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|021 - O Lobo de Verdade.


Eu estava tão perdido na raiva que não sabia o que fazer.

Aquele sugador de sangue desgraçado tinha que se meter em tudo. Não podia deixar Erick se aproximar de mim sem ficar no meio, de novo. Lá estava ele, com aquele sorriso arrogante, a mão no ombro de Erick, como se estivesse mostrando para todo mundo que ele tinha alguma coisa que eu queria. Meu estômago embrulhou de ódio, e eu quase soltei um rosnado quando vi o jeito como ele olhava para Lindbergh.

-Ei, Erick! - gritei, cruzando o estacionamento com passos pesados.

Ele parou imediatamente, e eu vi a dúvida nos olhos dele, a hesitação. Fiquei parado por um segundo, só encarando. Eu queria saber por que ele tinha ido embora, por que ele estava morando com os Cullen agora, por que tudo estava mudando tão rápido. Eu tinha que ter respostas, e não me importava que Edward estivesse ali. Eu precisava delas, já que não confiava em mais nada que saia da boca do meu pai.

-Eu preciso falar com você, - falei, mais firme do que eu me sentia. -Agora.

Edward não demorou a se intrometer, claro. Vampiro filho da puta, e eu só descobri que ele realmente era o monstro das lendas quando virei um também.

-Depois de todo o mal que vocês causaram, acha mesmo que está na posição de dar ordens? Ele vai comigo pra casa. - Ele levantou a mão, colocando no peito de Erick, nitidamente tentando afastá-lo de mim.

-Ele não vai com você para lugar nenhum. Lindbergh não é propriedade sua!- gritei, o ódio e a frustração transbordando.

Desde que toda essa história de transformação começou, tudo só vinha dando errado, eu tenho estado o tempo inteiro no meu limite.

-Não me importo com o que você pensa, Erick é capaz de tomar as próprias decisões.- Edward levantou a sobrancelha, o queixo erguido e aqueles olhos perturbadores debochando de mim.

O que Edward disse não me atingiu tanto quanto o fato de que ele estava usando um tom de dono. Como se eu fosse um intruso ali, como se tivesse certeza de que seria o escolhido. Erick deu um passo à frente, parecendo tentar interromper, mas eu não estava pronto para parar.

-Com você coagindo ele é muito fácil! O que está fazendo, usando algum poder de manipulação nele? Você e todos aqueles sanguessugas assassinos que finge que é sua família! De que adianta esse teatro?! Vocês são todos de plástico! - acusei, sem me dar ao trabalho de falar baixo.

Vi os olhos do Cullen escurecendo, a raiva neles. Era isso que eu queria, que perdesse o controle.

-Repita o que acabou de dizer...- ele deu dois passos em minha direção, mas foi segurado pelo garoto de cabelo pintado.

Eu vi o olhar de Erick se mover entre nós, com o rosto tenso e cheio de preocupação. Eu sabia que ele não queria ver os dois brigando por causa dele. Ele não gostava disso, mas eu não estava pensando em nada além de proteger o que era meu, o meu destino... Meu imprinting. Precisava saber o que estava acontecendo, se Erick estava bem. Meu pai disse que era uma maldição.

A tensão entre nós dois ficou tão grande que parecia que um de nós ia explodir. Mas, então, Erick se colocou de vez entre nós dois, como um mediador, com a voz baixa e uma calma que não condizia com a situação.

-Jacob, por favor,- Erick disse, olhando para mim. -Eu só quero conversar com você. Isso não tem a ver com Edward, e você sabe disso. Eu... eu preciso de respostas também. Depois de tudo...

Eu olhei para ele, tentando ver se havia alguma mentira nos olhos dele, mas só vi... confusão. Eu podia sentir a dor dele, como se ele estivesse dividido entre dois mundos que não se encaixavam, e eu não sabia o que mais fazer a não ser escutar.

-Edward, eu volto pra mansão Cullen depois... Por favor.

Cullen não estava feliz, mas cedeu. -Me ligue quando isso acabar, eu vou te buscar. - Ele não parecia disposto a dar muito mais do que isso.

Eu senti uma mistura de raiva e alívio. Eu odiava que fosse assim, mas no fundo eu sabia que era o melhor. Eu não queria pressionar Erick para voltar para casa sem que ele decidisse isso por si mesmo.

-Vamos. - não pensei muito antes de pegar Lindbergh pelo pulso, só queria sumir logo da porta dessa escola, cheia de idiotas nos encarando.

Ele me seguiu até o carro, calado, e eu não olhei para trás. Não me importava com Edward ou qualquer um dos Cullen. Só queria entender por que tudo estava dando errado.

XXX

Toda aquela merda de discussão tosca havia me dado nos nervos, eu não conseguia me acalmar de verdade. Mas acho que não era isso que realmente me incomodava, o que me corroía era o fato de que eu estava vendo o garoto tão envolvido com o vampiro. Eu não sabia mais o que fazer com aquilo.

Eu vi Erick sair de perto de Edward com uma expressão de desconforto. Ele parecia estar relutante, ainda preso na teia de confusão que nossa relação tinha se tornado. E isso só me fazia querer protegê-lo ainda mais. Mas também me deixava com a sensação de que, talvez, eu estivesse lutando uma guerra que nunca poderia vencer. Não estava certo de nada, mas uma coisa era clara: eu não podia deixar ele se afastar. Não assim, não quando tudo em que tenho pensado é nele.

Quando Erick entrou no carro, o olhar dele me transmitia um misto de ansiedade e cansaço. Ele ainda não estava confortável com essa situação toda, mas era como se ele estivesse se acostumando à ideia de estarmos juntos, ao menos por agora. Eu tentei disfarçar minha raiva enquanto dirigia até a lanchonete, meu estômago em um nó enquanto eu pensava em tudo o que estava acontecendo.

A lanchonete tinha aquele cheiro familiar de fritura e café, um lugar simples, que estranhamente pareceu deixar ele mais calmo. Eu sabia que nossa conversa era perigosa, então o coloquei em uma mesa afastada, o mais longe possível dos olhares curiosos. Vi muita coisa na noite em que me transformei, perambulando naquela floresta, Lindbergh estava correndo perigo.

-Pede o que quiser, por minha conta. - falei primeiro, tentando parecer mais calmo do que realmente estava.

Não conseguia tirar os olhos dele, o perfume do Cullen nas roupas dele me dava nojo, mas me esforcei para não parecer irritado. Na verdade, eu estava mais... ciumento do que tudo. E essa era a merda mais gay pela qual já passei na vida.

Erick olhou para o cardápio e por um momento, parecia perdido. Ele estava provavelmente ainda se recuperando da confusão que nossa última conversa, ou melhor, nossa última briga, tinha causado. Mas ele quebrou o silêncio com uma pergunta que me pegou de surpresa.

-Jacob, como você está? Como está lidando com a transformação...? E-eu... V-você ficou ferido depois daquilo, no banheiro...?- Ele parecia genuinamente preocupado, mas eu não sabia se isso me tranquilizava ou me incomodava mais.

Respirei fundo antes de responder, tentando encontrar uma maneira de lidar com a verdade sem fazer ele se sentir mais deslocado do que já estava.

- O controle... não é fácil, Erick... Nunca sei quando vou virar ou não, ficar perto das pessoas virou um inferno. - contei, minha voz baixando um pouco -Tem momentos em que tudo o que eu quero é quebrar tudo ao meu redor, e às vezes... eu sinto que estou indo para um lugar escuro que não sei se posso voltar. A transformação... ela mexe com a minha cabeça. Às vezes, eu não me reconheço, e isso me assusta...

Erick me observava com uma intensidade que eu não sabia como lidar. Ele parecia absorver cada palavra, mas seus olhos estavam cheios de algo mais, algo que eu não conseguia entender completamente. Era como se ele estivesse tentando compreender o que eu estava dizendo, mas ao mesmo tempo, estivesse tentando lidar com as próprias questões internas.

-Eu... Fiquei pensando em você, sem saber se estava bem ou não... - ele disse, com uma voz suave, mas carregada de preocupação. - Queria ter ido resolver as coisas, mas não sei se consigo ficar no mesmo ambiente que o seu pai... Ele não contou nada nem pra você, antes de tudo acontecer...? - questionou e eu neguei com a cabeça, seus olhos ficaram tristes e ele segurou minha mão em cima da mesa.

Seu toque tímido, amuado, me fez tremer.

Eu olhei para ele por um momento, sentindo uma mistura de gratidão e culpa. Ele me entendia de uma maneira que ninguém mais parecia fazer, e isso fazia meu peito apertar. Mas, ao mesmo tempo, não sabia se ele estava fazendo isso por compaixão ou porque simplesmente não sabia mais o que fazer com essa confusão entre nós dois.

-Eu só tinha ouvido as lendas quando era criança... Mas ele me viu passando mal a semana inteira, e ainda sim não quis contar. - respondi finalmente, o peso da verdade nos meus ombros. -Às vezes é como se eu estivesse perdendo pedaços de mim... Eu... estou brigado com o meu pai, e ele é tudo o que eu tinha. Há outros como eu, um monte de adolescentes virando monstros e agindo como uma espécie de matilha de guerreiros! E o pior é que estão me pressionando para fazer parte dessa merda.

Erick parecia ainda mais tenso agora, como se a preocupação com o que eu estava dizendo estivesse tomando conta dele. Ele parecia entender o peso daquilo tudo, como se sentisse a gravidade do que eu estava passando. Eu queria que ele estivesse aqui apenas para conversar, mas não conseguia evitar o impulso de desabafar. Eu estava tão perdido, tão sozinho nessa bagunça.

-Eu sinto muito, Jake... - ele disse, sua voz suave, mas com uma sinceridade que eu podia perceber. - Queria tanto poder te ajudar... Mas nem eu entendo completamente minha própria situação.

Erick olhou para mim com uma expressão que eu não podia ler completamente, mas seus olhos estavam mais suaves agora do que quando chegou. Ele deu um suspiro profundo e, em seguida, falou, mais calmo.

-Acho que também te devo uma explicação... Eu não deveria ter escondido meus poderes de você... ou o fato de que tenho uma maldição nas costas. - o loiro começou, apertando um pouco mais a minha mão - M-mas... V-você ainda era humano, e se me odiasse? Estávamos virando amigos... d-depois da minha mãe, a ideia de perder outra família me assustou tanto... Me desculpa por omitir, por favor...

Eu olhei para ele, surpreso com as palavras, e por um momento, senti como se ele fosse a única coisa que me mantinha preso à realidade. A única coisa que me fazia sentir que talvez, apenas talvez, eu poderia superar o que estava acontecendo comigo. Mas não consegui dizer nada naquele instante.

Um silêncio desconfortável se instalou entre nós. Erick escolheu seu pedido, X-Bacon e fritas, pedi a mesma coisa e a garçonete voltou para o balcão com seu bloco de notas. Ainda estava imerso em meus pensamentos quando percebi que ele estava me observando novamente, seus olhos curiosos, como se estivesse esperando por mais alguma coisa.

Eu apenas balancei a cabeça, tentando esfriar a raiva que ainda queimava no meu peito. Mas, ao mesmo tempo, uma parte de mim sentia um tipo de conforto que eu não entendia bem. Talvez fosse a presença dele. Talvez fosse a maneira como ele parecia estar ali para mim, mesmo sem saber o que eu estava realmente sentindo. Havia se desculpado quando era ele que estava com problemas.

E enquanto nos sentávamos juntos, com o ambiente normal da lanchonete parecendo distante de tudo o que éramos, eu sabia que as coisas estavam longe de serem resolvidas. Mas, por um momento, era como se estivéssemos apenas dois caras saindo juntos. E talvez fosse isso que eu realmente precisasse: de um tempo para descobrir quem eu era, sem pressões, sem medo. Só nós dois.



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