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Capítulo 29.

Maratona - (5/5)

POV Brunna Gonçalves

— Olá, Ethan. — falei com desprezo.

— Vocês se conhecem? — Ludmilla perguntou com certa surpresa.

— Sim. — Ethan respondeu.

— Jura?! Que ótimo! Assim podemos conversar sem tantas formalidades. — Ludmilla comentou. — Onde vocês se conheceram?

— Através da Juliana. — respondi sua pergunta sem desviar meu olhar de Ethan, que tentava a todo custo não olhar para mim.

— O que acha de irem ao meu escritório? — ele perguntou.

O desconforto era claro em seu rosto.

Levantei-me do pequeno sofá e esperei até que Ludmilla fizesse o mesmo, caminhando ao seu lado até o escritório do homem engravatado.

Meu sangue estava fervendo.

Minha vontade era de enfiar um soco bem no meio da cara de Ethan por tudo o que ele havia feito enquanto ainda estava com a minha melhor amiga.

— Sentem-se, fiquem à vontade! — ele falou, fechando a porta do escritório e indo até sua enorme e retrátil cadeira executiva.

Ludmilla e eu trocamos olhares e juntas seguimos em direção às cadeiras que ficavam de frente para a mesa dele.

Assim que me sentei pude notar a pequena placa metálica fixada na escrivaninha de madeira.

Ethan Cooper — Diretor Geral de Fotografia.

Foi impossível segurar o riso sarcástico que subiu pela minha garganta.

— Como conseguiu esse emprego? — perguntei. — Por acaso foi roubando o lugar de outra pessoa?

Ethan se remexeu desconfortável na cadeira, soltando um riso sem graça.

Senti a mão de Ludmilla tocando levemente em minha coxa e a olhei. Suas sobrancelhas deixavam nítida a dúvida em relação à toda aquela situação e o modo como eu estava tratando o homem sentado na nossa frente.

— Na verdade eu acabei sendo promovido depois de criar alguns projetos para o Times. — ele respondeu.

— Sério? Que bacana! — falei da forma mais sarcástica possível. — Os projetos eram seus ou você só fez parecer com que fossem?

— Brunna... — ele falou em um tom baixo, olhando para os lados nitidamente desconfortável com as minhas perguntas.

— O que foi? — perguntei séria.

— Podemos falar sobre o seu projeto que foi utilizado no evento da Oliveira Enterprise? — ele finalmente manteve o olhar preso ao meu.

— Pra quê exatamente? Para você roubá-lo e assinar com seu nome? — rebati.

Ethan levantou-se de sua cadeira e caminhou até a enorme janela de vidro, onde observou os enormes prédios da cidade.

— Vocês aceitam alguma bebida? Uísque, café, água? — ele ofereceu.

— Não se preocupe, Ethan. — Ludmilla respondeu me olhando de forma preocupada.

— Eu vou querer um café, por favor. — falei.

— Ótimo, irei buscar. — ele respondeu, se retirando da sala no instante seguinte.

Ludmilla arregalou os olhos e arqueou as sobrancelhas.

— E então... — ela falou. — Quer conversar sobre isso?

— Lembra de quando estávamos armando nosso plano contra Matthew para o evento da empresa do seu pai? — perguntei virando-me de frente para ela.

— Lembro.

— Eu contei que há um bom tempo atrás Juliana havia tido a ideia de oferecer seus serviços como fotógrafa junto de uma excelente equipe de foto-filmagem para a Oliveira Enterprise, mas que o até então namorado dela havia roubado sua ideia, não contei?

— Sim.

— Ethan Cooper era o namorado de Juliana. — falei.

Os olhos de Ludmilla triplicaram de tamanho.

— O quê?! — ela perguntou indignada.

— Pois é. Por isso estou tratando-o dessa forma. Eu sei que você teve a melhor das intenções em me trazer até aqui e agradeço de coração por isso, Lud. Mas infelizmente eu não sou a melhor das pessoas para lidar quando o assunto é injustiça.

— Você está certa, Bru! Eu realmente não tinha ideia de que ele era o ex da Juliana.

— Não tinha como você saber, gatinha. — sorri.

— Eu não vou deixar isso ficar assim. — Ludmilla falou e eu pude notar seu maxilar travado.

— Infelizmente não tem muito a ser feito além de superar o passado, Lud. Eu já tentei recorrer a tudo que pude na época em que aconteceu, mas ele é muito influente, tem muitos contatos.

— Eu também tenho. Meu pai também tem. — ela falou séria.

Fitei seu olhar. Seus olhos castanhos transmitiam sinceridade.

— O que você vai fazer? — perguntei.

— Justiça. — ela sorriu.

— Mas como?

— Não se preocupe com os detalhes. Eu vou resolver isso. — ela apoiou as mãos na minha coxa.

Olhei para suas mãos que lentamente escorregaram para a parte rasgada do meu jeans escuro, que deixava meu joelho à mostra.

Sua mão se fechou como uma conchinha no centro do meu joelho para em seguida, e bem lentamente, Ludmilla abri-la, explorando toda a superfície da pele exposta, o que me fez remexer na cadeira.

— Você tem cosquinha no joelho? — ela perguntou surpresa.

— Eu tenho! — dei um tapinha em sua mão, o que a fez rir.

— Bom saber disso. — ela piscou.

— Você não ouse. — ameacei.

Ludmilla chegou a abrir a boca para me responder, porém acabou sendo interrompida pela voz masculina retornando ao escritório.

— Aqui está, Brunna. — Ethan estendeu o pequeno copo térmico na minha direção. — Cappuccino.

— Obrigada. — falei seca.

— Acabei de saber através da Elisabeth que tenho outra reunião agendada para agora. — ele falou. — Acredito que houve uma confusão e ela acabou trocando meus horários.

Mentiroso.

— Não se preocupe com isso, Cooper. — foi a vez de Ludmilla falar. — Já estávamos de saída.

— Sinto muito pelo imprevisto. — ele respondeu.

— Nos poupe, Ethan. — falei. — Nós três sabemos que isso não é verdade. Mas aprecio a tentativa.

Ele sorriu fraco e voltou a se sentar em sua cadeira enquanto Ludmilla e eu caminhávamos até a saída de seu escritório.

Nos despedimos de Elisabeth, que insistiu em se desculpar pela troca de horários na agenda de Ethan.

Era impressionante o quanto aquele homem era repugnante ao ponto de fazer a própria secretária mentir sobre seus horários.

Já na saída do prédio, caminhei até as latas de lixo fixas na calçada e joguei o café em uma delas.

— Achei que você fosse tomar. — Ludmilla falou.

— E se ele colocou algo ali dentro? — perguntei. — Eu não espero mais nada dele.

— Tem razão. Fez bem em ter jogado fora. — ela sorriu se aproximando de mim e entrelaçando nossas mãos. — E agora, para onde vamos?

— Você não precisa voltar para a loja? — perguntei.

— Não. Eu tirei o resto do dia de folga. — ela respondeu.

— Hmm... Então nesse caso eu acho que nós podemos dar uma volta por aí, o que acha? — fiquei de frente para ela.

— Eu acho uma ótima ideia! — Ludmilla levou suas mãos até minha cintura enquanto eu envolvi seu pescoço com meus braços. — Tem algum lugar em mente?

— Eu topo qualquer lugar onde você queira me levar. — respondi.

— Já sei para onde vamos, então. Só vamos precisar fazer uma pequena parada antes. — ela falou, selando nossos lábios.

[...]

Depois de alguns minutos dentro do carro, Ludmilla entrou em um estacionamento onde o chão era completamente forrado de pedrinhas.

Alguns poucos carros estavam estacionados por ali e próximo a eles havia uma casinha com a fachada feita de pedras acinzentadas e o telhado inteiramente de madeira.

— Onde estamos? — perguntei.

— Vem cá, você já vai descobrir. — ela respondeu enquanto estendia a mão na minha direção, juntando-as logo em seguida.

Caminhamos até a entrada do pequeno estabelecimento e assim que nos aproximamos da porta, pude ver uma placa feita de madeira com o nome "Drinking Time" entalhado em sua superfície.

— Você me trouxe em um bar? — empurrei-a com o ombro e sorri com malícia.

— Não é um bar, sua boba. — ela me empurrou de volta. — Aqui eles só vendem as bebidas.

— E o que você está pensando em comprar?

— Uma garrafa de vinho. Depois disso seguiremos caminho até onde eu quero te levar.

— Parece ótimo pra mim. — falei.

Assim que entramos na loja, o sino acima da porta soou, anunciando nossa chegada.

Ludmilla acenou para o senhor que estava no caixa e virou em um dos corredores de bebidas.

Juntas fomos até o corredor dos vinhos, e confesso que me surpreendi com a quantidade e organização das bebidas daquele lugar.

Destilados, fermentados, promoções, baixo teor alcoólico e até mesmo uma prateleira para cervejas artesanais.

Enquanto eu admirava a enorme variedade de vinhos expostos na prateleira que tomava todo o fundo da loja, Ludmilla parecia ler atentamente todos os rótulos das garrafas, procurando o vinho ideal para levarmos.

Senti meu celular começar a tocar em meu bolso e rapidamente entrei em um dos corredores de cerveja.

— Alô? — falei assim que atendi a ligação.

— Hija? — a voz da minha mãe soou calma do outro lado da linha.

— Mama! Que surpresa boa! Eu atendi direto, não tinha visto que era você. — respondi.

— Tudo bem, querida?

— Tudo sim e por aí?

— Por aqui estamos bem também. Só a Sofia que está um pouquinho pra baixo.

— Diga a ela que estou mandando um beijo. Ela vai ficar bem. — falei.

— Você sabe o que aconteceu? — minha mãe perguntou curiosa.

— Bem por cima. — respondi. — Mas é segredo nosso.

— Vocês duas... — ela gargalhou. — Fico feliz que ela confie em você para desabafar.

— Eu também fico, mama. Demais!

— E por falar nisso, onde você está?

— Eu estou com a Ludmilla aqui no centro. — respondi.

— Ah! Vocês estão juntas?

Observei Ludmilla entrar no corredor onde eu estava. Ela segurava duas garrafas de vinho, uma em cada mão.

— Qual você prefere Bru, tinto ou branco? — ela perguntou e assim que viu que eu estava no telefone pediu desculpas.

Apontei para sua mão direita, que segurava a garrafa de vinho tinto.

— É a minha mãe. — sussurrei e apontei para o meu celular.

— Manda um beijo pra ela. — Ludmilla sussurrou.

— Brunna? — minha mãe perguntou, chamando minha atenção.

— Perdão, mama. Estamos juntas sim, inclusive ela pediu para eu te mandar um beijo.

— Como ela é querida! Mande outro para ela!

— Pode deixar! — falei.

— Vou deixá-las em paz, outra hora eu ligo para você, filha.

— Aconteceu algo?

— Não se preocupe com isso. Aproveite a sua companhia. — minha mãe falou.

— Hm, tudo bem então. — respondi. — Se precisar sabe que pode me ligar.

— Sei disso, hija! Mas não se preocupe, tudo está bem!

— Vou acreditar em você. Se cuidem aí! — falei.

— Se cuidem também, meninas. Um beijo!

— Outro pra você! — respondi e encerrei a chamada.

Guardei o celular de volta no meu bolso traseiro e olhei para Ludmilla, que retornava da prateleira de vinhos, porém dessa vez somente com a garrafa do vinho tinto em mãos.

— Ela te mandou outro beijo. — falei.

— Sua mãe é uma fofa. — ela se aproximou de mim e envolveu meu pescoço com seu braço livre.

Fomos até o caixa, onde o senhor continuava sentado, e Ludmilla colocou a garrafa de vinho sobre o balcão.

— Boa tarde, senhoritas! — ele pegou a garrafa de vinho. — Ótima escolha! Um dos melhores da casa.

[...]

Assim que saímos da loja de bebidas Ludmilla e eu entramos no carro e seguimos pelas ruas da cidade até a rodovia, onde estávamos agora.

— Eu conheço esse caminho. — falei.

— Conhece? — ela perguntou.

— Conheço sim! Foi o mesmo caminho que você fez quando me levou até aquele morrinho com a árvore enorme.

— Hm, tem certeza? — ela me olhou e balançou as sobrancelhas.

— Ludmilla! Estamos indo pra lá?

— Quem sabe. — ela piscou e levou a mão direita até a minha coxa, onde ela deu alguns tapinhas.

Senti os músculos daquela região ficarem rígidos por alguns segundos.

— Eu te odeio! — falei.

— Seu corpo me diz o contrário. — ela começou a fazer um leve carinho na minha coxa e eu senti os músculos anteriormente tensos começarem a relaxar.

Cerrei o olhar na sua direção e me virei no banco, passando a olhar para a estrada através do vidro da janela.

Ludmilla começou a rir, ainda fazendo carinho em mim.

— Estamos quase chegando. — ela falou.

Continuamos na rodovia por mais alguns minutos até que ela virou o carro em uma estradinha de terra.

A mesma que levava para o lugar onde saímos juntas pela primeira vez.

Ludmilla estacionou o carro embaixo da sombra da enorme árvore e olhou pra mim.

— Eu sabia! — falei.

— Gostou? — ela perguntou.

— Vou gostar mais quando começarmos a beber o vinho. — pisquei pra ela, que abriu um sorriso carregado de malícia.

— Então vamos sair daqui. — ela falou abrindo a porta do carro.

Saímos de dentro do carro e caminhamos até o pequeno banquinho de madeira, onde sentamos lado a lado.

Ludmilla abriu a garrafa de vinho com o auxílio de seu chaveiro e juntas começamos a consumir o líquido levemente adocicado contido em seu interior.

(Inicie: Finally // beautiful stranger - Halsey)

Estava entardecendo, o sol começava a se pôr e as luzes das ruas da cidade abaixo de nós começavam a brilhar feito estrelas no céu.

— A vista daqui de cima é de tirar o fôlego. — falei.

— É lindo, não é? Eu amo esse lugar! — Ludmilla respondeu enquanto se aproximava de mim e envolvia meu corpo com seu braço esquerdo.

Seu perfume doce me invadiu sem pedir licença. Fechei os olhos e inspirei todo o ar que consegui, trazendo seu cheiro para dentro dos meus pulmões.

Inclinei minha cabeça contra seu ombro e Ludmilla repetiu meu gesto, apoiando sua cabeça na minha.

Senti sua mão começar a fazer carinho no meu braço e automaticamente levei minha mão até sua coxa coberta pelo jeans preto, alisando o lugar de cima a baixo.

Levei minha mão até seu joelho e repeti seu gesto de mais cedo, tentando causar cócegas naquela região, porém ela nem sequer se mexeu.

— Você não tem cosquinha no joelho? — perguntei indignada.

— Não. — ela riu.

— Você é estranha, Ludmilla. — empurrei-a com o corpo, voltando a me deitar em seu ombro.

Ficamos em silêncio por algum tempo, apenas observando o sol se pondo e o show de cores se misturando com o azul do céu sobre nós.

— Aqui foi o primeiro lugar que viemos juntas. — ela quebrou o silêncio depois de alguns minutos.

— Foi mesmo! Ainda penso naquela noite, acredita? — falei.

— Jura? — ela olhou pra mim.

— Juro! — fitei seus olhos castanhos. — Achei que nosso primeiro beijo seria ali.

Ludmilla sorriu, soltando uma risada baixinha.

— Eu confesso que também pensei que seria.

Seus olhos estavam diferentes hoje.

Era como se por alguns segundos todos os tons de verde existentes no mundo se misturassem, gerando uma explosão de cores dentro de suas íris, me atingindo em cheio ao encará-las.

Sua pupila estava dilatada, provavelmente por conta do vinho, e seu olhar indecifrável não desgrudava do meu.

Tão cristalino quanto uma esmeralda. Tão misterioso quanto o universo.

— O que está acontecendo aqui, Lud? — perguntei, ainda fitando seus olhos.

— Aqui onde? — ela sorriu.

— Aqui. — apontei para ela e em seguida apontei pra mim. — O que nós somos?

Ludmilla desceu seu olhar para minha boca, depois observou todo o meu rosto de forma minuciosa, e por fim voltou a olhar em meus olhos.

— O que você quer que eu seja? — ela perguntou.

Engoli em seco.

Por essa eu não esperava.

— Eu estou falando sério. — sorri nervosa.

— E quem disse que eu não estou? — ela rebateu.

Senti meu coração acelerar a ponto de ouvir a pulsação dentro dos meus ouvidos, e por alguns segundos tive medo que Ludmilla também pudesse escutar.

— Acho que já ultrapassamos a linha da amizade há um bom tempo. — falei.

— Disso eu não tenho dúvidas. — ela riu e eu a acompanhei.

— Hoje de manhã quando a Sofia perguntou sobre como mostrar a todos o que ela e Luane são, você falou que é preciso ter coragem para encarar a situação e assumir algo sério.

— É, eu falei isso. — ela sorriu.

— E se eu quiser o mesmo que ela? — perguntei.

Ludmilla levou sua mão até alguns fios que caíram sobre meu rosto e os levou até atrás da minha orelha.

— Você ainda não respondeu a minha pergunta. — ela falou arqueando a sobrancelha.

— E nem você a minha, espertinha. — brinquei.

— Justo. — ela riu. — Se você quiser algo sério, então teremos algo sério, Bru.

— Mas e quanto ao que você quer? — perguntei sentindo o coração subir pela garganta.

Lentamente ela levou sua mão até minha nuca, puxando meu rosto para perto do seu.

— Eu quero ser sua. — ela sussurrou contra a minha boca, passando a pontinha da língua bem devagar no meu lábio inferior. — E quero que você seja minha.

Senti todos os pelos do meu corpo se arrepiando um a um conforme as palavras saíram da boca de Ludmilla...

E a beijei.

Sua língua ainda guardava o sabor do vinho, o que tornou o beijo ainda mais gostoso e quente.

Muito quente.

As mãos ágeis e habilidosas de Ludmilla desceram para o meu quadril e puxaram meu corpo de encontro ao seu, nos deixando ainda mais próximas.

Aos poucos o ar começou a faltar e nossas respirações ofegantes começaram a se misturar.

Senti-la ofegante contra minha boca era como ir ao céu e voltar.

Nos afastamos um pouco para recuperar o ar e então senti uma vibração no bolso traseiro da minha calça.

De novo, mãe?

Tirei o celular do meu bolso e vi que era Juliana quem estava me ligando.

Que surpresa. Desagradável.

— Eu já volto. — balancei o celular e apontei para ele enquanto Ludmilla acenou com a cabeça, ainda tentando normalizar sua respiração.

— Eu espero que seja muito importante. — falei brava, ainda com certa falta de ar.

— Por que você está ofegante? — Juliana perguntou.

— Por que você acha?

— Oh meu Deus, vocês estavam transando? — ela começou a rir.

— Não, mas se você tivesse demorado um pouco mais pra ligar talvez eu estivesse. Só não iria atender. O que aconteceu?

— Então me agradeça por ter interrompido um beijo e não uma transa. — ela respondeu.

— Me erra, Juliana!

— Ai que estressada! Está precisando dar mesmo. — ela riu. — Mas então, tivemos um pequeno problema na Operação Festa Surpresa para a Namoradinha.

— Era só o que me faltava! O que aconteceu? — perguntei tentando não fazer um escândalo para Ludmilla não perceber nada.

— Digamos que a boate que eu e as meninas escolhemos estará fechada na sexta-feira para um evento privado.

— Merda! E agora?

— E agora que combinamos de nos encontrarmos daqui uma hora pra comemorar o aniversário da bunduda.

— Uma hora?! Vocês endoidaram?

— Calma, Chancho. Vocês estão juntas, não estão?

— Sim, mas como vamos nos arrumar em uma hora? Ela não pode saber que está indo pra própria festa surpresa. — argumentei.

— Venham como estiverem. Você está linda! Nos vimos hoje de manhã, lembra?

— Juliana! Você é louca! — falei. — Como eu vou levá-la até uma boate?

— Dá seu jeito, bunduda. Sei que consegue. Até daqui a pouco! Beijos de luz.

— Juliana! — tentei chamá-la, mas ela já havia desligado.

Respirei fundo e caminhei de volta até o banquinho onde Ludmilla estava sentada.

— Tudo bem? — ela perguntou.

— Tudo sim, era só a Juliana querendo saber onde eu havia guardado os filmes da câmera dela. Desorganizada como sempre. — menti.

— A Juliana é doidinha.

— E põe doidinha nisso. — ri.

— Olha aqui. — Ludmilla falou, levantando a garrafa de vinho e virando-a de boca para baixo, mostrando que a mesma estava vazia.

— O dono da loja tinha razão. Esse vinho é muito bom. — falei e ela concordou.

Me aproximei dela, tirando a garrafa de suas mãos e sentando-me em seu colo.

Ludmilla arqueou as sobrancelhas em surpresa e levou suas mãos até minha cintura.

— Eu gosto disso. — ela falou.

— Boba! — beijei sua bochecha. — Quero te pedir uma coisa, mas não tenho certeza se você vai deixar.

— Você pode pedir qualquer coisa sentada no meu colo, Brunna.

Comecei a rir.

— Eu estou falando sério aqui, ok?

— Eu também estou. Super sério. — ela respondeu.

Aproximei meu rosto do seu e selei nossos lábios.

— Eu quero te levar em um lugar. — falei.

— Ok, e por que eu não deixaria você fazer isso?

— Porque quem vai dirigir sou eu. — sorri.

Ludmilla abriu um sorriso de orelha a orelha e se afastou do encosto do banco, segurando minhas costas para que eu não caísse de cima dela enquanto ela procurava alguma coisa em seu bolso traseiro.

Segundos depois ela voltou a se encostar no banco, erguendo a mão para cima com o indicador esticado e a chave do carro colocada como um anel em seu dedo.

— É sua. — ela colocou a chave nas minhas mãos. — Me surpreenda.

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