Prólogo
William James Moriarty nunca hesitou. Ele nunca pensou que sua missão fosse errada. O mundo era sujo. Demônios contaminando e corrompendo corações e almas humanas. Foi por isso, para exterminar esse demônios, que ele não hesitou ao colocar a armadura de sangue e o manto de trevas. Em um mundo tão sujo e depravado, a luz não poderia penetrar tais sombras, a menos que as sombras fossem manipuladas para caminharem em direção a luz. E a única forma de fazer isso, era de encenando os piores e mais depravados crimes, para que a luz pudesse expor esse mal a todos. É claro que mesmo um gênio como William, nunca teria sido capaz de fazer isso sozinho. Por melhor e mais impressionante que alguém seja, ninguém poderia fazer nada, ainda mais algo tão grande, sozinho.
Ele teve seus irmãos, Albert James Moriarty e Louis James Moriarty. Ele também teve a ajuda de Fred Pollock, Sebastian Moran, James Bonde e Jack Renfield. E muitos outros que, assim como ele, decidiram dedicar suas vidas e suas almas, em prol de trazer a verdadeira paz para aquele mundo distorcido em que nasceram. Contudo, mais importante do que qualquer um deles, a peça final e o único motivo que permitiu que os planos de William se concluíssem da forma como ele desejava, foi a presença de uma única pessoa. Alguém que, assim como William, tinha sido abençoado com um cérebro muito especial. A luz que William escolheu, para revelar as trevas daquele mundo: Sherlock Holmes.
William tinha dedicado toda à sua vida a esse único objetivo.
Anos de planejamento.
Anos colocando cada pequena peça em seu devido lugar.
Anos de uma preparação silenciosa, para o maior dos espetáculos.
Então, quando o Gran Finale chegou, William não sentiu medo. Tudo o que ele sentiu foi satisfação. Uma alegria e euforia, acreditando que seu objetivo final seria, enfim, atingido. O que importava se ele morreria, incapaz de ver o resultado? Sua morte era irrelevante. Algo que ele tinha previsto há muito tempo, sabendo de todos os paços necessários para que chegassem aquele momento. Assim como as mortes de seus irmãos, amigos e aliados. Todos tinham aceitado entregar suas vidas, com prazer e convicção, em prol do mundo de luz liberdade.
Foi por isso que, quando a bala da arma de Holmes atingiu seu peito... seu coração... William sorriu e sussurrou suas últimas palavras: 'Obrigado, Sr. Holmes'.
O Lorde do Crime, o criminoso mais temido da Inglaterra, morreria e com ele todo as trevas daquele mundo.
James Moriarty para sempre seria lembrado como o mais infame criminoso da história, assim como seus terríveis atos. E o mundo estaria livre de toda a escuridão que ameaçava destruí-lo.
...
Ao menos, era para ter sido assim.
Foi isso que um renascido William James Moriarty pensou, enquanto encarava sem emoção o mobile de estrelas flutuando acima dele no berço.
Aquele deveria ter sido seu fim, mas alguém... Deus, talvez? Tinha decidido que ele deveria renascer, e preservar todos suas memorias e conhecimento.
Quando abriu os olhos pela primeira vez naquela vida, poucos segundos após seu parto, vergonhosamente, ele tinha entrado em pânico. E a resposta natural para um bebê em pânico, era o choro compulsivo. Levou longos minutos, para que ele conseguisse se acalmar, apenas para se encontrar sendo embalado por uma mulher ruiva que o olhava como se fosse o ser mais precioso do mundo. Não era preciso ser um gênio, para saber quem era aquela pessoa. Ela era... sua mãe.
Seus pais pareciam bons. Muito bons na verdade.
Seu pai era um pouco idiota, e entrava em pânico com facilidade. Sua mãe era uma mulher gentil e amorosa, que parecia ser a única capaz de controlar a impulsividade e idiotice de seu pai.
Se havia algo para reclamar naquela vida? Isso seria seu nome.
Harry era... frustrantemente simples!
Sem complexidade, sem mistério, sem... paixão!
Seus pais poderiam chamá-lo como bem quisessem, contudo, ele sempre se veria como William James Moriarty!
Foi durante um das tranquilas amamentações, que William ingenuamente, pensou que, talvez... apenas talvez, Deus tivesse decidido que ele merecia testemunhar os frustos de sua obra. Que ele merecia a chance de viver em um mundo cheio de luz e liberdade.
Oh, William nunca se sentiu mais tolo, muito feliz em apenas culpar a ideia física que agora possuía.
Demorou apenas dois meses, para que ele entendesse.
O mundo não tinha mudado.
Não estava melhor.
Os demônios ainda estavam lá.
Mas, dessa vez, os demônios tinham poderes... tinham magia verdadeira.
Oh, e qual não foi a sua surpresa, descobrir que a magia era real. Isso quase fez com que William pensasse que ele tinha renascido em um tipo de mundo diferente. Talvez fosse isso... ele ainda precisava reunir muito mais informações, antes de chegar a uma conclusão verídica.
O que importava, era que havia demônios naquele mundo...
Se aquele fosse seu mundo, então significava que seu brilhante plano tinha falhado. Isso era algo que surpreendia William, mais do que assustava. Seria a primeira vez que algo que ele planejou não acontecia. Talvez ele tivesse apenas subestimamos a escuridão que habitava o mundo. Calculado erroneamente a quantidade de tempo que demoraria, para que as trevas se espalhassem outra vez.
Se aquele fosse um mundo diferente, então os demônios nunca tinham sido exorcizados. Não era uma ideia tão ilógica, mas fazia com que a cabeça de William ameasse doer. Ele teria de armar outro plano, preparar outro palco, selecionar novas peças de xadrez, novos atores... foi difícil não ceder a vontade infantil e imatura de chorar, devido a frustração.
É claro que, se a resposta certa fosse a primeira opção... William sabia que não deveria seguir o mesmo curso de ação. Não. As pessoas diziam que cometer um erro era humano, mas persistir no erro era burrice. Se aquele fosse seu mundo, então ele armaria outro espetáculo, algo que tivesse um resultado muito mais duradouro.
Hn... ele teria de pensar muito, planejar ainda mais...
Por sorte, o tempo estava a seu favor.
Ele era um bebê afinal.
...
– Avada Kedavra!
William olhou para o corpo sem vida de sua mãe.
Ele estava em silêncio, nem mesmo o menor som escapando de seu corpo. O que poderia ser assustador, quando seu corpo pertencia a uma criança de 15 meses.
15 meses... esse foi o tempo que lhe foi permitido com sua família. Uma família calorosa, amorosa e... boa. Verdadeiramente boa. Era ridículo pensar nisso, mas seus pais tinham provador serem pessoas verdadeiramente boas, se os demônios daquele mundo infernal não pudessem corrompê-los. Mesmo naquela noite, eles apenas escolheram o caminho do sacrifício, para protegê-lo. Eles poderiam ter se salvado, se apenas o tivessem abandonado. Os dois eram jovens e sua mãe estava grávida outra vez.
Ainda assim... seu pai enfrentou seu assassino de forma tola e corajosa, apenas para dar a sua mãe mais tempo. Oh, não era tempo para fugir, mas sim tempo para completar o ritual. William ainda poderia saber muito pouco sobre magia, mas ele era capaz de compreender o significava das palavras do ritual.
Uma alma, por uma alma... um coração, por um coração... uma vida, por uma vida... sangue protege sangue...
Ver sua mãe, sussurrar palavrar finais de amor e carinho, enquanto seu assassino entrava no quarto... William nunca sentiu tanta raiva. Se ele fosse mais velho... se ele tivesse tido apenas mais alguns anos... ele teria sido capaz de proteger seus pais, e garantir a queda daquele homem.
Contudo...
William ergueu os olhos devagar, observando o bruxo deformado apontando a varinha para ele, um sorriso cheio de maldade e confiança deslisando sobre seus lábios. Uma expressão que não pertencia a nenhum bebê, mas sim a pessoa que tinha sido reverenciada como 'Lorde do Crime'.
– Avada Kedavra!
A luz verde disparou em sua direção.
Contudo, William era um especialista em planejar vinganças.
Um grito agudo e disforme ecoou por toda a casa, enquanto William estremece e chorou com a dor cortante em sua cabeça.
Cinco... dez... cem anos. Não importava quanto tempo demoraria... aquele homem pagaria como nenhum outro.
Oi, minhas pessoas mais preciosas do mundo!
Sim, eu sei... eu falei que não postaria nenhuma outra fic, apesar de ter muitas ideias fervilhando e sendo preparadas... (32 esboços e contanto =_='), até que minha atual fic, Titan's Magic Bride, alcançasse ao menos o capítulo 15... eu... eu não pude resistir!!!! TT_TT
Semana passada, em uma das minhas raras folgas devido ao trabalho, fiz uma maratona de animes, e me deparei com esse anime maravilhoso: Yuukoku no Moriarty. Santo Deus amado das Fujoshis! Que anime mais precioso! Fui completamente engolida por essa obra divina que se entra em sua segunda temporada. E, ontem à noite, depois de chegar destroçada do trabalho, enquanto tentava relaxar no banho... a ideia apareceu! O Lorde do Crime, o homem que orquestrou os maiores e mais sombrios eventos da história da Inglaterra, renasce com todas suas lembranças e conhecimento... renasce sendo nosso querido e amada Harry!
Depois disso o sono me abandonou e comecei a planejar os detalhes da fanfic e... eu precisei fazer esse prologo... e eu precisava postar! Não só pelo prazer simplesmente compartilhas minhas ideias, mas também para divulgar. Yuukoku no Moriarty, apesar de ser um dos melhores animes que já vi, com uma história incrível que, ao invés de centralizar no 'herói', nos mostra todo o ponto de vista do vilão; apesar de tudo isso, parece que foi um anime que recebeu muita pouca divulgação, principalmente no Brasil, e ainda é desconhecido para muitos.
Sendo assim, além de esperar que tenham gostado da ideia e que acompanhem a fanfic, espero muito que você também assistam o anime e se apaixonem por essa obra divina.
Mil beijinhos e até mais ;3
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