parte um
CATHERINE HALE
"Mão no acelerador,
pensei ter pegado um raio em uma garrafa
mas perdi novamente"
EU NÃO GOSTAVA DE TODA AQUELA coisa de recomeço, onde nos mudávamos para uma nova cidade e tínhamos que começar tudo de novo, mas Carlisle e Esme sempre faziam parecer que dessa vez coisas incríveis iriam acontecer, então como em todas as outras vezes, apenas ajudei a empacotar as coisas e a colocar no carro.
Dessa vez iríamos para Forks, uma cidade pequena onde chovia o ano inteiro, o que era ótimo para esconder o nosso segredo. Eu não era muito fã de cidades pequenas por causa do jeito que eles ficavam obececados sempre que uma pessoa nova surgia, também não era muito fã de adolescentes, então eu já sabia que estudar na escola de Forks ia ser uma verdadeira tortura.
Minha família era cheia de talentos especiais, Edward poderia ler mentes, Alice podia prever o futuro, Jasper tinha o dom de controlar emoções, Rosalie - minha irmã biológica - era incrivelmente bonita, Emmett era forte, Esme era um poço de amor e Carlisle era a pessoa mais humana que já conheci. Eu não me achava muito especial quando comparado a qualquer um deles, meu único dom era manipular lembranças, criando novas ou apagando as que tinha.
Eu só o usava quando nossa família se metia em problemas e precisávamos fazer algumas pessoas esqueceram o que tinham visto, fora esses momentos, eu não me sentia confortável em o usar.
— Catherine?
Desviei minha atenção da tentativa de organizar todas aquelas caixas no porta malas do carro e encarei Edward, que tinha parado ao meu lado sem eu perceber.
— O que foi, Ed?
Ele deu um pequeno sorriso.
— Não acho que caiba mais caixas aí — comentou, desviando sua atenção para o pequeno espaço repleto de caixas — Temos outros carros onde podemos colocar coisas, sabe.
Revirei os olhos e o empurrei, com pouca força, apenas o suficiente para ele dar um passo para o lado enquanto ria.
— Eu não tenho culpa de Alice e Rosalie são consumidoras — resmunguei, fechando o porta malas — Se elas ao menos se livrassem da metade das roupas que possuem...
— Acho mais fácil dinossauros surgirem do que isso acontecer.
Eu também, mas não ousaria dizer isso em voz alta, pois depois Rosalie faria um drama interminável.
— Odeio ter que fazer o ensino médio de novo — resmunguei, me encostando no carro — acho que tenho alergia a adolescentes, juro.
Edward arqueou a sobrancelha.
— Pensei que você adorasse ser a oradora da turma e fazer o discurso de formatura. Como foi que você disse da última vez...?
Se eu pudesse corar, teria corado que nem uma garotinha naquele momento.
— Idiota.
Ele se inclinou na minha direção e beijou delicadamente os meus lábios. Edward sempre era extremamente carinhoso naqueles momentos, fazendo tudo com cuidado como se temesse me machucar, mesmo eu sendo uma vampira.
— Você é adorável quando está envergonhada.
Resmunguei um palavrão enquanto ele me puxava para um abraço e eu enterrava a cabeça contra o tecido macio do seu casaco.
Eu tinha me apaixonado por Edward logo após minha transformação, nós dois não nos amávamos, mas tínhamos uma amizade e uma confiança invejável. Nas últimas décadas, acabamos concordando com aquela amizade colorida - mesmo que ele detestasse o termo.
— Não vamos conseguir terminar a mudança se vocês ficarem de melação aí!
Revirei os olhos com o comentário sarcástico de Emmett, ele era um pirralho na maioria do tempo.
"E estava escrito,
fui amaldiçoada como Eva deu a mordida
Oh, foi um castigo?"
O PRIMEIRO ANO EM FORKS SE passou como um borrão, nada demais tinha acontecido além do fato que a nossa família ter se tornado o principal alvo das fofocas da cidade, o que infelizmente já era esperado.
Para a minha sorte, a cidade teria um novo foco naquele dia, que era a chegada da filha do xerife, que tinha retornado a Forks depois de um longo tempo longe.
Ajeitei a mochila no meu ombro e desci as escadas, Edward me esperava no final, com uma expressão carinhosa no rosto.
— Você ficou bonita com o novo corte de cabelo.
— Você gostou mesmo? — murmurei, enrolando uma mecha do meu cabelo ao redor do dedo — Alice que me convenceu a cometer essa loucura.
Meu cabelo ia até a cintura e eu mantive o mesmo corte desde que era humana, mas no dia anterior Alice tinha me convencido a uma mudança de visual, ela tinha me garantido que ia ficar incrível e realmente tinha ficado legal, mas eu ainda estava me acostumando com o novo visual.
— Sim, combinou com você.
Edward me estendeu a mão e me ajudou a descer os últimos degraus da escada, então se inclinou na minha direção e beijou minha testa.
— Se continuar me elogiando desse jeito, meu ego vai se tornar maior do que o da minha irmã.
Ele gargalhou.
— Ninguém consegue ter um ego maior do que Rosalie — ele retrucou, me acompanhando até a garagem — Preparada para mais um longo dia com adolescentes irritantes?
— Nem me lembra disso...
— Catherine vai comigo e Jasper hoje.
A interrupção de Alice me pegou desprevenida, ela se infiltrou entre Edward e eu, empurrando ele para longe enquanto agarrava meu braço. Jasper já estava dentro do carro e eu estava perdida, sem entender aquela reação da garota, Alice conseguia ser realmente estranha às vezes.
Eu sempre ia de carro para a escola com Edward, era o nosso momento.
— Alice...? — Edward murmurou, confuso — Você está cantando o hino da Inglaterra de trás para frente?
— Você precisa parar de monopolizar a Cath.
Não tive oportunidade de responder, pois ela me enfiou no banco de trás do carro dela, me fazendo resmungar um palavrão. Após alguns segundos congelados, Edward entrou dentro do seu carro e eu logo vi ele sumindo na estrada, só quando o perdemos de vista que Jasper acelerou o carro.
— Alice, pode me explicar o que foi isso?
Jasper estava mais silencioso do que o normal, o que começou a me preocupar. Os dois trocaram um olhar antes dela finalmente me responder.
— Eu tive uma visão enquanto caçava com os outros de madrugada — Alice murmurou, se movendo de forma desconfortável no carro — Não queria que você fosse pega de surpresa, então decidi que seria melhor conversarmos antes da escola, longe do Edward.
Para ela estar agindo daquele jeito, não seria algo bom.
— Apenas fala logo.
— A filha do xerife Swan e Edward... Eles vão ficar juntos, são companheiros — ela disse, rápido — Eu sinto muito, Catherine.
Eu poderia ter ouvido meu coração partir naquele momento, em milhares de pedaços que nunca mais voltariam a ficar juntos. Pude sentir pequenas ondas reconfortantes vindas de Jasper, ele parou o carro no meio da estrada e eu desci.
— Acho que não vou na aula hoje.
Alice e Jasper desceram do carro, parando a uma pequena distância de mim, que ainda estava tentando digerir aquilo. A garotinha tinha uma expressão chateada no rosto, eu queria explodir, surtar e gritar naquele momento, me senti a pessoa mais estúpida do mundo por realmente ter acreditado Edward e eu ficaríamos juntos para sempre.
Jasper me puxou para um abraço apertado, algo raro de acontecer, então aproveitei o momento.
"Ando por aí até eu chegar em casa,
eu acho que uma mulher inferior teria perdido a esperança
uma mulher melhor não imploraria, mas eu olhei para o céu e disse"
ROSALIE PAROU AO MEU LADO ENQUANTO eu pintava em cima do balcão da cozinha, era como se minha mão tivesse vida própria.
— Você não vai dizer nada?
Segurei a vontade de revirar os olhos e apenas foquei na minha pintura. Rosalie já sabia exatamente tudo o que eu estava sentindo e qualquer coisa que poderia falar, pois nós duas tínhamos aquilo, aquele laço de irmãs desde o nascimento, humanos achavam que era coisa de irmãos gêmeos, mas eu achava que era amor mesmo.
Ela continuou parada ao meu lado, os olhos dourados fixos em mim.
— O que quer que eu diga?
— Que ele está sendo um idiota enorme! Edward não precisa de uma humana boba para ser feliz quando o grande amor da vida dele está bem aqui.
O pincel que eu estava usando quebrou pela força com que segurei ele, me fazendo bufar baixinho e o colocar no lixo, fui obrigada a pegar o quarto pincel em menos de meia hora e se continuasse desse jeito, logo teria que ir comprar mais.
Desde que Alice me deu a notícia sobre Edward e a humana, eu vinha lutando para aceitar toda a situação. Desapareci por uma semana e depois disso, fiz o meu melhor para evitar o leitor de mentes, que parecia ter entendido o recado, pois não tentou forçar uma aproximação.
Não que ele tivesse muito tempo para pensar naquilo considerando a forma como estava obcecado pela humana.
— Irmã, pensei que já tínhamos concordado que Edward nunca me viu e nem vai me ver desse jeito. Éramos duas pessoas sozinhas no meio de varios casais, era natural termos alguma coisa para aplacar a nossa solidão — retruquei, querendo encerrar logo o assunto — Se ele está feliz com uma humana, o deixe.
Rosalie Hale nunca foi acostumada a ouvir a palavra não e grande parte disso era culpa do nosso pai biológico, que sempre a mimou sem pensar duas vezes.
— Mas ele vai revelar nosso segredo para todo mundo se continuar saindo com aquela idiota.
— Rosalie, sua irmã tem razão.
Sorri vitoriosa quando Carlisle entrou dentro da cozinha, largando sua pasta de trabalho em um canto do balcão.
— Viu? Papai disse que eu tenho razão.
Nunca gostei do meu pai biológico, pois para ele, parecia que apenas Rosalie existia. Só entendi o que era realmente amor paterno quando conheci Carlisle, que sempre fazia questão de me lembrar de como ele era feliz por eu ser sua filha.
Rosalie bufou.
— Não consigo acreditar que você está apoiando essa maluquice do Edward — ela retrucou — Você sabe que o verdadeiro amor da vida dele é a Catty!
Os olhos de Carlisle foram de Rosalie para mim, como se ele estivesse considerando o que iria responder.
— Eu acredito que Edward seja grande o suficiente para tomar as próprias decisões — comentou, devagar — E, ao mesmo tempo, também acredito que se for para Catty e ele ficarem juntos, isso vai acontecer.
Lancei um olhar indignado para ele.
— Como você pode realmente acreditar em uma bobagem dessa? Pai, ele não sente nada por mim.
Carlisle deu de ombros.
— Eu só estou dando minha opinião, querida.
Revirei os olhos, ignorando o sorriso irritante que surgia no rosto da minha irmã. Como sempre acontecia em momentos de conflito, Esme surgiu na cozinha, com um sorriso amável.
— Meninas, não briguem.
— Ninguém está brigando, mãe — resmunguei, guardando meus materiais de arte — Ao invés de ficarem falando sobre a vida amorosa de Edward, você deveria arranjar algo útil para fazer, Rosalie.
— Eu já sou bonita, isso é útil o bastante para mim.
Lancei um olhar irônico para ela.
— Algo útil para a humanidade. Vá fazer caridade, doe suas roupas velhas de inverno para quem precisa, faça doação de dinheiro para órfãs.
Rosalie franziu a testa.
— Carlisle já faz isso por todos nós.
Desisti de ficar discutindo e peguei meus materiais, indo para o meu quarto e fechando a porta.
Fechar a porta era só uma coisa simbólica, pois era impossível ter privacidade de verdade em uma casa cheia de vampiros. Eu não tinha uma cama no quarto, apenas um pequeno sofá confortável e uma poltrona que Esme havia mandado fazer especialmente para mim. Era em couro branco e um dos meus lugares favoritos para ficar sentada enquanto pintava.
Guardei os materiais de pintura e me sentei na poltrona, puxando um dos livros da estante para ler.
Hoje era o fatídico dia que Edward havia escolhido para apresentar sua humana para o resto da família, já que eles estavam em um relacionamento sério. Eu não sabia como me sentia sobre aquilo, algo entre ter meu coração partido, mas já estar conformada com tudo aquilo.
Agora eu era capaz de entender que ele nunca tinha olhado para mim no sentido romântico, não do jeito que ele olhava para a humana desde o primeiro dia.
Suspirei baixinho e me deixei afundar na poltrona.
Quando eu iria encontrar o amor da minha vida? Alguém que eu iria amar pelo resto da eternidade?
"Por favor
eu estou de joelhos
mude a profecia"
EU JÁ HAVIA ACEITADO QUE não tinha como me livrar de Bella, mas isso não me impedia de achar ridículo a ideia de Edward a levar para o nosso jogo de basebol, que era um momento em família.
— Isso é a maior idiotice que já ouvi, o que uma humana faria no nosso jogo?
Esme me lançou um olhar carinhoso enquanto colocava as coisas no carro, minha última esperança era que ela impedisse Edward de levar a garota.
— Ela vai ser a juíza, me ajudar a determinar se vocês estão roubando ou não.
— Ei, a gente não rouba!
Ignorei o comentário dramático de Emmett e continuei seguindo Esme pela casa.
— Você tem que admitir que isso é uma péssima ideia, mãe — resmunguei, indignada — isso parece a receita perfeita para um desastre, qualquer um pode ver isso.
Ela suspirou.
— Sei que ver Bella e Edward juntos te machuca, querida, mas ele a escolheu e isso significa que temos que a aceitar na família.
Percebi que era uma discussão perdida, então apenas desisti e entrei no jipe, me jogando na parte de trás. Naqueles momentos infelizes eu me arrependia de não ter ido embora no momento em que Alice me contou sobre a sua visão, mas nunca seria capaz de abandonar Rosalie.
— Ele é o favorito dela, você sabe.
Não era segredo que Esme tinha um carinho especial por Edward, mas eu não tinha me irritado com aquilo como agora.
— Nem me lembra disso.
O caminho até onde iríamos jogar foi rápido, ajeitei meu boné e peguei um dos tacos, brincando com o mesmo enquanto Jasper lançava um sorriso na minha direção, eu conseguia sentir que ele estava me enviando ondas de calma.
— Você não precisa tentar fazer com que eu me sinta melhor.
— Não gosto de ver você triste.
Rosalie passou o braço pelos meus ombros.
— Cath vai arrumar alguém melhor do que aquele idiota — ela disse, confiante.
Eu não tinha tanta certeza daquilo.
— É.
Emmett e Jasper conseguiram me distrair o suficiente, eu só vi que o tempo tinha passado quando senti o cheiro dela, como nenhum de nós havia machucado Bella era um verdadeiro mistério para mim.
— Oi.
Forcei um sorriso, eu tinha a evitado como uma praga sempre que podia, mas naquele momento não tinha como fugir.
— Bella.
Edward me lançou um olhar que não consegui entender.
— Cath, espero que você não esteja planejando roubar como Emmett dessa vez.
Havia sido uma óbvia tentativa de amenizar o clima tenso. Decidi aceitar aquela tentativa, porque antes de qualquer outra coisa, nós dois éramos melhores amigos.
— Eu nunca roubei — retruquei, dando um pequeno sorriso. — Não tenho culpa de vocês serem muito lentos.
Ele relaxou.
— Você rouba sim, é pior do que o Emmett.
— Mentiroso!
— Como pode ver, eles são piores do que crianças — Esme disse, se aproximando — Bom te ver, Bella.
"Não quero dinheiro
Apenas alguém que queira a minha companhia
Deixe que seja eu uma vez"
EU NÃO CONSEGUIA ACREDITAR QUE tinha deixado Edward me meter naquele inferno, para a surpresa de absolutamente ninguém, o problema era por causa da humana.
Durante o nosso jogo de basebol, acabamos sendo surpreendidos por três nomades, entre eles um maldito rastreador que adorava jogos sádicos. O que aconteceu? Ele decidiu que matar Bella seria seu novo jogo favorito e agora eu estava tendo que servir de distração enquanto Jasper e Alice levavam a humana para um local seguro. Tive que vestir as roupas dela para ficar com seu cheiro e agora estava com Carlisle e Edward, fugindo para o lado oposto de onde Bella estava indo.
Se Esme tivesse me ouvido, nada daquilo teria acontecido.
Edward estava me enlouquecendo com a forma que estava agindo, nem mesmo nosso pai estava sendo o suficiente para o controlar.
— Está conseguindo usar o seu dom?
Bufei alto dentro do carro que tínhamos alugado.
— Pela décima terceira vez, ele está se mantendo longe o suficiente para que você não consiga ler a mente dele, ou seja, longe demais para que eu consiga usar meu dom, agora para de perguntar antes que eu seja obrigada a te jogar para fora do carro.
Dizer que eu estava estressada seria um maldito eufemismo.
— Edward, pare no próximo posto para a gente conseguir esticar as pernas — Carlisle decidiu, de forma diplomática — Ele vai achar estranho se não pararmos, considerando que supostamente estamos com uma humana que precisa ir ao banheiro e também comer.
— Mas...
— Não foi um pedido.
Era por aquilo e várias outras coisas que eu simplesmente amava Carlisle. Ele me enviou um sorriso tranquilizador pelo espelho e naquele momento realmente quis o abraçar.
Edward foi obrigado a parar no próximo posto e eu fui a primeira a pular para fora do carro, ajeitei o casaco de Bella que estava usando e o boné.
— Não vá muito longe.
Revirei os olhos para Edward.
— Eu sei me cuidar, querido — retruquei, sentindo meu mau humor piorar — vão... Sei lá, comprar um lanche enquanto eu estico as pernas.
O posto ficava no meio do nada, mas isso não me impediu de começar a andar em direção a floresta que o cercava. Eu só queria colocar a maior distância possível entre eu e Edward antes que minha paciência se esgotasse e Carlisle fosse obrigado a impedir uma briga.
Eu sabia que o rastreador não iria perder a chance de seguir a pobre humana inocente pela floresta, assim que ele chegou perto o suficiente para que eu usasse meu dom, comecei a mudar as coisas que ele estava vendo, James agora poderia jurar que viu Bella e não a mim, continuei o manipulando até que ele me empurrou contra a árvore, sorri maliciosamente para ele no segundo em que o vampiro percebeu que eu não era humana.
Nunca tive que matar alguém da nossa espécie, mas Jasper tinha me puxado de canto antes de partir e me dado uma longa explicação sobre como fazer.
— Olá, James.
O ódio em seu rosto era claro como o dia.
— Como você conseguiu me manipular?
— Sou uma garota talentosa — expliquei, dando de ombros — Para um rastreador, achei que seria mais inteligente.
Ele avançou na minha direção e felizmente fui rápida o suficiente para desviar, naquele momento me senti mal por não ter a força de Emmett ou a habilidade de Jasper contra vampiros. James era claramente experiente e poderia me matar com facilidade, infelizmente percebi isso muito tardiamente.
Agora era rezar que Edward e Carlisle nos encontrassem a tempo.
James agarrou meu pescoço e naquele momento tive certeza que morreria por minha própria estupidez, mas um vulto surgiu e o empurrou para longe, me fazendo cair no chão.
Para a minha total surpresa, meu salvador não era alguém que eu conhecia. O vampiro usava vestes escuras, uma capa quase preta, os olhos eram vermelhos e o cabelo castanho era curto, não pude deixar de pensar que ele era lindo. O desconhecido acabou com James em uma velocidade impressionante, despedaçando ele e colocando fogo com a ajuda de um isqueiro.
— Ele estava na minha lista há meses, esse idiota não fazia questão de esconder os humanos que matava para se alimentar.
Apenas quando ele se virou totalmente na minha direção, que eu vi o colar pendurado em seu pescoço, o "V" me fez estremecer ao entender o que significava. Ele pertencia a guarda dos Volturi, e ao julgar pela cor escura de sua capa, fazia parte da guarda de elite.
— Você está bem..?
Por um estranho segundo, pensei que meu coração morto tinha voltado a bater.
— Catherine — sussurrei, saindo do meu estupor — Catherine Hale.
Seus olhos vermelhos estavam fixos em mim.
— Nome bonito.
Ele desviou sua atenção e olhou para algo atrás de mim, franzindo a sua testa.
— Receio que o resto do nosso encontro tenha que ser adiado, Πριγκίπισσα.
Não tive oportunidade de dizer algo, pois ele desapareceu em um piscar de olhos. Não muito tempo depois, Carlisle e Edward apareceram.
— Cath, você está bem?
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