Chào các bạn! Vì nhiều lý do từ nay Truyen2U chính thức đổi tên là Truyen247.Pro. Mong các bạn tiếp tục ủng hộ truy cập tên miền mới này nhé! Mãi yêu... ♥

Capítulo 22

Quando Livia se afastou, encontrou um Pedro impaciente esperando por ela na grama. Com graça, ela se sentou do lado dele, para em seguida se deitar, apoiando a cabeça no colo dele. Tapou os olhos, tentando proteger os olhos do Sol. Escurecia em breve... o prazo estava acabando.

− Espero que eles se acertem...−disse isso enquanto Pedro acariciava os cabelos dela distraidamente. −Pedro?

Ele estava distraído, aquilo era óbvio. Abaixou o rosto para fitá-la quando ela o chamou.

− Desculpe. – Pedro sorria enquanto a mão dele ainda passeava pelos seus cabelos.

− No que você estava pensando?

− No amanhã.

− Pensei que havia dito para esquecer isso enquanto pudesse.

− Eu não consigo. Não consigo deixar de pensar que amanhã começa a contagem regressiva.

− É assim que você vê Pedro? Acha que eu vou morrer?

− Não acho. Mas confesso que tenho medo.

Ele parou de acariciar os cabelos dela e enxugou uma lágrima que caiu. Livia se levantou e se sentou novamente. Com um gesto delicado, fez Pedro voltar o rosto na direção dela. Ele tinha os olhos vermelho e ela os tinha mareado.

− Eu não posso fazer nada Pedro. Não posso dizer que vou sobreviver e tudo ficará bem, mas... posso dizer que não vou desistir. Sabe, eu sempre vivi conformada... sempre soube que podia morrer e tentei aceitar isso. Mas depois que eu te conheci, não quis mais me conformar com a morte. Quero viver, mais do que qualquer coisa na vida. Mas não posso entrar em desespero. Tenho que ir com fé, mas... tenho que saber que tudo pode dar errado.

Ela limpou as lágrimas dele e sorriu.

− Mas ver você assim me deixa preocupada. Acha que eu posso ir para uma cirurgia de alto risco sabendo que meu namorado vai estar aqui se martirizando? Você tem que ser forte Pedro. Por você, e por mim. Porque eu mal consigo me manter em pé e vou sucumbir na dor se você continuar assim.

Ela o abraçou. Aquela era a maneira dos dois se passarem força. Muitas vezes ela precisara dele, muitas vezes ele precisava dela. Aquele talvez fosse o segredo do relacionamento perfeito: ninguém é forte demais que não precise de consolo, ninguém é fraco demais que não possa consolar... a harmonia da força e da fraqueza, a necessidade da outra pessoa, o amor... tudo isso se funde no relacionamento. Mas naquele momento, nem Livia e nem Pedro pensaram naquilo. Chorando, ambos temendo o amanhã, se beijaram com paixão, amor, carinho, desejo e... medo. Pois ele não os abandonara definitivamente.

Eles foram observados por Ana, que naquele momento confessara seu amor para Lúcio. E os dois casais trocaram um beijo intenso, e ambos murmuravam eu te amo, seja para si mesmos ou em voz alta.

Livia se separou do beijo. Fitou Pedro com atenção e franziu o rosto, em sinal de preocupação.

− Já ia me esquecendo. Quero que me prometa uma coisa.

− O que houve?

− Quero que me prometa que... independentemente do resultado dessa cirurgia você não vai desistir.

− O que quer dizer com isso?

− Que... se eu morrer, você não vai viver preso na dor ou tentar tirar sua vida, ou fazer qualquer estupidez. Você vai viver, ser feliz, lutar pelos seus sonhos e morrer de velhice. Não quero que você fique vivendo de passado ou... faça uma besteira.

Livia parecia ter lido a sua mente. Ele pensava exatamente que caso ela morresse, ele morreria junto com ela.

− Prometa, Pedro.

− Eu não posso. Não saberia viver sem você... não conseguiria...

− Pois terá de aprender. − Livia aumentou o tom de sua voz.

− Acha que ficarei em paz sabendo que você viverá uma vida miserável?

− Não posso.

− Me prometa Pedro!

− Eu não posso.

− Pedro Nogueira, ou você promete ou eu me recusarei a fazer a cirurgia. Pode conviver com isso?

Ele a fitou furioso, mas Livia cruzou os braços.

− Isso é chantagem Livia.

− Jura? Prometa então e acabamos com isso. – Livia disse dando de ombros.

− Livia...

− Droga Pedro... pode prometer?

Ele não tinha opção. Livia não lhe dava escolha. Ela não queria que ele desistisse. E ele não queria lutar sem ela. E o simples marejar daqueles olhos enfraqueciam sua mais terrível e ferrenha determinação.

− Eu prometo.

AS lágrimas cessaram. Como se não tivesse chorado, Livia ergueu o rosto e o beijou com suavidade. Se deitou novamente no colo dele e ficou olhando para o vazio. O que poderiam fazer? Conversas longas, demoradas e tristes? Declarações apaixonadas perdidas em meio a dor? Ou o suave e reconfortante silêncio? Ela se voltou e viu que Ana e Lúcio acenavam, indicando que iam embora. Eles preferiam ficar. Não queriam ir embora ainda.

Observando Ana e Lúcio sumirem de vista, Pedro se voltou para o céu. Já estava escurecendo. Em breve teriam que ir embora. Wanessa os esperava, o momento da angústia final antes do mergulho... Livia estava tão quieta que ele pensou que ela havia dormido. Mas ela estava com os olhos abertos, refletindo a primeira estrela que brilhava na noite.

Estava escuro, mas para eles aquele era o último dia de luz e paz em suas vidas. A escuridão começaria no dia seguinte, quando o Sol nascesse...

***

− Livia minha filha, onde você está?

Já era dia. Com as bolsas prontas, levando o apetrecho necessário, Wanessa e Sérgio esperavam por Livia na cozinha. O atraso já era de 15 minutos e eles já deveriam estar saindo para o hospital. Sérgio tomou um gole de café.

− Nada ainda?

− Nada. Será que ela surtou? Quero dizer, a situação não é fácil...

− Ela deve estar se arrumando Wanessa. Nossa filha é forte. Não surtou antes e não surtará agora.

Wanessa tentou se acalmar, mas era evidente que estava preocupada. Quando mais cinco minutos se passaram e ela estava decidida a arrombar a porta do quarto, Livia desceu as escadas carregando uma mala pequena, contendo pijamas e outros acessórios. Parecia calma, mas ao ver o olhar da mãe franziu a testa.

− Nem cheguei no hospital e você já está pensando no velório?

− Não brinque com isso filha. Por que demorou tanto?

− Estava no telefone com o Pedro. Ele me ligou dizendo que não poderia vir aqui em casa, mas que passaria no hospital antes de eu ser internada de fato. O que achou? Que eu estava tendo uma crise ou algo do gênero?

− Algo assim. – Wanessa realmente parecia envergonhada por ter considerado em tão baixa estima a filha.

Livia deu um beijo no rosto da mãe e sorriu.

− Não tenho medo do que não há solução mãe. Estou há 21 anos me preparando para isso. Simplesmente chegou a hora.

Sem tocar no café da manhã, ela ajeitou as bolsas. Sérgio nada dissera. Conhecia bem a filha. O melhor era não tocar no assunto.

− Sua conversa nos atrasou querida. Vamos direto para o hospital.

− Sim vamos. Mamãe, não se preocupe. Por favor, não chore agora. Já está sendo difícil... – Livia ao ver que a mãe chorava a abraçou firmemente.

− Eu entendo minha filha. Vamos logo. Seu pai tem razão. Estamos atrasados. – Wanessa dizia enquanto tentava controlar as lágrimas.

A consulta com Amanda não demorou muito tempo. Livia apresentou os exames e esperou a paciente avaliação da médica. Ao fim, Amanda registrou os exames e sorriu.

− Está tudo bem com você, você tem uma saúde quase de ferro. Poderemos realizar sem problemas a cirurgia. Está pronta para se trocar?

− Sempre estive.

Amanda deu um sorriso encorajador. Indicou o banheiro para que Livia trocasse a roupa pesada e colocasse um pijama. Ela entrou no banheiro. Não, não estava pronta. Como estaria se Pedro ainda não aparecera?

Ela retirou a roupa rapidamente. Saiu do banheiro trajando um pijama de botões comprido, conforme as regras do hospital. Olhou pela janela, procurando o namorado, mas não o encontrou. O que havia acontecido?

Ana já estava na sala de Amanda. Se deu conta disso ao ver o olhar calmo da amiga. Os pais de Livia já enxugavam as lágrimas com lenços de papel. Amanda e Ana, com um olhar grave, se dirigiram aos pais.

− Bom... está na hora.

− Cuide-se minha filha Ana. E prometa não desistir Livia.

− Seja forte, minha querida. – Sérgio apoiava a esposa e tentava ter tanta força quanto pudesse pela filha.

− Eu nunca desisto. Vocês sabem disso.

Ela abraçou os pais rapidamente. Por fora parecia forte, mas internamente vacilou. Pedro não havia vindo. Não poderia despedir-se dele. E talvez nunca acordaria para dizer adeus... triste, ela se soltou dos pais e, com as pantufas do hospital, seguiu Ana e Amanda para a sala de cirurgia.

Ainda procurou Pedro pelos corredores. Mas ele não estava lá.

Talvez ele tenha finalmente desistido... talvez ele não suportou... viu o quão trágico tudo isso é... talvez ele simplesmente tenha partido, a fim de esquecer tudo o que vai me acontecer... talvez tenha sido isso. Livia não podia refrear a enxurrada de pensamentos negativos que a tomavam a cada passo.

Ou talvez não, a sua mente lhe dizia isso com frequência. Mas quando se deitou na cama e observou Ana preparar a seringa com o líquido que lhe induziria ao coma, Pedro ainda não havia chegado.

##################################################################### 

Obrigada leitores! 

Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro