo nela, ela parecia abalada. A garota que veio aqui há alguns dias não se incomodava com nada, exceto com esta - completamente diferente.
— Sim, ele saiu mais cedo. — Eric diz. — Está tudo bem?
Nicole lutou consigo mesma para realmente contar a verdade a ele. Engraçado como ela conseguia mentir para um detetive, mas contar a Eric parecia a coisa mais inteligente a fazer na época. Além dela, parecia que ela poderia e talvez ele pudesse ajudar.
Mordendo o lábio. — Na verdade... — foi a vez de Tyler dar uma cotovelada nela e Nicole retribuir o olhar.
— Está tudo bem. — Tyler responde por ela. — Acabamos de ter algumas informações sobre o pai dela para compartilhar.
— Eu acho que você deve ser irmão ou família dela? — as sobrancelhas de Eric ficam em dúvida.
— Eu também não sou.
— Amigo então? — Eric pressiona.
— Sim... — Nicole foi interrompida.
— Isso importa? — Tyler franze a testa.
— Um pouco, sim. — Eric dá de ombros. — Suponho que responder algumas perguntas é algo em que você não é bom? Experiência ruim?
Tyler enfia a língua na bochecha. — Sim, na verdade. — ele zomba. — Mas eu acho que cuidar da sua vida também não é algo em que você é bom, hein?
— Na verdade. — Eric também sorri. — Especialmente considerando que eu fiz uma pergunta à garota, mas em vez disso seus lábios se moveram. — Nicole olha para os dois tentando descobrir o que estava acontecendo.
A cabeça de Tyler se inclina para sua boca inteligente. — Seu presunçoso...
— Oo! — Nicole fica na frente de Tyler antes que ele dê um passo, tentando aliviar a tensão que cresceu.
Dois machos alfa em uma sala realmente não se davam bem e ela podia ver isso por si mesma. Por mais diferentes que fossem, ambos tinham atitudes dominantes e certamente entravam em conflito.
— Hum, está tudo bem, Eric. — Nicole aparece fazendo seu olhar para Tyler diminuir, mas relaxa quando ele a vê. — Sério. Estou bem, só precisava falar com Brian e meu amigo Tyler me levou até lá, só isso.
Trinh volta. — Aqui está. Esta é a cela dele.
Nicole pega o cartão dela. — Um milhão de obrigados, vamos lá. — ela empurra Tyler à sua frente. — Vamos.
— Estou indo, estou indo. — Tyler repete.
Os dois caras se olham brevemente, Tyler revira os olhos com uma zombaria e continua.
Nicole se volta para Eric. — Desculpe novamente, ele geralmente é muito legal.
— Encantador, eu aposto. — Eric murmura. — Tem certeza de que está bem?
— Sim. — Nicole acena com um sorriso corajoso. — Tenho certeza. — Eric enfia a mão no bolso do terno e entrega um cartão a ela. — Para que serve isso?
— Apenas no caso de você precisar de ajuda e Brian não estar lá. — Eric diz. — Ter um amigo policial não é de todo ruim. Sou estagiário, mas ainda tenho bons contatos.
Nicole pega o cartão e olha para ele. — Obrigada. — Eric assente. — Eu tenho que ir. — ela segura o cartão dele. — Vejo você de novo.
— Eu vou te ver. — Érico sorri. — Cuide-se, Nicole. —
— Você também. — Nicole conseguiu sorrir de volta.
— Toretto! — Tyler chama.
Nicole acena para ele e sai correndo para alcançá-lo. — Estou chegando!
Os dois vão para o elevador.
— Eu não posso acreditar que você fosse mesmo contar alguma coisa àquele policial. — Tyler aperta o botão enquanto eles entram. — Você é louca ou estúpida?
— Ele é um estagiário. — Nicole diz a ele.
— Bem, agora, me desculpe por ter errado o título dele. — Tyler revira os olhos. — Devíamos encontrar seu pai e Brian.
— Eu sei que. — Nicole olha para as cartas. — Você acha que podemos encontrá-los a tempo?
— Talvez sim. — Tyler suspira. — E como você conhece aquele policial estagiário?
— Curioso?
— Não. — Tyler desviou o olhar quando o elevador apitou.
Nicole zomba. — Mentiroso.
Tyler sai do elevador quando ele atinge o chão. — Apenas vamos lá.
— Você é um péssimo mentiroso. — Nicole o segue.
Voltando ao carro, eles atravessaram metade da cidade até o cemitério da mãe dela. Tyler parou o carro até a cabana onde Dom ficou.
Nicole saiu correndo do carro e correu para dentro.
— Pai! — Nicole olha ao redor e corre para os fundos. — Papai?
A cama continua como ela a deixou quando ficou com ele naquela noite. Nada parecia intocado ou fora do comum. Isso significava que se ele voltasse, este seria seu primeiro lugar para voltar. Além dela, desejava que ele ainda estivesse esperando aqui, mas era tarde demais.
Nicole sai da sala derrotada.
Tyler entra. — Ele está aqui?
— Não. — Nicole passa a mão pelo cabelo, frustrada. — E-eu não sei o que fazer...
— Só temos que esperar. — Tyler diz.
— Não posso. — Nicole balança a cabeça. — Eu a perdi e tenho que perder meu pai para... Eu não queria que ele fizesse isso em primeiro lugar. Eu não deveria ter deixado ele fazer isso. Eu deveria ter falado com ele... — suas lágrimas começar a cair enquanto ela engasga com eles. — Ele só queria me proteger assim como ela e eu nunca vou vê-lo novamente...
— Espere, espere, você não vai perder seu pai. — Tyler agarra seus ombros. — Ele é um cara inteligente e acho que se seu pai sabe de alguma coisa é para voltar vivo. Principalmente com você esperando aqui. Então vamos esperar aqui mesmo até ele voltar. Ok? Não vamos nos mover. — Nicole assente e enxuga o rosto. — Ele está voltando. — ela funga o resto das lágrimas enquanto Tyler enxuga algumas e sorri. — Sabe, Nicole há alguns dias disse que nunca mais se importaria com aquele homem. Agora olhe para você.
Ela abre um leve sorriso em meio às lágrimas. — Você estava certo.
— Sim. — Tyler sorri. — Eu sei. Você estava certa. — As sobrancelhas de Nicole se unem. — Sobre eu estar curioso.
Nicole ri e morde o lábio em meio às lágrimas, ela dá um leve soco no braço dele. — Mau mentiroso.
Tyler ri. — Eu sou o que sou... — ele a abraça. — Vai ficar tudo bem. — Nicole relaxou contra ele respirando fundo enquanto ele esfregava suas costas. — Eu peguei você, Toretto, eu peguei você. — encontrando uma maneira de sorrir apesar da dor, ela o abraça com mais força e enterra o rosto em sua jaqueta.
★
Enquanto o sol se põe lá fora durante a noite. Dom ainda não havia reapareceu na cabana, mas eles esperaram pacientemente que ele voltasse. Tyler sabia que Nicole não ficaria à vontade até ver Dom novamente em paz, então se isso a fizesse feliz, ele estaria lá até o contrário.
Os dois sentaram-se à pequena mesa um em frente ao outro.
Nicole disca o número de Brian no celular de Tyler.
Tyler olha, tirando a mão da boca. — Você está ligando para Gia?
— Não. — Nicole respira. — Brian. — o telefone continuou a tocar. — Vamos, Brian. Atenda, atenda.
— Se o GPS os chamou e eles estão por aí, você não vai alcançá-lo. — Tyler informa. — Confie em mim.
— O'Conner. — sua voz chega.
— Brian... — Nicole é interrompida pela secretária eletrônica.
— Deixe uma mensagem após o sinal e retornarei sua ligação.
Nicole fechou os olhos quando o tom disparou. — Brian, esta é Nicole. Quando você receber esta mensagem, me ligue, por favor. — ela desliga. — Tanto para esse.
— Eu te disse. — a mão de Tyler subiu. — Não adianta. Você só tem que esperar.
— Honestamente, quanto tempo leva para contrabandear drogas? — Nicole se recosta.
Os olhos de Tyler se movem de um lado para o outro. — E-Esta é uma pergunta capciosa, certo?
Nicole acena e brinca com o telefone na mão para distrair sua mente. Seus olhos vagam para olhar para Tyler, cujo olhar estava voltado para a janela, pensativo.
— Tyler.
— Sim. — seu olhar nunca sai do lado de fora enquanto ele responde.
— Por que você sabe tanto sobre isso e o que Braga faz? — Nicole pergunta a ele. — Você não parece assustado com nada disso.
Os olhos de Tyler finalmente se estreitam para olhar para ela. O olhar fez com que Nicole ficasse sem fôlego, como se talvez ela não devesse ter feito essa pergunta. Ele é amigo dela, mas até ela teve que admitir que há muitas coisas em Tyler que ela nunca conseguiria juntar totalmente.
— O que é assustador para você pode ser normal para os outros. — Tyler responde. — Ninguém tem a mesma vida, Nicole. Em algum momento sua vida é tirada e você tem que aprender a crescer. Às vezes, esse crescimento acontece em uma idade jovem... Acontece quer queiramos ou não.
— Você não deveria ter que lidar com isso em uma idade jovem. — Nicole balança a cabeça.
— Me tornou mais forte. — Tyler dá de ombros.
— Você era jovem, não precisava de algo que o tornasse mais forte. Você precisava ser protegido de tudo isso. — os olhos de Nicole suavizaram.
— Um pouco tarde agora, hein? — Tyler diz. — Os pais não podem nos proteger de tudo. Eles tentam, mas às vezes simplesmente não conseguem e é apenas a vida. É por isso que eu digo para você ouvir seu pai... Ele sabe que você não deveria conhecer esta vida.
— Você também não deveria conhecer esta vida, você sabe.
Tyler teve que admitir que ficou um pouco surpreso com a maneira como ela disse a ele. Tudo o que ele pôde fazer foi abrir um sorriso e acenar com a cabeça. — Sim... Eu sei que não deveria.
— Então saia dessa. — Nicole simplesmente conta a ele.
— Não é tão fácil. — Tyler balança a cabeça.
— Por que não?
A cabeça de Tyler se inclina para olhar para ela, não importa o quanto ele quisesse, ele não podia contar nada a ela. — Outra hora, ok?
A cabeça de Nicole se inclina, mas ela balança a cabeça e olha para baixo. — Bem, quando essa hora chegar, apenas saiba. — Tyler olha para ela. — Não vejo você diferente, como prometi, quando você pediu...
Um Tyler surpreso se senta prestes a dizer algo até que o flash dos faróis através da janela chama a atenção de ambos. Ele se levanta e vai dar uma espiada.
Tyler observa dois homens saírem do carro. Eles definitivamente não eram Dom, mas ele tinha uma boa ideia de quem eram e por que estavam ali. Ele sabia que tinha visto aquele carro segui-los mais cedo, mas por que demorou tanto para vir buscá-los agora?
Nicole fica de pé, sorrindo. — Meu pai está de volta.
— Não. — Tyler se afasta da janela enquanto os observa examinando o exterior. O sorriso de Nicole ficou confuso. — Esse não é o seu pai.
— Quem é esse? — Nicole olha para ele confusa. — Policiais? — Tyler a move para fora da janela. — Tyler, o que você está fazendo? Diga alguma coisa!
— São homens do Braga. — Tyler pega a jaqueta da cadeira.
— O quê? Como eles sabiam que estávamos aqui? — Nicole o segue.
— Eu vi um carro nos seguindo mais cedo, mas depois parou. — Tyler admite. — Eu não tinha certeza desde que eles pararam e é por isso que não disse nada. Não queria assustar você.
— Tarde demais para isso, Tyler! — a mão de Nicole sobe e ela empurra o cabelo para trás. — Olha, podemos sair pela porta dos fundos.
— Eu não posso ir embora. — Tyler diz a ela, Nicole volta confusa. — Eles vão tentar nos atropelar e não posso arriscar isso com você no carro.
Os piores sentimentos se desenvolveram em seu estômago quando ela se aproximou dele. — O que você está dizendo?
— Você ainda sabe onde Harry guarda as peças extras em sua loja. Não é tão longe daqui. — Tyler começa a apoiá-la, já balançando a cabeça e protestando. — Eu quero que você pegue meu telefone e...
— Não, não, não...
— Nicole. — Tyler a impede.
— Não, não vou deixar você aqui com eles.
— Eu vou ficar bem. — Tyler tenta tranquilizá-la. — Não sou eu que eles estão procurando. Eu sei que é você.
— Por que eu? — o pior pesadelo de Nicole começou a acontecer. — Eu não fiz nada.
— Eu sei. — Tyler viu os olhos dela lacrimejarem enquanto o pânico se tornava mais real para ela. — Saia pelos fundos e continue. Vou mantê-los aqui e distraídos enquanto puder. — Tyler a empurra novamente.
Nicole se afasta. — Não, pare! Não vou deixar você aqui com esses caras, Tyler. — ela discute com ele. — Você não pode esperar que eu simplesmente te deixe, você vem comigo. — ele tenta lutar contra ela. — Eu disse não, deixe-me ir! —
— Ei, ei. — com um gesto gentil em seu rosto, ele chama sua atenção. — Olhe para mim! — o cabelo de Nicole caiu em seu rosto, lágrimas escorreram por seu rosto. Tyler olha para ela e começa a sorrir apesar de sua própria preocupação. — Eu estarei bem.
Nicole não acreditou nele, ela sabia que ele estava mentindo e percebeu que ele nem sabia o que iria acontecer.
Inalando profundamente, Nicole sentiu a dor no peito aumentar. — Não me faça deixar você. — ela desaba com seus gritos. — P-Por favor, não.
— Eu preciso que você vá, você me ouviu? — Tyler a apoia. — Não olhe para trás, não importa o que você ouça. Você corre como uma louca até chegar à casa de Harry, estou falando sério. — Nicole chora e ele a empurra para dentro do quarto e mantém o outro lado fechado para que ela não possa abri-lo.
— Tyler! — Nicole bate a mão na porta tentando abri-la.
Ele lutou consigo mesmo enquanto sua cabeça descansava contra a porta. Os passos se aproximando do barraco o fizeram olhar para trás...
Nicole sentiu que suas pernas estavam prestes a ceder, ela queria voltar, mas que utilidade ela realmente teria para ele? Ela era inútil nesta situação. Como ele disse, eles não estavam lá para ele. Encontrando forças para se mover, Nicole tira as coisas do caminho e sai pela pequena porta nos fundos, como ele disse a ela.
A toda velocidade ela foge da cabana e faz exatamente o que Tyler disse para ela fazer. Não olhou para trás.
Lágrimas e tudo o que ela tinha para continuar como ele disse. Nada além de sua adrenalina e sangue mantinha seu coração batendo e seus pés indo até a casa de Harry. O medo começou a turvar sua mente, mas o que mais a assustou é que Dom ou Letty não estavam por perto para ajudá-la.
As coisas não poderiam dar mais errado, mas Nicole tinha um mau pressentimento de que tudo estava apenas começando...
Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro