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Capítulo 42.

POV Brunna Gonçalves

24 de dezembro de 2015, Véspera de Natal, Nova Iorque - EUA - 09:30 A.M.

Acordei pela manhã com a forte claridade entrando pela janela do meu antigo quarto.

Espreguicei-me lentamente na cama, sentindo cada pedacinho da minha coluna se encaixando entre si, o que me fez gemer em satisfação.

Fitei por alguns segundos o teto branco do meu quarto de solteira e quando me dei por satisfeita, levantei-me, indo até a janela, que estava embaçada.

Desenhei um rosto sorridente no vidro e por entre o desenho pude ver que a neve caía suavemente do lado de fora da casa.

Respirei fundo, na tentativa falha de acalmar a ansiedade que começava a se espalhar pelo meu corpo.

O grande dia havia chegado.

O dia do meu casamento.

Desci as escadas correndo e assim que cheguei ao andar debaixo percebi a agitação da minha família.

— Bom dia, noiva! — minha irmã passou apressada por mim com uma caixa gigante em mãos.

— Bom dia! O que é isso? — perguntei curiosa.

— Suas lembrancinhas! — ela gritou já do lado de fora da casa para que eu pudesse ouví-la.

— Você dormiu bem, querida? — minha avó apareceu na cozinha como um fantasma.

De onde ela havia surgido?

— Abuelaaaa! — praticamente gritei ao vê-la. — Quanto tempo! — abracei-a. — Quando foi que a senhora chegou?

— Chegamos hoje cedinho. — ela respondeu.

— Chegamos? — perguntei, não entendendo o uso do plural.

— Eu, seu avô, suas tias e tios, seus primos, viemos todos! Ou você achou que iríamos perder o seu grande dia? — ela parecia animada.

Jesus Cristo.

— A senhora viu minha mãe? — tentei parecer calma.

— Ah, querida, a última vez que eu a vi ela estava lá fora com seu pai. — minha avó respondeu. — Você já comeu alguma coisa? Quer que eu prepare um café? Um chá? Umas tortillas?

— Eu já venho comer, abuelita! Só preciso muito achar minha mama. — tentei desconversar.

Eu não havia contado para toda minha família que iria me casar com Ludmilla.

Será que eles vieram pensando que meu noivo ainda era Matthew?

— É rapidinho, niña! Enquanto você procura sua mãe eu vou preparando aqui, tudo bem?

— Ok, abuelita! Pode ser! — sorri nervosa, indo até a porta dos fundos.

Desci as escadas e assim que o fiz me arrependi imediatamente, sentindo o frio cortante chocar-se contra o meu corpo quente.

Avistei minha mãe próxima ao meu pai, no fundo do quintal.

— BRUNNA! — ela gritou assim que me viu saindo apenas de pijama para o lado de fora da casa.

— Mama! Eu preciso muito falar com você e...

— Já pra dentro! — ela falou brava. — Quer ficar doente no dia do seu casamento? Está louca?!

Voltei correndo para dentro de casa e assim que o fiz pude ouvir a porta atrás de mim sendo fechada.

— Oi. — falei para a mulher parada à minha frente.

— Oi, hija! — ela sorriu e me abraçou apertado. — Você já se alimentou?

— Ainda não, mas a abuelita já está cuidando disso. — sorri amarelo.

— O que foi? — minha mãe percebeu minha angústia.

— Você sabe que eu não contei pra toda a família que Matthew e eu nos separamos, não sabe? — perguntei.

— Sei sim. — ela me respondeu.

— Então, por acaso, todos os nossos parentes estão achando que quem vai estar me esperando no altar hoje vai ser um homem? — disparei de uma só vez.

— Sim. — minha mãe respondeu com a maior naturalidade.

Arregalei meus olhos o máximo que pude enquanto sentia meu coração parar de bater por alguns segundos.

O som da gargalhada da minha mãe preencheu o pequeno espaço onde estávamos.

— Qual a graça? — perguntei.

— Você precisava ver sua cara! — ela respondeu. — Nossa família já está sabendo que seu noivo, na verdade, é uma noiva. Eu e seu pai contamos quando os convidamos.

— Ufa! — respirei aliviada. — Não faça mais isso, mama. Eu não posso morrer no dia do meu casamento.

— Desculpa, hija. Era só para descontrair.

— Haha, muito engraçada. — ironizei.

— Sem ironias pra cima de mim, Brunna Gonçalves. — ela fez uma falsa cara de brava enquanto apoiava as mãos sobre meus ombros e me girava em direção à cozinha. — Vem, vamos te alimentar! Um vestido não para em pé sozinho, não.

Assim que me virei e comecei a caminhar até a cozinha, senti minha mãe me dar dois tapinhas na bunda.

Por que todos gostavam de me assediar desse jeito?

[...]

Depois de comer praticamente a ceia de Natal sozinha, já que minha abuela havia preparado um banquete de café da manhã para mim, a agitação em casa pareceu triplicar.

Meus tios e tias queriam me parabenizar pelo meu relacionamento e colocar as novidades em dia, enquanto meus primos se revezavam em dizer que estavam orgulhosos por eu ter finalmente saído do armário e por ter encontrado alguém que me amasse de verdade.

Se não fosse pela minha mãe, eu provavelmente ainda estaria no sofá da nossa sala de estar conversando com meus parentes, mas felizmente fui sequestrada por ela para ir até o salão me arrumar.

— Onde eles estão hospedados? — perguntei do banco de trás do carro do meu pai.

— Eles vão ficar em casa conosco. — minha mãe respondeu.

— Todo mundo? — arregalei os olhos.

— Sim, querida. — minha mãe gargalhou. — Mas não se preocupe, você já não estará mais em casa.

— Boa sorte. — ri.

Apoiei meu rosto em meu braço e fitei a paisagem do lado de fora da janela do carro.

Estava tudo tão branquinho e fofo que por alguns segundos tive vontade de saltar do carro e me jogar na neve.

Mas me contive.

— No que pensa, filha? — meu pai perguntou olhando pelo retrovisor.

— Em muitas coisas... — sorri. — Eu vou me casar! Dá pra acreditar nisso?

— Não, querida. Você é apenas o nosso bebê. — minha mãe respondeu.

Ri de seu comentário.

— Ela me faz tão bem. — suspirei. — Me sinto em um conto de fadas às vezes.

O silêncio se fez dentro do carro até ser quebrado por alguns barulhinhos, como se alguém estivesse chorando.

Olhei para minha mãe e a vi com as mãos sobre o rosto, assoando o nariz em um lenço de papel.

— Você já está chorando, mama? — perguntei.

— Te ver feliz me faz duplamente feliz, cariño. — ela respondeu. — Estou lembrando de como eu me senti no dia do meu casamento com seu pai. São muitas emoções.

— Vocês vão me fazer chorar desse jeito. — meu pai brincou, fazendo com que todos nós ríssemos.

— Deixe pra chorar quando estiver me levando até o altar, papa. — olhei-o pelo retrovisor e sorri.

[...]

As horas se passaram tão depressa que eu nem ao menos percebi que minha maquiagem havia ficado pronta.

— Você é uma das noivas mais bonitas que eu já tive o prazer de arrumar. — a jovem que havia me maquiado falou enquanto colocava um de seus pincéis no suporte ao meu lado. — Pode olhar, já acabei aqui.

Lentamente me ergui na cadeira até encontrar meu reflexo no espelho.

— CARALHO! — falei alto, rindo logo em seguida.

A jovem começou a rir, começando a guardar as maquiagens e iniciando o processo de limpeza dos pincéis.

— Gostou? — ela perguntou.

— Se eu gostei? — olhei-a através do espelho. — Eu AMEI! Como uma maquiagem faz diferença no rosto de uma mulher, não é? Meu Deus!

Inclinei-me para perto do espelho, observando cada detalhe em meu rosto.

Meus olhos estavam cobertos por uma mistura de sombras de tons levemente terrosos, com um brilho prateado no cantinho interno, próximo ao início do meu nariz.

A base em meu rosto cobria todas as imperfeições deixadas pela acne que tive durante a adolescência, enquanto a tinta preta do delineador se destacava em uma linha reta, levemente curvada nos cantos, rente aos meus cílios, que estavam cobertos por rímel.

— BRUNNA! — uma voz estridente acompanhada do barulho da porta abrindo se fez presente.

Virei-me para trás, olhando para a imagem agitada da minha melhor amiga invadindo a sala onde eu estava.

— OI! — respondi no mesmo tom.

— PORRA, VOCÊ TÁ GATA DEMAIS! — ela continuava a gritar.

— ESTOU, NÃO ESTOU?

— PRA CARALHO! LAUREN VAI TER UM TRECO QUANDO TE VER.

— VOCÊ JÁ VIU ELA? — levantei-me da cadeira e caminhei até próximo do sofá onde ela havia se jogado.

— É CLARO QUE EU JÁ VI! — ela gritou.

— AI MEU DEUS DO CÉU, ENTÃO QUER DIZER QUE ELA VEIO MESMO?! QUE ELA NÃO VAI ME DEIXAR PLANTADA NO ALTAR SOZINHA?! — comecei a andar de um lado para o outro.

— BRUNNA?????? — Juliana me olhou com a maior cara de dúvida. — AQUELA MULHER É LOUCA POR VOCÊ!!!!! É ÓBVIO QUE ELA VEIO!!!!

— AI MEU DEUS, ESTÁ ACONTECENDO. EU VOU CASAR, CHEECHEE! — meus gritos agudos preenchiam o ambiente.

— VOCÊ VAI CASAR, CHANCHO!!!! — ela levantou do sofá e me abraçou.

Começamos a pular em círculos, ainda abraçadas, soltando gritinhos.

Ouvimos batidas na porta e rapidamente olhamos em direção a ela.

— Posso entrar? — a voz feminina se fez presente do outro lado. — Sou eu, hija.

— Pode sim, mama!

— Que gritaria toda é essa? Está tudo bem? — ela falou assim que entrou. — Consigo ouvir os berrinhos lá de fora.

Olhei para Juliana e juntas começamos a rir.

— Tive um mini surto agora há pouco, mas já estou bem. — expliquei.

Minha mãe olhou para mim e se aproximou, colocando suas duas mãos em minhas bochechas. Só então pude ver que ela já estava pronta.

Seu vestido vinho havia ficado extremamente elegante em seu corpo.

— Você está linda, cariño.

Observei seus olhos marejarem e senti o mesmo acontecendo comigo.

— Não chore, querida. Vai estragar a maquiagem. — ela riu e assim que o fez uma lágrima escorreu pelo seu rosto.

— Digo o mesmo pra você. — minha voz saiu embargada enquanto eu secava a lágrima em sua bochecha com meu polegar.

— Vim te ajudar com o vestido. — ela sorriu.

— Já está na hora de colocá-lo? — perguntei surpresa.

— Sim, querida.

— Aí Dios... Então estamos mais perto do que eu pensei.

Senti meu coração começar a acelerar dentro do peito enquanto meus pulmões pareciam ter se esquecido do que fazer com o ar.

— Já deu tudo certo, Chancho. Estamos aqui por você. — Juliana se aproximou.

— Vamos lá? — minha mãe perguntou.

[...]

Não demorou muito para colocar meu vestido. Na verdade foi até rápido demais.

Infelizmente a peça que eu usaria hoje não havia sido feita por Ludmilla, já que, de acordo com a tradição, ela não poderia ver a noiva, o que também se aplica a mim.

Entretanto meu vestido era tão bonito quanto o primeiro, se não mais.

A única diferença notável eram as mangas, que passaram a existir devido à mudança de estação em que o casamento ocorreria.

Meus braços estavam cobertos pela fina camada de renda branca bordada, me aquecendo, mesmo que de forma não tão eficaz como uma blusa faria.

Minha clavícula estava exposta, assim como minhas costas.

A saia do vestido não era tão rodada. Ela tinha o volume ideal para não parecer um vestido de quinze anos e o mínimo para garantir que havia sim um saiote por debaixo de todo aquele tecido branco.

Meu cabelo não estava mais preso aos bobs. Ele estava praticamente solto, escorrendo até um pouco abaixo dos meus ombros, bem cacheado nas pontas e ondulado em sua extensão. A única parte presa era um pequeno trançado feito na parte de cima, junto de um acessório brilhante no formato de flores, com o qual meu cabeleireiro havia me presenteado.

— Mudei completamente de ideia. — Juliana quebrou o silêncio.

— Sobre o quê? — olhei-a confusa.

— Você é a segunda noiva mais bonita do mundo. A primeira continua sendo a Júlia. — ela sorriu.

Ri alto de seu comentário.

— Bom, fico feliz que eu tenha subido uma posição no seu ranking. — fiz uma pequena reverência.

— Eu ainda não acredito que você optou por usar isso do que aquele salto lindo que encontramos na loja do seu vestido. — ela apontou para os meus pés.

Abaixei meu olhar e estiquei um dos meus pés, observando o all star branco ali perfeitamente colocado.

— Eu não vou ficar com dor nos pés no dia do meu casamento. — falei. — Já sofri muito na minha quinceañera, não foi, mama?

Olhei para minha mãe e a vi parada a poucos centímetros de mim com um lencinho de papel em mãos, tentando secar as lágrimas que insistiam em cair de seus olhos.

— Mama! — me aproximei. — Se você ficar chorando, eu vou chorar também!

— Você não pode chorar, Gonçalves. — ela falou.

— Eu sei, então não me faça chorar. — fiz um biquinho.

— São muitas emoções para uma velhota como eu. Você é a minha primeira filha a se casar.

— Coitada da Sofia quando chegar a vez dela. — falei, o que a fez me olhar com um semblante confuso. — Vai ter que aguentar eu e você chorando.

Caímos na gargalhada.

— Do que vocês estão rindo? Eu quero rir também! — meu pai entrou na sala onde estávamos.

Ele já estava pronto.

Seu terno preto perfeitamente alinhado contrastava com o leve grisalho de seu cabelo, que estava arrumado com gel. Preso próximo à gola estava preso um lírio branco, uma das flores que compunha o meu buquê.

Assim que me viu ele levou uma de suas mãos até os olhos, inclinando a cabeça para baixo na tentativa falha de conter o choro.

— Ai, papa! — suspirei e fui até ele, abraçando-o.

Ficamos abraçados por longos segundos até que senti um toque suave em meu ombro esquerdo.

— Vamos deixar vocês dois a sós. — minha mãe falou baixinho antes de sair da sala onde estávamos, acompanhada de Juliana.

(Inicie: First Man - Camila Cabello)

— Você está muito linda, hija. — ele sorriu.

Suas mãos se uniram às minhas e se agarraram em um aperto forte enquanto seus olhos não desgrudavam dos meus.

— Quem diria que a minha garotinha se tornaria essa linda mulher. — seus olhos estavam marejados.

— Acho que puxei a mamãe. — sorri.

— Está insinuando que minha genética não é tão boa quanto a da sua mãe? — ele fez uma falsa cara de bravo para logo em seguida rirmos juntos. — Estou apenas brincando, querida.

— Eu sei, papa. — assim que terminei de falar senti uma lágrima escorrer pelo meu rosto.

— Ei, não chore. — ele pediu, levando sua mão até minha bochecha, secando a gota de felicidade.

— Eu não choro se você prometer que também não vai chorar.

— Isso é impossível no dia de hoje, cariño. — ele sorriu. — Mas eu vou tentar. Não quero ficar feio nas fotos.

Ri de sua fala.

— Você a ama? — ele perguntou após alguns segundos me olhando.

— Sim, pai. — suspirei. — A amo como nunca amei ninguém antes.

Ele balançou a cabeça positivamente, fazendo um breve carinho em minha bochecha.

— Então eu a amo também. Se ela te faz feliz, acredito que ela mereça ficar com a minha garotinha. — sua voz falhou ao dizer a última palavra.

— Isso quer dizer que... — comecei a falar.

— Vocês têm minha benção. — ele sorriu.

Abracei-o apertado, sem me importar se seu terno iria amassar ou se metade da minha maquiagem ficaria presa em seu ombro.

— Isso significa muito pra mim. — falei abafado.

— Pra mim também, hija. — ele retribuiu o aperto. — Mas você tem que me prometer uma coisa.

— O quê? — me afastei.

— Que vocês vão continuar nos visitando. Mesmo que uma vez ao mês.

— Eu não vou embora, papa. — sorri abertamente. — Exceto para a lua de mel. — ri. — Tirando isso estaremos sempre visitando vocês. Assim como sempre fizemos.

— Promete? — ele esticou o dedo mindinho para mim.

— Prometo. — uni meu dedinho ao dele, cruzando-os e deixando um beijinho, como selo da promessa.

— Ótimo. — ele sorriu. — Agora eu acho que tenho que levar alguém para o altar.

— Hmmm, é mesmo? — perguntei entrando na brincadeira.

— Você vem? — ele me estendeu seu braço.

☂️

Saint Patrick Cathedral, Nova Iorque, EUA - 08:00 P.M.

Assim que cheguei à igreja senti as borboletas revirando em meu estômago, junto de um arrepio cortante subindo pela minha coluna.

Por mais que eu tentasse, não conseguia controlar minha respiração, que estava ofegante e completamente descompassada.

Olhando pela janela do carro, observei a catedral completamente iluminada, e foi impossível não ficar de boca aberta com o tamanho da construção.

Sua estrutura antiga e acinzentada se destacava devido à grandeza de suas dimensões.

A neve havia cessado, permanecendo no chão apenas o que sobrou do que caía do céu até algumas horas atrás.

Observei as escadas que levavam até a porta da igreja e respirei fundo enquanto levava minha mão até a maçaneta do carro.

— Nada disso. — meu pai falou ao meu lado, me fazendo olhar para ele.

Fitei-o com o cenho franzido, não entendendo o que ele queria dizer, e observei-o sair do carro, contornando-o até estar do lado do passageiro, abrindo minha porta para que eu pudesse descer.

— Agora sim. — seus lábios se abriram em um grande sorriso.

Ele estendeu a mão para que eu pudesse segurar e assim o fiz, saindo do carro logo em seguida.

Assim que saí do carro, fui cercada por três mulheres vestidas de preto. Elas eram assistentes do evento e juntas ajudaram a segurar meu vestido enquanto eu subia as escadas.

Fomos levados até uma sala pequena ao lado da entrada principal da igreja, onde aguardaríamos a hora da nossa entrada, que não tardava a chegar.

— Falta muito? — olhei para o meu pai.

— Os padrinhos e madrinhas são os próximos a entrarem. Em seguida entrará a florista e depois será a hora de vocês brilharem. — uma das moças que havia ajudado com meu vestido respondeu minha pergunta.

— BRUNNA! — Juliana gritou sussurrando ao entrar na sala onde eu e meu pai estávamos.

— O que você está fazendo aqui? Você não vai entrar agora? — perguntei assustada com sua aparição repentina.

— Eu vou, mas não sem te ver antes. — ela respondeu. — Você está tão linda!

— E nervosa também. — meu pai empurrou meu ombro.

— Ela já entrou? — perguntei ansiosa.

— Já. — Juliana sorriu. — Consigo ver ela tremendo daqui.

— Jura? — ri.

— Sim. Aquela bunduda tá quase da cor do vestido. Quase sumindo, mas está tão linda quanto você.

— Ela está usando vestido? — sorri animada.

— Já falei demais. — Juliana fez um sinal como se fechasse a boca com zíper. — Se me dá licença, tenho uma longa caminhada até o altar. — ela jogou os cabelos por cima do ombro. — Te vejo lá.

Balancei a cabeça negativamente enquanto ela saía pela porta da pequena sala onde estávamos.

Juliana era a melhor amiga do mundo.

Virei-me de frente para o meu pai e sorri.

— Obrigada por estar aqui.

— Eu sonhei com esse momento minha vida inteira, filha. — ele sorriu.

— Te quiero, papa.

— Te quiero muchísimo, mi niña.

— Dois minutos. — a moça avisou. — Vamos para a entrada?

Sem tirar os olhos dos meus, cuidadosamente meu pai colocou o véu sobre meu rosto, sorrindo ao me ver coberta pelo tecido fino.

Seguindo as instruções da assistente de organização do evento, caminhamos até o lado de fora da igreja.

Meu pai se colocou ao meu lado esquerdo e me estendeu o braço para que eu pudesse entrelaçar com o meu.

A entrada da florista foi anunciada e logo em seguida minha priminha passou pelas enormes portas, que rapidamente foram fechadas.

Juntos, meu pai e eu demos dois passos em direção à entrada.

Senti meu coração subindo pela garganta, um frio repentino tomar conta de meu corpo e minhas mãos tremendo.

Abaixei meu olhar para minhas mãos e notei as rosas vermelhas e lírios brancos que eu segurava começarem a tremer.

— Estou aqui com você. — meu pai sussurrou.

— Prontos? — a moça de cabelos castanhos escuros perguntou.

Naquele momento eu simplesmente havia esquecido em como formular e pronunciar palavras, então me limitei a apenas acenar positivamente para ela, que sorriu antes de dar o sinal para que as portas se abrissem.

— Boa sorte! — pude ler em seus lábios.

(Inicie: The One - Kodaline)

O som delicado do piano ressoou por toda a catedral no momento em que as portas se abriram.

Respirei fundo antes de dar o primeiro passo em direção ao enorme tapete vermelho agora forrado com pétalas de flores.

Senti o aperto em meu braço ficar um pouco maior enquanto caminhávamos.

Eu mantinha meu olhar nos bancos, olhando para os meus parentes e conhecidos, assim como os de Ludmilla.

Minha família inteira havia vindo em peso.

Ainda não havia feito contato visual com a mulher que me aguardava no altar. Faltava mais da metade do tapete para chegar até lá e eu estava tentando segurar as lágrimas, que sabia que viriam com força no momento em que meus olhos cruzassem com os dela.

Enquanto caminhava, observando as pessoas que ali estavam, pude notar a presença de duas em especial que me chamaram a atenção.

Sr. Carter e a Srta. Angelina.

Acenei brevemente para os dois, que vibraram ao perceber que haviam sido notados.

Percebendo que nos aproximávamos do altar, resolvi finalmente olhar para lá, começando pelo lado esquerdo onde estavam nossas madrinhas e padrinhos.

Surpreendentemente, Juliana, a mulher que nunca chorava por nada, se encontrava em lágrimas, sendo consolada por Júlia, que também era tomada pelas lágrimas.

Emily e Lucy estavam logo ao lado, também emocionadas com a minha entrada.

Keana e Hayley se encontravam do mesmo jeito que as outras quatro mulheres.

Luane estava ao lado de Marcos , irmão de Ludmilla, e ambos me olhavam com um largo sorriso no rosto.

No centro se encontrava o juíz de paz que havíamos contratado para realizar nosso casamento.

E em frente a ele...

Ela.

Assim que a olhei foi como se o mundo todo tivesse parado e todas as pessoas tivessem deixado de existir, exceto nós duas.

Minhas mãos começaram a suar e em reflexo eu segurei o buquê em minhas mãos com ainda mais força.

Meus batimentos cardíacos já previamente acelerados pareceram de alguma forma acelerar ainda mais enquanto meus olhos foram drasticamente inundados pelo mar de lágrimas.

Eu poderia jurar que estava tendo uma taquicardia.

Se na nossa rotina, com seus jeans rasgados, coturnos pretos e jaqueta de couro, Ludmilla já era a mulher mais linda do mundo, ali, vestida de branco da cabeça aos pés, ela se tornava a personificação de um anjo na terra.

Seus cabelos escuros estavam presos e cacheados, contrastando com a cor clara do vestido, que eu tinha certeza que ela mesma havia desenhado.

Senti minhas bochechas começarem a doer e só então me dei conta de que estava sorrindo por todo esse tempo.

Com ela era assim.

O riso vinha fácil e não tinha hora exata para deixar minha boca.

Só fui me dar conta de que havia chegado ao altar quando meu pai parou de caminhar, o que fez com que meu corpo fosse automaticamente puxado para perto dele.

— Filha... — sua voz falhou.

Olhei para ele e notei seus olhos vermelhos com os cílios molhados.

Suas mãos encontraram o tecido do véu, subindo-o até meu rosto ficar totalmente descoberto.

Ele se inclinou para perto e logo senti seus lábios encontrarem brevemente o lado direito da minha bochecha, partindo para o lado esquerdo em seguida.

Ele voltou para sua posição inicial e me olhou por alguns segundos antes de se inclinar novamente e selar seus lábios contra minha testa.

E, assim que o fez, foi inevitável controlar minhas lágrimas, que começaram a escorrer uma atrás da outra.

Eu havia ganhado o terceiro e último beijo.

Assim que terminou, meu pai cobriu novamente meu rosto com o véu e me virou para a pequena escadaria do altar.

Ludmilla abriu um sorriso de orelha a orelha ao me ver parada ao lado do meu pai, e desceu os degraus cuidadosamente para me buscar.

Sua mão tocou a minha e assim que o fez pude sentir a temperatura gélida de seus dedos.

Quebrando todos os protocolos de tradição, Ludmilla não se limitou apenas a cumprimentar meu pai com um aperto de mão, e o envolveu com seus braços, abraçando-o apertado.

Eles ficaram assim por alguns segundos antes de se soltarem.

Meu pai se juntou à minha mãe no altar enquanto Ludmilla voltava a segurar em minha mão, subindo os degraus junto comigo até estarmos de frente para o juíz.

Estávamos cada vez mais próximas de nos tornarmos esposas.

[...]

— Brunna Gonçalves e Ludmilla Oliveira, — o juíz começou. — vocês já foram muitas coisas uma da outra... Amigas, companheiras, namoradas, noivas. E agora, com as palavras que vocês estão prestes a trocar, passarão para a próxima fase. Com esses votos, vocês estarão dizendo ao mundo todo: "esta é a minha esposa!"

Para ser sincera, eu não conseguia prestar muita atenção no discurso do homem atrás do balcão.

Eu estava completamente fascinada com a mulher ao meu lado.

— Brunna Gonçalves, é de livre e espontânea vontade que você aceita Ludmilla Oliveira como sua legítima esposa? — a voz do homem me trouxe de volta à realidade.

— Pode apostar que sim. — respondi segura.

— Ludmilla Oliveira, é de livre e espontânea vontade que você aceita Brunna Gonçalves como sua legítima esposa?

— Com toda certeza do mundo. — ela respondeu e me olhou.

— Sendo assim peço que por favor, dêem as mãos e preparem-se para dar e receber os seus votos de amor.

O juíz entregou o microfone para mim, que quase deixei cair devido ao nervosismo.

— O que falar pra você? — olhei para Ludmilla. — Eu passei as últimas semanas pensando no que iria falar em meus votos e confesso que quase surtei ao perceber que gostaria de falar mais coisas do que todos aqui aguentariam ouvir. — ri. — É sério, Ludmilla, tem tanta coisa que eu gostaria que você soubesse, mas eu não consigo expressar em palavras o que eu sinto, porque palavras limitam os sentimentos. Elas limitam a imensidão do que é sentir. E eu não quero limitar o que eu sinto por você. Jamais. — sorri. — Uma vez eu te disse que cada momento ao seu lado me tira o fôlego, e é exatamente assim que me sinto agora. Sem ar. Fascinada e ainda desacreditada que encontrei a mulher da minha vida, e que estou aqui, me casando com ela. Eu amo você.

O castanhos dos olhos de Ludmilla estava impressionantemente mais claro, bem cristalino, como um espelho. A parte branca de seus olhos, pelo contrário, estava bem avermelhada devido ao choro, e possivelmente devido à maquiagem.

Entreguei o microfone para ela, que prontamente o segurou, olhando para os lados e acenando para alguém assim que o fez.

— Bom... — ela começou a falar, enxugando as lágrimas e puxando o nariz. — Eu não sou tão boa em palavras quanto a Brunna. — ela olhou para os convidados. — Então, eu resolvi pegar emprestado as palavras de outra pessoa para isso.

Arqueei as sobrancelhas, confusa.

Poucos segundos depois, a mesma moça que havia me desejado boa sorte do lado de fora da igreja apareceu no altar com um violão em mãos.

Ela entregou o instrumento para Ludmilla, que rapidamente o encaixou em seu corpo, dedilhando as cordas.

— Não estou muito acostumada a cantar em público. E estou nervosa pra caralho aqui em cima. — ela arregalou os olhos ao perceber que havia soltado um palavrão. — Desculpe. — sorriu. — Mas eu espero de coração que você goste, amor. — ela me olhou.

(Inicie: Kiss Me - Ed Sheeran)

— One, two, three, four... — sua voz rouca sussurrou contra o microfone.

Seus dedos deslizaram por entre as cordas e logo os acordes iniciais de uma das minhas músicas preferidas do Ed foram ressoados pela imensidão da catedral.

Ela não iria fazer isso...

Iria?

Meus olhos não conseguiam deixar de admirá-la.

O violão preto preso pela correia da mesma cor em torno de seu pescoço se destacava quando comparado com o vestido branco.

Suas mãos, igualmente pálidas, dedilhavam as cordas do instrumento delicadamente, como se ela sentisse cada novo acorde saindo por entre seus dedos.

— Settle down with me... Cover me up, cuddle me in... — seus olhos se fecharam.

— Lay down with me, yeah... And hold me in your arms... — continuei a letra junto com ela.

— And your heart's against my chest... — ela abriu os olhos e sorriu enquanto me olhava. — Your lips pressed to my neck...

— I'm falling for your eyes, — apontei para ela enquanto cantava. — but they don't know me yet...

Ela sorriu ao entender o que eu queria dizer.

E que sorriso lindo...

— ...I'm in love now. — ela piscou pra mim.

— Kiss me like you wanna be loved... You wanna be loved, you wanna be loved...

— This feels like falling in love... Falling in love, we're falling in love... — cantamos juntas.

Era impressionante o quão talentosa Ludmilla era.

Ela sabia fazer literalmente um pouco de tudo e, aquilo que não sabia, procurava formas de aprender o mais rápido possível.

Sua voz continuou a preencher o interior da catedral, agora acompanhada de bateria e violino, que entraram assim que o refrão começou.

Eu conseguia sentir a chuva de flashes sobre nós, bem como toda a movimentação da equipe de foto e filmagem que havíamos contratado. Conseguia ouvir as vozes dos nossos convidados cantando a letra da música junto de Ludmilla.

Mas eu não conseguia ver nada além dela.

Meus olhos estavam vidrados em suas orbes verdes enquanto eu observava cada detalhe dela.

Conforme a música continuava a ser cantada, percebi a mudança de estado em Ludmilla, que havia começado serena e tranquila, e que agora não parecia se importar em mudar as notas originais da canção, deixando sua marca na música enquanto cantava da melhor forma que conseguia.

E assim, completamente apaixonada, segui observando-a até que o último acorde fosse tocado.

[...]

Depois da chuva de aplausos que Ludmilla havia recebido por ter cantado, foi anunciada a entrada das alianças, trazidas pela minha irmã Sofia.

O juíz de paz falou algumas palavras bonitas, que não cabem aqui ser citadas, primeiramente por eu não ter certeza de quais foram já que não conseguia prestar atenção em mais nada além dos olhos esverdeados em frente a mim, e em segundo lugar, porque nada do que eu falar aqui conseguirá descrever fielmente o que eu estava sentindo naquela hora.

— Brunna e Ludmilla... — a voz masculina me tirou do transe. — Que estes anéis sejam um lembrete visível de seus sentimentos uma pela outra neste momento. Ao olhar para eles, lembrem-se que vocês têm alguém especial com quem compartilhar suas vidas. Lembrem-se de que vocês encontraram uma a outra e uma na outra, e de que nunca mais andarão sozinhas.

Peguei uma das alianças colocadas sobre a almofada branca e a direcionei até o anelar esquerdo de Ludmilla

— Ludmilla, eu te dou esta aliança como sinal de que escolhi você para ser minha esposa e minha melhor amiga. Receba-a e saiba que eu te amo. — li no papel que o juíz me mostrou enquanto colocava o anel no dedo da minha, agora, esposa.

— Melhor amiga?! — ouvi Juliana falar. — Precisamos rever isso daí.

Sua fala fez com que não só eu, mas boa parte dos convidados que estavam mais próximos ao altar rissem também.

— Brunna, eu te dou esta aliança como sinal de que escolhi você para ser minha esposa e minha melhor amiga. Receba-a e saiba que eu te amo. — foi a vez de Ludmilla falar, encaixando o anel em meu anelar e sorrindo assim que o fez.

— Brunna Gonçalves e Ludmilla Oliveira, ninguém além de vocês mesmas detém o poder de proclamá-las esposa e esposa. Porém, vocês nos escolheram como anunciantes desta boa nova. E assim, tendo testemunhado sua linda troca de votos diante de todos que estão aqui hoje, é com grande alegria que nós declaramos que vocês estão casadas. — o juíz sorriu. — Podem se beijar.

Aproveitando nossas mãos entrelaçadas, puxei Ludmilla para perto de mim, para em seguida levar minha mão até seu rosto.

— Você é a mulher mais linda do mundo. — sussurrei.

— Só perco pra você. — ela sussurrou de volta antes de erguer meu véu e me puxar pela cintura, unindo nossos lábios.

[...]

Assim que saímos da igreja, Ludmilla e eu lideramos o caminho até onde a festa aconteceria.

Por se tratar da véspera de Natal, alguns convidados acabaram se despedindo ainda na catedral, mas de modo geral, a maioria permaneceu conosco.

Ao chegarmos no salão onde aconteceria nossa festa, fomos surpreendidas por mais uma chuva de flashes.

Confesso que apesar de amar tirar fotos, estava adorando me sentir a estrela da noite ao lado de Ludmilla.

Será que era assim que celebridades se sentiam?

Ficamos na recepção do salão por aproximadamente uma hora até todos, ou pelo menos a maioria dos convidados chegarem.

Depois disso fomos caminhando por entre as mesas, tirando fotos que posteriormente seriam escolhidas para formar nosso álbum, e conversando com quem se dispunha para trocar algumas palavras.

O jantar, para a minha alegria, não demorou muito para ser servido. E praticamente tivemos uma ceia natalina com tanta comida gostosa em uma única mesa.

Tomei o dobro do cuidado enquanto comia, afinal, ser desastrada era praticamente um dom, e eu não estava afim de pagar multa quando fosse devolver o vestido para a loja.

Mais fotos, mais conversas, mais agradecimentos.

O tempo passou tão rápido que nem me dei conta de que a parte mais legal da festa iria começar.

A balada.

Porém, antes de darmos início à ela, Ludmilla e eu subimos até o mini palco no centro do salão para jogarmos o buquê.

Da alta plataforma dava pra ver as mulheres de ambas as famílias se aglomerando para pegar o conjunto de flores.

Era engraçado.

Olhei para Ludmilla e comecei a rir.

— Quem você acha que vai pegar? — ela perguntou.

— Eu não faço ideia. — ri.

— Aposto que será uma das meninas. — ela falou.

Virei para trás e percebi que até minha mãe estava em meio à multidão.

O mestre de cerimônias começou a contagem regressiva a partir do número dez.

Ludmilla e eu estávamos segurando o buquê juntas. Seus dedos, agora quentes, tocavam os meus.

Observei nossas mãos unidas e sorri ao ver o anel brilhante em seu anelar.

O buquê, feito de lírios brancos e rosas vermelhas, nossas flores preferidas, balançava para frente e para trás, seguindo o movimento de nossas mãos.

— TRÊS! — a contagem continuava.

— DOIS! — gritei junto.

— UM! — olhei para Ludmilla.

Assim que a contagem chegou ao fim, Ludmilla e eu arremessamos o buquê para trás.

Ouvimos alguns gritos que se tornaram ainda mais estridentes quando viramos, identificando quem havia conseguido pegá-lo.

Sofia.

— Falei que ia ser uma de nós. — Ludmilla sussurrou próximo ao meu ouvido enquanto sorria e comemorava dançando de um lado para o outro em cima do palco improvisado.

(Inicie: Let Me Think About It - Ida Corr, Fedde Le Grand)

— Vamos até lá! — segurei a mão de Ludmilla e a puxei até o centro do salão, onde nossas amigas e alguns parentes estavam reunidas.

— A SOFI É A PRÓXIMA, CARALHOOOO! — Vero falou já levemente alterada.

— Já vai preparando o bolso, hein... — Lucy deu uma cotovelada em Luane. — Vamos querer outro festão desse aqui.

— Quero esse casamento pra ontem. — pisquei para Sofia.

— Ouviu, né cunhadinha? — Ludmilla apareceu ao meu lado.

Rimos juntas enquanto começávamos a dançar ao som da música que saía em alto e bom som pelos alto-falantes espalhados pelo salão.

Senti as mãos de Ludmilla envolvendo minha cintura e aproveitei o contato para rebolar contra sua cintura.

Não me importei com nada, nem com ninguém. Muito menos com a minha família que dançava próxima a onde nós estávamos.

Era a minha festa de casamento e eu estava dançando com a minha mulher.

Joguei meu cabelo para o lado, deixando uma boa parte do meu pescoço à mostra enquanto encostava minhas costas contra o peito de Ludmilla.

Minhas mãos subiram, procurando entrar em contato com o rosto da mulher atrás de mim, que prontamente entendeu o recado, aproximando seu rosto do meu pescoço descoberto.

As luzes piscantes e a fumaça que haviam liberado na pista deixavam todas as cenas em câmera lenta e eu já podia sentir o efeito das taças de vinho que havia tomado durante o jantar começarem a fazer efeito.

Senti a boca de Ludmilla se fechar contra o meu pescoço diversas vezes, distribuindo beijos molhados por toda a extensão que ela conseguia alcançar.

— Tem certeza que você já vai começar a me provocar desse jeito? — sua voz rouca atingiu em cheio meu ouvido.

Virei-me de frente para ela e sorri da forma mais maliciosa e sacana que consegui, aproximando meu rosto de seu pescoço logo em seguida.

Mordi a pele com o aroma adocicado e distribuí alguns beijos até chegar no lóbulo de sua orelha, onde sussurrei com a voz carregada de desejo e tesão:

— A noite mal começou, baby.

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