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A Sombra Que Cerca a Princesa


Floresta Sagrada...

Os raios de sol iluminam a bela Floresta Sagrada, o lar dos Elfos. Os raios de sol aquecendo as folhas das árvores, as águas dos rios, as pétalas das flores... Os pássaros cantando as mais belas melodias, o som misturando-se as arpas que alguns elfos tocam. Um lugar que, além de sagrado, parece não pertencer a Arkhalya, pois até o ar que se respira mostra-se ligeiramente diferente, graças a magia dos elfos, seres que não possuem qualquer vestígio de maldade em seus corações e vivem completamente isolados do mundo dos homens, desde a guerra que quase destruíra Arkhalya mil anos atrás.

E, caminhando por entre os caminhos da floresta, está Rwryan, seus longos cabelos dourados sendo levados pela suave brisa do vento, seus olhos azuis totalmente perdidos em seus pensamentos.

Há mil anos ele espera pelo retorno dos Elfos Negros, se preparando para este retorno iminente, e, ajudando a cada Haydin que sobre ao trono a também se preparar para receber aquele que deverá guiar os homens na luta contra os Elfos Negros e, este homem é Madakki Haydin!

Sempre sentiu em Madakki um grande poder e, desde a época de seu nascimento, sentira que ele era o escolhido, da mesma forma sentiu em Evelyn, sua caçula, um grande perigo. Sempre sentiu os dois interligados, a força para a libertação de Joniver Cúthalion vinda justamente da filha do homem que está predestinado a embainhar a espada que deverá dar um fim a existência do Rei dos Elfos Negros.

Rwryan termina a sua caminhada, chegando a uma cachoeira com águas cristalinas, cercada por um belo roseiral, onde rosas brancas e azuis embelezam o ambiente. Com os pés sobre a água, está um elfo feminino, possui a pele tão branca que chega a ser pálida, cabelos loiros e cacheados, chegando quase à altura de seus pés, olhos azuis safira, tão intensos como as águas do oceano. Ela se veste com um elegante vestido branco com detalhes bordados em fios de prata e, em sua cabeça, uma coroa, também de prata.

Os olhos da mulher estão fixos nas águas da cachoeira, e, os pensamentos dela totalmente perdidos, tanto, que ela nem ao menos nota a aproximação de Rwryan.

― Anadriel. – a voz do rei dos elfos se faz ouvir.

A mulher da raça dos elfos olha para trás, e, seus lábios se curvam em um Sorriso ao ver Rwryan. Ela tira os seus pés da água e, caminha por entre as rosas, com os pés descalços, até onde ele está.

― O que estava fazendo? – Rwryan pergunta, embora ele já imagine a resposta.

― Eu estava meditando. – responde Anadriel – Você sabe, melhor do que eu mesma, que a Convergência está chegando e, com ela o retorno do maior mal que Arkhalya já conheceu.

― Por mil anos, nós vivemos esperando por este momento e, durante todo este tempo, estivemos nos preparando. O momento se aproxima, todos sabemos disso, e, não consigo deixar de temer pela humanidade.

― Antes de temer pela humanidade, há uma humana em especial, que corre um grande perigo. Os olhos de Joniver Cúthalion estão fixos nela, Rwryan, eu vi!

― O que exatamente você viu?

― Como eu disse, vi que os olhos de Joniver Cúthalion estão fixos na Princesa Evelyn Haydin. Ele mandou um de seus nove discípulos para ficar de olho nela. Não está longe o momento de que mandará aqueles que estão sob o seu comando para irem atrás dela.

― Ele não vai conseguir. Eu já estive conversando com Madakki Haydin, o tenho ajudado e, ele vai tirar a filha do Norte em segredo, o quanto antes, só o tempo dela se fortalecer.

― Quanto tempo acha que isso vai levar?

― Dei a Madakki uma água com algumas propriedades especiais que, ajudarão neste processo, além de ajudarem um pouco na recuperação de Evelyn, irão repelir qualquer força das trevas que tentem tocar na princesa.

― De qualquer forma, gostaria de usar a minha forma astral para ajudar a proteger a princesa. Eu sinto a presença do mal cada vez mais forte no Norte, e, esta presença vem se intensificando cada vez mais! Joniver Cúthalion pode não ser capaz de fazer nada a Evelyn Haydin agora, porém, aqueles que o servem podem!

Rwryan pondera as palavras de Anadriel, pois encontra sabedoria em todas elas. Os dois são companheiros desde o início dos tempos e lutaram juntos contra a ameaça dos Elfos Negros no passado, assim como, ao longo destes mil anos, eles vêm se preparando para o retorno de seus inimigos mortais.

Os dois carregam as mesmas preocupações e temem a mesma coisa, pois sabem que a filha de Madakki Haydin não irá sobreviver se ela for capturada pelos Elfos Negros.

― Faça como achar melhor. – o rei dos elfos fala por fim – Porém, não se esqueça de que os únicos humanos que poderão lhe ver e saber de sua presença serão o Rei Madakki e o Mago Rafal.

― Não se preocupe, Rwryan. Você sabe que, durante o tempo em que estiver no Norte, farei com que a minha presença se torne imperceptível. Vou proteger a Princesa Haydin nos próximos dez dias, quando ela deverá ser tirada de lá, de acordo com os seus planos.

― Ótimo. Avisarei a Madakki Haydin que sua forma astral estará no Norte, Anadriel, para que ele se sinta um pouco mais tranquilo. E, dali a dez dias, quando o Mago Supremo do Clã dos Magos chegar ao Castelo Follmann, Evelyn Haydin poderá ser tirada dali em segurança.

― E quando este momento chegar, a minha forma astral não será mais necessária no Norte, e retornarei para nosso lar a fim de recuperar toda a energia gasta no processo, porque tenho a impressão de que terei de enfrentar algo perigoso no Norte.

― Mas, seja o que for que você tiver de enfrentar, se perceber que o perigo é muito grande e que a sua existência estará ameaça, me chame telepaticamente que minha forma astral irá até você! Não se coloque em risco sozinha!

― Não se preocupe, se eu perceber que o perigo é demais para mim, chamarei por você.

Capital Rahssar...

Lorde Laison caminha pelos corredores do palácio com um pergaminho aberto em suas mãos, rumo aos aposentos de seu companheiro e, acima de tudo, cúmplice, pois os dois tramam juntos já anos contra a vida do Rei Madakki Haydin.

Chega aos aposentos de Lorde Haider e adentra o recinto sem se dar ao trabalho de bater na porta, fechando a mesma atrás de si. Encontra o amigo na antessala, sentado em uma elegante poltrona com um antigo livro em suas mãos.

― Aconteceu alguma coisa para você esquecer as boas maneiras e adentrar os meus aposentos sem ao menos bater na porta, milorde? – pergunta Lorde Haider, encarando o seu interlocutor arqueando as sobrancelhas.

― Se não fosse importante, certamente teria respeitado as boas maneiras, Lorde Haider. – responde Lorde Laison se aproximando e entregando a ele um pergaminho.

― O que é isso?

― Uma carta que acabo de receber do Norte. Foi escrita pelo Madakki.

― Notícias importantes?

― Leia você mesmo, mas verá que a rainha sofreu um atentado. Parece que uma das criadas tentou envenená-la, mas, felizmente para ele e infelizmente para nós, tudo foi descoberto a tempo.

Ao ouvir as palavras de Laison, Haider abre o pergaminho que está em suas mãos, seus olhos percorrendo com demasiada atenção a caligrafia perfeita de Madakki Haydin e, o Sorriso em seu rosto se esvaindo ao final da leitura.

Entrega o pergaminho de volta para o Lorde a sua frente e, em seguida, a sua voz se faz ouvir:

― Parece que o idiota do Madakki anda tendo Sirte, mas, a Sirte dele não durará muito tempo.

― E como você pode ter tata certeza disso, milorde?

― Porque daqui a exatamente dez dias o meu bastardo estará chegando nas terras do Norte, e então, Madakki Haydin conhecerá o verdadeiro inferno. Não tenha qualquer dúvida quanto a isso, meu amigo.

― E como você pode ter tanta certeza, milorde?

― Já disse isso algumas vezes a você, mas, não me importo em repetir mais uma vez, eu conheço o meu bastardo e, acredite quando eu digo que ele é cruel em demasia. Jasper não tem piedade de ninguém, para ele, não importa se a pessoa é homem, se é mulher, criança, jovem, adulto, idoso... Tudo o que lhe importa é o alvo e, ele não mede esforços para conseguir o que quer. E, além de tudo, ele tem motivos particulares para odiar Madakki Haydin.

― E imagino que este motivo seja o fato de ele ser um bastardo.

― Aí é que você se engana! Ao contrário de muitos, Jasper não se importa nem um pouco com o fato de ser um bastardo. O que o faz odiar Madakki Haydin é algo muito mais profundo.

― E eu imagino que você saiba quais motivos o levam a odiar Madakki.

― Eu apenas desconfio. Mas isso, meu amigo, é assunto para outro diálogo.

Norte...

Após caçar um coelho do mato e assá-lo em uma fogueira a fim de comer algo, Alpha apaga a mesma, tomando o devido cuidado para cobrir com neve s cinzas do fogo, apagando assim os seus vestígios, pois não quer que os Cavaleiros de Lorde Lysander Arkauss e, principalmente os Cavaleiros da Guarda Real do Rei Madakki Haydin desconfiem de que ele esteve ali, pois deve seguir à risca todas as ordens de Cithien Aranel, de chegar ao Oeste de forma discreta.

Sabe que ainda tem um longo mês de viagem pela frente e, por isso mesmo, deve economizar cada moeda de seu ouro, para que possa ir e voltar sem qualquer problema.

Pouco lhe importam os motivos para que Cithien Aranel queira que ele vá para Oeste descobrir sobre esta tal Casa Dawson, tudo o que sempre quis finalmente estará em suas mãos: poder!

Sempre desejou poder, e, sempre lamentou este poder estar nas mãos dos Haydin desde o início dos tempos, e, pessoas de baixo nascimento como ele não ter acesso a este poder!

Mas, ele sente que agora será diferente, e, a maior prova disso é que vira um Elfo Negro bem diante de seus olhos!

E, só de olhar para aquela criatura, pode perceber que o poder dela é infinitamente superior ao poder de Souless e, que ela sim é alguém para se ser temido, muito pior do que as histórias infantis que sempre lhe contaram quando ele era criança.

E, por isso mesmo é que irá obedecê-la em tudo o que ela lhe mandar, porque não quer estar no alvo da pior das criaturas, muito pelo contrário, o que ele quer é servi-la para ter aquilo que sempre desejou!

Irá ver a queda da era dos homens, estando do lado vencedor!

Na caverna que vem usando como esconderijo, Souless caminha em passos silenciosos, os olhos sem qualquer emoção, o rosto parecendo que está talhado em pedra. Ao final da caverna, chega a seu trono esculpido em gelo e, ali se senta.

Sabe que a Convergência está chegando e, com ela, a ressurreição de seu Senhor, aquele que lhe deu poderes sobre os mortos. Desde o dia que soubera que os Elfos Negros não eram apenas histórias para crianças, desejou um pouco de seu poder e, Joniver Cúthalion, o Rei dos Elfos Negros atendeu ao seu pedido, o transformando em um Necromante!

Desde então se tornara um fiel servo do Rei dos Elfos negros, obedecendo a tudo, sem questionar. Até o momento em que, não sabe bem o que aconteceu, tentou trilhar o seu próprio caminho, porém, Cithien Aranel apareceu, para lembrá-lo de que aquele que lhe deu poder também pode tirá-lo e, isso fez com que voltasse a realidade!

Agora, está focado novamente, só pensando no que irá acontecer dali a dez dias, quando a garota Haydin for tirada novamente do Castelo Follmann para servir ao propósito de Joniver Cúthalion.

Ele anseia por este momento!

E, ouvir os gritos de dor da garota só fará com que se sinta ainda melhor!

O Necromante sente uma presença e, se levanta, caminhando até a entrada da caverna, onde uma figura usando uma túnica negra está a sua espera.

― Você. – a voz de Souless se faz ouvir.

A criatura retira o capuz de sua túnica, revelando seus longos cabelos negros azulados, o rosto anormalmente pálido com sua grande cicatriz e um Sorriso tétrico em seus lábios.

― Trago ordens de Joniver Cúthalion. – a voz da criatura se faz ouvir.

― Quais as ordens?

― É seu dever começar a preparar o maior número de mortos possíveis para a distração de Cithien Aranel.

Após dizer estas palavras, a criatura espectral desaparece, e, os olhos de Souless brilham de uma grande maldade, pois ele sabe muito bem o que precisa ser feito. Até pouco tempo atrás, acreditava que, mesmo que o Rei dos Elfos Negros tivesse lhe dado os seus poderes, que ele ainda tinha alguma autonomia, e que tinha os "seus servos", e com isso, alguma autonomia. Demorou um pouco para aceitar que os "seus servos" na verdade eram os "servos dele" e isso lhe custou algumas derrotas, que, para ele, jamais serão esquecidas.

Mas estas derrotas lhe serviram muito, pois agora ele sabe quão alto é o preço a se pagar por querer ser mais que Joniver Cúthalion, e, ele jamais irá querer pagar este preço novamente!

Erein, sob a forma de Eleanor, prepara o café da manhã para o velho e idiota William Falcon, enquanto os seus pensamentos divagam para o tal "noivo" que ele resolveu lhe arranjar!

Coitado, mal sabe ele que está indo de encontro a morte! E uma morte cruel, pois ela não é como a maioria das moças, que sonha com o pai lhe arranjando um bom casamento para procriar e levar adiante o nome do marido. Não...! Seus planos vão muito além disso...! E, quando o idiota do William Falcon apresenta-la ao tal "noivo" dará de presente a ele uma geleia mais do que especial, com um de seus venenos mais letais.

E, a primeira coisa que tem de parar de fazer é se preocupar com o noivo idiota, que morrerá tão logo ela o conheça e começar a se preocupar em cumprir a ameaça que ela fizera ao rei Madakki, de que as suas próximas vítimas serão os filhos dele!

Já sabe o que fazer para cumprir esta ameaça e, sabe que isso será fácil demais! Pois enquanto o idiota do monarca está pensando apenas na filha caçula, achando que ela é a única que está em perigo, ela pensa em como vai atingir os dois mais velhos!

Uma ideia começa a passar por sua mente e, ela Sorri, sabendo que vai conseguir o seu objetivo, como ela sempre consegue!

Seus pensamentos então começam a voar para o mestiço que encontrara na noite anterior e, o Sorriso em seu rosto se esvai, porque ela não gostou nem um pouco da forma como ele veio até ela, aquele tolo!

Mas, no tempo certo, mostrará a ele quem é Erein, e fará com que ele se arrependa amargamente do dia em que nasceu e, principalmente, do dia em que ele foi tolo o suficiente para achar que teria alguma chance de conseguir seja lá o que for com ela!

Ao lado de Lorde Deric Turner, Sarah cavalga pelas ruas da pequena aldeia do Note, seus olhos fixos nas casas, como se ela estivesse procurando por algum lugar em especial. Uma grossa capa de pele de lobo por cima de seu vestido, para protege-la do frio em demasia destas frias terras.

― Estamos chegando, Sarah? – pergunta Lorde Turner.

― Eu não sei. – responde a jovem Lady – Sei que estamos perto, mas, realmente, eu não sei dizer o quanto.

― Compreendo.

O olhar de Sarah começa a percorrer toda a aldeia, até que se fixam em uma loja bem humilde de tecidos. Seus lábios então se curvam em um Sorriso da mais plena satisfação.

― Encontramos, meu pai! – a voz de Sarah se faz ouvir.

Sarah estimula seu cavalo a ir até onde vira a loja e, ela é seguida por seu pai. Ao chegarem, os dois descem dos cavalos e, Deric amarra os dois animais na porta da loja, que possui uma aparência bem humilde, o que faz com que Sarah encare o local com um óbvio desagrado.

Os dois entram na pequena loja de tecidos e, logo são atendidos por Eleanor. Ao ver a jovem loira, Sarah Sorri de forma sincera e a sua voz se faz ouvir:

― Há quanto tempo não é mesmo, Eleanor! Se lembra de mim?

― É claro, milady. – responde Eleanor, de forma doce – Como eu poderia me esquecer?

― Pois saiba que eu vim até este lugarzinho somente para lhe ver!

― Vamos até o meu quarto, temos muito o que conversar, milady. – em seguida, Eleanor volta a sua atenção para Lorde Deric Turner – Importa-se de nos esperar aqui, milorde?

― De forma alguma. – responde Deric Turner – Sarah, minha querida, pode demorar o quanto quiser.

― Obrigada, meu pai. Vamos, Eleanor. Como você mesma disse, temos muito o que conversar.

Dizendo isto, Sarah segura a mão de Eleanor, como se as duas fossem grandes amigas e, em seguida, elas seguem para o quarto de Eleanor, que o tranca em seguida. A jovem Lady olha para o pequeno aposento sem muito interesse, e, vendo que a moça é pobre e sem muitos luxos, acaba por se sentar na cama mesmo.

― Bem humilde, não? – comenta Sarah, como quem não quer nada.

― Alguns não tem a Sirte de nascer em berço de ouro, milady. – responde Eleanor, de forma seca.

― Certamente. Mas, deixemos estes detalhes de lado, querida. Por que não assume a sua verdadeira forma e vamos falar as claras? Afinal de contas, nós temos negócios em comum.

Ao ouvir as palavras de Sarah, Eleanor Sorri e, fecha os olhos, uma estranha aura negra começando a tomar conta de seu corpo, transformando-o e fazendo com que assuma a sua verdadeira forma: Erein!

Erein volta a abrir os olhos para encarar Sarah, que se mantém impassível.

― Assim está melhor para você?

― Bem melhor. Como disse, gosto de tratar de negócios vendo o verdadeiro rosto das pessoas.

― Espero que tenha encontrado o presentinho que deixei para você na Floresta das Trevas.

― Ainda não. Como sabe, não é sempre que posso sair, mas, assim que deixar esta... pocilga... irei até lá ver o que me deixou.

― Acho que não terá do que reclamar, milady.

― Sei que não. – Sarah Sorri – Foi bom vê-la, Erein. E, devo avisá-la que tome cuidado, os cavaleiros de Sua Majestade e de Lorde Arkauss estão atrás e você.

― Eles podem procurar a vontade, pois jamais irão me encontrar!

As duas conversam mais um pouco, trocando detalhes e informações e, em seguida, Erein volta a assumir a forma de Eleanor, para então deixar o quarto ao lado de Sarah, que se encontra com o pai, que está à sua espera.

Os dois deixam a loja e, voltam a montar os seus cavalos, cavalgando em uma grande velocidade com um destino certo: a temida Floresta das Trevas!

Zetho caminha pela Floresta das Trevas em passos silenciosos, tomado pela raiva por ter sido humilhado por aquela bastarda! Ela parece saber que ele é mestiço, mas, mesmo assim, não se importou nem um pouco, o que só serviu para deixa-lo ainda com mais raiva!

Mas tudo o que passou ainda é insuficiente para fazer com que mude de ideia! Ainda precisa dessa mulher como aliada e, terá o que quer, custe o que custar, afinal de contas ele sempre, SEMPRE consegue o que quer, e, não será agora que não irá conseguir!

Pensa em procurá-la novamente, para dizer a ela tudo o que não disse durante o último encontro quando sente uma pedra tingindo a sua cabeça de forma precisa.

Irritado, o mestiço olha para trás e vê, em cima de um galho de um grande pinheiro, Erein sentada, de braços cruzados e o encarando um Sorriso mais do que debochado em seus lábios.

― Olá mestiço! – a voz de Erein se faz ouvir – Posso estar enganada, mas, eu tenho a impressão de que você estava a minha procura.

― Por que não desce desta árvore para podermos conversar melhor?

― E por que eu atenderia a um pedido seu, mestiço?

― Porque eu tenho uma proposta para você.

― A resposta é não! Eu trabalho muito bem sozinha. Além do mais, detesto pessoas como você! Já disse e volto a repetir, não pense que me conheces, mestiço! Não pense que você sabe quem eu sou, pois, se o soubesse, estaria agora mesmo de joelhos aos meus pés, jurando lealdade a minha pessoa!

― Saiba que eu não me ajoelho diante de ninguém!

― Cuidado, mestiço! Posso fazer com que você engula cada uma destas tuas malditas palavras, e fazer com que sofra muito no processo!

Zetho consegue perceber uma ameaça explícita nas palavras de Erein e, vê os orbes negros da bastarda brilhando de confiança. Percebe que ela é perigosa até demais. Mas, mesmo assim, não vai deixar de dizer a ela tudo o que pensa.

― Não me ameace, bastarda! Você não conhece os meus verdadeiros poderes! Conheço o seu tipo, sei que você deseja matar alguém e, se aceitar a minha ajuda, posso dar exatamente o que você quer!

Ao ouvir as palavras de Zetho, as feições de Erein se fecham ainda mais, seus orbes negros brilham de raiva.

― Você não sabe nada sobre mim! – Erein volta a falar, a voz uma clara ameaça – Já disse, tense se aproximar novamente e você vai se arrepender do dia em que nasceu! Eu não preciso da ajuda de ninguém! Muito menos da sua, mestiço! Agora suma da minha frente antes que eu me arrependa e o mate agora mesmo!

― Não ousaria!

Os olhos de Erein brilham e, uma aura negra toma o seu corpo, e, no mesmo instante, Zetho para de se mexer. Por mais que ele tente, simplesmente não consegue. Erein Sorri cinicamente e, com um salto, desce do galho da árvore que está sentada, para então se aproximar de Zetho e voltar a encará-lo com um ar mais do que ameaçador.

― Eu já disse e volto a repetir, mestiço, você não sabe nada sobre mim e, encare o que eu estou fazendo agora como um aviso! Se aproxime de mim novamente, e farei com que se arrependa amargamente do dia em que nasceu!

Dizendo isto, Erein vira as costas e vai embora, e, Zetho consegue voltar a se mexer. O mestiço tem a raiva o corroendo por completo, por ter sido paralisado tão facilmente por aquela bastarda!

Está prestes a ir atrás dela quando Cithien Aranel surge bem diante de seus olhos e, ele é obrigado a se conter.

― O que faz aqui, Cithien Aranel? – pergunta Zetho.

― Vim dar um recado a você. Não se esqueça de quem eu sou, de que você me deve respeito e obediência e de que eu posso acabar com você facilmente! Em virtude disso, eu ordeno que fique longe de Erein! Ela é minha aliada, ouviu? Se você se aproximar dela novamente, se arrependerá amargamente de tê-lo feito!

Após a cremação do corpo de Brady em um dos jardins do castelo Follmann, Inara caminha, suas vestes negras devido ao luto arrastando ao chão, os olhos repletos de lágrimas mostrando toda a sua tristeza.

Se senta em um banco, a fim de colocar para fora toda a sua tristeza e deixar as lágrimas caírem livremente por a sua bela face. A dor que sente em seu coração é grande demais e, não sabe se um dia irá conseguir superá-la. Aliás, perdera o pai, agora o irmão... Por que o deus da morte tem que ser tão cruel para com a sua família?

Inara está tão perdida em seus pensamentos que não percebe a aproximação de Fabian, que se senta ao lado dela e, a conforta com um caloroso abraço. Inara se deixa abraçar por Fabian, sem mais conter as suas lágrimas, que caem livremente pela sua face.

Fabian, mais uma vez nada diz, apenas continua ali, abraçando-a e oferecendo todo o conforto, para que ela saiba que não está sozinha.

Guinevere resolve voltar aos seus aposentos após assistir a cremação de Brady, em solidariedade não apenas aos Kasnier, como também aos Arkauss, já que o jovem também era protegido de Lysander Arkauss.

Durante uma parte da cremação, os seus olhos se cruzaram com os orbes verdes de Seth Kasnier e, mais uma vez, ela se sentiu perturbada com tal olhar, pois para ela Seth Kasnier é intrigante.

Começa a pensar na noite anterior e em como os dois ficaram por um tempo conversando naquele banco. Não trocaram muitas palavras, apenas o trivial, mas, mesmo assim, para ela, fora mais do que o suficiente para ficar ainda mais intrigada com o tio de Brady.

Por mais que tente, não consegue tirá-lo de sua cabeça, pois a forma com que ele a vem encarando é demasiado intensa e, isso a vem perturbando, pois quer descobrir o porquê de ele encará-la desta forma.

Ao entrar aos seus aposentos, tranca a porta a fim de não ser perturbada e se senta uma elegante poltrona da antessala. Desde a noite anterior, em que fora prestar solidariedade para os Kasnier, ela está muito perturbada, pois lembranças de seu passado surgem em sua mente sem parar.

Por mais que tente, não consegue deixar de pensar naquela noite, em que perdera tudo e, lágrimas e mais lágrimas começam a descer por sua face. Lágrimas estas que simplesmente não consegue controlar.

Tem tentado se manter forte por muito tempo, mas, simplesmente não consegue... Chegou ao seu limite emocional e, precisa colocar toda essa dor para fora de alguma forma... Não se importa com as lágrimas que os seus olhos insistem em derramar...!

A dor que sente é demais...! Tanta, que parece não caber em seu peito, e, prova disso são essas lágrimas amargas que seus olhos insistem em derramar...!

Quer justiça...! Quer provar que é inocente e que uma força das trevas fez tudo aquilo do qual ela fora acusada injustamente...! É inocente...! É inocente...! Mas dez anos atrás, ninguém quis acreditar nisso...! E por isso fora condenada à morte de forma tão injusta como ela foi...!

Enquanto as lágrimas continuam a inundar a sua face, começa a tentar se recompor, pois sente como se através do choro, também fosse um pouco da sua dor.

Um pouco mais recomposta, começa a pensar que, se quer mesmo ir a Capital Rahssar para tentar provar a sua inocência, que não vai conseguir isso sozinha, precisará de aliados! E, algo em seu coração lhe diz que este deverá ser o seu próximo passo!

Seth tenta confortar um pouco Cameryn, acompanhando-a até seus aposentos privativos, e, entrando com ela na antessala, sentando-a em um sofá e, em seguida, pegando um como com água para ela.

― Como está se sentindo? – pergunta Seth.

― Péssima. – responde Cameryn – Outra palavra não descreveria melhor.

― Você vai ficar bem, nada como um dia após o outro. Além do mais, você é forte, uma mulher admirável, vai superar tudo isso.

― Ahá Seth meu querido irmão, só você mesmo para me dizer uma coisa dessas...!

― Sim, Cameryn...! Sou seu irmão, e, vou cuidar de você, do Olivier e da Inara, sempre que precisarem de mim, como eu prometi a meu irmão que faria...!

Incapaz de conter as lágrimas, Cameryn abraça o cunhado, que a conforta de forma gentil, até que ela se sinta um pouco mais calma. Quando percebe que ela enfim se acalmou, Seth faz com que ela se sente e, deixa os aposentos de Cameryn, pois, apesar de estar triste pela morte do sobrinho, também está preocupado com os vivos e, esta preocupação, no momento, atende pelo nome de Jade.

Caminha pelos corredores do castelo com pressa, e, chega a ala do castelo reservada para a família real. Não demora muito e chega aos aposentos de sua irmã. Dá algumas batidas na porta e, ao ouvir a doce voz de sua irmã, adentra o aposento, fechando a porta atrás de si.

Encontra a irmã sentada em uma elegante poltrona na antessala e, ao ver que ela está bem, Sorri aliviado.

― Jade, fiquei tão preocupado quando soube o que aconteceu ontem à noite!

― Já estou bem, Seth. – a rainha Sorri para o irmão – Foi só o susto, e, Madakki disse que a culpada se matou, ela se envenenou depois de tentar me matar.

― Eu fiquei sabendo.

Os dois irmãos conversam um pouco e, Seth deixa os aposentos da irmã, voltando a caminhar pelos corredores do castelo. Ele vê Lady Catriona caminhando e, os seus lábios se curvam em um Sorriso. Caminha com certa pressa, até cobrir a pouca distância entre os dois e, em seguida, a sua voz se faz ouvir:

― Lady Catriona, aceitaria sair para cavalgar comigo?

Isabella anda de um lado para o outro em seus aposentos com a cabeça carregada de preocupações, pois sente como se estivessem todos cercados por uma grande e perigosa alcateia de lobos dentro de seu próprio lar.

Em toda a sua breve vida, nunca se sentiu assim, tão impotente e tão perdida, pois sempre conseguiu encontrar todas as respostas para seus questionamentos em seus livros. Mas agora... Agora tudo está completamente diferente e, ela simplesmente não sabe que rumo seguir...!

Tudo começou com o atentado seguido do sequestro da Princesa Evelyn e, a aparição do Necromante e seu exército dos mortos. Depois, veio a estranha morte de Brady, seguida da entrada da tal bastarda mercadora de venenos no castelo, culminando no atentado dos filhos de Lorde Ravenot e da jovem Lady Kincaid. E, para terminar, um atentado contra a rainha Jade!

É tanta coisa acontecendo ao mesmo tempo que ela simplesmente não sabe o que fazer! Se sente perdida, tão perdida como nunca antes havia se sentido em toda a sua vida! E, pela primeira vez em anos, sente que precisa de ajuda, pois, sozinha, ela simplesmente não sabe o que fazer, não sabe que rumo seguir!

A única coisa da qual ela tem a mais absoluta das certezas é de que algo precisa ser feito com relação a bastarda mercadora de venenos, pois ela precisa ser detida o quanto antes, ainda mais depois de ter ameaçado as vidas dos Príncipes Damian e Davie.

Nunca viu a bastarda, sempre houve rumores dela no Norte, mas, até o ataque dela ao castelo, não sabia que ela poderia de fato ser tão poderosa a ponto de ser considerada uma ameaça!

Sem perder tempo, Isabella deixa os seus aposentos a fim de procurar o seu noivo, pois precisa conversar urgentemente com alguém sobre isso. Sabe que Olivier está sofrendo pela morte do irmão, mas, se não conversar urgentemente com alguém sobre tudo o que está pensando, vai acabar enlouquecendo e, não quer que isso aconteça!

Precisa estar com a mente vazia para ajudar quando for preciso!

Apressa os seus passos até chegar a um dos jardins do castelo e ali encontra o noivo, sentado em um dos bancos, sem se importar com os flocos de neve que caem por seu cabelo.

A jovem Arkauss coloca o capuz de sua capa e, se aproxima do noivo, notando a grande tristeza em suas feições e, por um momento, não sabe o que fazer, se sentindo egoísta por querer compartilhar com ele os seus temores, quando ele está sofrendo pela perda.

Ao notar a presença de Isabella, Olivier Sorri para ela de forma gentil e, em seguida, faz sinal para que ela se sente ao seu lado, o que ela faz imediatamente.

― Como está, milady? – pergunta Olivier, com gentileza em sua voz e se forçando a Sorrir.

― Melhor do que milorde, eu imagino. – responde Isabella – Vim porque precisava conversar com alguém.

― E fico feliz por ser ter pensado em mim para conversar.

Isabella não consegue deixar de Sorrir ante as palavras do noivo e, decide que é melhor contar para ele sobre os seus temores, no momento, é a única decisão sensata em que consegue pensar.

Saad Masshar está em seus aposentos privativos, com um pergaminho em mãos. Caminha até a porta e, a tranca por dentro, a fim de não ser incomodado por ninguém. Em seguida, o Protetor do Leste caminha até a sua cama e se senta na mesma, para só depois abrir o pergaminho e começar a lê-lo com demasiada atenção.

Seus olhos estão fixos na perfeita caligrafia e, após terminar a leitura de sua carta, um Sorriso de pura satisfação estampa os seus lábios, pois não poderia receber notícia melhor para começar o seu dia.

Após a leitura da carta, o Masshar se levanta e, caminha até a lareira de seus aposentos, para jogar o pergaminho em meio as chamas, pois ninguém, absolutamente ninguém pode saber de seu conteúdo!

Lorde e Lady Ravenot estão com o Rei Madakki, em uma conversa particular. O monarca escutara com demasiada atenção as palavras dos Protetores do Sul, meditando atentamente sobre cada uma delas a fim de tomar a melhor decisão.

― Como vocês podem ter tanta confiança nesta menina? – questiona o Soberano de Arkhalya.

― Há mil anos a família da jovem vem servindo aos Ravenot, Sua Graça. – responde Kaid – E, em todo este tempo, nos serviram bem, a jovem é de confiança, sou capaz de colocar a minha mão no fogo por ela.

― Além disso, Sua Graça. – a voz de Perrie se faz ouvir – A jovem tem grande habilidade com arco e flecha. Ela tem treinado com Sir Sarle, o Capitão de nossa guarda pessoal e, ele mesmo tem se mostrado demasiado surpreso com os progressos da jovem.

Madakki volta a ponderar sobre as palavras dos Ravenot, pois confia muito neles e, se estão depositando toda a sua confiança na jovem, é porque ela certamente é merecedora de toda esta confiança. Mesmo assim, ele ainda quer ver a jovem com seus próprios olhos, antes de tomar qualquer decisão.

― Não que eu esteja desconfiando das palavras de milorde e milady. – fala Madakki – Mas, depois do que aconteceu noite passada, não posso tomar qualquer decisão sem que antes eu veja a jovem em questão.

― Se for do agrado de Sua Graça, podemos leva-lo agora mesmo para vê-la. – diz Perrie.

― Por favor. Vamos agora mesmo.

Os três deixam o escritório utilizado pelo monarca e caminham pelos corredores do castelo, até chegarem a um dos pátios de treino, onde uma jovem com selvagens cachos alaranjados logo chama a atenção do rei.

A jovem segura um arco e flecha e, atira com precisão, sua habilidade e rapidez fazendo Madakki se impressionar, pois nunca antes havia visto tanta habilidade assim em uma jovem.

― Milorde, preciso conversar com esta jovem. – a voz de Madakki se faz ouvir.

― Imediatamente, Sua Graça. – fala Kaid.

Kaid então se aproxima de Misaki, chamando a atenção da jovem e, no momento em que os olhos dela se encontram com os de Madakki, ela se ajoelha em reverência, se levantando a um sinal de seu rei.

― Lorde Ravenot me disse que é seu desejo servir de criada para minha esposa, jovem. – a voz do monarca se faz ouvir.

― Sim, Sua Graça. – responde Misaki, um pouco sem jeito por estar na presença do monarca – Se for de vosso agrado, é este o meu desejo.

― Posso fazer uma experiência. – continua Madakki – Mas, desde já, quero que fique bem claro que a Jade no começo não será a pessoa mais fácil para você lidar. Ela ficou assustada com o que aconteceu na última noite e, convenhamos, não é para menos, então, pode ser que demore um pouco até que você consiga conquistar a confiança dela.

― Compreendo, Sua Graça e, pode ter certeza de que darei o meu melhor para servir a rainha.

― Assim, espero, até porque você foi recomendada por Lorde e Lady Ravenot, e, portanto, será cobrado de você um bom serviço, até por sua recomendação.

― Não decepcionarei.

― Assim espero. Agora venha comigo, quero apresenta-la a minha esposa.

Misaki faz o que lhe é ordenado e, segue Madakki pelo castelo, até a ala destinada a família real. Por fora, ela está agindo exatamente como deve agir, mas, por dentro, não consegue conter toda a grande felicidade que toma conta de si, pois mal pode acreditar que finalmente conseguiu a aproximação que ela tanto queria da Família Real!

Chegam aos aposentos destinados ao rei e a rainha e, ao ver a bela e elegante mulher à sua frente, imediatamente se coloca de joelhos.

― Jade, esta Misaki. – a voz de Madakki se faz ouvir – A partir de hoje ela irá lhe servir como uma de suas criadas particulares.

Bella passeia com Lance e Laia pelos jardins do castelo, os três se sentindo muito bem após terem seus ferimentos curados através da magia do Mago Rafal. Mas, apesar disso, Bella tem uma ponta de preocupação em seu coração, pois sente que o que aconteceu no dia anterior pode não ter sido tão por um acaso assim.

Ela sente como se isso fosse o prenúncio de algo muito ruim.

― Algo a incomoda, milady? – pergunta Lance, vendo a preocupação explícita nos olhos de sua amada noiva.

― Não vou mentir e negar, quando a verdade está explícita em meu olhar. – fala Bella, com uma pontada de tristeza em sua voz – Eu sinto coisas horríveis neste lugar. Sinto, no mais íntimo do meu ser, como se estivéssemos vivendo uma calmaria, dessas que vem antes das grandes tempestades.

― Só que não estamos vivendo exatamente uma calmaria, Bella. – comenta Laila – Afinal de contas estamos vivendo tempos complicados.

― Sei disso. – continua Bella – Mas eu sinto que as coisas podem piorar, e muito. Um bom exemplo é a bastarda ainda estar à solta por aí! Outro exemplo bem claro é o tal Necromante que está à solta ainda não ter sido capturado, por mais que tenham cavaleiros em busca dele.

― Isso é verdade. – fala Lance, de repente, olhando para o céu – É como se a qualquer momento algo pior do que tudo o que presenciamos até agora fosse acontecer.

― E, nós todos devemos estar mais do que preparados para este momento. – Bella volta a falar – Porque se o perigo realmente surgir no Norte, não serão só os Haydin que estarão em perigo, mas sim todos nós...!

Tamien caminha de forma apressada até o escritório de Sua Majestade, o Rei Madakki. Desde que fora convocado pelo rei, tenta imaginar o motivo para o qual o rei queira ter com ele, mas, não consegue imaginar que motivos seriam estes, restando a ele apenas especular que, muito provavelmente seja algo relacionado a Princesa Evelyn, afinal de contas ele é o guardião da princesa.

Dá algumas batidas na porta e, ao ouvir a voz de seu rei, adentra o escritório, fechando a porta atrás de si e fazendo uma genuflexão em seguida, ante a presença de seu rei. A um sinal de Madakki, Tamien se levanta e se senta na poltrona oferecida por seu rei.

― Agradeço por ter vindo, Sir Tamien. – a voz de Madakki se faz ouvir.

― Não há o que agradecer, Sua Graça. – responde Tamien – Eu vivo para servir Sua Majestade.

― Sir Tamien, não quero me estender muito, até porque há outros assuntos que necessitam de minha atenção, por isso mesmo, eu quero ir direto ao ponto com você.

― O que posso fazer por Sua Graça?

― Como bem sabe, Sir Malik teve de partir para escoltar Lady Bruna até o Monastério do Clã dos Magos.

― Fiquei sabendo, inclusive Sir Malik nos deixou algumas ordens antes de partir.

― O que quero, Sir Tamien, é que assuma o comando dos Cavaleiros da Guarda Real enquanto Sir Malik está fora, suas ordens deverão ser obedecidas sem qualquer tipo de questionamento.

Ao ouvir as palavras de Sua Majestade, Tamien simplesmente se surpreende, pois não esperava receber tamanha honra e responsabilidade, pois não se julga merecedor de tanto. Mas, mesmo que ele não se julgue merecedor, isso não significa que não vá dar o melhor de si, muito pelo contrário, fará até o impossível para não desapontar a grande confiança que nele fora depositada.

O Cavaleiro da Guarda Real se levanta e, se ajoelha em seguida, para então a sua voz se fazer ouvir:

― Agradeço a confiança que em mim é depositada, Sua Graça, e, prometo fazer até o impossível para não decepcionar.

― Confio em você, Sir.

Lysander está em seu escritório particular com sua esposa, os dois olhando atentamente para um grande mapa do Norte que está estendido sobre a mesa. Por sobre o mapa, estão algumas pequenas estátuas de cavaleiros, marcando algumas posições e, o Protetor do Norte tem em sua mão outra miniatura, assim como Brandi.

A Arkauss coloca a miniatura em dada parte do mapa.

― Aqui. – a voz de Brandi se faz ouvir – a Região das lagoas congeladas é pouco habitada, quem sabe ela não possa se esconder ali.

― Vou destacas alguns cavaleiros para esta região. – concorda Lysander – E também para a Região das Campinas. O Norte é demasiado grande, pelo eu sabemos, essa bastarda pode estar se escondendo em qualquer lugar.

― Vamos encontra-la, meu amor. Não se preocupe. Por mais que ela tente, tenho a impressão de que ela não vai conseguir se esconder por muito tempo.

Antes que Alyssa pudesse pensar em aprofundar o beijo, ela sente a forte mão de Rhett em sua face, em seguida, encara os orbes do Arkauss e consegue perceber um grande ódio em seu olhar.

― Por que fez isso? – a voz de Alyssa soa irritada – Acaso não sabe que é uma grande falta de respeito bater na face de uma Lady?

― E desde quando uma Lady invade o quarto de um homem altas horas da noite? – devolve Rhett, os olhos brilhando de raiva – Ainda mais quando o homem em questão é comprometido!

― A Evelyn é só uma pirralha!

― Princesa Evelyn para você! E, saiba que ela pode ter apenas quinze anos, mas, mesmo assim, você, com toda esta sua falsa feminilidade, não chega aos pés dela! A Evelyn é boa, coisa que você nunca será! Agora use o mínimo de dignidade e deixe os meus aposentos!

Alyssa não consegue esquecer, muito menos se conformar com o que acontecera na noite anterior, pois tudo isso é culpa daquela maldita princesinha mimada! Se Evelyn não estivesse em seu caminho, certamente Rhett seria seu!

Mas, apesar de tudo, ainda não desistiu, porque em breve não haverá mais nenhuma Evelyn em seu caminho! Já chegou longe demais para ter o homem que ama e não é agora que vai parar e desistir!

Olha para todos os cantos da cozinha e, vendo que não há nenhum criado olhando, tira do colo de seu seio o vidrinho do veneno que comprou de Erein, misturando-o na taça de leite que deverá servir junto com o café da manhã da princesinha.

Após colocar algumas gotas de veneno no leite, volta a guardar o frasco no colo de seu seio, para em seguida pegar a bandeja e caminhar pelos corredores do castelo a fim de levar o café da manhã da insuportável.

No corredor, ela vê Rhett se aproximando e, a expressão fechada dele não a assusta nem um pouco.

― Onde você pensa que vai com essa bandeja? – pergunta Rhett, com sua expressão facial fechada e de óbvio desagrado.

― Levar o café da manhã de Sua Alteza, a Princesa Evelyn. – responde Alyssa, sem qualquer emoção em sua voz – O que você acha?

― Você não vai levar o café da manhã da Evy! – a voz de Rhett é categórica.

― E por que não? Sou dama de companhia dela, caso tenha esquecido, Rhett.

― Por pouco tempo. Falarei o mais breve possível com o Rei Madakki e direi que ele a afaste dessa função!

― É mesmo? – a voz de Alyssa é uma clara ameaça – E vai alegar o que? Que eu entrei em seus aposentos e o beijei? Acha mesmo que Sua Majestade não vai romper o noivado ao saber que o futuro Protetor do Norte desonrou a dama de companhia da filha dele?

― Você sabe muito bem que não foi isso que aconteceu!

― Eu sei. Mas pode ter certeza de que será isso que eu vou dizer! Será a minha palavra contra a sua! E o que a pobre Evy vai dizer ao saber que o noivo que ela tanta ama a traiu comigo?

Rhett sente a raiva se apoderar de seu interior e, não fosse o fato de Alyssa ser uma dama, certamente acertaria nela um golpe, por chantageá-lo desta forma.

― Me dê a bandeja, Lady Alyssa. Eu mesmo levarei o café da manhã para a Evelyn.

Com um Sorriso cruel em seus lábios, Alyssa entrega para Rhett a bandeja, e apenas observa o futuro Protetor do Norte sumir de sua vista levando o café da manhã envenenado para a princesinha.

Maia tem em seu rosto um Sorriso de pura felicidade e, o motivo para esta felicidade toda é que a Rainha Jade está a salvo e ela pode, pelo menos um pouco, contribuir para isso. Ficou muito feliz em saber que pudera ajudar e, para ela, ter a gratidão dos Haydin é recompensa mais do que suficiente para o que ela fez.

E, recompensa maior ainda é poder cuidar do pequeno Príncipe Samir, porque se apegou demais a ele, o ama e já não consegue mais imaginar a sua vida sem ele.

Enquanto caminha com o leite do pequeno príncipe ela suspira cansada, pois não dormira bem. Tivera sonhos estranhos mais uma vez, mas, ao contrário das outras vezes, desta vez não sonhou com aquelas criaturas das trevas, mas sim com um velhinho gentil, que lhe dizia que ela não deve contar a ninguém o que aconteceu na última noite. O velhinho lhe dizia que ninguém além dos Haydin deve saber de seu dom, ou seria perigoso para sua vida.

Maia está tão distraída que, não percebe o Mago Rafal passando por ela e, quando nota a presença do Mago, ela dá passagem para ele, porém, o Mago para e começa a encará-la com um Sorriso gentil em seus lábios.

― Posso ajuda-lo, mago Rafal? – pergunta Maia.

Rafal nada responde, ao invés disso, apenas observa a jovem à sua frente com um Sorriso gentil em seus lábios, enquanto sua mente volta a uma certa noite no passado, muitos anos atrás. Naquela noite, caia uma grande tempestade, e, ele fugia com um bebê em seus braços, sem nem ao menos olhar para trás, pois sua missão era salvar a vida daquela criança.

― Mago Rafal? – a voz de Maia tira o mago de seus pensamentos.

― Desculpe-me, Maia. – Rafal responde com um Sorriso – Eu acabei de distraindo.

― Não há o que desculpar. Agora se me permite, eu preciso ir levar o leite do pequeno Príncipe Samir.

― Antes de você ir, Maia, me permite lhe dar um conselho?

― Que conselho?

― Em hipótese alguma revele a alguém o seu dom. Os únicos que devem saber dele são os Haydin.

Após dizer estas palavras, Rafal volta a Sorrir para Maia e se retira, deixando a jovem sozinha com seus pensamentos. Ela estranha, pois ele dissera as mesmas palavras que o velhinho em seu sonho e, além do mais, os olhos do velhinho de seu sonho e os olhos do Mago são exatamente iguais.

Com estes pensamentos, Maia se distrai e acaba tropeçando, e só não cai porque braços fortes a seguram. Ela está prestes a agradecer pela ajuda, porém, sente a sua face ruborizar ao ver que quem a segurou é Damian.

― Você está bem, Maia? – pergunta Damian, Sorrindo de forma doce para ela.

Olhando para Damian e sentindo-se totalmente sem graça, Maia não consegue proferir nenhuma palavra, apenas faz um aceno afirmativo com a cabeça, ao mesmo tempo em que começa a escutar as batidas cada vez mais aceleradas de seu coração.

― Está indo levar o leite do meu filho?

Novamente, Maia faz um aceno afirmativo com a cabeça, enquanto volta a caminhar em direção aos aposentos do pequeno príncipe, e, é seguida por Damian. Ela começa a dar o leite do menino e, ao olhar para Damian, se lembra da visão que tivera no dia anterior, em relação a irmã dele.

― Meu príncipe, há algo que eu preciso lhe falar.

― Sou todo ouvidos, Maia.

― Sei que é errado acusar uma pessoa, porém, Sua Alteza sabe que eu vejo coisas que irão acontecer.

― E o que vou que você viu, Maia?

― Eu vi alguém envenenando a sua irmã!

Elemir caminha pelos corredores da ala destinada a Família Real, pois, recebera de Sir Tamien, que está no comando temporariamente no lugar de Sir Malik, tal ordem. Um grande número de cavaleiros da guarda real fora colocado para esta ala, por conta das ameaças da bastarda e da tentativa de envenenamento conta a Rainha Mesquinha.

Apesar de seu plano para matar a mesquinha não ter dado certo, ninguém desconfia dele e isso para ele é um sinal verde, dizendo que ele pode sim agir de novo! E, na oportunidade certa, é exatamente isso que ele vai fazer!

Mas, para poder agir novamente, Elemir precisa encontrar a raiz do problema, e, descobrir o que foi que deu errado em seu primeiro plano, pois, ele tem certeza de que alguma coisa aconteceu para que seu plano desse errado, e, precisa descobrir o que deu errado!

Enquanto está com estes pensamentos em mente, vê Maia saindo de um dos quartos com o Pequeno Príncipe Samir em seus braços, e, Sorri, pois é a oportunidade perfeita para especular com alguém próxima a família real e descobrir o que aconteceu.

― Bom dia, Maia! – fala Elemir, com um Sorriso de cortesia em seus lábios.

― Bom dia, Sir Elemir. – responde Maia, de forma gentil.

― Está indo passear com o pequeno príncipe?

― Sim, vou aproveitar que parou de nevar e levar ele para pegar um pouco de ar.

― Me permite acompanha-la?

― E pode deixar seu posto?

― Não estarei deixando meu posto, estarei indo proteger o pequeno Príncipe Samir de qualquer eventualidade, e, nós dois sabemos que eu sei como proteger os dois.

Ao dizer estas palavras, Elemir pisca de forma divertida para Maia, deixando-a toda sem graça e, ela aceita a companhia do cavaleiro. Os dois caminham até o jardim, onde começam um passeio e, Elemir percebe que Maia é exatamente a pessoa que pode lhe contar o que aconteceu, pois ela, como ama do principezinho, tem contato direto com a família real e, além do mais, ela é grata a ele por ter salvo a vida dos dois.

― Fiquei muito preocupado com o que aconteceu ontem com a Rainha Jade. – comenta Elemir, como quem não quer nada.

Ao ouvir as palavras de Elemir, Maia se lembra tanto de seu sonho como das palavras do mago Rafal e, decide ficar atenta, pois ela não vai se entregar.

― Eu imagino. – Maia responde – Quando eu fiquei sabendo, também me preocupei, mas fiquei aliviada em saber que Sua Majestade, a Rainha Jade está bem.

― Eu também fiquei muito aliviado em saber que Sua Majestade não se feriu.

― A rainha tem um grande coração, assim como o rei, os príncipes e a princesa. Não entendo porque tentam fazer mal a eles.

― Eu também gostaria de entender.

Elemir começa a se segurar, pois, esperava que Maia lhe dissesse que soubera o que deu errado, mas, ela não diz. Ao contrário, parece que ela sabe tanto quanto ele, se mostrando aliviada pela rainha estar bem. E, acima de tudo, ele vê na jovem uma grande lealdade, que ele simplesmente admira, pois a lealdade é justamente uma das características que ele mais admira em um ser humano.

Sente que o passeio que veio dar com Maia é infrutífero, pois, por mais que tente fazer com que ela diga algo, ela parece saber tanto quanto ele, e, não cansa de dizer o quanto se sente aliviada pela Rainha Mesquinha estar bem, obrigando-o a mentir para que ela não perceba o ódio que ele sente pela maldita mulher.

Após tomar o seu café da manhã e de despedir de Rhett, que tinha assuntos importantes para tratar com o pai, Evelyn chama uma criada e, pede para que ela busque um vestido, uma capa e suas luvas, além de arrumá-la e escovar seus cabelos.

Após a criada fazer tudo o que lhe foi ordenado, a princesa Haydin olha pela janela de seu aposento e vê que não neva mais. Há quanto tempo ela não dá um passeio pelo jardim? Sabe que o senhor seu pai não quer que ela saia muito mas, um passeio rápido não deve fazer algum mal.

Com um Sorriso ingênuo em seu rosto angelical, a princesa deixa os seus aposentos e, caminha até chegar ao jardim de rosas congeladas, as belas rosas de inverno. Quer pegar uma dessas rosas e, no momento em que ela faz isso, acaba cortando o dedo com um espinho.

Leva o dedo a boca, e, no momento em que faz isso, sua atenção se volta para uma sombra que surge a sua frente e toma a forma de uma criatura vestida com indumentária negra, cabelos negros azulados com uma grande cicatriz em sua face.

Evelyn quer gritar, porém, a criatura espectral leva uma de suas mãos macilenta a garganta da jovem e, uma aura negra surge ali. Evelyn sente um estranho frio percorrer o seu corpo e, no instante em que a criatura à solta, ela corre na maior velocidade que as suas pernas permitem, querendo fugir daquela criatura demoníaca.

Começa a sentir suas pernas fraquejarem e a sua visão vai se tornando turva, ao mesmo tempo em que ela vê um cavaleiro, que ela logo reconhece ser Elemir. Quer gritar por ele, mas, no momento em que quer dar vazão a esse desejo e abre a sua boca, a sua voz não sai!

Desesperada, a jovem princesa consegue chegar até ele, e, novamente tenta falar, mas é inútil. A fraqueza volta a dominá-la, a sua visão se turva por completo e, sente os braços fortes do cavaleiro a segurando antes de tudo à sua volta escurecer.

*****

Davie cavalga por uma das florestas do Norte a fim de desparecer um pouco, pois, nos últimos tempos, a pressão vem sendo demais não só para ele, como para todos os Haydin e, sempre que ele sente sufocado pelos problemas, como agora, gosta de cavalgar para se acalmar.

O contato do vento com seu rosto, enquanto cavalga faz com que se sinta melhor e até mesmo mais calmo e, isso para ele é muito bom, pois desde criança ele sempre adorou cavalgar.

Vê, ao longe uma jovem vestida de negro, com longos cabelos também negros e, percebe que ela o está encarando. Sem perder tempo, Davie faz com que o cavalo pare e, em seguida, desce do animal.

Se aproxima da jovem que Sorri para ele e, em seguida, a sua voz se faz ouvir:

― É impressão minha ou estava me encarando, milady?

― Não é impressão sua e não sou uma lady. – responde Erein – Quando o vi, não resisti e, tive de vir me apresentar. Sabe, principezinho, é mais tolo do que pensei, por vir de encontro a própria morte!

Imediatamente, Davie se coloca em posição ofensiva e, instintivamente leva a mão ao cabo de sua espada. Sabe que não se deve apontar uma arma para uma dama, mas, percebe agora que esta mulher emana uma aura perigosa até demais.

Será que ela... Será que ela é a tal bastarda que todos procuram...?

Erein Sorri ao notar que este principezinho idiota finalmente notou quem ela é.

― Percebeu, idiota? Então agora, deixa eu te dizer uma coisa. Diga ao seu papaizinho que não é a filhinha dele quem me interessa. Mas sim você e o seu irmão mais velho, aquele que deve subir ao trono depois do seu pai! Eu pretendia matar ele primeiro, mas, para seu azar, você se colocou em meu caminho e aqui estamos nós! Agora, você vai ter que me servir de recado para o seu querido papaizinho!

Um cavaleiro surge atrás de Davie, pronto para ataca-lo e, no mesmo instante, o príncipe saca a sua espada, pronto para o combate.

As espadas dos dois colidem em golpes perfeitos e precisos. O cavaleiro tenta quebrar a defesa do príncipe, porém Davie é habilidoso demais, e, projeta o seu corpo para a frente e consegue empurrar o adversário, a fim de conseguir colocar uma distância entre os dois.

Em seguida, o príncipe se lança ao ataque, em um golpe tão rápido que o cavaleiro não tem como se defender e acaba sendo atingido na região abdominal e, caí no chão. Davie está pronto para se lançar novamente contra o seu adversário quando sente todos os músculos de seu corpo completamente paralisados.

A bastarda então começa a caminhar e se coloca na frente de Davie, seu corpo emanando uma aura negra.

― Você é mesmo muito idiota por ter achado que poderia se esquecer de mim, principezinho! – a voz de Erein é carregada de ironia.

A bastarda então se aproxima do corpo paralisado do príncipe, que tenta, em vão, se mexer a todo custo. Ela tira a espada dele e, a encosta do rosto de Davie, fazendo um corte superficial

― Tão lindo...! – ironiza a bastarda – Especialmente os olhos, que tem uma cor rara! Uma pena eu ter de machucar um homem tão belo assim!

Enquanto tenta em vão se mexer, Davie amaldiçoa a si mesmo por ter caído na armadilha desta bastarda. Como ele fora tão tolo?

Erein não perde tempo e, faz com que o corpo de Davie comece a levitar e em seguida rasga a camisa do jovem, para então lançar a espada em um movimento perfeito e cravá-la no abdômen de Davie em um golpe profundo e perfeito, fazendo com que o príncipe grite de dor ao mesmo tempo em que seu sangue é derramado.

Em seguida, a bastarda, começa a evocar palavras em um idioma desconhecido e, Davie começa a sentir uma grande dor em suas pernas. Erein arranca as botas e rasga a calça de Davie, apenas para que ele veja manchas negras surgindo em suas pernas, ao mesmo tempo em que para se senti-las.

Erein faz com que o corpo do príncipe caia no chão, sob a poça de sangue dele e se aproxima, fazendo com que Davie engula uma grande quantidade de veneno.

― Antes que você perca a consciência quero que escute bem as minhas palavras: seu adorado irmão mais velho irá sofrer duas vezes mais do que você!

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