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Acidente no Norte


Norte...

Mesmo com os raios de sol de uma típica manhã de primavera, a neve cobre totalmente as folhas das árvores, bem como o chão de uma densa floresta. A densa neve cobre de branco toda a extensão da floresta, transformando em branco toda a paisagem.

E, por entre as árvores, caminha um homem, pele mortalmente branca, quase chegando a palidez, olhos marrons, cabelos curtos, negros e espetados, e é magro, mas não chegando a ser esquelético. Está vestido com robe preto com as bordas da manga em detalhes roxos, um longo capuz cobrindo a sua cabeça e o protegendo dos flocos de neve que caem, usa uma máscara em forma de caveira que cobre a parte dos olhos deixando a boca a mostra e, esta máscara, o deixa com uma aparência assustadora e um pouco demoníaca, e carrega uma foice verde, com uma caveira na ponta em que sai a sua lâmina.

O homem caminha de forma devagar, em passos lentos e resolutos. Olha para o céu e, apesar da neve que cai, deseja que o sol suma, pois, desde a sua mudança, passou a não gostar da luz do sol, como se ela lhe fizesse mal.

Viera a este lugar porque sentiu o chamado de seu mestre, e, sua magia lhe disse claramente que tinha um trabalho a fazer aqui, e, quer completar a sua missão o mais rápido possível, para assim retornar a Capital Rahssar.

Continua a caminhar, em passos tão silenciosos que não fazem qualquer barulho ao tocarem na neve. E, após uma longa caminhada, ele chega ao seu destino, uma caverna localizada nos confins desta floresta que, para muitos, foi amaldiçoada, mas que, para ele, foi o início de sua nova vida.

Adentra a caverna e caminha por ela, na total escuridão. Até que, no final da caverna, encontra o seu destino final, um altar talhado em rochas com uma bola de cristal em cima dele, e, um trono, também talhado nas rochas congeladas.

Com seus poderes, ascende algumas tochas que estão nas paredes, iluminando o local, e, em seguida, caminha até o trono, para se sentar, tirar sua máscara, revelando o rosto anormalmente pálido e olhar para a bola de cristal, para Sirrir em seguida.

Não demora muito, e, chegam ao local duas criaturas, que, claramente, não pertencem ao mundo dos vivos. Uma delas, o esqueleto de um orc, mas que tem algumas partes de sua pele, deixando a criatura com uma aparência assustadoras, seus olhos assustadores e amarelados refletem uma maldade sem fim. E, uma argoniana, uma espécie rara de réptil com características humanoides, com os mesmos olhos amarelos assustadores que seu companheiro orc.

As duas criaturas da morte olham para o Necromante a sua frente e, a voz do orc se faz ouvir:

― Mestre Souless, descobrimos o que o senhor queria saber, e, acho que gostará das respostas.

― É mesmo? – fala Souless, levando as mãos aos lábios, e Sirrindo de forma diabólica – Quando e onde, Bone?

― Antes que o sol esteja a pino meu senhor. – responde a argoniana – A pessoa que procura estará acompanhada apenas de seu protetor, não terá trabalho em encontrá-la.

― Excelente, Femur. – Souless volta a falar.

Em um pequeno vilarejo, as pessoas caminham de forma animada por um pequeno mercado de iguarias encontradas apenas no norte e, fazendo negócios com os vendedores. A feira acontece por toda a extensão de uma rua. E, todas as barracas estão cobertas com lona, por conta dos flocos que não param de cair.

Dentre as pessoas que estão nas ruas da feira, está uma jovem com seus quinze anos. Esta jovem tem uma beleza fora do comum, a pele branca como a mais fina das porcelanas, as bochechas levemente rosadas e coradas, olhos verde-água intensos e repletos de alegria, e, os lábios carnudos e vermelhos, quando ela Sirri, uma linda e graciosa covinha surge em seu rosto e, seus cabelos são longos e ondulados nas pontas, na altura da cintura e loiro platinados, caem em cascata por sua costa. Ela usa um elegante vestido branco bordado com delicadas flores violetas e, por cima do vestido, uma capa de pele de urso, por conta do frio do Norte, em suas mãos, luvas de pelo de urso e, como a capa tem um capuz, ela o está usando para se proteger dos flocos de neve que caem.

A seu lado, está um homem de trinta anos, alto, cerca de um metro e oitenta centímetros de altura, pele branca, cabelos ruivos e lisos, na altura de sua cintura, e o usa preso com uma fita de cetim, tem olhos cor de âmbar que são intimidadores, mas, ele encara a jovem com carinho. Seu tipo físico é mediano, mostrando que é musculoso, não chegando a ser bombado, sendo proporcional à sua altura e seu biótipo. Ele usa uma armadura dourada que todos os cavaleiros da guarda real usam e, o elmo está em sua mão. E, muito embora ele pareça distraído no meio da multidão, a verdade é que seu olhar está fixo naquela que deve proteger. Em seu rosto, a expressão fechada e séria.

― Tamien, você deveria Sirrir mais. – a jovem fala para ele, com um Sirriso encantador em seu rosto – Essa cara carrancuda não combina com você!

― Minha princesa, estou aqui para protege-la, não para Sirrir. – Tamien responde para a jovem princesa.

― Não gosta de me proteger? – Evelyn volta a questionar – É por isso que você não está Sirrindo?

― Minha princesa, ser destacado para protege-la foi a melhor coisa que poderia ter me acontecido, desde que eu entrei para a guarda real.

― Fico feliz em saber. Porque apesar dessa sua cara emburrada de quem comeu e não gostou, aprecio sua companhia.

― Aprecie o passeio pelo mercado, minha princesa. Pois o Lorde Rhett deve estar lhe esperando.

― Pena Rhett estar treinando o Brady, ele iria adorar passear comigo.

― Creio que Lorde Rhett irá recompensá-la de alguma forma, minha princesa.

― Sei que sim.

A atenção da princesa então se volta para uma das barracas, onde uma jovem chama sua atenção, pois ela está acompanhada por um lindo animal, um lobo branco. Esta jovem tem dezoito e possui a pele branca, um metro e cinquenta e cinco centímetros de altura, olhos cinza, ela não é nem magra e nem gorda, ficando no meio termo, sua cintura é fina, seus cabelos são loiro-escuros, lisos até a altura de sua cintura. Usa um vestido simples de camponesa, na cor bege, com uma capa da mesma cor por cima, para se proteger do frio.

A princesa Evelyn se aproxima da barraca e se abaixa, chamando o grande lobo branco. O lobo se aproxima da princesa de quinze anos e, Evelyn começa a acaricia-lo, sob o olhar vigilante de Tamien.

― Parece que a Snowie gosta de você. – comenta a jovem.

― O nome dela é Snowie? – pergunta a princesa.

― Sim.

― E o seu nome, qual é?

― Jess, minha senhora.

― Ela não é sua senhora. – fala Tamien, de forma seca – Ela é sua princesa. Trate-a com o respeito que ela merece.

― Tamien! – Evelyn dá uma bronca em seu protetor – Não fale assim. Jess, não ligue para o Tamien, ele tem cara de poucos amigos e fala desse jeito, mas é uma boa pessoa!

Um pouco envergonhada, Jess oferece uma maça para a princesa, que a recebe com um Sirriso no rosto.

― Muito obrigada, Jess. – Evelyn fala com um Sirriso gracioso em seus lábios – Esta maça está com uma ótima aparência.

― Dizem que estas maçãs são únicas no Norte, minha princesa. – a jovem Jess volta a falar – Eu as colhi em uma macieira que se localiza nos arredores de minha casa.

― E onde você mora? – a princesa está cada vez mais curiosa.

― Em uma floresta que se localiza a uns cinco quilômetros do castelo Follmann, lar dos Arkauss, os guardiões do Norte.

― Eu estou hospedada no castelo Follmann, mas Lorde Arkauss me disse que não é bom se aproximar desta floresta, pois ela faz divisa com a floresta das Trevas.

― O lugar onde eu moro fica longe da Floresta das Trevas, Minha Princesa.

― Que ótimo! Então você pode me levar até lá? Gostaria muito de conhecer este lugar!

― Minha princesa. – Tamien toma a palavra – Não creio que seja conveniente.

― Bobagem, Tamien. É só um passeio! E você vai estar comigo, então não tem problema nenhum.

Sem ter como argumentar com a princesa, Tamien dá de ombros e, apenas observa a jovem Evelyn brincar com a loba branca, enquanto a dona do animal conversa com uma pessoa de uma barraca ao lado, provavelmente para cuidar da barraca enquanto ela estiver fora.

Alguns minutos se passam e a jovem retorna para onde estão Evelyn e acaricia o lobo.

― Pronto, minha princesa. – a voz de Jess se faz ouvir – Agora nós podemos ir.

― Ótimo! – Evelyn Sirri para a jovem – Só não posso me demorar, ou Lorde Arkauss ficará preocupado comigo e colocará sua guarda pessoal inteira para me procurar!

Evelyn e, Jess, acompanhadas pelo lobo branco e por Tamien, começam então a caminhar para sair da pequena aldeia, em direção a floresta em que a jovem vive.

O Castelo Follmann é o lar da família Arkauss há mais de mil anos, desde o início dos tempos e, ao longo de todo este tempo, os Lordes Arkauss governam o norte, em nome do rei.

Atualmente, o Lorde Lysander Arkauss é o guardião do Norte. Este homem tem os seus cinquenta anos de idade, é alto, cerca de um metro e setenta centímetros de altura, possui a pele branca e até um pouco pálida, por conta do frio do norte. Os seus olhos são cinza e seus cabelos são negro e curtos e tem a barba por fazer. Usa vestes totalmente negras. Camisa e casacos de pelo de urso, por conta do frio, bem como calça e botas de cano alto.

O Protetor do Norte está em seu escritório particular, um grande aposento com algumas estantes, que tem vários livros, sua mesa de trabalho, que está com alguns pergaminhos, pena e tinta, bem como alguns castiçais que estão com suas velas apagadas.

A sua frente, sentada em uma cadeira e o encarando de forma aparentemente fria, está sentada uma mulher de vinte e sete anos. Ela tem estatura mediana, cerca de um metro e sessenta e cinco centímetros de altura, corpo esguio e pele alva, possui cabelos lisos e curtos, um pouco abaixo do ombro, e são negros como a noite. Seus olhos são azuis. Ela está vestindo um vestido bem quente de veludo azul royal, demasiado simples, com um corpete com alguns bordados brancos e fitas de cetim em um tom mais escuro de azul, entrelaçadas, uma capa negra de lã, por conta do frio do norte e, em seu pescoço, um colar de prata com um pingente de diamante.

― Espero que entenda porque eu lhe chamei aqui, Guinevere. – a voz de Lysander Arkauss se faz ouvir, demasiado séria.

― Eu imagino que tenha relação com a visita da Princesa Evelyn, milorde. – responde Guinevere, indo direto ao ponto.

― Exatamente. – continua o Lorde – Você sabe que assumi sua proteção por um pedido pessoal de Madeleine, por quem sempre tive uma grande estima e, o que eu estou fazendo, aos olhos do rei, poderia ser considerado traição. Mas, se Madeleine me disse que você é inocente, eu acredito em sua inocência.

― Eu agradeço por seu voto de confiança, milorde.

― No entanto, não convém que a Princesa Evelyn a veja, muito menos Sir Tamien. E, muito embora a princesa não a reconheça, pois quando tudo aconteceu Sua Alteza era uma criança, e, o rei não permitiu que ela a visse. Mas, isso não se aplica a Sir Tamien, e, se ele a vir, a reconhecerá no mesmo instante e, isso não será bom para você, muito menos para mim.

― Compreendo, milorde, pode ficar tranquilo, ficarei trancada em meus aposentos, se for do agrado de milorde, enquanto a princesa estiver no castelo.

― Faça isso, Guinevere. E não se preocupe, a Princesa Evelyn não deve passar mais de uma semana aqui, não será por muito tempo.

― Milorde tem feito muito por mim, acreditando em minha inocência quando Madeleine lhe afirmou que, de fato, sou inocente. O que posso fazer, é ficar fora do caminho da princesa e de Sir Tamien, enquanto eles estiverem hospedados aqui.

― Ótimo. Agora por favor me deixe sozinho, pois ainda tenho muito trabalho a fazer.

Obedecendo ao pedido do Protetor do Norte, Guinevere deixa o escritório do homem mais poderoso do Norte, aliviada por ele não tirá-la do castelo mesmo enquanto a princesa ainda está hospedada aqui.

Nos pátios de treino do castelo Follmann, duas pessoas estão treinando com espadas. Um deles, um homem com vinte e oito anos de idade, Rhett Arkauss, filho primogênito de Lysander Arkauss e futuro Lorde de Follmann e Protetor do Norte. Rhett é muito parecido com o pai, alto, um mero e oitenta centímetros de altura, a mesma pele branca e os mesmos olhos cinza. Seus cabelos são negros e longos na altura de sua cintura e, ele os usa soltos. Usa roupas de treino, camisa azul marinho, com um colete de lã preto por cima, calça preta e votas de cano alto preta.

Ele está treinando um jovem de dezessete anos, que é alto para a sua idade, quase um metro e oitenta centímetros de altura, pele morena clara, tem um visual atlético, uma musculatura bem definida. Cabelos curtos e negros e usa a barba por fazer, querendo com ela parecer mais velho do que o que ele realmente é. Seus olhos são castanho escuros. Usa vestes de lã grossa com couro, com bota de cano alto preta.

Crava sua espada com toda a sua força contra Rhett, que, defende o movimento do jovem com perfeição ao mesmo tempo em que consegue desarmar o jovem.

― Está progredindo bem, Brady. – fala Rhett, embainhando a sua espada e dando o treino por esperado.

― Fico realmente satisfeito em saber, Rhett. – Brady responde com um Sirriso – Só lamento ter lhe tirado da companhia da Princesa Evelyn.

― Evelyn não precisa estar comigo neste momento. E, prometi a ela o resto do dia, assim que ela voltar. Ela ficará mais do que satisfeita, assim como eu. E, eu sinto que ela não queria a minha companhia neste passeio.

― Se você acha.

― Mas eu estranhei você, sendo primo de sangue da princesa, não ter conversado com ela desde que ela chegou.

― Posso ser primo dela, mas, nos faltou o convívio. Todas as vezes que estive com ela, foram ocasiões formais, e, não são ocasiões em que se dê para forçar laços de amizade.

― Se me permite um conselho, irá gostar de se aproximar dela. Evelyn é doce e tem um coração de ouro.

― Você fala dela com muito carinho, Rhett.

― E realmente eu tenho. No dia em que eu desposá-la, pretendo fazer dela a mulher mais feliz de nosso mundo.

Em um grande aposento no castelo Follmann, uma jovem de dezesseis anos está lendo um livro. Esta jovem tem um metro e cinquenta e nove centímetros de altura, pele clara com sardas em seu rosto, dando a ela um aspecto infantil. Ela possui olhos castanhos e cabelos loiro escuros, não é muito magra, mas também não é muito gorda, tendo um tipo físico que é considerado meio termo. Usa um vestido branco com detalhes prateados e, uma capa de lã preta por cima de seu vestido.

Ela está tão distraída que, não percebe a porta de seus aposentos se abrindo e por ela entrando Rhett, acompanhado de uma bela mulher, Lady Brandi Arkauss, uma mulher que, apesar de seus quarenta anos de idade, tem uma grande beleza. Pele clara, cabelos loiro escuro, caindo bem belos cachos por suas costas, olhos castanhos e lábios claros, devido ao frio do norte. Ela usa um vestido de lã cinza e, como seu vestido é feito de uma grossa lã, não está vestindo nenhuma capa.

Assim que a jovem vê Rhett e a Lady, se levanta e fecha o livro que ela está lendo.

― Rhett, minha mãe. – a voz da jovem se faz ouvir.

― O que está fazendo trancada em seus aposentos, Isabella? – pergunta Lady Brandi.

― Eu estava lendo, minha mãe. – responde a jovem Isabella.

Rhett puxa uma cadeira para a mãe se sentar e, observa enquanto a Lady encara a filha com um olhar preocupado.

― Este seu comportamento está me preocupando, Isabella. – a voz de Lady Arkauss volta a ecoar.

― Por que? – Isabella volta a perguntar.

― Você é uma jovem bem nascida, minha irmã. – Rhett toma a palavra – Nasceu na casa mais poderosa do Norte, e, como membro da Casa Arkauss, você tem responsabilidades para com a nossa família, e, parece não se importar com elas. Sei que gosta de livros, mas, você já tem dezesseis anos, é hora de começar a pensar em seu legado, no legado de nossa família.

Isabella nada responde, abaixando a sua cabeça, pois, quando se trata de seus gosto e paixão por livros, sua família não a entende. Mas, antes que ela possa responder qualquer coisa, a porta dos aposentos voltam a se abrir e, Lorde Lysander adentra os aposentos, com cara de bem poucos amigos.

― Rhett, Brandi, me deixem a sós com Isabella.

― Sim, meu, pai. – fala Rhett.

Brandi e Rhett deixam os aposentos, e, o Protetor do Norte fecha a porta, para se aproximar de sua filha e, encarar os olhos dela, para em seguida dizer:

― Sabe por que estou aqui?

― Não faço ideia, meu pai. Mas, imagino que tenha alguma relação com a visita da Princesa Evelyn.

― Engano seu. Vim conversar com você sobre eu futuro.

― O que tem o meu futuro?

― Isabella, acho que já chegou o momento de você começar a se portar como minha filha e, cumprir seu dever para com nossa Casa. E, para que você possa cumprir o seu dever, vou casá-la com Lorde Oliver Kasnier, o Protetor do Oeste.

Em uma das florestas do reino do Norte, Souless está acompanhado não apenas de seus dois servos, Femur e Bone, mas, também está acompanhado de mais duas pessoas. Uma delas, um rapaz de dezessete anos, alto, cabelos curtos e negros, com uma franja reta, olhos cor de mel. Usa uma armadura com vários detalhes em vermelho, com uma espada com a sua empunhadura banhada em um tom de vermelho sangue. Seu nome é Cristiano e, ele encara Souless com olhos calculistas.

O outro humano é um jovem de quinze anos, possui pele branca amarelada, cabelos curtos e ruivos, liso escorrido e para a frente, com uma franja reta, olhos castanhos e um tipo físico regular para a sua idade. Usa uma camisa feita de pele de urso parcialmente desgastada, colar com uma ponta de flecha, calça feita com pele de lobo preto. Como suas vestes são feitas de pelo de animais, está bem protegido do frio do norte e, seu nome é Alpha.

Souless entrega a cada um dos jovens uma bolsa repleta de moedas de outro e, Sirri com frieza para em seguida dizer:

― Para cada um há o dobro de moedas de ouro do que combinamos. Então, é mais do que suficiente para vocês fazerem tudo o que mandei.

― Não haverá falas de minha parte. – a voz de Cristiano se faz ouvir, ao mesmo tempo em que ele leva a mão a bainha de sua espada.

― E nem da minha. – Alpha faz coro com Cristiano – Se o que você quer é uma distração para o Cavaleiro da Guarda Real, você a terá.

― Ótimo. – Souless volta a falar – E não se esqueçam, eu não admito falhas!

― Senhor Souless. – a voz de Femur se faz ouvir – Eles estão se aproximando!

Ao ouvir estas palavras, um Sirriso surge nos lábios do Necromante e em seguida, ele faz um sinal, para que todos desapareçam e assumam os seus postos, pois o espetáculo está para começar.

Os cinco integrantes do grupo se escondem atrás de grossos carvalhos, cada um atrás de um, com Souless a frente. Seus olhos de Necromante conseguem enxergar muito além do olhar de um humano comum e, começa a ver o seu alvo se aproximando, acompanhado de seu protetor.

Mas, para a sua desagradável surpresa, a princesa e o Cavaleiro que a protege não estão sozinhos, mas, estão acompanhados de uma jovem e um grande lobo branco. Mas, não faz mal, porque o seu plano dará certo e fará exatamente o que seu mestre ordenou.

Faz um sinal que só é visto por seus aliados, e, neste momento, Bone, Femur, Alpha e Cristiano avançam rapidamente, e se colocam de forma ameaçadora diante da princesa e de seus acompanhantes.

Ao ver essas pessoas, armadas e prontas para o ataque, Evelyn dá um grito de pavor, ao mesmo tempo em que Tamien desembainha a espada e a sua voz se faz ouvir:

― Minha princesa, se afaste! Jess, não saia do lado dela!

No mesmo instante, Cristiano e Alpha partem para o ataque, atacando o Cavaleiro com suas armas, Cristiano com sua espada e Alpha com suas adagas. Mas, em um rápido movimento, Tamien se defende dos dois golpes com a sua espada, em um movimento sincronizado e perfeito, mostrando sua habilidade, muito superior a estas duas pessoas que atacam de forma que mostra claramente que eles não tiveram o treinamento adequado.

Os dois homens não desistem de seu ataque e continuam atacando Tamien, que se defende com maestria ao mesmo tempo em que ataca, pois ele é dos mais fortes cavaleiros da guarda real e, por isso mesmo, ele foi escolhido pelo próprio rei Madakki para proteger a princesa Evelyn.

E, enquanto Tamien luta contra seus dois adversários, Bone e Femur se lançam em direção a princesa, porém, Snowie, a loba de Jess, ruge e avança contra as duas criaturas, não permitindo que elas se aproximem e se transformando em uma verdadeira fera para defender as duas jovens.

Os olhos verde água de Evelyn estão arregalados de medo e, nem ela e nem Jess percebem a aproximação de Souless que, com um movimento, lança Jess para longe e se aproxima da princesa.

TAMIEN!!! – grita Evelyn ante a aproximação do inimigo.

Tamien então dá um chute em Cristiano, lançando-o longe e um golpe poderoso de sua espada em Alpha, fazendo com que ele caia e cuspa uma golfada de sangue, para então correr em direção a sua princesa.

Porém, Souless age mais rápido e segura a princesa com força, para então dar uma mordida no pescoço da jovem. No momento em que ele faz isso, seus dentes ficam a mostra, como caninos de vampiros e, um líquido negro surge de seus dentes, passando para o corpo da jovem no momento em que ele a morde.

Evelyn perde os sentidos no mesmo instante e, Souless desaparece de forma misteriosa, seu corpo se consumindo em uma fumaça negra que desaparece em seguida. Tamien se aproxima e, larga a sua espada no chão, pegando o corpo desfalecido de sua princesa e, sua voz sua desesperada:

― Evelyn...! Evelyn, por todos os deuses, fala comigo por favor...!

Horas depois, no castelo Follmann, o Curandeiro Abel, um velho com seus setenta anos de idade, vestido em uma túnica cinza, características dos curandeiros, está no quarto destinado a princesa, observando a jovem que continua inconsciente e, com uma expressão de dor em seu rosto.

Ouvira o relato de Tamien sobre o necromante e, em como ele teve que deixar os cúmplices escaparem para trazer a princesa. Agora, o que mais chama a atenção do curandeiro é a marca no pescoço da jovem, as marcas exatas dos caninos de seu agresSir, mas, o que chama a sua atenção, é que a marca é negra.

― Como ela está, Abel? – pergunta Lorde Lysander, preocupado.

― Mal, milorde. – responde Abel – Eu sugiro que mande uma águia imediatamente para a Capital Rahssar, contando o ocorrido para o Rei Madakki.

― Farei isso imediatamente.

Rhett, que também está no quarto, toca com carinho o rosto de Evelyn e, seus olhos cinza são preocupados. Após este gesto de carinho, ele deixa os aposentos da princesa e, no corredor, ele se encontra um uma bela mulher, de trinta ano de idade.

Ela possui olhos azuis, pele branca, cabelos longos, cacheados e bem vermelhos, que caem em suas costas em cascata, lábios carnudos e bem vermelhos, quando Sirri faz covinhas. Corpo bem perfeito, tipo violão. Ela usa um vestido vermelho com um decote bem revelador, que, combina perfeitamente com seus cachos vermelhos e sedosos.

Ao ver Rhett, ela se joga em seus braços.

― Rhett, eu estava a sua procura! – a voz da ruiva se faz ouvir.

Rhett, com a expressão fechada, se desvencilha da mulher, para então encará-la e dizer:

― Alyssa, o que você quer?

― Não é óbvio, meu amor? Eu estava a sua procura.

― Não sou seu amor. Você sabe tão bem quanto eu que eu sou noivo da Princesa Evelyn, e você, como dama de companhia dela, não deveria se comportar desta forma.

― Você já é um homem e a princesa não passa de uma menina! Você precisa de uma mulher forte ao seu lado para ser a Lady do Norte. A Evelyn não serve para você.

― Se a Evelyn é adequada a minha pessoa ou não, cabe somente a mim decidir, não a você. Agora por favor deixe-me, Alyssa, pois eu estou muito preocupado com a princesa.

E, após dizer estas palavras, Rhett deixa a presença de Alyssa, deixando a mulher com uma expressão de profundo desagrado em seu rosto.

Sul...

Em uma região montanhosa, cercada por uma densa floresta, uma jovem de vinte anos olha fixamente para a entrada da floresta. Esta jovem possui longos cabelos negros e lisos, olhos negros. Sua pele é pálida. Ela é alta e possui um corpo magro, com poucas curvas. Usa os cabelos sempre presos em um rabo de cavalo alto. Suas mãos parecem bem delicadas e suas unhas são compridas. Ela se veste com um longo vestido com mangas brancas, apertados nos cotovelos e rendados até chegar as mãos numa tonalidade azul claro. O vestido é justo ao corpo, mas solto na cintura. A parte da frente é mais curta e possui aberturas laterais dando liberdade as pernas. A parte da frente fica acima dos joelhos e é na tonalidade azul. Usa longas meias brancas que chegam até a metade das cochas na cor branca com linhas negras passando por elas, formando um mosaico. E usa um sapato bem simples preto. Leva um colar com uma pedra vermelha ao pescoço e um báculo em suas mãos, trabalhado em ouro e prata.

Seus olhos negros olham fixamente para a floresta, pois, por muito tempo procurou por este lugar e, finalmente ela o encontrou! Agora, poderá procurar pistas do que há muito tempo vem procurando.

Só de pensar nisso, um Sirriso surge em seus lábios e, está pronta para dar o primeiro passo em direção a floresta quanto uma voz masculina se faz ouvir:

― Pare aí mesmo Lady Erein.

Erein olha para trás e vê o homem de vinte e cinco anos de idade. Estatura mediana, pele branca e olhos avermelhados, cabelos castanhos e curtos, a barba por fazer. Usa uma camisa azul marinho, calças negras e bota de cano alto preta, a espada na bainha. A seu lado, uma jovem de vinte anos, pele branca, olhos verde escuros e cabelos castanho claros e lisos, caindo em cascata por suas costas. Usa um vestido violeta de um modelo bem trabalhado, um decote não muito revelador e mangas longas.

― Lorde Lance, Lady Bella. – fala Erein, encarando os dois recém chegados – O que fazem aqui?

― A pergunta é o que milady faz aqui. – Lance volta a falar – Deveria saber, Erein, que o Rei Madakki proibiu a entrada de qualquer ser humano nesta floresta e eu, como filho de Lorde Kaid da Casa Ravenot e futuro protetor do Sul, tenho o dever de fazer cumprir as ordens do rei.

― Peço que me desculpe, milorde. – responde Erein – Eu juro por todos os deuses que não tinha nenhuma intenção de desobedecer as ordens do rei.

― Assim espero. Mas, só para garantir, acompanhe a mim e a minha noiva Bella de volta ao castelo Kadletz.

Escondendo o seu profundo desagrado, Erein não tem escolha a não ser obedecer ao jovem Lorde e a acompanha-lo, junto com sua jovem noiva, de volta para o castelo Kadletz.

― Estou muito ansiosa com o baile, Lance. – comenta Bella, abraçada ao noivo enquanto caminham até onde estão os cavalos.

― Eu também estou, Bella. – Lance responde para a sua noiva.

E, enquanto os dois conversam, Erein apenas observa os dois com cara emburrada, um pouco mais atrás dele e, imaginando quando terá uma nova oportunidade para tentar adentrar esta floresta.

No castelo Kadletz, os Ravenot, com exceção de Lance, estão reunidos em uma elegante sala, conversando e estando juntos, como uma família unida. O patriarca da família, Lorde Kaid Ravenot, é um homem de sessenta e cinco anos de idade, estatura mediana, com um metro e setenta centímetros de altura, pele branca, olhos avermelhados e cabelos castanhos, com uma extensa barba. Usa uma camisa cinza, com um colete preto por cima e calça preta, além de botas também negra.

Sua esposa é Lady Perrie, uma mulher de quarenta anos de idade, pele branca, olhos cor de mel, cabelos acobreados e cacheados, que ela usa em uma longa trança. Está usando um vestido azul escuro, fechado até o pescoço e de mangas longas.

Junto com o casal, está a filha mais velha, Laila, de vinte e oito anos de idade, e, tem uma aparência muito parecida com sua mãe, com os mesmos olhos cor de mel e os mesmos cachos acobreados, mas que ela usa soltos. Está usando um vestido rosa bebê, com bordados em flores prateadas que, a deixa com uma aparência graciosa.

A família está tão distraída, conversando sobre o baile que, não percebem a entrada de uma criada. Ela tem dezoito anos de idade, tem um metro e sessenta e sete centímetros de altura, pele muito branca, curvas bem delineadas, e tem os músculos bem trabalhados, por conta de seu trabalho como criada e de seus treinamentos nas horas vagas. Possui olhos verdes e cabelos ruivo alaranjados, cacheados, e, ela os usa soltas de uma maneira selvagem. Usa um vestido verde musgo de manga longa, sem qualquer decote e de um modelo bastante simples, por conta de sua posição.

Ela se aproxima dos soberanos do castelo com um envelope em mãos e, em seguida, a sua voz se faz ouvir:

― Lorde Ravenot, esta carta acaba de chegar do Norte.

― Obrigado, Misaki. – fala Kaid – Agora pode se retirar.

― Imediatamente, milorde.

E, após dizer as palavras Misaki se retira, obedecendo as ordens do Protetor do Sul. Kaid então rasga o selo do pergaminho e o abre, e, pousa o seu olhar sobre a carta, começando a ler a carta imediatamente e, conforme vai lendo, o seu rosto vai ficando branco como o rosto de um fantasma.

― O que acontece, meu pai? – pergunta Laila – Quais as notícias do Norte?

― A Princesa Evelyn sofreu um acidente. – responde Kaid, com uma voz que demonstra toda a sua preocupação.

Leste...

Em uma vasta campina, em uma das regiões mais férteis do mundo, está localizado o castelo Pfitscher, lar dos Masshar, os protetores do Leste. Nos jardins do castelo, Lorde Saad, o Protetor do Leste, caminha de braços dados com uma bela mulher.

Saad Masshar é um homem de trinta e oito anos, possui um corpo proporcional a sua idade, um metro e setenta centímetros de altura, cabelos negros e curtos, e, os olhos tão negros quanto os seus cabelos. Usa uma camisa branca com um colete verde escuro por cima e, calças pretas, assim como seus sapatos.

A bela mulher que está a seu lado tem vinte e cinco anos de idade, possui olhos negros, cabelos longos e cacheados cor de âmbar, que caem como uma cascata em suas costas. Pele acobreada lábios bem carnudos e sensuais, um corpo que desperta inveja em certas damas bem nascidas. Está usando um vestido azul claro, com um decote bem revelador e, aberto nas costas, sem manga, suas costas totalmente desnudas. Na cintura, um cinto de seda azul, decorado com algumas pedras de safira. O corpete do vestido bordado com flores.

― Lorde Said, quando marcará a data de nosso casamento? – pergunta a jovem, com um Sirriso sedutor em seus lábios.

― E por que acha que eu vou me casar com você, Sarah?

― Porque sou bela e jovem, sou fértil, posso te dar mais filhos, irmãos e irmãs para Fabian. Além disso, minha casa é poderosa e, o Senhor meu pai vai ficar feliz em conceder minha mão para você e me tornar a Lady Masshar e Protetora do Leste.

― Quer tanto assim casar comigo?

― Sim. Sempre o amei Said, e o senhor meu pai faz muito gosto em nosso casamento.

Ao ouvir as palavras de Sarah, Said para de caminhar, para encontrar os olhos dela e, percebe desafio em seu olhar. Sirri. Sua falecida esposa era uma mulher submissa. Mas Sarah, é exatamente o contrário, ela é ousada e direta e, isso muito o atrai.

― Em breve conversarei com seu pai sobre nosso casamento, Minha Lady.

Ao ouvir estas palavras, um Sirriso sedutor surge nos lábios de Sarah e, ela está pronta para toma a iniciativa e cravar seus lábios nos dele, quando os dois veem se aproximando Fabian, o filho de dezoito anos de Said.

Fabian mais parece uma cópia do pai, pois tem os mesmos olhos e cabelos negros e ainda usa vestes negras de luto, muito embora já faça dois anos que a mãe faleceu, mostrando claramente que nunca esqueceu ela.

― Meu pai, acaba de chegar uma carta de Lorde Lysander Arkauss. – fala Fabian.

O jovem entrega o envelope ao pai, que imediatamente o abre e começa a ler a carta, com uma expressão totalmente apreensiva em seu rosto.

― Aconteceu alguma coisa, milorde? – pergunta Sara, curiosa.

― Aconteceu, milady, e algo grave. – responde Saad – A princesa Evelyn sofreu um acidente no Norte e de acordo com Lorde Lysander, o estado dela é grave.

Capital Rahssar...

A mais bela construção da capital é o palácio de Rahssar, e, a cidade é cercada pelo mar. Sendo que em alguns locais do palácio é possível ver o belo mar.

Em dos belos jardins do palácio uma jovem de dezoito anos está sentada e cochilando apoiada em uma pilastra que é cercada belas trepadeiras. Esta jovem possui pele clara, olhos castanho avermelhados e cabelos castanhos. Ela é baixa, possui uma face angelical e muito infantil para sua idade. Seus cabelos vão até os ombros, descendo em suaves cachos, deixando-a com uma aparência ainda mais infantil.Ela usa um vestido azul escuro, na parte da saia e branco em cima, com um cinto simples e sapatos simples.

Como está cochilando, não vê a aproximação do Príncipe Damian e herdeiro do trono. O príncipe tem vinte e cinco anos de idade e, tem os olhos verdes água e os cabelos loiro platinados característicos da família Haydin, seus cabelos são um pouco abaixo dos ombros e lindos, deixando-o com uma beleza rara. Sua pele branca e perfeita. Usa vestes negras, em sinal de luto pois, há um ano, sua esposa faleceu de forma misteriosa e, desde então não se sente capaz de tirar o negro do luto.

Ele se aproxima da jovem e, a cutuca com cuidado.

― Maia. – Damian fala com carinho – Maia, acorde.

Sentindo o leve toque do príncipe, Maia abre os seus olhos lentamente e, se surpreende ao ver o príncipe Damian bem ali, diante de seus olhos. Imediatamente, sente a sua face enrubescer de vergonha e tenta se recompro.

― Meu príncipe! – fala Maia, morrendo de vergonha – Desculpe-me, eu não deveria estar aqui, deveria estar trabalhando. Mas é que...

― Não dormiu direito a noite? – pergunta Damian, com um Sirriso cordial em seu belo rosto.

― Acho que isso não deve ser do interesse de Sua Alteza, afinal de contas eu não passo de uma criada.

― Muito pelo contrário, Maia. Um dia, depois que o senhor meu pai vier a falecer, eu subirei ao trono e serei rei, e, quando este dia chegar, eu não serei apenas o rei de Grandes Lordes e pessoas de nascimento nobre, mas também serei o rei de pessoas de nascimento mais humilde, assim como você. Então, como futuro rei, eu me preocupo com todos, inclusive com você.

Ao ouvir as palavras do príncipe, Maia Sirri de forma infantil e, Damian percebe que ela parece uma criança, o que o faz Sirrir de volta para ela.

― Você não respondeu a minha pergunta, Maia. – o príncipe volta a falar – Não dormiu direito a noite?

― Não... – Maia responde por fim – Mas não se preocupe, meu príncipe. Irei agora mesmo retornas as cozinhas e ao meu trabalho.

― Muito pelo contrário. Você irá agora mesmo para os seus aposentos e vai se descansar o resto do dia, e, não se preocupe, pois eu avisarei ao chefe das cozinhas que você não irá trabalhar o resto do dia. Agora vá, é seu príncipe quem ordena.

Maia Sirri novamente de forma tímida e se retira, enquanto Damian permanece ali, admirando a paisagem. Não demora muito e, seu irmão Davie, de dezenove anos, chega ali. E, assim como o irmão, Davie tem a pele branca como porcelana, os olhos verde água e os cabelos loiro platinados, um pouco cacheados nas pontas.

Usa uma blusa verde escura, que combina com seus olhos verdes, contrastando-os e calças em um tom de verde musgo.

― Até quando você pretende manter este luto, meu irmão? – Davie pergunta de forma casual – Sabe que o negro não combina nem um pouco com você.

― Davie, eu já te disse uma vez, e, volto a repetir, só tirarei o luto no dia em que meu coração for novamente capturado por uma dama, e não antes disso.

Os dois príncipes continuam a conversar e, não percebem que Maia está escondida atrás da pilastra e que Sirriu, ao ouvir as palavras do príncipe-herdeiro Damian.

Em uma das salas particulares da família real, o Rei Madakki está sentado em um elegante sofá, e, em seu colo está deitada a sua esposa, a rainha Jade, e, ele acaricia gentilmente os cabelos de sua esposa.

Madakki, como um verdadeiro Haydin, tem cinquenta anos de idade, e, sua pele é branca, seus olhos verde água e seus cabelos loiro platinados e curtos, um tipo físico regular, proporcional a sua idade. Está usando uma camisa azul marinho, com colete e calça da mesma cor.

Sua esposa Jade tem quarenta e cinco anos e, nasceu no Oeste, na Casa Kasnier, e, se tornou uma Haydin no dia em que ela se tornou sua esposa, vinte e seis anos atrás. Ela possui olhos castanhos claros e cabelos negros, ondulados que caem em uma bela cascata por suas costas, seus lábios são vermelhos e carnudos. Ela está usando um belo e elegante vestido vermelho e parece bem distraída, enquanto aprecia o gesto carinhoso de seu marido.

A atenção dos dois se volta para as grandes portas dos aposentos, que se abrem e surge Lorde Haider, um dos Membros do Conselho do Rei e um dos homens que o rei mais confia. Este homem tem sessenta anos de idade, os cabelos começando a ficar grisalhos, olhos cor de mel e expressão séria.

Haider se aproxima de seu rei e sua rainha, dobrando os seus joelhos em uma genuflexão e, Jade não deixa de notar o pergaminho selado nas mãos do homem.

― Lorde Haider, o que é este pergaminho em suas mãos? – pergunta a rainha Jade.

― Uma carta do Norte, Sua Graça. – responde Haider.

― Evelyn...! – Jade fala com a voz assustada.

Madakki imediatamente pega o pergaminho em suas mãos e o abre, lendo-o junto com a sua esposa. A cada letra que os dois leem da carta, seus olhos vão ficando mais assustados e, ao final da leitura da carta, o rosto de Jade está completamente pálido.

― Haider, a Evelyn sofreu um acidente no Norte. – a voz do Rei se faz ouvir, carregada de preocupação.

― Mas como? – o Lorde pergunta, sem entender.

― Não consegui compreender as palavras do Lorde Lysander, mas, ele mencionou um Necromante. – continua o rei.

― Isso é ridículo. – Haider volta a falar – Nunca ouvi falar de um Necromante. Este tipo de criatura não existe.

― Lorde Arkauss é um amigo de longa data, ele não mentiria para mim. – Madakki fala como se não estivesse ouvindo o que o Lorde acabara de lhe dizer – Lorde Haider, avise a Sir Malik que prepare uma centena de cavaleiros, e você ficará responsável pelos preparativos das carruagens e das criadas que viajarão conosco, instrua elas a prepararem os baús imediatamente.

― Farei conforme os desejos de Sua Graça.

Em uma das salas do palácio, Sir Malik, está acompanhado de um cavaleiro da Guarda Real. Seu nome é Elemir e ele tem vinte e quatro anos de idade. Elemir é um homem de porte médio, com um metro e setenta centímetros de altura. Tem barba rala, cabelos na altura dos ombros, olhos castanho-esverdeados, nariz pontudo e feições atraentes e a sua pele é branca. Usa a armadura dos Membros da Guarda Real, assim como Sir Malik, que tem seus quarenta anos de idade, possui olhos e cabelos negros e curtos e a pele branca acobreada.

― Por que me chamou aqui, Sir Malik? – pergunta Elemir, intrigado, pois após a notícia do acidente da princesa no Norte, o palácio inteiro está em polvorosa, com os preparativos da viagem da família real para o Norte.

― Como você bem sabe, Sir Elemir, a princesa sofreu um acidente no Norte e iremos viajar com a família Real, fazendo a escolta de Suas Majestades e Suas Altezas.

― Já estou ciente da situação, Sir Malik.

― Por isso mesmo, enquanto eu estarei ocupado, resolvendo assuntos diretamente com o Rei Madakki, então, eu encarrego você de convocar e passar em revista todos os cavaleiros que irão viajar conosco.

Em um dos aposentos do palácio, uma jovem de dezessete anos está sentada em uma varanda com vista para o mar, olhando distraidamente para a imensidão do grande mar azul. Ela possui pele parda, um metro e sessenta e oito centímetros de altura, braços e pernas bem definidos, coxas grossas, seios fartos, cintura moderada, olhos castanhos mel com pintinhas douradas, cabelos longos e lisos, castanho médio com mechas cor de mel usando uma franja repartida de lado, lábios bem desenhados e de tom vermelhos naturais, orelhas levemente pontudas, que ela esconde com mechas de seus cabelos longos cabelos.

Usa um vestido longo simples de cor lilás bem claro com detalhes dourados e vinho nas bordas e parte da saia com um corte que vai até metade das coxas dando a ela melhor movimentação, um braço do vestido é de manga comprida e larga caída no ombro e o outro braço do vestido não tem manga, um belo decote valorizando seus seios, um cinto largo preso bem justamente a sua cintura onde mantém sua espada embainhada e alguns utensílios mágicos escondidos, luvas de couro pretas que deixam seus dedos livres, botas de cano longo, indo até abaixo dos joelhos de cor preta e salto baixo, usa um brinco discreto de pedras da cor roxo escuro, uma corrente de ouro no pescoço e em uma das mãos uma pulseira também de ouro.

Ela escuta batidas na porta de seus aposentos e, se levanta, deixando a varanda e indo até o quarto para abrir a porta e, ao fazer isso, se surpreende ao ver o rei Madakki, pois ele nunca antes a havia visitado em seus aposentos particulares.

― Sua Graça. – fala a jovem, se ajoelhando em sinal de reverência em seguida.

― Levante-se, Lady Bruna. – fala o rei – Será que podemos conversar um instante.

Bruna faz o que lhe é solicitado e se levanta, encarando o seu rei. A jovem percebe uma grande angustia nos olhos verdes de seu rei e, imediatamente, percebe que há algo de muito errado acontecendo.

― O que eu posso fazer por Sua Graça? – pergunta Bruna, intrigada.

― Lady Bruna, eu não sei se você sabe, mas, recebi uma carta de Lorde Lysander Arkauss informando que minha filha Evelyn sofreu um acidente no Norte.

― Eu não sabia, Sua Graça...!

― Milady, venho lhe pedir humildemente, suplicar se for preciso...! – o monarca não consegue conter as suas lágrimas – Venha comigo para o Norte, e, use as suas habilidades para curar a minha filha...! Lady Bruna, milady é a única em todo o mundo que pode salvar a vida da minha filha...! Por favor, eu imploro, venha para o norte comigo e minha comitiva...! Salve a vida da minha filha...! Salve-a!

Oeste...

No castelo Volkmer, lar da família Kasnier, Lady Cameryn está nos jardins, lendo um livro enquanto é servida por seus criados com bolo de maça e vinho.

Lady Cameryn é uma mulher de quarenta anos, possui a pele alva, olhos cor de mel e cabelos castanho claros e lisos, usando trançados. Usa um vestido negro de luto, pois, perdeu o seu marido há apenas seis meses, deixando-a com três filhos, o mais novo vivendo no norte e um cunhado.

Seu cunhado está ali, a seu lado, tomando o chá da tarde com ela, ele se chama Seth Kasnier, tem trinta e dois anos. Possui olhos verdes, cabelos longos, lisos na altura da cintura, usa solto na cor castanho claro, porte musculoso, mas não chega a ser bombado, pele branca. Está usando uma túnica branca e por baixo da túnica uma blusa azul, calça branca, sandálias douradas.

― Deveria tirar o luto, minha bela Cameryn. – Seth fala em um tom sedutor – Pois devo dizer que ele não combina nem um pouco com você.

― Sua opinião não me interessa no momento, meu caro Seth. – Cameryn responde com um sorriso – E, já deveria ter notado que não tenho a intenção de deixar o luto tão cedo, eu amava o seu irmão. Ele me deu três filhos e, embora já se tenham passado seis meses de sua morte, ainda sinto muito a falta dele, como se ele tivesse falecido ontem.

― Minha cara, eu estou aqui para consolá-la em sua dor, estendo o meu ombro a você, se precisar chorar.

Antes que Cameryn possa dar a Seth a resposta educada que ele merece, ela vê se aproximando seus dois filhos, Olivier e Inara. Olivier tem vinte e quatro anos, olhos verdes e cabelos lisos e curtos, castanhos claros, tipo físico regular e está usando vestes pretas, ainda de luto pelo pai. Olivier herdou o título do pai e, agora é Lorde Kasnier de Volkmer e Protetor do Oeste. Sua irmã Inara tem dezesseis anos, é baixa, com um metro e cinquenta centímetros de altura, e, olhos cor de mel e cabelos castanhos claros e lisos, na altura de sua cintura. Assim como o irmão e a mãe, ela também usa o preto pelo luto do pai.

― Tio Seth, minha mãe. – a voz de Olivier se faz ouvir – Trago notícias do Norte.

― Quais são as notícias? – pergunta Seth, intrigado.

― A prima Evelyn sofreu um grave acidente no norte. – Inara fala, com a voz demonstrando preocupação.

Ao ouvirem as palavras de Inara, Cameryn e Seth se entreolham, preocupados, pois, Jade, é irmã de Seth e do falecido Nevan, marido de Cameryn, assim, os príncipes e a princesa são sobrinhos tanto de Seth, pelo sangue, como dela, pelo casamento, e primos de Olivier, Inara e Brady, que está no Norte.

― Tio Seth. – fala Olivier, encarando o tio – Eu herdei o título de protetor do oeste com a morte do senhor meu pai, mas, ele sempre lhe pediu conselhos e eu agora faço o mesmo. O que devemos fazer ante esta notícia? Partir para o Norte ou aguardar por notícias aqui em Volkmer?

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