«Tratamento»
Não é nem possível explicar o quão surpresos, espantados e incrédulos os progenitores do loiro ficaram ao o observarem chegar apenas de calça, com um garoto totalmente nu em seus braços e uma camiseta branca amarrada em sua perna encharcada de sangue. Mas nem tiverem tempo de sequer questionar. Tinha alguém morrendo na frente deles, então deixaram os questionamentos para depois e agiram.
Bakugou estava soando enquanto ofegava, seus braços e pernas doíam pelo esforço qual foi submetido, mas não abandonaria o ruivo por nada nesse mundo. Lágrimas caíam desenfreadas enquanto o loiro tentava manter a compostura, falhando miseravelmente ao ver Eijirou já desacordado pela perda de sangue.
Bastou apenas um olhar espantado em direção aos seus velhos, que eles agiram e o levaram para um centro médico que, felizmente, havia por lá. Até então não era usado, tendo sido construído apenas para casos de emergência, pois não era muito comum alguém se machucar.
Tinha médicos, que ficavam lá para atender a qualquer momento – e mesmo sem trabalhar, eram pagos durante os dias de estadia dos donos da ilha, ou seja, os Bakugou –.
Eijirou foi levado até o centro médico e prontamente atendido, diagnosticado e tratado. Neste meio tempo, os pais de Bakugou aproveitaram para questioná-lo.
— Katsuki, quem era aquele? — seu pai lhe perguntou tentando manter a calma.
— E como diabos ele chegou aqui? — sua progenitora, por outro lado, era mais eufórica e ansiosa.
Katsuki ficou em silêncio. Não queria ser questionado agora, só pensava em Eijirou e em como não pôde fazer fazer nada pelo tritão, em como quase trouxe sua morte se não fosse aquele poder misterioso que possuia em se transformar em humano. Por Deus, só queria que ele ficasse bem, que mostrasse aquele sorriso belo para si novamente.
— Katsuki, responda, por favor — seu velho insistiu novamente.
Veio apenas outro silêncio por parte do loiro.
— Os médicos disseram que ele foi mordido por algum animal, como isso é sequer possível? Não tem algo com aquele porte por aqui — Mitsuki veio eufórica novamente.
— Calem a boca, porra.
O casal se entreolhou preocupado, então direcionaram um olhar empático ao loiro e sentaram-se ao seu lado, cessando as perguntas e buscando conforta-lo.
— Está tudo bem, ele não vai morrer. — Masaru o avisou a fim de acalmá-lo.
Ao ouvir aquilo, Bakugou nem sequer hesitou em direcionar seu olhar ao pai, checando se ele falava sério, para enfim suspirar aliviado.
— Que bom. — seu tom de voz era mais ameno.
— Quer vê-lo? — Bakugou acenou positivamente.
Entraram no quarto onde Eijirou estava, qual era todo branco e bem ventilado. Katsuki perdeu o ar ao fitar o ruivo em um sono profundo, já com seus ferimentos devidamente tratados. Aproximou-se da cama, sentando no banco ao seu lado e fitando as feições serenas do tritão enquanto descansava, levando suas digitais às suas madeixas ruivas e pela primeira vez acariciando aqueles fios surpreendentemente macios.
Arrependeu-se de não ter feito algo assim antes.
Embora não fosse admitir – típico de do loiro – esperava muito que seu pai não estivesse mentindo apenas para acalmá-lo. Queria confiar de que o ruivo ficaria bem.
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