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|011 - Mariposas.

A perfeição é um mito, em tudo há falha e uma mísera brecha que pode mudar o destino de alguém. Um alguém como eu, condenado, porém com o conhecimento de toda uma linhagem em mãos. Foi esta manhã, tive o primeiro vislumbre da minha brecha sentado em degrau sujo no terceiro andar da minha nova escola.

Folheando o diário da minha mãe, em busca de qualquer coisa que me fizesse compreender o mínimo sobre ela e sobre eu mesmo, um texto escrito às pressas chamou minha atenção. Na letra corrida da mulher que me deu tanto a luz quanto a maioria dos meus traumas, ela falava sobre um antigo oráculo, uma criatura espiritual que habitava uma floresta de localização desconhecida. A sabedoria do oráculo estava o mais próximo do infinito que a humanidade chegou, ao menos é o que diz a lenda, e aquele que encontrar sua morada pode lhe fazer uma pergunta.

As anotações seguintes de minha mãe acompanham sua busca por mais informações a respeito da criatura, viagens que ela fez antes de eu nascer, feitiços e rituais que tentou executar. Depois disso eu cheguei, um bebê que ela não esperava ter. Meu coração doía mais a cada linha do texto, um pequeno desabafo no meio das outras informações.

"Eu estava tão perto de encontrar um fim para tudo isso, uma fuga para os problemas de gerações com esse sangue maldito, e agora estou grávida e impossibilitada de me salvar. É um pecado, a coisa mais suja que já pensei, mas às vezes gostaria que ele morresse dentro de mim, seria mais humano do que um dia esbarrar com essa criança em meio ao fogo eterno.

Gostaria de poder amá-lo, mas como poderia, se fui fraca demais para proteger sua alma de tudo isso? Esse não é um direito meu, não tenho coragem de desfazer meu erro antes que ele venha a este mundo, então terei de conviver com a certeza ingrata de arrastar junto de mim esse inocente ao inferno.

Uma criança sem um pai e com uma mãe condenada...

Ele vai me odiar tanto quanto me odeio agora?

Gostaria de não estar tão só agora."

Tive a sensação de que alguém me observava, e ao erguer o olhar lá estava Edward Cullen, parado ao pé da escada e me encarando como se eu fosse uma menininha com o joelho ralado. Sequei o rosto na manga do casaco com raiva.

-Chegou rápido...

-Achei que era importante, vim pelo telhado... - ele desviou o olhar e eu suspirei. Não tinha o direito de descontar a minha frustração no vampiro.

-Você disse que Carlisle é o mais velho dentre vocês, preciso falar com ele... Tenho livros com informações úteis sobre bruxaria, mas nada tão específico quanto o que quero saber. - expliquei, abraçando o caderno de forma inconsciente ao falar, estava nervoso por pedir isso e nem sabia o motivo.

-Eu posso te levar na minha casa, no sábado... - ele passou a mão pálida por entre o cobre sedoso dos cabelos, o clima de desconforto entre nós era palpável.

-Tipo... Com a sua família vampira lá? Depois de eu ter gritado com todo mundo? Existem formas mais rápidas de me ver morto. - retruquei, incapaz de disfarçar minha preocupação.

Edward finalmente me encarou, seus olhos muito dourados fixos em mim por alguns instantes. Já estava acreditando que ele realmente tinha se ofendido quando, tão repentino quanto tudo nele era, o rapaz se perdeu em uma gargalhada. Eu nunca o havia visto rir de forma tão espontânea, acho que qualquer outro aluno dessa escola também não, mas ali estava aquele vampiro idiota se dobrando de rir enquanto tirava uma com a minha cara.

É nesses momentos que eu me vejo no fundo do poço, cavando um pouquinho mais para baixo.

-Como eu gostaria que você fosse capaz de infartar agora. - Estalei a língua no céu da boca, minha paciência estava acabando.

-Desculpa...! - ele falou, se recompondo aos poucos, tinha um sorriso irritantemente bonito em sua face de mármore - Sua franqueza é hilária às vezes... A maior parte das pessoas são sinceras apenas nos próprios pensamentos.

-Já estou na merda, Edward. Nada do que eu diga vai piorar isso.

-Vou parecer egoísta agora, mas acho que gosto mais de você por pensar assim. - seu semblante retornou à seriedade, e algo mais que eu não conseguia identificar.

-Bom... É, ok, eu até queria retribuir o gesto... Mas, eu não gosto nada dessa história toda de vampiro e "Erick, o bruxo das trevas." Sorry. - dei a ele um sorrisinho amarelo.

-Isso é um tipo de preconceito, sabia? Eu poderia te denunciar. - O Cullen se aproximou de mim, devagar, me encurralando aos poucos.

Edward pousou a mão na parede ao lado da minha cabeça, me olhando nos olhos com aquela intensidade velada e sufocante que só ele tinha. Ele era do tipo que sugava sem esforço toda a atenção do espaço em volta, fazia parecer que o mundo havia deixado de existir. Eu não sabia quanto da sua natureza de vampiro tinha responsabilidade por isso, mas esse cara tinha efeito em mim, muito mais do que eu era capaz de admitir.

Estávamos tão perto, o ar parecia rarefeito com ele estando a centímetros de mim. Seus olhos antes de um vivo dourado escureceram aos poucos, eu me sentia uma mariposa atraída para a lâmpada, buscando o último resquício de luz em suas íris. Os pêlos nos meus braços estavam eriçados, uma corrente elétrica pairava entre nós dois, e eu realmente achei que algo fosse acontecer... Quando ele deu dois súbitos passos para trás, e tudo cessou.

O sinal tocou e eu não disse mais nada, nenhum de nós falou. Seguimos caminhos opostos, como se aquele pérfido momento de estranheza nunca tivesse existido. Nada mais que um breve delírio, é o que seria, mesmo que isso ainda estivesse em minha mente quando o último sinal tocou e eu saí da escola.

Ouvi risadinhas enquanto caminhava na direção de Jacob, que estava parado ao lado de seu carro vermelho, com uma escada amarrada no teto. Não me importei com elas, e foi estranho notar que já fazia algum tempo que eu não sentia mais qualquer vergonha do rapaz e seus carros velhos. A normalidade naquele momento me surpreendeu, me acostumei tão rápido aos Black que toda a mudança havia se tornado mera rotina, e isso era aconchegante.

-Sem acidentes hoje? Que milagre! - caçoou, com aquele ar arrogante de diversão que era tão dele.

-Não seja idiota, só tive problemas duas vezes! - me espreguicei com um bocejo, exausto depois de ter virado a noite.

-Você em si é um problema, Lindbergh. - Jacob pareceu muito sério ao dizer isso, me encarava como se pudesse ler minha alma, mas seu olhar penetrante não permaneceu em mim por muito tempo - Vem logo, está ficando tarde, temos que dar um jeito na pickup antes que fique escuro.

-Que desesperado, vamos conseguir a tempo! Só precisamos ser-! - me interrompi, quando uma presença súbita passou por mim e se aproximou do rapaz.

-Ei, Jacob, não é? O que faz por essas bandas? - era uma garota, a mesma em quem eu esbarrei pela manhã, ela estava junto do grupinho que riu do rapaz a poucos instantes e agora o chamava pelo primeiro nome.

-Só dando umas voltas... Onde está Charlie, não veio te buscar? Olha desculpe mesmo por não ter conseguido o carro... - ele sorriu para ela e os dois apertaram as mãos. Era estranho ver Black sorrindo tão fácil para alguém.

-Não se preocupe! Ele me ligou, está enrolado na delegacia, algo como um ataque de animal... Vai vir em alguns minutos. - a garota tirou o cabelo do rosto, e achei que essa ação serviria para diminuir a forma quase compulsiva como ela piscava, mas não tive tanta sorte.

-Entra aí, te deixo lá, é caminho pra mim. - Jacob assegurou, abrindo a porta do carona para ela.

Eu definitivamente nunca havia visto uma delegacia no nosso caminho, e me pergunto o que havia acontecido com o "já está tarde." A garota se sentou no banco que eu geralmente ocupava, fiquei parado sem saber o que fazer, já que a porta de trás tinha um defeito e não abria.

-Você não vem, Lindbergh? - a voz de Black por fim chamou minha atenção.

Ergui as sobrancelhas para ele e indiquei a porta com o queixo, ele pareceu se dar conta apenas naquele momento. Suas bochechas se tornaram sutilmente rubras quando afastou o banco do motorista para que eu entrasse no veículo.

Não me dei ao trabalho de trocar mais do que um aceno de cabeça com ela, de algum modo a garota não me inspirava educação. Os olhos escuros de Jacob encontraram os meus pelo retrovisor, parecendo cheios de um misto de sentimentos que eu não quis pela primeira vez, tentar compreender. Pluguei os fones de ouvido e me permiti desligar da cena.

Acho que não estive ferrado muitas vezes na vida. Talvez alguns problemas na escola da época em que minha mãe se foi, brigas bobas com meu pai no início da adolescência ou alguma frase comprometedora que falei da boca pra fora perto dos caras. Ainda assim, sei reconhecer a sensação de estar muito ferrado, e ela nunca foi tão nítida quanto agora.

Faziam anos que eu não via Bella, mas ainda tenho a memória nítida de como fizemos tortas de lama juntos na porta de casa, durante o velório da mamãe. Me lembro de como a distração me ajudou a suportar tudo, e de como ela se tornou um anjo intocável para mim depois daquilo. Sonhei com a ideia de reencontrar ela de novo por anos, desde que ela foi morar com a mãe em Phoenix, e o reencontro que tanto esperei... Não me fez sentir nada.

Eu não sabia o que estava errado comigo, minha paixão de infância me reconheceu e eu nem mesmo me importei. Não havia nada da magia que eu esperei, e no meu desespero de encontrar pelo menos um pouco daquele sentimento, acabei me oferecendo para lhe dar carona.

Erick não falou comigo depois disso, quase parecia chateado com algo, e me perguntei se estaria sendo novamente importunado na escola. Enquanto ele dormia no banco de trás, busquei hematomas pelo pouco de pele que eu podia ver, mas não havia nada.

-Quem é ele? É seu amigo? Não me lembro dele na cidade naquela época. - a voz de Bella me arrancou de meus pensamentos.

-É um amigo da família, novo na cidade, está passando uns tempos lá em casa. - expliquei, sem muito ânimo, mais duas ruas e estaríamos na porta da delegacia.

-Entendi... Deve ser estranho ter alguém que não conhece morando em casa, né? - ela abraçava a mochila contra o peito, observando a paisagem.

-Nem tanto, tipo... No começo talvez, mas ele é engraçado depois que se conhece, só não conte que eu disse isso. - brinquei e Bella riu baixo, o clima divertido foi novamente substituído pela estranheza alguns instantes depois.

Estávamos na porta da delegacia da cidade antes que eu pudesse encontrar um novo assunto. Descemos juntos do carro, Erick permaneceu dormindo. Havia uma ambulância na porta do estabelecimento, uma maca estava sendo colocada na parte de transporte e em cima dela havia um saco preto com o que imaginei ser uma pessoa dentro. Senti meu estômago revirar.

Um homem de jaleco saiu do prédio, e algo naqueles olhos dourados me fez arrepiar. Soube quem era apenas pela descrição que meu pai deu, mesmo que nunca tivesse visto Carlisle Cullen pessoalmente. Aquela lenda boba me veio à mente, mas olhando para ele, nada me dizia que aquilo podia ser muito mais que o preconceito que meu pai sempre teve com brancos forasteiros.

-Meu Deus, ele morreu?! - Bella perguntou, assombrada.

-Perdeu muito sangue de uma vez... Não tivemos tempo para uma transfusão. Você o conhecia? - o doutor não olhou para mim em nenhum momento, eu era quase um fantasma naquela conversa.

-Sim, ele era amigo do meu pai... Sou filha de Charlie.

-Entendo... Acho que deveria ir falar com ele, não é uma notícia fácil de se digerir. - ele abriu a porta para que Bella entrasse, e sem muita escolha ela se despediu com um aceno rápido.

-Obrigada pela carona, Jake!

Apenas quando Bella desapareceu dentro do prédio, é que o tal Cullen me dirigiu um olhar. Foi rápido, e ele apenas acenou com a cabeça e foi embora logo depois, mas uma sensação estranha se apoderou de mim da mesma forma. Mãos formigando e havia um peso invisível em minha nuca.

Andei rápido até o carro, meu coração estava acelerado, batia tão forte no peito que eu não respirava mais corretamente. O barulho dos pneus quando fiz a curva para sair do estacionamento só não acordou Erick porque ele estava de fone. Sem saber o motivo, nos tirei o mais rápido que pude daquele lugar. Eu ainda não acreditava nas histórias malucas do meu pai, mas senti que havia realmente algo muito errado com os Cullen.

XXX

Notas da Autora:

Hello, darlings!

RETORNEI! KKKKK

Gente, juro, aconteceu tanta coisa doida nesse tempo que parei de atualizar! Mas tô de volta e com capítulo novinho em produção. Não prometo a vocês muita velocidade de atualização porque a vida adulta é uma porcaria e eu tenho que trabalhar, porém, vou fazer um esforcinho! Muita coisa legal ainda vai acontecer nessa história!

Espero que tenham gostado do capítulo e até a próxima! Deixem teorias e opiniões nos comentários!
Obrigada por ler!

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