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Capítulo 13

Ana apenas respirou fundo, tentando não trair a sua mente. Ele a fitava com um enorme carinho no rosto. Ela sabia que tinha de sair dali, chamar um médico..., mas não conseguia. Estava completamente sem saber o que fazer... pela primeira vez na vida.

− Notei. Você não conseguiu acordar por um mês...

− Você não tinha me dito antes o que disse agora.

Ela virou o rosto. As palavras que haviam saído agora pesavam sobre seus ombros. Ele havia ouvido sua vulnerabilidade. Estaria perdida se a conversa não mudasse. Mas como mudá-la?

−Desde que a vi, quando entrei nesse hospital sabia que a conhecia..., mas não sabia de onde. Então é você... a menina que eu beijei há nove anos atrás, numa atitude impulsiva e doida...

− Essa sou eu. E eu não me lembrava de você... sabia o seu nome, mas não me lembrei... nove anos... é uma vida.

− É muito tempo. Muita coisa aconteceu... e eu sempre quis revê-la..., mas nunca consegui encontrá-la... não sabia seu endereço, seu nome...

Ana ficou pensativa.

− Tive meus motivos para fugir depois daquele beijo. Talvez você nunca os saiba. Mas... não pude fugir o suficiente não? Aqui estamos nós de novo.

− E agora você não vai fugir de novo. Você sempre foi um fantasma na minha mente garota desconhecida. Nunca quis esquecer seu rosto. Vivi, amei..., mas você sempre esteve comigo. E eu nunca soube o motivo.

− Não posso dizer o mesmo. −Virou o rosto sabendo que mentia. Havia feito o impossível para esquecê-lo e mesmo assim, a sombra da memória a perseguia.

− Você está mentindo. E quer fugir de novo. Mas não vai conseguir. Dessa vez não.

− Acho que isso não cabe a você não é verdade? Bem, vou chamar o médico. Você acabou de sair de um coma. Precisa de cuidados.

− Já está fugindo?

Ana se voltou, a mão na maçaneta.

− E se for isso?

− Não será tão fácil. Dessa vez sei seu nome, o que faz... e onde encontrá-la. Não vai escapar de mim dessa vez.

− Não será difícil escapar de um andarilho que mal consegue pensar na sobrevivência. Esqueceu da sua situação?

Ele passou a mão pela cabeça. Fez um movimento para coçar a barba comprida, esquecendo que ela não estava mais lá.

− As coisas podem mudar. Apenas precisarei de tempo.

− Tempo é algo de que não disponho. Vou chamar o médico.

− Sim, vá agora. Mas não pense que será fácil fugir de vez. Nove anos passaram. Não deixarei que mais nove anos passem.

− Você disse bem, nove anos passaram. Como pode querer algo com uma mulher que viu uma vez, beijou uma vez e agora a revê depois de nove anos?

− Acho que... como é mesmo o nome? Acho que isso define o que chamamos de amor à primeira vista.

Ana se endireitou. Não conseguiu responder nada. Apenas abriu a porta e saiu dali rapidamente, sem dizer nada.

***

Livia estava na escuridão do quarto. Tinha um livro aberto no colo, mas não o lia. A mente ainda pensava nas palavras de Alana. No que ela havia dito. Se sentia pálida, abatida... e estava morrendo de dor de cabeça, o que indicava que uma crise estava por vir.

Mas ela não queria sair dali, queria fechar os olhos sob a escuridão do quarto. Fechou os olhos e escondeu o rosto no travesseiro. Estava quieta, pensando quando ouviu passos. A porta se abriu e a luz se acendeu. Ela sentiu um corpo afundar o colchão e uma mão suave passar pelo seu rosto.

− Livia, o que você tem? E não me venha dizer que é nada. Sua mãe me ligou, chorando, dizendo que você estava estranha. O que aconteceu?

Livia escondeu o rosto mais fundo no travesseiro. Não queria falar com ele. Não naquele momento em que se sentia tão só... e tão angustiada.

− Estou bem. Apenas preciso dormir um pouco. Foi um dia cansativo.

−Entendo... a universidade, as aulas, rever os amigos... aliás, gostei da sua amiga Alana. Uma menina muito simpática, um doce de pessoa... parece ser muito especial.

Aquilo foi o que bastou para Livia perder a calma. Levantou a cabeça e fitou Pedro, os olhos soltando faíscas de dor e desespero.

− Claro, Alana é muito especial. Como não seria não é mesmo? Um doce de pessoa. Quer o telefone dela? Quem sabe nasça o começo de uma linda amizade entre vocês?

Pedro a fitou com surpresa. Livia se levantou da cama, mas ele a segurou pelo braço e a fez se deitar novamente. Ele a olhava fixamente.

− O que fiz para magoá-la? O que aconteceu? Você está estranha. Primeiro desmarcou o almoço comigo e agora sua mãe está chorando preocupada. E depois essas palavras... o que aconteceu?

Livia suspirou. Estava machucada pelas palavras de Alana e magoada pelo fato de Pedro achar Alana especial. Mas ele nunca a iludira. Nunca foram algo mais que amigos tentando descobrir se sentiam algo mais pelo outro. Bem, ele descobrira que não sentia. Quem podia culpá-lo? Os beijos apenas eram parte do processo.

− Você não fez nada. Não conscientemente. Mas acho que erramos em termos ido até aqui Pedro. Acho que não... não devemos nos ver mais. E dessa vez é para valer.

− Achei que isso era um assunto superado e resolvido. E sinto muito, já me envolvi. Não vou a lugar algum.

− O que quer Pedro, bancar meu amigo por muito mais tempo? Não entende que eu não preciso da sua amizade?

− Não? E do que precisa exatamente?

O silêncio imperou na sala. Pedro a fitou, esperando a resposta, mas Livia apenas suspirou e fechou os olhos.

− Se você não sabe, como eu posso saber? Você não quer a minha amizade? Ótimo, é uma escolha sua. Mas ao menos quero saber o motivo. Não quero ter que sofrer sem ao menos saber o porquê. Você foi honesta da primeira vez, seja agora.

− Digamos que foi divertido Pedro, você bancar meu amigo. Mas acho que você precisa viver sua vida e não perder tempo com uma amiga moribunda. Neste momento você deveria estar estudando e não estar aqui ouvindo os lamentos de uma cancerígena. Deveria estar procurando e conhecendo a mulher que tanto procura e se apaixonar por ela ao invés de ser confundido como meu namorado ou meu caso, seja lá o que as pessoas pensam.

Pedro sorriu. Passou a mão pelos cabelos dela. Sentiu a pele dela quente e o corpo trêmulo.

− Ah sim, isso. Mas sabe Livia, não acho que você lamente tanto quanto pensa ou eu perca tempo aqui. Acho que se você quer me fazer bem, deveria me deixar ficar do seu lado e não me afastar.

−Inferno Pedro, você sente gratidão pelo que eu fiz por você. Já me agradeceu e já fez por mim por uma vida inteira. Mas chega. Vá viver sua vida, siga em frente. Me esqueça. - Livia sentia tanta raiva de si mesma, de sua sorte, de Alana, com raiva se pegou afastando a mão de Pedro do seu rosto.

− É isso que você pensa que é? Gratidão?

− Mas é claro que é gratidão. Agora vá embora.

− Eu não vou a lugar algum. Você acha que tem razão em tudo Livia Oliveira? Pois perdão por contradizê-la. Não sinto apenas gratidão por você. Sinto é claro, pois você não sabe o bem que me fez. Mas isso não é tudo. Nunca foi. E se você não quer enxergar então eu terei que soletrar para você.

− Chega Pedro! Acabou a brincadeira. Vou presumir que você sinta pena além de gratidão. Agora vá embora. Vá procurar a Alana ou a mulher que você esteja esperando, a mulher que mudará a sua vida. E me deixe em paz.

− Eu não vou a lugar nenhum, já disse! Ainda não entendeu? Eu já não procuro mais por essa mulher há muito tempo. Porque já a encontrei. E ela é você. Que inferno, você não se deu conta? Eu não posso me afastar Livia. E não é gratidão, pena ou qualquer sentimento duro e triste que passe pela sua mente. É PORQUE EU TE AMO!!!

Tudo o que restou a Livia foram momentos de eco em sua cabeça.

EU TE AMO.

EU TE AMO.

TE AMO.

TE AMO.

TE AMO.

AMO.

AMO.

AMO.

AMO.

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