007
˖࣪ ❛ VOCÊ AINDA ME TEM
— O7 —
LETTY ACORDA COM UM BOCEJO. A casa silenciosa; quando o sol estava nascendo e começando a espreitar pelas janelas e dar uma luz.
Ela se espreguiça enquanto se senta, seus olhos olham ao redor da sala, mas param de procurar quando ela vê dinheiro empilhado na cômoda. Letty olha ao lado dela para ver o lado de Dom da cama vazio e nem mesmo dormido, e sua mente começa a juntar as peças.
— Por favor, me diga que isso é piada. — Letty murmura. — Por favor.
Ela joga as cobertas para trás e sai rapidamente da sala. Letty foi até o quarto de Nicole e bateu na porta, esperando que tudo isso fosse apenas um pesadelo. — Nicole? Nicky, você já acordou?
Abrindo a porta, ela olha para dentro e vê que sua cama não foi nem ocupada, não havia sinais de Nicole no quarto. — Não. — sua voz falha, enquanto ela balança a cabeça lentamente. — Nicole! — Letty sai correndo da sala e desce as escadas, ela olha ao redor do andar de baixo. — Nicole! Dom!
Mesmo que Dom apenas saísse por um tempo e levasse Nicole com ele, não fazia sentido ele de repente deixar aquela grande pilha de dinheiro na cômoda.
Letty abriu a porta e saiu correndo, mas parou quando viu que o carro estava na garagem. Isso fez com que suas sobrancelhas franzissem em confusão, já que ela estava ainda mais desconcertada. Se Dom foi embora, por que o carro ainda estava lá? Não fazia sentido, as lojas ficavam a uns bons vinte minutos de carro e ela duvidava que ele andasse. Seu estômago dá um nó nervoso, pois isso estava ficando mais assustador para ela. Ela saiu mais e vasculha a área com os olhos, bufando, ela corre para os fundos da casa onde ficava a praia.
Letty vem para trás e olha em volta, ela se vira de volta para a casa, mas teve que olhar duas vezes quando viu sua filha no pátio. Nicole estava com as pernas puxadas para o peito e a cabeça enterrada nos joelhos. Um leve alívio tomou conta de Letty quando ela finalmente encontrou uma das duas pessoas que estava procurando.
— Nicole! — Letty corre até ela com pressa e se abaixa na frente dela. Ela balança o ombro gentilmente para acordá-la. — Nicole, olhe para mim, menina. — Nicole levanta a cabeça para mostrar seus olhos vermelhos e inchados, que desenvolveu por chorar metade da noite. — Vamos lá, olhe para mim, Nicky. — is olhos de Nicole piscam para encontrar o olhar preocupado de sua mãe. — O que aconteceu? Onde está o papai?
Nicole funga e usa as costas da mão para enxugar as lágrimas que começaram a voltar lentamente. — E-eu... Eu não sei. — Letty lentamente balança a cabeça confusa, Nicole puxa o bilhete de seu colo e entrega a ela. — Ele se foi...
Letty pega a nota e amassa em seu punho, ela balança a cabeça. — Esqueça isso. Vamos levar você para dentro de casa. — Letty a ajuda a se levantar do chão, ela a leva para dentro de casa e para o quarto dela no andar de cima, em vez de mandar Nicole para o seu. Letty a deita, ela a cobre e se ajoelha ao lado da cama ao lado dela. Para acalmar seus nervos e fazê-la dormir, Letty acaricia suavemente a cabeça de Nicole e lê baixinho o bilhete que sua filha deu a ela. Os olhos de Nicole abriam e fechavam lentamente enquanto ela adormecia e acordava. Quanto mais Letty lia o bilhete, mais seu pior pesadelo se tornava realidade e aquele sentimento ruim parecia ainda mais forte do que antes.
Ao ler a última parte, seus olhos começaram a lacrimejar, mas não apenas de tristeza, mas de raiva.
Letty jogou a nota para baixo, os olhos de Nicole se abriram com o som forte. Uma Letty magoada passou a mão trêmula e estressada pelo cabelo com um suspiro. A nota não poderia ser mais clara e ela sabia que ele estava pensando nisso, mas ela pensou que ele não faria isso por causa de Nicole, e por causa dela. Dom não precisava deixá-las, eles não se importavam em serem pegos, eles se importavam em manter uma família e permanecer juntos. Ela não tinha uma família até conhecer Dom, e quando ela teve Nicole, isso foi a conclusão de sua família. Em vez de se separar de um, ela foi capaz de encontrar e criar o seu próprio. Tudo o que ela sempre quis foi dar a Nicole algo que ela nunca teve, uma mãe e um pai, mesmo nos momentos mais difíceis.
— Por que ele nos deixou? — Nicole sussurra.
Letty ouve isso, seus olhos se estreitam para o lado para ver sua filha à beira das lágrimas. — Eu pensei que ele não faria isso. — algumas de suas lágrimas escaparam. — Ele prometeu.
— Shhh. — Letty balança a cabeça, ela enxuga as lágrimas de Nicole. — Você não fez nada. Você me entende? — ela severamente diz a ela. A última coisa que ela queria que Nicole pensasse era que tudo isso era culpa dela e isso era uma coisa que ela temia. — Olhe para mim. — Nicole enxuga as lágrimas, mas olha para a mãe. — Ele não foi embora por sua causa.
— Então por que ele fez isso?
— Ele foi embora... — Letty suspira e dá uma risada sombria. — Ele foi embora por causa dele. — ela balança a cabeça. — Seu pai não é muito bom em enfrentar seus problemas o tempo todo, e às vezes ele pensa que nos mantendo longe dele está nos protegendo. Ele foi embora, mas fez isso porque estava com medo por nós, não tanto por ele mesmo. — as sobrancelhas de Nicole se unem. — Mas a saída dele não muda o fato de ele te amar, e eu, isso é apenas uma coisa que não vai mudar e é a razão pela qual ele não está aqui. Ok? — Letty mostra a ela um pequeno sorriso. — Ele ainda te ama, te ama mais do que tudo. Confie em mim.
— Eu confio em você. — Nicole murmura.
Depois de um tempo, Letty ouviu roncos baixos e olhou para baixo para ver Nicole dormindo profundamente. Todo aquele choro e ficar do lado de fora metade da noite finalmente a cansaram.
Letty beija sua testa com um suspiro profundo, ela se afasta e esfrega o lado de sua cabeça. — Nós vamos ficar bem.
Ela se levanta e vai para o seu lado da cama e se senta, sua cabeça se vira para olhar todo o dinheiro na cômoda antes de ir para a mesa de cabeceira ao lado de sua cama. Havia uma foto que ela emoldurou, era uma foto dela e Dom com uma Nicole de cinco anos no quintal. A imagem a fez sorrir quando a visão trouxe um certo sentimento em seu peito. Isso a fez lembrar de todos os momentos felizes que todos tiveram juntos antes de toda essa loucura acontecer.
Letty apoiou os cotovelos nos joelhos e enterrou o rosto nas mãos com um aceno de cabeça. — Por que você fez isso, Dom?
★
Aquela tarde, Letty levou Nicole com ela para fazer alguns recados. Ela tinha que matricular Nicole na escola, Nicole ainda tinha que aprender e precisava saber que estava em algum lugar seguro enquanto procurava mais informações sobre o paradeiro de Dom. Sem mencionar que ela precisava encontrar um emprego. O dinheiro que ele deixou era bom, mas ela sabia que ainda precisava ganhar a vida, por precaução, e precisava de outra coisa para manter a mente ocupada.
O carro para em uma loja local.
Letty desafivelou o cinto de segurança e olhou ao lado dela para ver sua filha ainda quieta, desde ontem depois que ela acordou. Quando ela falava, era apenas quando Letty fazia uma pergunta ou quando ela mesma tinha uma pergunta. Era estranho para ela, pois ela sabia que não era típico de Nicole ser assim, ela era uma garota curiosa e adorava conversar e manter conversas, mas agora isso estava lentamente começando a mudar.
Essa era outra coisa que Letty queria evitar. A saída de Dom teve a chance de causar danos a Nicole e ao relacionamento deles.
— Chegamos. — Letty conta a ela, mas Nicole não respondeu. Isso fez com que Letty se abaixasse e puxasse o cabelo de Nicole para trás para que ela pudesse ver seu rosto. Nicole levanta a cabeça e volta o olhar triste para a mãe. — Não me dê esse olhar. — Letty sorri um pouco. — Ei, tudo vai ficar bem.
— Mas quem vai nos proteger agora? — Nicole pergunta a ela.
— Eu é claro. — Letty zomba, ela a cutuca. — Que isso seja um lembrete, pai ou não, você não precisa de um homem para protegê-la. Às vezes você tem que fazer isso sozinha. Eu mesma a criei, você acha que não posso cuidar de você?
Nicole balança a cabeça. — Não, eu acho que você pode.
— Bom o suficiente para mim. — Letty abre a porta. — Agora venha para que possamos entrar aqui e obter algumas respostas, e fique ao meu lado. — ela olha para ela. — Entendeu?
— Sim. — Nicole assente.
Letty e Nicole saem do carro e entram na loja. Nicole tinha certeza de ouvir e ficou perto, mas também à distância de sua mãe. As duas foram até o balcão onde um homem mais velho trabalhava atrás do caixa.
— Com licença? — Letty o chama. — Está ocupado?
— O que é? — ele estala.
Letty se aproxima com um encolher de ombros. — Não muito. — ele deu a ela um olhar. — Olha, isso não vai demorar. Só tenho uma pergunta a fazer. — o balconista levanta a sobrancelha em questão. — Você conhece um cara chamado Han que anda por aqui?
— O que é isso para você? — o cara pergunta friamente.
— Eu preciso falar com ele, é isso. — Letty responde no mesmo tom de voz. — Então, você vai me contar ou não?
Ele se inclina para a frente. — Eu poderia te dizer se soubesse, mas, o que eu ganho com isso? — Letty revira os olhos, um sorriso aparece em seu rosto. — Todo mundo tem um preço, você quer ouvir o meu? — Nicole faz uma cara de desgosto.
Os olhos de Letty se estreitam quando o dedo dele se aproxima e pega uma mecha do cabelo dela, ela franze a testa e rapidamente agarra a mão dele e a dobra para trás. O homem grita de dor com o movimento repentino e a onda de dor em sua mão, Letty agarra a nuca dele e a joga contra o balcão de vidro.
Nicole estremece. — Ooh. — ela observa a mãe com os olhos arregalados.
Letty o puxa por cima do balcão e no chão, ela manteve o braço dele torcido e a mão dobrada enquanto ela descansava o joelho na lateral do queixo dele.
— Não, eu realmente não quero ouvir o seu preço. Você tem minhas respostas ou o quê? — Letty pergunta, ela planta o joelho livre nas costelas dele.
— Ah! — a dor piorou. — Eu não estou te dizendo porra nenhuma!
— Eu não teria dito isso. — Nicole balança a cabeça.
Letty calmamente acena com a cabeça e adiciona mais pressão, ela apenas franze a testa mais profundamente para ele e suas tentativas de lutar contra ela ou afastá-la.
— Arrgh! — ele resmungou, o joelho cavou mais forte em sua mandíbula e ela dobrou a mão mais para trás a ponto de quebrar.
— Tem certeza que você não tem nada a me dizer? — Letty perguntou claramente.
— Tudo bem, tudo bem! Ok! Eu o conheço! — ele está com a mão levantada na defesa.
— Onde ele está? — ela o encara. — Eu disse onde ele está?
— Pare! Pare, estou te dizendo! — ele implora. Letty apenas afrouxa brevemente o joelho no rosto dele. — Ontem à noite ou antes do amanhecer, Han e sua namorada deixaram o México. Algo sobre um trabalho que iria render muito dinheiro, mas está fora do estado. — ele gritou.
— Havia outro cara com eles? — ela perguntou.
— Sim! — ele se contorceu.
— Como ele era? — perguntou Letty.
— Eu não sou uma maldita detetive! — ele grita, Letty revira os olhos e adiciona mais pressão. — Ok! Ele era caucasiano, alto e musculoso com a cabeça raspada! Sem falar que ele tinha uma atitude ruim, como você!
Letty sorri. — Ótimo. Onde o trabalho está acontecendo?
— Eu não sei tudo isso. — ele resmunga. — Você teria que perguntar ao Ernest, ele tem uma oficina mecânica a alguns minutos daqui, você não pode perder! Agora me solte. Jesus Cristo, senhora, acho que você está quebrando meu braço!
Letty se solta e fica de pé. — Obrigada. — o homem suspira aliviado, segura o braço e as costelas enquanto se recosta no balcão, gemendo de dor. — Veja, isso não foi difícil. Agora foi? — ele dá a ela um olhar maluco, Letty arruma sua jaqueta. — Da próxima vez, mantenha suas mãos para si mesmo. — ela pisca e se vira para sair. — Vamos, menina. — Letty dá um tapinha na bochecha de Nicole passando e em direção à porta.
Nicole foi acompanhá-la, mas parou e pegou algo na prateleira. — Ei, quanto custa essa barra de chocolate?
Ele olha para ela e aponta para a porta onde Letty estava. — É a sua mãe? — o homem luta para se levantar, segurando seu braço.
Nicole assente um pouco. — Sim, ela é minha...
— Apenas pegue isso! — ele a interrompe, Nicole olha para ele com os olhos arregalados. — Vá, vá, vá.
— Uh, o-ok. — Nicole mostra a palma da mão na defesa e recua. — Obrigada.
As duas saíram da loja e entraram no carro. Letty desce a rua quando a próxima parada era aquela loja para ver o cara Ernest e ver se ele tinha alguma resposta para ela.
— Veja. — Letty fala, ela olha para Nicole. — Eu disse que posso nos proteger. — ela mexeu no cabelo ao ver Nicole sorrir um pouco, pois isso a fez sorrir. — Acredita em mim agora?
— Definitivamente. — Nicole acena com a cabeça, seus lábios se juntam e ela olha para ela. — O braço do cara vai ficar bem?
— Provavelmente não. — Letty disse descuidadamente com um encolher de ombros.
O carro para na oficina mecânica e aquele cara estava certo, você não podia errar. O lugar se chamava literalmente Ernest, o que era bom porque não era tão difícil de encontrar. Sem mencionar que era perto de casa para elas.
Elas saíram e entraram na garagem para ver um homem muito mais velho consertando um caminhão surrado. Ele devia estar na casa dos 50 anos, pois usava óculos e um macacão cinza com um par de tênis.
Letty bate na porta aberta da garagem.
— Entre! — ele chama.
Pegando a mão de Nicole, ela entra, enquanto examina o lugar com olhos cautelosos.
O homem olha para trás, enquanto enxuga as mãos com um pequeno trapo. — Então, você deve ser a mamãe ursa maluca que quase quebrou o braço de Rique.
— Ele deveria ter mantido suas mãos para si mesmo. — Letty responde. — Não é minha culpa.
— Meu sobrinho sempre teve esse problema, herdou isso do pai. — ele suspira e descansa as mãos nos quadris. — Mas de qualquer forma, só para avisar antes que você me pergunte, eu não sei onde ele está. — seu olhar era honesto, pois ele realmente não tinha motivos para mentir para ela, e ele parecia mais confiável do que seu sobrinho na loja.
Letty ergue uma sobrancelha. — Você conheceu o 'ele' que estou procurando?
— De quem você acha que ele comprou aquela casa? — ele pergunta. Letty dá a ele um olhar estranho. — Eu não apenas conserto carros, você sabe. Escute, eu não sei onde é o trabalho, já que é um grande problema. Essa pessoa não quer deixar vestígios, então as únicas pessoas que sabem são as que estão fazendo isso. Eu não descobrirei até que eu fale com Han novamente.
— Simplesmente ótimo. — Letty suspira
Ele olha para quem estava preso ao braço de Letty. — Este deve ser a pequena, qual é o seu nome? —
— Nicole, mas as pessoas me chamam de Nicky para abreviar. — ela responde em um tom suave.
— É um nome muito bonito, e você? — ele olha para cima.
— Letty. — ela responde.
Ernesto acena com a cabeça. — Bem, é um prazer conhecê-las. Meu nome é Ernest, e se vocês duas precisarem de algo, então venham aqui. Eu já prometi ao cara durão que cuidarei de vocês quando precisarem.
— Sim, obrigada, mas estamos bem. — Letty balança a cabeça. — Nós podemos nos sair bem sozinhas, tudo o que você pode fazer por mim é apenas conseguir uma pista sobre ele ou Han e descobrir onde eles estão, se você puder. Isso é tudo que eu quero.
— Tudo bem. — Ernest mostra as palmas das mãos em defesa. — Provavelmente levará meses ou talvez até anos antes que Han ligue procurando um novo emprego, já que os que ele faz duram muito tempo, em termos de dinheiro. Você está disposta a esperar tanto tempo?
— O que for preciso. — Letty dá de ombros e olha brevemente para Nicole. — Nós podemos esperar.
Ernest dá um suspiro pesado, mas acena em compreensão. — Ok então, eu posso fazer isso por você. Você já encontrou um emprego aqui?
Letty franze a testa. — Não, não vale a pena fazer.
— Bom, já que você quer que eu te ajude, então você pode me ajudar. — Ernest joga seu trapo por cima do ombro. — Você pode começar aqui na segunda-feira, se quiser. — Letty olha para ele em estado de choque. — Disseram-me que você também é boa com carros, e considerando que demiti meu filho preguiçoso. Há uma vaga aberta para levar, se você quiser.
Letty estava um pouco sem saber o que dizer. — Eu não...
Nicole puxa sua mão fazendo Letty olhar para baixo. — Pegue, mamãe. — ela sussurra.
Letty revira os olhos com um suspiro. — Tudo bem, eu farei isso, e obrigada novamente por sua ajuda. — ela se afasta com Nicole e começa a sair. — Vejo você segunda-feira.
Ernesto acena. — Vejo vocês duas.
Elas voltaram para casa mais tarde naquele dia.
Nicole estava em seu quarto tirando uma soneca, deixando Letty sozinha para pensar um pouco.
Letty estava sentada na cadeira de balanço do pátio nos fundos. Ocasionalmente, ela olhava para o pôr do sol e as ondas chegando, pois era quase um momento perfeito para se estar, se não fosse por tudo o que estava acontecendo.
Com uma cerveja em uma das mãos, ela se sentou na cadeira com a perna dobrada e algumas fotos na outra mão.
Foram algumas fotos antigas com a família que ela pegou antes de partirem para o México. Essas fotos e Nicole eram as últimas coisas que ela tinha de Dom, além de suas próprias memórias com ele. Havia uma foto de Natal com uma pequena Nicole, já que era o primeiro Natal de Dom de volta à família desde que ele foi para a prisão.
— Nicole. — Letty entra no quarto da filha. — Vamos, garota, é hora de ir ao shopping com Mia.
Nicole faz beicinho. — De jeito nenhum, eu odeio fazer compras de Natal com a tia Mia. Ela sempre me arruma antes de sairmos. É embaraçoso.
Letty sorri. — Sim, mas é legal.
Mia entra por trás de Letty com um sorriso malicioso. — Vamos, Nicky, esta é uma roupa bonita.
— Você disse isso no ano passado! — Nicole aponta.
— Sim, e eu disse que você estava ficando mais alta. — ela diz provocando.
Nicole olha de brincadeira. — Essa é a má Mia, e eu estou ficando mais alta.
— Não, o que é mau é que você ainda não se vestiu. Venha aqui! — Mia entra correndo.
Mia vestiu uma saia vermelha e branca com babados em camadas, um par de meias vermelhas e um decote em V branco de manga comprida. Ela escovou o cabelo colocando um gorro de Papai Noel nela e a levou para baixo para mostrar a todos.
Mia estava animada. — Ela não parece tão...
— Estúpida? — Nicole franze a testa para ela.
— Ah, ela parece a ajudante do Papai Noel! — Jesse brinca com seu gorro de Papai Noel, Nicole geme.
— Nah, ela passaria por um elfo primeiro. — Leon acena com a cabeça, Letty bate no peito dele com um olhar.
— Oh parem com isso, pessoal. Ela está bonita! — Mia os silencia
— Todo mundo pronto? — Dom chama, enquanto ele e Vince entram. — Onde está Nicole? — ele põe o braço em volta de Letty.
— Aqui embaixo. — Nicole levanta a mão.
Dom olha para baixo, as sobrancelhas unidas. — Quem diabos vestiu minha filha como o ajudante do Papai Noel? — Letty bufa uma risada. — Deixe-me dar um palpite, Mia? — ele pergunta.
Nicole bufa e calça as botas enquanto sai da sala e se dirige para os fundos.
— Nicky. — Letty grita severamente. — O que há com ela este ano? Achei que ela ficaria mais feliz com esse tipo de coisa.
— Eu cuido disso. — diz Dom dando um tapinha no ombro dela, ele segue e sai de volta.
Já era noite, mas ele avistou Nicole sentada na mesa da churrasqueira. Dom se aproxima e se senta ao lado dela com um suspiro. Nicole não disse nada e manteve as pernas abraçadas ao peito.
Dom a olha com um pequeno sorriso. — O que há com o olhar triste? Você costumava ser feliz no Natal, o que mudou?
— Não quero mais ficar feliz com isso, nem com nada. — ela levanta a cabeça.
— Ah sim, por que isso?
— Porque você vai sair de novo. — Nicole murmura, seu sorriso desaparece. — Muitas pessoas disseram que você poderia, mas eu não quero que você vá para a cadeia de novo, papai. — ela funga e usa a manga para enxugar as lágrimas. — Eles apenas levaram você embora, e você vai embora de novo por causa deles...
— Então é disso que se trata. — ele acena com a cabeça, Dom a pega. — Venha aqui, ajudante do Papai Noel. — Dom a senta em seu colo e usa as mãos para enxugar seu rosto. — Não fique triste por minha causa. E enquanto eu tiver todos vocês naquela casa, não vou a lugar nenhum novamente. — Nicole olha para ele. — Sinto muito que você teve que ver isso acontecer comigo e eu não vou deixar isso acontecer de novo. Ninguém vai me tirar de vocês, não de novo.
— É isso que você quer dizer?
Dom acena com a cabeça. — Aprendi minha lição, não posso criá-la na prisão e não posso mantê-la segura lá. Então vou ficar fora de lá, não importa o que aconteça. — Nicole abre um pequeno sorriso. — Agora, em vez de se preocupar com isso, que tal você parar de ser um pouco Grinch... — ele faz cócegas nela fazendo-a rir. — E vamos aproveitar as férias com todo mundo, certo? Quer dizer, não posso te dar o melhor presente se você está agindo assim. É assim que você consegue carvão, e você não quer nada disso?
— Isso é como conseguir qualquer coisa, menos um Charger. — diz Nicole.
Dom solta uma risada profunda. — Isso mesmo. Então você vai ficar feliz agora, por mim?
— Sim! — ela estende a mão e o abraça com um sorriso. — Feliz Natal, papai.
Dom a abraça de volta e beija o lado de sua cabeça. — Feliz Natal, Nicky.
Letty os observa encostada na porta dos fundos, ela sorri.
Letty suspira, balançando a cabeça. — Por que você fez isso, Dom? — ela murmura com as lágrimas ameaçando cair. — Só por que? — Letty passa a mão pelo cabelo.
Nicole observa a mãe de longe com um olhar triste. — Mamãe. — ela caminha até ela
Letty olha para cima, ela rapidamente se recompõe e coloca sua cerveja junto com as fotos. — Nicky, pensei ter colocado você na cama, garota.
— Sim, você fez. — ela descansa a mão na perna de Letty. — Mas quando percebi que todo esse dia não foi um pesadelo, acordei e ele ainda não estava lá como antes. — um silêncio caiu entre eles antes de Nicole falar de volta. — Você vai sair em seguida? — os olhos de Letty se arregalaram quando ela olhou para ela. — Você vai? — havia tanto medo em seus olhos por perder a última pessoa que ela tinha com ela, a única que ainda restava.
— Não. — Letty balança a cabeça e a puxa para um abraço apertado. — Não importa o que aconteça, você ainda me tem, e eu não vou te deixar. Eu vou morrer antes de partir, eu prometo isso. — ela finalmente deixou as lágrimas caírem, já que não conseguia mais segurá-las. — Você é tudo que eu realmente tenho, você sabe disso? — Letty ri em lágrimas. — Então seremos apenas nós duas por um tempo até que eu conserte isso, e prometo que vou consertar. Vou trazê-lo de volta para casa. — ela olha para ela. — Apenas fique comigo. Ok? — Nicole acena com a cabeça, seus olhos começando a lacrimejar. — Eu te amo.
Nicole enterra o rosto no peito. — Eu também te amo. — o resto de suas lágrimas que ela segurou voltou. Letty a balança para frente e para trás enquanto esfrega as costas. — Eu sinto falta dele.
Letty enxuga as lágrimas e apoia o queixo no topo da cabeça de Nicole. — Eu também, Nicky... Eu também.
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