Um leitor me fez o seguinte questionamento tão interessante que resolvi abordar aqui

Hmm, dilema perigoso...

Quem ama mais, aquele que não consegue deixar ou aquele que consegue?

Entraria-se em uma discussão sem fim sobre isso, acredito que os dois amem demais, mas são orgulhosos, a vida os ensinou que é matar ou morrer.

Livia conviveu com o desprezo, a pena e o preconceito desde cedo, agora tem medo de acreditar que mesmo doente, pode ser, e muito, atraente para alguém fisicamente saudável, ela o ama, e quer protegê-lo do sofrimento da possível perda, ao mesmo tempo se proteger, está cansada de se magoar

Pedro, foi maltratado por seus próprios familiares, desde cedo o abandono do pai para ele pesou consideravelmente, a morte prematura da mãe, a situação familiar na casa que outrora o abrigava, ele encontra em Livia a sua tábua de salvação, e isso o amedronta, mas assim como ela, ele a quer proteger, mas não a afastando, ele a quer por perto, quer dar a ela o que de mais precioso pode oferecer, seu coração, ela o fez abandonar o medo.

Agora, porque eu interrompi a história para escrever isso?

Bem, a história é baseada em fatos reais, ou seja, de alguém que viveu uma situação parecida, o que vou falar é piegas e talvez repetitivo, mas na época teria sido ótimo se eu tivesse seguido o conselho

Pode parecer simples falar eu te amo, mas amar é ter certeza de que este sentimento não vai mudar, você entrega seu coração, mesmo sabendo que o outro tem todo direito de aceitar ou não, mas você o quer necessita estar ao seu lado. Pode ser que ame-o já há algum tempo, talvez, há alguns anos, pode ser que ocorram relacionamentos que os separem, que lhe magoe, mas quando se ama, mesmo que doa, mesmo que tudo o que queira seja escalpar o motivo do sorriso da pessoa amada, nada se faz para atrapalhar.

Amar é desejar ver o outro feliz, a custa da sua própria felicidade. É abrir mão de seu bem querer pelo outro, é ser capaz de abrir mão da pessoa que ama se souber que ela será mais feliz sem você.

O amor é querer cuidar,proteger,ser capaz de fazer tudo por essa pessoa até mesmo se sacrificar por ela,querer tomar todas as dores e sofrimentos só para essa pessoa não passar por isso,é querer ver o sorriso da pessoa amada todos os dias e querer tudo de melhor para essa pessoa independente do que aconteça.

O amor é se entregar de corpo e alma à outro ser, matar, morrer e viver novamente por ele, fazer tudo para vê-lo feliz, ainda que isso signifique a sua infelicidade, por em risco os próprios sentimentos pelos do outro. O amor é estar feliz, mesmo estando infeliz, porque nada é mais importante do que o sorriso do ser amado.

O amor é uma sensação maravilhosa, você não sabe quando ele vai chegar, ele nuca manda aviso, apenas entra sem bater e pedir licença, te invade e te vira pelo avesso, e acredite, você fica feliz por isso, se não for verdadeiro ou correspondido, apenas o tempo o pode curar, mas se verdadeiro for, ah...não importa o que faça, ou quanto tente se afastar, ele permanece a lhe assombrar, segue contigo aonde for, pois clama para que sua outra parte seja enfim anexada.

O que seria o amor à primeira vista? Seria o amor que sentimos que não conseguimos explicar? Seria o amor que não conseguimos entender ou seria o amor que não conseguimos aceitar?

É claro que precisamos encontrar uma explicação para o que não conseguimos classificar.

Eu defino o amor à primeira vista como aquele amor indecifrável, que você jura já ter sentido, já ter vivido, mas não viveu, não amou... não até onde você se lembre.

O amor à primeira vista poderia ser aquele amor desconhecido, mas que se torna parte de você, independente de sua vontade.

Ou, o amor à primeira vista seria aquele amor de outra vida, aquele amor destinado a durar pouco, a não ser duradouro, a terminar de forma trágica... mas apesar de tudo, é impossível deixar de querer sentí-lo.

Você já sentiu amor à primeira vista? Se já sentiu qual foi o seu caso?

Se não sentiu, não se preocupe, você sentirá ainda, mesmo que não o defina assim.

Coisas de seres humanos...

Amores, não deixem que nada os impeça de seguir ao amor, e eu não vou enganá-los, algumas vezes o caminho que conduz ao amor também nos traz perdas, e em, dor, mas ao final, sempre, tudo que vão ter será descoberta, caso não do amor, ao menos de si mesmos.

Então meus amores, meus pandinhas lindos e maravilhosos, amem. Ame abertamente, esteja com a alma livre para abraçar ao amor quando ele chegar, se permitam descobrir-se, e eu os garanto, não irão se arrepender.

E é só.