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Capítulo 17

Antes de começar esse capítulo, quero pedir um minutinho de silencio e que se chegou até aqui, hoje, dia 22 de março, aniversário da Lala, envie todas as suas boas virações para ela.

Elany_Araujo, parabéns minha amora, que você sempre possa ser abençoada. Obrigada por tudo, e tenha um feliz aniversário. Hoje, amanhã e para sempre! Esse capítulo é em sua homenagem.

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Um mês depois

Era o dia de folga de Ana. Ela resolveu aproveitar o dia para ler um bom livro em uma área tranquila e discreta. Calma, folheou as páginas do romance com tranquilidade. Achava a heroína tola por lutar tanto pelo amor, quando na verdade, era óbvio que ela ia perdê-lo. E não deu outra. No fim do livro, o casal terminou separados, ela chorando e ele partindo. Um fim tão triste para uns e tão óbvio para ela.

Ela fechou o livro enquanto sentia o vento balançar suavemente os cabelos. Fechou os olhos, tentando captar o frescor do vento em sua pele. Ouviu o ruído de crianças brincando e sorriu. Era bom as vezes sair do hospital, ela tinha que admitir.

Levantou os olhos e se deparou com um dia bonito e o céu cheio de nuvens. Estava estranha naquele dia. Nunca fora uma pessoa que apreciasse sair ao ar livre, ouvir crianças brincando e contemplar o céu. O que estaria acontecendo?

Suas divagações foram interrompidas por uma voz conhecida. Ela sabia que o encontro com ele era inevitável, mas não imaginou que seria tão abrupto.

− É um lindo dia... céu claro, nuvens grandes... costumava olhar para as nuvens e ver seus formatos... você fazia isso?

− Há muito tempo. Mas não o faço mais.

Ela o fitou com atenção. Não o via fazia muito tempo. Depois que ele acordara do coma, ela não se aproximara mais dele. Ele havia recebido alta e havia partido. Mas ela sabia que ele não sairia da sua vida. Ele estava mudado. Parecia que deixara de ser andarilho. Usava um jeans e uma camisa social, estava barbeado e limpo. Era óbvio que alguma coisa mudara em sua vida.

E aparentemente, alguma coisa mudaria na vida dela.

− Está reparando na minha mudança de visual? Bem, como o mais novo contratado da "Security Softwares", tive que abdicar do meu traje rasgado e fedorento, bem como da barba longa e emaranhada.

− Confesso que você está bem melhor assim. E como é o novo emprego?

− Bem, eu aprovo sistemas de segurança. Não os crio, mas ao menos julgo o que é bom e ruim. Ainda que tenha passado por uma má fase, as pessoas ainda confiam em mim.

− Isso é bom. Então você voltou a ser Lúcio Molina?

− Voltei. Graças a você.

− Eu não fiz absolutamente nada.

− Você fez. Me disse umas verdades. Se não fosse pelas suas palavras, ainda estaria sendo um fracassado feliz com a minha condição.

− Bem, então de nada. Que bom que se recuperou e o acidente não lhe deixou sequelas.

− Fui bem atendido. − Ele sorriu com tranquilidade, e Ana se amaldiçoou por saber que nunca estaria preparada para encarar o poder daqueles olhos negros, e nem daquele sorriso tranquilo que Lúcio dirigia a ela.

− Foi bom revê-lo. Mas preciso ir.

Ela se levantou do banco rapidamente e não ficou surpresa quando Lúcio segurou seu braço.

− Tão cedo?

− Sou uma moça ocupada. Pode me soltar?

− Acredito que não. Você me ajudou então devo fazer o mesmo por você, ainda que contra a sua vontade. Por que foge tanto Ana? Do que tem medo? Tem medo de gostar de mim?

− Não tenho medo do que nunca vai acontecer.

− Não? Então por que foge cada vez que eu me aproximo? Por que precisa ler romances com finais infelizes para ter certeza que o amor é uma tragédia?

− Gosto de coisas trágicas.

− Não. Você tem medo de se envolver. Tem medo de gostar de alguém. E eu estou causando algum efeito em você. É isso, não é?

− Você é convencido demais. Jamais iria me envolver com um cara como você.

Que outra alternativa existia além da negação?

− Ah é? Pois então prove Ana.

− Provar como?

− Passe a tarde comigo. Se ainda no final você conseguir repetir tudo isso, eu sumo da sua vida e nunca mais a procuro.

− Proposta tentadora. Então, se no fim da tarde você tiver certeza que eu não aguento você, me deixará em paz?

− Tem a minha palavra. Mas acho que você se dará conta de que me quer por perto.

Ana: Acho que você tem sérios problemas de audição Lúcio, e sinto muito que durante a sua estadia no hospital nem desconfiamos. Isso, ou ainda deve haver alguma sujeira acumulada.

− Mas então? Aceita a aposta?

− É isso o que é? Uma aposta?

− Eu chamaria de constatação do que todos sabem, mas tem jeito de aposta.

− Desafio aceito Lúcio Molina. Passo uma tarde com você e se no fim eu puder repetir o que eu já sei, você some da minha vida.

Lúcio deu um sorriso maroto.

− Você não vai conseguir repetir. Agora venha cá. - disse a puxando pelo braço.

− Ei...

− A tarde é minha, eu faço o que desejo. − Ele se deitou na grama e a fez se deitar ao seu lado, tendo como resposta os muxoxos de Ana que não parecia nem um pouco contente, e claramente acreditava que tudo não passaria de perda de tempo.

− Ana.... Está um dia tão lindo... a quanto tempo você simplesmente não se deita na grama e esquece do mundo, como agora?

− Já fazem alguns anos...

− Foi o que eu imaginei. Acho que está na hora de reaprender.

Ela não disse nada, apenas ficou olhando para o céu, distraída. Quando se deu conta, viu que a sua mão estava entrelaçada na mão de Lúcio. Ele a segurava e olhava para cima, não para ela, como ela pensou que faria.

− Ainda não entendo o que quer comigo. Fazem tantos anos...

− Dizem que amamos uma única pessoa na vida... e eu tenho a impressão de que amei você. O tempo passou, mas aquilo que aconteceu eu nunca me esqueci. Mesmo quando segui em frente, eu sonhava com você, ainda que sem me lembrar do seu rosto...

Ele apertou a mão dela e sorriu.

− Eu acredito em destino Ana. Acredito que perdi tudo para reencontrá-la. E acredito que estávamos destinados desde sempre a ficarmos juntos, mesmo sem nunca nos conhecermos direito. Você não acredita nisso?

− Não acredito em muitas coisas. Apenas acredito que com perseverança tudo se alcança.

− Sim, eu também acredito nisso... por que acha que eu não desisti ainda?

***

U2 - Beautiful Day

Lindo Dia

The heart is a bloom
Shoots up through the stony ground
There's no room
No space to rent in this town
Meu coração é uma flor
Floresce rápido em meio ao chão pedregoso
Mas não tem nenhum quarto
nenhum espaço para alugar nesta cidade

You're out of luck
And the reason that you had to care
The traffic is stuck
And you're not moving anywhere
Você está sem sorte
e sem o motivo que tinha para importar-se
O trânsito está parado
e você não está se movendo para lugar algum

You thought you'd found a friend
To take you out of this place
Someone you could lend a hand
In return for grace
Você pensou que encontraria um amigo
para te tirar deste lugar
Alguém a quem você poderia "dar uma mão"
em troca pelo favor

It's a beautiful day
Sky falls, you feel like
It's a beautiful day
Don't let it get away
Está um lindo dia
o céu desaba E você sente como se fosse um lindo dia
Está um lindo dia
Não deixe-o escapar

You're on the road
But you've got no destination
You're in the mud
In the maze of her imagination
Você está na estrada
mas você não tem nenhum destino
Você está na lama
no labirinto da imaginação dela

You love this town
Even if that doesn't ring true
You've been all over
And it's been all over you
Você ama esta cidade
ainda que isso não soe verdadeiro
Você esteve em todo lugar
e estava em você todo

It's a beautiful day
Don't let it get away
It's a beautiful day
Está um lindo dia
Não deixe-o escapar
Está um lindo dia

Touch me
Take me to that other place
Teach me
I know I'm not a hopeless case
Toque-me, leve-me para aquele outro lugar
Ensine-me, eu sei que não sou um caso perdido

See the world in green and blue
See China right in front of you
See the canyons broken by cloud
See the tuna fleets clearing the sea out
See the Bedouin fires at night
See the oil fields at first light
See the bird with a leaf in her mouth
After the flood all the colors came out
Veja o mundo de verde e azul
Veja a China bem na frente de você
Veja os canyons interrompidos pela nuvem
Veja os cardumes de atum fugindo rápido no mar
Veja os fogos dos beduínos à noite
Veja os campos de petróleo à primeira luz do dia
E veja o pássaro com uma folha na boca
Após a enchente, todas as cores saíram

It was a beautiful day
Don't let it get away
Beautiful day
Estava um dia lindo
Não deixe-o escapar
Dia lindo

Touch me
Take me to that other place
Teach me
I know I'm not a hopeless case
Toque-me, leve-me para aquele outro lugar
Alcance-me, eu sei que não um caso sem esperança

What you don't have you don't need it now
What you don't know you can feel it somehow
What you don't have you don't need it now
Don't need it now
Was a beautiful day
O que você não tem, você não precisa agora
O que você não sabe, você pode sentir de algum modo
O que você não tem, você não precisa agora
Não precisa agora
Estava um lindo dia.

***


Ele a ficou observando por um momento, as mãos ainda entrelaçadas. Ana desviou o rosto do céu por um momento e o encarou. Ele também o fez. Ela finalmente deixava o muro de frieza começar a derreter ao som das palavras dele. Parecia não se esforçar mais tanto para repeli-lo. Parecia mais... humana. Ele se deu conta disso quando começou a acariciar o rosto dela. Ana o encarou um pouco perplexa, mas não o repeliu. E quando ela menos esperou, ele a beijou, profundamente e calorosamente, embaixo do sol brilhante e do céu azul, o que caracterizava um lindo dia.

Ele se separou do beijo sem uma palavra sequer. Puxou Ana para mais perto e a fez se deitar perto dele, a abraçando. Ele sentiu que ela tremia. Como se temesse alguma coisa.

− Isso já foi longe demais. Eu... não devia ter ficado aqui.
− Não. Você já fugiu por tempo demais. Não sei o que houve no seu passado mas já está na hora de enfrentar. O que quer Ana? Viver como um zumbi o resto da sua vida por medo de uma história se repetir? Quando vai deixar de ser covarde e enfrentar que você tem sentimentos, é capaz de amar, sofrer e que deseja isso para você? Você fugiu de mim há nove anos. Não vai fugir hoje. Não depois do que aconteceu aqui.
− O trato é que se eu conseguisse repetir o que te disse agora a pouco, poderia ir embora e você sumiria da minha vida.
− Tem razão. Você consegue repetir?

Ana abriu a boca para falar. Mas a fechou logo em seguida. Ela não conseguia. E agora, o que faria?

− Não, você não consegue. Não é verdade? Então lamento Ana. Você perdeu essa. Mas ganhou mais do que perdeu, creio eu. Eu entrei novamente na sua vida. E agora não vou mais sair, sinto muito.

Ela ficou em silêncio enquanto ele relaxava o aperto.

− Olhe para aquela nuvem. Acha que ela tem forma de que?

Ela nada respondeu. Parecia estar reunindo forças para falar.

− Acho que parece com uma baleia, ou um cachorro... bem, nuvens tem formas incertas, creio eu.
− Assim como os sentimentos?
− Sentimentos não são incertos. São obscuros. Quando os tornamos assim.

Ana nada respondeu e ele a beijou novamente. Ela não havia conseguido repetir. E agora sua vida ia mudar... não sabia se estava pronta para aquilo. Mas sabia que a reviravolta era inevitável.

***

Eram sete horas da noite quando Pedro apareceu na faculdade onde Livia estudava. Encontrou ela com a pilha habitual de livros, lendo um poema de Vinícius de Moraes. Ela tirou uma mecha dos cabelos dos olhos enquanto prestava atenção no poema, e o recitava baixinho. Ele sorriu. Sabia o quanto Livia amava a literatura, mas não sabia que ela tinha tanta sensibilidade. Pela maneira como ela lia, parecia que sentia o poema, vivia o poema.

− "..., mas que seja infinito enquanto dure." - Livia suspirou e fechou o livro a qual dedicava sua atenção.

Ela ergueu os olhos e viu Pedro parado na sua frente. Sorriu enquanto ele sentava do lado dela e a beijava com carinho.

− Não quis atrapalhar sua leitura. Você fica linda lendo Vinícius de Moraes, sabia?
− Um amante da poesia?
− Na realidade não. Todo mundo conhece esse poema.
− Claro, o poema é famoso. Mas vamos logo sair daqui. Estou enfiada na faculdade desde de manhã, não vejo a hora de deitar na minha cama e ver Televisão.
− Nada de televisão. Hoje temos um compromisso importante.
− Compromisso? Que compromisso?
− Por acaso esqueceu Livia? Faz exatamente um mês que começamos a namorar. Temos que comemorar.
− Um mês. Eu me esqueci. Completamente. Me desculpe.
− Eu sabia que você ia se esquecer. Do jeito que detesta os detalhes, ia deixar essa data passar.
− Eu estou achando que vou ouvir uma bronca.
− Não vai. Você é assim e isso não vai mudar. Mas vai ouvir uma bronca se não ir logo para casa e mudar de roupa a fim de comemorarmos.
− Céus, que namorado mandão eu tenho... ok Sr. Pedro Nogueira, vou fazer isso em consideração a minha perda de memória. Vamos? - Livia sorria enquanto estendia a mão para Pedro.

Pedro apenas sorriu e pegou a mão dela. Os dois sorriram enquanto cruzavam o pátio da universidade. Estavam atingindo o portão, quando foram interceptados por uma mulher de rosto familiar.
− Livia. Pedro. Que coincidência.

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