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II. Sem ideias premeditadas

  Às seis em ponto, o barulho irritante e rotineiro do celular ecoou por todo o quarto, avisando que a hora de viver havia chego. Para Maya não foi complicado abrir os olhos, já que ao menos havia conseguido a proeza de os fechar para um mísero descanso.

Com a cabeça encostada sobre a mão, ela encarava os prédios para além de sua janela um pouco empoeirada. Não era nada específico já que sua mente não lhe ajudava a focar em algo de fato, era como se sua vista estivesse descansando apenas. As cores do céu se misturavam com o adeus da noite e assim como aquela bagunça, seus pensamentos também se embaralhavam.

Cada palavra escutada inapropriadamente naquele corredor a fazia sentir uma agitação singular no pé do estômago. Seu peito se contraía em um ansiedade diferente e seu corpo parecia se tornar febril. Maya nunca imaginou que escutaria aquilo, nem mesmo em seus sonhos mais loucos. Jimin era um amigo incrível, tinham uma conexão que parecia provir de outras vidas e pensar que aqueles desejos o sucumbia parecia fora de cogitação.

Nunca acreditaria se lhe contassem e ainda se questionava se não estava louca.

E para piorar, tinha Jungkook, que compartilhava daquele mesmo segredo e essa parte, em específico, não entrava na mente da garota. Jeon era tão tímido quando estava perto de si, sempre tão arredio que Chey não conseguia acreditar.

De repente parecia muita coisa para sua cabecinha.

Ela os achava atraente, não poderia negar jamais. Contudo, lhe parecia errado demais estar entre os dois. Maya amava Jimin e tinha apreço por Jeon, apesar de acha-los fodidamente perfeitos, não poderia colocar em risco sua amizade de longa data se metendo naquele relacionamento tão único. Só de pensar em um vida sem Park ou Jeon, seu peito se apertava.

Ela queria, mas achava que não poderia...

Perturbada demais para conseguir pensar coerente, Maya respirou fundo e se levantou decidindo que era hora de abandonar todas as ideias malucas, afinal, pessoas dizem muitas bobagens quando estão com tesão. Certo?

A cacheada se levantou e espreguiçou afim de acordar seu corpo que havia acostumado com a posição anterior. Desligou finalmente o celular irritante e foi escovar seus dentes.

— Pare de pensar. — Foi o que disse ao olhar para o reflexo emitido no espelho.

Seus cachos um pouco deformados denunciavam que a mania de mexer no cabelo – que ela mesma odiava – ao estar sobre pressão, havia a tomado durante a madrugada. A brasileira negou em irritação, daria um trabalho imenso finaliza-lo novamente, mas faria de qualquer forma.

Após sair do banheiro, decidiu que tomaria seu café antes de se banhar. Ainda vestindo a blusa de Park, Maya seguiu para a cozinha enquanto tentava fazer sua mente ficar calada. Coisa que não funcionou muito.

Mal sabia que o silêncio logo chegaria ao fim.

Foi ao entrar na cozinha, que seu corpo congelou e sua mente finalmente se calou, simplesmente por estar em pane.

Sem camisa e de costas para si, Jeon Jungkook mexia em uma frigideira e o cheiro de bacon predominava o ambiente.

De repente, o silêncio se transformou de forma radical em um alerta barulhento que fez com que a respiração de Maya travasse na garganta.

— Porra... — O sussurro, em português, não foi capaz de sair de forma audível.

Jeon permanecia descontraído, mexendo seus músculos marcados por unhas, sem notar que já não estava mais sozinho.

Ali, ela decidiu que o melhor a fazer seria voltar para seu quarto, tão silenciosamente quanto veio. O coração batendo fortemente em seu peito era um aviso explícito de que ela ainda não conseguiria lidar com aquele menino.

Seu pé esquerdo se moveu para trás em cautela e o direito fez o mesmo caminho. Mas o que Chey não esperava, é que, ao tentar o movimento uma vez mais, seu corpo trombaria com tudo contra um tórax firme e familiar.

Os olhos cor de avelã se arregalaram e suas mãos se juntaram rapidamente.

— Maya! — A voz angelical soou como uma repreensão divertida, mas Chey só conseguiu notar em como sua pele se eriçou pelo hálito estar tão próximo a si.

Jungkook que, até então, estava alheio a tudo, se virou e ao encontrar aquelas duas figuras na entrada, não evitou em sorrir.

— Bom dia. — Seu dentinhos avantajados davam o charme único à saudação e talvez a junção de toda aquela situação poderia fazer Maya entrar em colapso.

— Olha por onde anda sua desastrada. — Park continuou com o bom humor.

— Desculpa. — Ela pediu constrangida e ao notar a proximidade, tratou de se distanciar — Bom... dia, meninos. — Forçou o melhor sorriso.

— Já tomou café da manhã? — Jimin perguntou passando por ela e indo até a geladeira.

Os olhos de Chey não conseguiram evitar em notar as marcas vermelhas que pintavam a pele branquinha do loiro.

Automaticamente, a imagem de Jeon deslizando a boca naquela região a fez suspirar e isso fez com que Jimin franzisse suas sobrancelhas.

— Está tudo bem? — Maya arregalou os olhos.

Céus, deveria estar sendo patética!

— Cabelo. — Respondeu do nada.

— Cabelo? — Jungkook foi quem questionou.

— Eu tenho que lavar meu cabelo. — Concluiu com a primeira coerência que lhe apareceu.

Logo se virou com o intuito de voltar para seu quarto e se trancar neste mesmo até que seu coração se acalmasse, mas a mão pequenina de Jimin a interrompeu ao enlaçar seu pulso.

— Não vai comer?

— Não posso me atrasar. — Rebateu.

— Mas está cedo ainda. Saímos às sete e quarenta. — Jimin contrariou fazendo Maya se desesperar um pouco.

Seus olhos foram rapidamente até Jungkook. O menino já havia desligado o fogo e a encarava com curiosidade, assim como o namorado.

— Lavar cabelo cacheado não é fácil. — Tentou sorrir novamente — Não posso me atrasar.

— Você não pode ficar sem comer. — Park persistiu.

— Eu fiz para nós três. — Jeon se juntou. 

As palavras pareceram se apagar de forma brusca no vocabulário da brasileira e de repente, a única coisa que vinha em sua mente era um grande “mas que porra” na língua materna.

Já estava sendo complicado ter que encara-los, não queria ser a causadora de um clima pesado logo pela manhã. Por isso, tratou de tentar se recompor e soltou-se gentilmente do amigo que esperava pela resposta.

— Tudo bem. Vocês venceram, ok? — Ergueu as mãos em rendição, utilizando do seu tom descontraído para que o casal não desconfiasse de sua confusão interna.

Jungkook imediatamente sorriu. O menino não poderia negar, estava se sentindo mais leve naquela manhã. Talvez senha sensação provinha do fato de que finalmente havia tirado um peso parcial de suas costas na noite anterior.

Isso porque, depois de horas se amando, ele e Jimin tiveram uma conversa um pouco mais séria sobre o assunto. Foi um alívio imenso para ambos colocar tudo em pratos limpos, afinal, aquele relacionamento sempre fora baseado na confiança. Mas ainda existia uma questão, e esta questão estava neste exato momento se sentando sobre um dos bancos altos, com sua carinha de quem pouco dormiu e com os olhos curiosos avaliando o bacon que o mais novo entre eles havia preparado.

É, Jeon estava perdido em admiração e não era de hoje...

— Desde quando você cozinha de manhã? — A questão de Maya veio em uma tentativa de tom habitual, mas, desde que sua voz ecoou pela primeira vez naquela manhã, Jimin já havia notado que algo estava errado.

— Acordei com motivação. — O de cabelos pretos balançou os ombros.

— Sei a motivação... — Maya brincou o que causou em Jeon uma vermelhidão nas bochechas.

O café da manhã se desenrolou em meio conversas aleatórias e piadas que tinham a intensão de disfarçar algo que estava pendente. Maya agiu normalmente, fingindo que não sabia de nada enquanto que Park e Jeon faziam da mesma forma.

Após o banho, ela se arrumou e saiu apressada, dando uma desculpa esfarrapada para Jimin afim de ir sozinha.

— Ela está estranha. — Constatou o loiro enquanto andava pelo quarto.

Jeon, que se arrumava no espelho, o encarou.

— Acha que ela pode ter ouvido algo?

— Não sei... — Soou preocupado — Saco. Não quero que ela fique diferente com a gente!

— Ei. Calma. — Jungkook caminhou até seu namorado — Talvez não seja isso, ela disse que estava cheia com trabalhos, pode ser isso. — Acariciou as bochechas alheia — Não vamos nos precipitar. — Beijou a pontinha do nariz de Jimin, este que sorriu com o ato.

— Você está certo. — Suspirou — Vamos com calma.

— Isso.

— Depois da aula você vai comigo para comprar o que combinamos?

— Claro que sim.

— Ótimo. — Park roubou um beijo de Jeon.

{...}

— Te encontrei, finalmente. — A voz grave masculina fez com que Maya desse um leve sobressalto.

— Meu Deus, Namjoon! — Levou a mão até o peito — Quer me matar?

— Desculpa, não foi a intenção. — O rapaz de cabelos castanhos puxou a cadeira do lado de Chey e ali se sentou — Te procurei pelo campus todo. — O tom era baixo, já que o aviso da biblioteca deixava bem claro que ali o silêncio era primordial.

— Ah, perdão. Eu me esqueci de te avisar que viria para cá. — Disse — Estou muito avoada hoje.

— Percebi. — Brincou exibindo suas tão famosas covinhas.

Kim Namjoon era definitivamente uma das pessoas mais incríveis que Maya já havia conhecido. O rapaz estava no terceiro período de engenharia e era um poliglota nato. Foi a única pessoa receptiva com a brasileira naquela universidade, por isso uma amizade havia começado há poucas semanas.

Maya gostava da presença dele.

— Está afim de fazer algo depois da aula? — Ele questionou fazendo a garota o olhar surpresa. Ela ainda não havia saído com ninguém além de Jimin ou Jungkook — Sabe, eu estava pensando, poderíamos andar de bicicleta próximo ao Rio Han é muito bonito lá. Mas se você achar chato por mim tudo bem podemos fazer outra coisa, sabe, eu não me importo o que você escolh-

— Calma! — Maya o parou rindo um pouco pela afobação do rapaz — Eu adoraria ir andar de bicicleta com você.

— Sério? — Os olhos do rapaz se arregalaram.

— Seríssimo! — Confirmou sorrindo.

{...}

— Já era pra ela ter chego. — Jimin dizia enquanto andava de um lado para o outro.

— Já tentou ligar? — Jungkook perguntou igualmente preocupado.

O céu lá fora já estava escurecendo. A cozinha do apartamento estava toda organizada, o casal havia comprado do vinho favorito de Chey e Jeon havia se arriscado a cozinhar um risoto de frango que, segundo Jimin, era o que Maya adorava comer.

Tudo aquilo havia sido preparado unicamente para ela, eles passaram o dia inteiro entre planejamentos e pequenas discussões afim de decidir o que agradaria mais a estrangeira. Enfeitaram a mesa com algumas pétalas de flores, ascenderam velas aromáticas e até mesmo montaram uma playlist calma ao gosto da brasileira.

Eles nunca estiveram tão ansiosos e preocupados ao mesmo tempo. Tentaram até mesmo montar um discurso, não queriam de forma alguma ofende-la, bem longe disso, e toda essa mistura estava os deixando loucos.

— Vou tentar de novo. — Jimin disse e logo seu dedo estava pela milésima vez discando o contanto de Maya.

— Eai, aqui é a Maya. Se você ta ouvindo isso, significa que não posso falar agora, então tenta mais tarde. — A mensagem eletrônica se repetiu novamente e Jimin bufou

— Que merda!

— Será que ela se perdeu? — Jungkook perguntou arregalando seus olhos — Ah hyung, ela não sabe andar sozinha por Seoul!

— Vamos atrás dela!

— Vou pegar a chave do carro.

Mas ao menos deu tempo de Jungkook dar um passo, logo, a porta da entrada se abriu e imediatamente os dois olharam para a direção da mesma.

Com um sorriso estampado no rosto, Maya entrou e parecia rir de algo quando negou com a cabeça. Ela retirou seus tênis os deixando ali próximo da porta e vestiu seus chinelos.

— Finalmente! — Jimin quase gritou em alívio e isso fez com que a garota finalmente olhasse para as duas figuras no meio da sala — Céus, Maya, por onde esteve? Eu já estava ficando louco achando que algo havia acontecido.

Os lábios carnudos que antes sorriam, se fecharam e com um suspiro ela desviou o olhar. Era como se todo o conforto que Namjoon havia lhe passado, tivesse ido embora em um segundo.

Ainda não estava preparada pra encontrar aqueles dois.

— Eu só fui dar uma volta.

— Uma volta? — Jimin acentuou a sobrancelha enquanto Jungkook analisava em silêncio — E não poderia ter me avisado? Eu quase fiquei louco aqui! — Maya crispou os lábios irritada.

— Desculpa, eu não sabia que tinha que te pedir permissão toda vez que fosse sair. Achei que esse papel tinha ficado com meu pai. — Rebateu e ambos rapazes se assustaram com o tom nunca usado antes.

— Não foi isso que Jimin quis dizer. — Jeon interveio com sutileza — É que ficamos realmente preocupados por você não conhecer muito bem Seoul. Pode se perder se ficar andando sozinha por ai.

— Eu não estava sozinha. — Rebateu sem pouco pensar.

— E estava com quem? — Foi Jimin quem perguntou, fazendo Maya revirar os olhos.

— E de quê isso importa, Jimin? — Ela não sabia exatamente porquê estava se sentindo tão irritada, mas toda aquelas questões sobre si pareciam satura-la.

— Eu me preocupo com você, não pode sair confiando em qualquer um. Podem se aproveitar que você é estrangeira e-

— Ah claro... — Soou ácida o cortando — Até porque eu devo me preocupar somente com pessoas de fora, não é mesmo?

— Como é? — Park deu um passo a frente e Jungkook acariciou seu ombro.

— Maya, do que você está falando? — O mais novo perguntou, aquela insinuação havia o magoado.

Maya grunhiu insatisfeita e sem filtrar suas próximas palavras, começou:

— Vocês dois ficam agindo como se nada tivesse acontecido. Falam que pessoas de fora podem querer se aproveitar de mim sendo que vocês mesmos querem fazer isso!

— Do que você está falando? — Park aumentou um pouco o tom.

— Você sabe! — Apontou — Eu sei o que vocês querem, vocês querem apenas me usar pra satisfazer o desejo de vocês. Mas adivinhem, eu não sou nenhum brinquedinho!

— Maya, de onde você tirou isso? Desde quando acha que queremos te usar? — Jimin questionou enfurecido.

— Eu ouvi ontem, entendeu? Eu ouvi tudo! — O casal arregalou os olhos — Vocês agindo como se eu fosse um objeto, me usar para se satisfazer e depois agir como se nada tivesse acontecido!

— Nós nunca faríamos isso! — Agora foi Jeon quem disse indignado — Nós NUNCA te vimos como um objeto, Maya, isso nem passou por nossa mente. Por que você está dizendo essas coisas?

— É visível, eu não caibo nisso! — Rebateu em pleno pulmão.

Jeon se calou, engolindo sua própria saliva. Seus olhos estavam ardendo nos cantinhos, mas ele não iria se permitir chorar. Enquanto isso, os olhos de Jimin carregavam uma decepção gigantesca e seu coração magoado o fazia sentir raiva.

— Eu definitivamente não sei o que deu em você — A voz de Park soou extremamente grave, já que sua garganta estava embolada — Mas sei que me conhece o suficiente para saber que jamais brincaria com alguém, principalmente estando apaixonado. — A respiração de Maya pareceu se perder e ela pode sentir seu corpo todo gelar. Ela não esperava por aquilo — Mas quer saber, foda-se essa merda toda!

Ele então, deu as costas e seguiu para seu quarto até bater a porta com extrema força.

Maya estava estática e seus sentimentos estavam em uma algazarra só. Ela sentiu que iria desabar ali mesmo.

— Tem comida na cozinha. — Foi a última coisa que Jungkook disse, de forma fraca, antes de refazer os passos de seu hyung e ir ampara-lo.

Os ombros de Maya deslizaram para baixo e ela se sentiu tão tola como nunca antes. Em passos inseguros, ela foi até a cozinha e ao que viu tudo arrumado perfeitamente, sentiu uma enorme vontade de correr até o quarto e lhes pedir inúmeras desculpas.

Seus olhos não aguentaram tamanho peso e transbordaram em arrependimento puro.

Tudo ali parecia ter sido arrumado com tanto carinho...

{...}

— Talvez pedir desculpas te ajude. — Namjoon aconselhou através da linha — Eles estão magoados, mas não podem invalidar seu receio.

— Eu sei... — O tom saiu choroso e isso apertou o peito de Kim — Mas eu fui tão grossa, eu não sei o que deu em mim. Sabe, conversar com você me ajudou muito, mas depois que eu voltei... eu vi os dois ali e me senti como uma intrusa!

— Olha, como uma pessoa de fora vendo, e com as coisas que você me contou, não consigo acreditar que você seja uma intrusa aí. —Disse — Eles parece gostar realmente de você Maya e claramente atravessa a linha da amizade.

Maya não havia contado a Namjoon sobre o que havia escutado na noite anterior, mas, contou um pouco sobre como se sentia em relação a Jungkook e Jimin e sobre algumas atitudes dos rapazes.

Como um ótimo amigo que se mostrou ser, o Kim incentivou Chey a tentar algo, ele acreditava fielmente que com uma boa conversa tudo iria se resolver.

Mas como vimos, nem tudo saiu como o esperado...

— Sabe, por que você não vai lá agora? — Indagou — Peça desculpas a eles, seja clara sobre seus sentimentos e de como não quer ser usada nisso.

— E se eles não me desculparem? — Perguntou receosa.

— Se isso acontecer significa que eles são dois bobos por perderem alguém incrível como você. — Respondeu imediatamente, causando um sorriso na garota.

— Você acha?

— Eu tenho certeza!

Maya respirou fundo e mordendo a pontinha de seu indicador, sorriu.

— Certo. Eu irei fazer isso. — Se levantou — Obrigada, Nam. Você é incrível!

— Não há de quê. Me ligue se precisar!

— Pode deixar. — E assim desligaram

Ela jogou seu celular sobre a cama e seguida fez um exercício de respiração, já que se sentia terrivelmente nervosa.

Se olhou no espelho e apalpou um pouco seus cachos afim de arruma-los perfeitamente. O conjunto de pijama em cetim banhado em um rosa claro, destacava lindamente sua pele negra, mas mesmo assim ela se questionou se estava bom o bastante.

Maya não havia saído de seu quarto desde o ocorrido, assim como também não havia escutado a porta do casal se abrir e nenhum som ser emitido dos corredores.

Seu estômago estava se corroendo e o medo da rejeição crescendo sem escrúpulos dentro de si.

Suspirou uma última vez e seguiu caminho para fora de seu quarto, caminhando em passos vagarosos até a porta ao lado.

Ao parar ali na frente, sua respiração se prendeu e ela apertou os olhos.

Deveria estar ali?

E se eles não a quisessem mais?

E se Jimin nunca a perdoasse?

Mesmo com os pensamentos pessimistas a rondando, Maya se esforçou ao máximo ao levantar seu punho a altura da madeira e com todo o medo dentro de si, batucou por três vezes de forma tímida.

O silêncio era irritante, mas após alguns segundos, a voz de Jungkook se mostrou.

— Está aberto.

Ela mordeu seu lábio de baixo e por um momento quis sair correndo, contudo, a pouquíssima coragem que ainda habitava em seu ser, a fez levar a mão até a maçaneta dourada e a empurra-la para baixo. Finalmente entrou no quarto, e com receio levantou seu olhar, encontrando Jimin e Jungkook deitados sobre a cama.

Jimin lia — ou fingia ler — um livro, mas suas bochechas vermelhas denunciavam que o rapaz havia chorado por horas. Já Jeon, havia pausado o filme que passava na tv, este qual, ele ao menos havia conseguido prestar atenção.

— E-Eu... eu gostaria de me desculpar. — Ela tentou começar, de forma desengonçada — Eu estava irritada comigo mesma, não tinha o direito de descontar em vocês. — Engoliu com dificuldade o fim da última palavra.

Jungkook a olhou bem, parecendo analisa-la e sorriu pequenino.

— Está tudo bem. — A sua voz soava doce, mesmo que ele estivesse magoado.

— Não, não está não. — Ela disse.

— Realmente, não está. — Jimin falou, finalmente, fechando o livro e a encarando — Maya, o que deu em você? — Repetiu a pergunta já feita antes.

Maya juntou as mãos brincando com seus dedos.

— Eu não sei Jimin. Foi muita informação de uma vez só, eu me senti intimidada!

— Você realmente pensa que eu poderia te usar? Que Jungkook poderia te usar? — Questionou em mágoa.

— Não! Claro que não... quer dizer... por um momento, por momento só, eu pensei que sim. — Foi sincera — Mas Jimin, eu te conheço e também reconheço o quão boba eu fui por pensar isso. Mas é que é muita loucura pra mim pensar que... — Sua voz pareceu sumir.

— Que? — Jungkook incentivou a continuar.

— Que vocês me querem como eu quero vocês. — Soltou de uma vez só, como se confessasse algo enorme e bom, realmente era.

Dessa vez quem teve expressão em exagero foram Jimin e Jungkook, que não evitaram a arregalar os olhos e até se sentaram melhor na cama. Depois do que aconteceu eles poderiam jurar que Chey os odiava.

Eles se olharam e depois voltaram seus olhos para Maya, que parecia estar se afogando em vergonha.

— Você está falando sério? — Jeon perguntou, sem esconder a felicidade que começavam a tomar os olhos enormes.

Maya apenas concordou com a cabeça.

— Não está falando isso por se sentir pressionada? Eu te desculpo, não precisa dizer coisas para nos agradar. — Jimin disse.

— Eu não faria isso, Jimin! — Ela o repreendeu — Eu realmente sinto algo por vocês, que vai além da linha da amizade e quando eu ouvi vocês eu... — Suas bochechas esquentaram como nunca antes.

Maya ainda podia ouvir de forma clara e bem audível a maneira dengosa com que eles falavam de si.

— Gostou, foi? — Park usou de seu tom sarcástico a fazendo fechar a cara imediatamente e Jungkook bater em seu braço.

— Vêm aqui, vêm. — Jungkook bateu sua palma sobre o cobertor aconchegante e ela não conseguiu evitar o suspiro.

— Vocês me desculpam? — Ela perguntou enquanto subia na cama e engatinhava até os dois.

— Com uma condição. — Jimin disse quando ela se sentou de frente para eles, o escutando atentamente — Nunca, jamais, nem em um milhão de anos, cogite a ideia de que nós te vemos como um objeto, entendeu? — Seu olhar transmitia a seriedade necessária e isso a fez concordar.

— E por favor, não nos assuste novamente. — Jungkook pediu — Nós ficamos loucos achando que algo havia acontecido com você. — A mão grande viajou até a bochecha achocolatada e acariciou ali, como se já tivesse feito aquilo há tempos.

— Tudo bem. — Ela sorriu o encarando e logo depois encarando Jimin — Sem sustos e ideias precipitadas.

— Exatamente. — Jimin sorriu largo, até que seus olhos se fechassem.

Ele nunca havia se sentido tão feliz como estava se sentindo agora, tal como Jungkook.

Maya apreciou com cautela aquela felicidade esbanjada nas faces a sua frente e não pode evitar em fazer o mesmo. Ela se sentia leve, mesmo com aquela pouca conversa, sentia que um peso enorme havia sido retirado de suas costas com a ajuda daqueles dois.

— Bom, eu vou ir dormir. — Ela disse depois que notou que os encarava há tempo demais — Boa noite pra vocês.

Apesar de tudo, ela ainda estava meio sem jeito, por isso acreditou que o melhor a se fazer seria ir logo para seu quarto. Mas, como tinha de ser, um braço forte envolveu sua cintura e sem tempo para que ela raciocinasse, Jungkook a jogou contra o colchão macio enquanto sorria.

— Aonde pensa que vai? — Ele indagou franzindo sua sobrancelha.

— Dormir? — Respondeu em incerteza.

— E por que você acha que vai dormir sozinha? — Jimin se juntou e ela os encarou surpresa.

— É que...

— Maya, Maya... parece que não aprende. — Jimin negou com a cabeça e ela sorriu.

— Vocês me deixam sem saber como agir! — Culpou.

— Ah, claro. Agora a culpa é nossa? — Jeon perguntou pressionando seus dedos na cintura dela.

— Mas é claro que é! Só hoje vocês me fizeram ter mil emoções, isso é injusto!

— Eu deveria ter empatia? — Jimin perguntou irônico se ajeitando ao lado dos dois — Aliás, com quem a senhorita saiu?

— Por que você quer saber? Isso ainda não é da sua conta!— Ela rebateu com teimosia querendo rir da cara dos dois.

— Maya... — Jimin respirou fundo — Você anda levada demais, assim terei que te dar umas palmadas!

Ela arregalou os olhos e Jungkook gargalhou com isso.

— Ele está brincando.

— Quem disse? — Jungkook lançou um olhar de censura ao mais velho.

— Mas falando sério, você quer dormir aqui? — O rapaz de cabelos pretos questionou a olhando atentamente. Ele queria realmente saber com quem ela havia saído, mas entendia que não cabia a ele ou Jimin interroga-la.

Além disso, ele estava sentindo uma vontade louca de beijar aqueles lábios, mas sabia que deveria agir com calma.

Maya ponderou, eles já haviam dormido juntos outras vezes, claro que as circunstâncias eram outras, mas já que estava de bem novamente, que mal havia?

— Pode ser. — Respondeu um pouco tímida e isso alegrou os dois homens ali.

Os três se ajeitaram por debaixo das cobertas quentinhas e o corpo menor de Maya ficou entre os dois grandes. Jimin a acolheu em seu peitoral, como sempre fazia, já Jungkook abraçou sua cintura com carinho.

Ela acreditou que se sentiria estranha com aquele ato, mas para sua surpresa, tudo que Chey sentiu, foi uma grande paz interior. Como se aquela bagunça, fosse completamente organizada.

Os lábios cheinhos de Jimin, beijaram carinhosamente a testa de Maya e em seguida os lábios de Jungkook. O mais novo repetiu o ato, mas por sua vez, beijando com delicadeza as bochechas da garota que se sentiu mimada como nunca antes.

Eles se sentiam finalmente completos.

Após apagarem as luzes, ficaram ali em seu silêncio, entre carícias e afagos. Não contaram exatamente quanto tempo se passou, apenas sabiam que queriam estar naquela eternidade.

— Maya. — A voz de Jungkook a chamou timidamente contra seu ouvido, tão próximo que sua pele se eriçou.

— Eu. — Ela respondeu baixinho, por pensar que Jimin já havia dormido.

— Eu... posso te beijar?

Nada foi respondido e imediatamente Jeon se arrependeu por ser tão atrevido assim. Já iria se desculpar, mas antes disso, ela se virou cuidadosamente ficando de frente pra ele.

Jungkook respirou com dificuldade pela proximidade e se perguntou como uma mulher poderia ser tão linda daquela forma. Os cachos castanhos emolduravam tão perfeitamente aquele rosto, o nariz largo não poderia ser mais adorável e Jungkook não sabia se poderia estar mais encantado.

— Pode. — Ela respondeu, tão baixo como antes, mas loucamente ansiosa para sentir aqueles lábios junto ao seu.

A mão dele voltou ao seu rosto mais uma vez e o carinho feito ali a fez fechar os olhos. Jeon aproximou seu rosto, roçando seu nariz ao dela, ocasionando em um sorriso solto. Sem querer perder mais um segundo se sequer, ele deitou a boca sobre a dela e então sentiu como se pudesse renascer ali mesmo, pois era como se estivesse revigorado.

O simples tocar de lábios, fez com que os dois corpos se arrepiassem. Maya foi quem pediu para adentrar na boca de Jungkook, este que prontamente concedeu ao pedido. Suas línguas deslizaram devagar uma sobre a outra, como se provassem do sabor um do outro. A mão de Jungkook desceu até o pescoço de Chey, e o mesmo pressionou os dedos por ali, a fazendo arfar. Em pouco tempo, o que era cauteloso se tornou fúria e sem que percebesse, seus corpos buscavam um pelo outro.

Maya não se lembrava te ter sentindo tão desejosa como se sentia agora. A mão de Jeon em sua pele era como brasa, e cada lugar que ele tocava parecia se aquecer fielmente.

— Shiu. — Ele disse baixinho quando ela grunhiu — Jiminnie está dormindo. — Segredou com cumplicidade.

— E se ele acordar? — Seus olhos nunca abandonavam os do mais novo.

— Ele não vai gostar nada. — Ele negou com a cabeça, mas sorriu sapeca — Então não podemos fazer barulho. — Ditou antes de beija-la novamente.

Suas línguas se encontravam como se conhecessem há anos, mesmo que aquela fosse a primeira vez. O gosto de Maya agradava o paladar de Jungkook e a forma com que sua mão acariciava a pele alheia a fazia sentir como se fosse derreter.

Jeon terminou o beijo com selinhos curtos, descendo pela bochecha até chegar na mandíbula, não demorando muito para se enfiar no pescoço cheiroso de Chey.

A língua macia serpenteou a pele negra e Maya não conseguiu segurar o arfar. Seus dedos se embolaram nos fios pretos do garoto e seus olhos fecharam fortemente, aproveitando totalmente da sensação que era ter a boca dele ali.

Seu meio já começava a se umedecer com tão pouco.

A mão esquerda de Jungkook desceu o mais devagar possível pelo corpo, aproveitando cada partezinha, até que chegasse na coxa farta, onde ele apertou fortemente.

— Jungkook. — O nome do rapaz saiu semelhante a um gemido e isso fez o pau do garoto fisgar sem dó.

— Quietinha. — Ele pediu subindo o olhar ao dela, enquanto ainda fazia carinho na perna dela, subindo devagarinho, até próximo da virilha e criando círculos imaginários ali.

A mão subiu mais e ele tomou a boca dela novamente, mas com cuidado. Os dedos longos pousaram sobre o pano de cetim, no meio das pernas dela e sutilmente deslizou por ali. Tamanha leveza fez com que Maya subisse seu quadril, como se pedisse por um contato mais firme e isso fez Jeon sorrir entre aquele ósculo.

As pontas dos dedos passeavam para cima e para baixo e com seus lábios, ele engolia qualquer barulho vindo dela. Maya queria mais, seu ventre formigava em vontade e tudo que pedia era para que Jungkook a acariciasse um pouquinho mais, contudo, o garoto parecia querer provoca-la.

— Vocês dois não valem nada. — Imediatamente o beijo foi interrompido pelo susto, Maya e Jungkook encararam Park — Não tem vergonha de se tocaram assim comigo dormindo do lado de vocês? — Era notório que o loiro fingia um tom aborrecido e toda aquela seriedade ensaiada fez Maya ficar com ainda mais tesão.

— Hyung, não queríamos te acordar. — Jungkook disse, com um tom falso de inocência.

Os olhos de Jimin desceram para o movimento que a mão do mais novo fazia entre as pernas da garota, notando a forma com que ela ainda ofegava.

— Muito egoísta da parte de vocês dois — Disse devagar, voltando seu olhar para o casal — Se divertirem sem me chamar. — Acentuou a sobrancelha.

Maya não sabia se podia aguentar tudo aquilo, Jeon a provocava muito bem lá embaixo e aquela postura de Jimin a fazia querer ficar de quatro sem pensar muito. Ela se sentia insana.

  — Jimin. — A voz feminina se pronunciou pela primeira vez — Vêm se divertir com a gente.

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