Jovens Inocentes?
No dia seguinte, os alunos estavam em aula e comentavam sobre a policia estar na escola.
- Você viu? Tem policiais na escola! -É! Estão investigando o caso daquela aluna que se suicidou... - Como ela se chamava mesmo? - hummm.. não lembro bem... - Ah! Acho que era Alice né?! - Comentavam alguns jovens.
Brenda e Madi chegavam próximo da entrada da sala de aula quando são abordadas por uma mulher, com traços de descendência espanhola, ou latina.
- Vocês são Brenda Richards e Madalene Adams?
- Sim somos - responderam as jovens.
- Prazer sou a Investigadora Rosa Cruz, e estou coletando algumas informações sobre Christie Peterson. Vocês eram amigas não eram?
- Sim eramos! - responderam as jovens.
- Por favor! Me Acompanhem... Por aqui !
As jovens seguiam a detetive até a sala do diretor.
- Sentem-se. Fiquem a vontade! Bem ... meninas... como sabem a amiga de vocês acabou falecendo, e estamos averiguando se realmente foi um caso de suicídio, por isso preciso que me contem sobre a relação de vocês com a Sra. Peterson.. como se conheceram... os gostos dela.. medos.. hobbies.. possíveis namorados.. amigos.. inimigos.. qualquer coisa que achem que devíamos saber... Acreditam mesmo que ela teria sido capaz de fazer algo contra si mesma?
- Claro que não - Respondeu Brenda. - Acho que sim - Disse Madi.
Ao ver a inconsistência na opinião das duas. A detetive achou melhor fazer o interrogatório individualmente.
- Então me diga Sra Adams.. Como era a Christie?
- Bem.. ela era doce, gentil, e muito meiga. Mas um pouco insegura com a aparência dela. Ela era bem aplicada nas aulas e inteligente, mas ela tinha os dias dela. Falava bem baixo, e bem pouco. Era tímida. Por eu possuir alguns desses traços, acho que nossa amizade acabou sendo natural, nos entendíamos um pouco.
- Ah.. A Christie era nossa xodozinha, mas ela tinha uma saúde meio frágil, sempre vivia com alguma dor, gripe, remédio ou alergia. Também não costumava comer muito. Eu sempre dizia para ela se vestir melhor , se maquiar um pouco, e cuidar daquelas espinhas, pois de traz daquele óculos quebrado e fundo de garrafa, tinha um rosto de uma boneca. Pena que ela só via defeitos.
A detetive Cruz fazia algumas anotações enquanto ouvia as duas jovens.
- Ah. Ela gostava de fotografar.. era o hobbie dela. Também gostava de desenhar.
- Sim ela tinha umas esquisitises... tipo colecionar fotos de insetos.. de super top models, mas com certeza, de longe, o pior hábito dela, era ser fã de algumas garotas duvidosas aqui da escola.
A detetive se interessou nessa parte do depoimento de Brenda: - Você disse Fã?
- Sim ela tinha uma paixão platônica e obsessiva pelo grupo de garotas populares aqui da escola, as 6+. Mas elas nunca falaram com ela, exceto a de cabelos rosas, que sai falando com todo mundo.
Depois de algum tempo de interrogatório. A detetive mostra algumas fotos de um jovem loiro , forte e bem bonito, algumas em trajes de colegial, e outras em uniforme de jogador. - Conhecem este rapaz? Havia várias fotos dele, no quarto de sua amiga.
- Sim, ele se chama Carter Davis. É o quarterback do time de football. Atual namorado de Jessika e por quem Christie tinha um crush... Ela achava que não sabíamos, mas era obvio, ela não conseguia disfarçar.. ela tremia quando ele se aproximava, ou quando via ele. Eles começaram a ter umas aulas de química juntos, e acabaram até fazendo algumas atividades em dupla, mas ele só usava ela para tirar nota boa eu acho, nem sei como começou tudo isso.
- Mas você viu algo a mais, suspeitava que pudesse haver algo a mais entre eles, ou só assuntos academicos? - indagou a detetive.
- Não.. A Christie e o Carter? kkk , lol.. Não.. como eu disse.. ele só fez algumas tarefas com ela. Foi só isso, mas foi suficiente para ela.. Mas como não seria.. ele é um gato! Não acha?
Acho que já coletei o suficiente.. - dizia Rosa.
- Ah Sra. Cruz, tome cuidado com a Jessika e o seu grupinho, se ela souber que você anda por ai com fotos sem camisa do namorado galã dela.. tenho medo do que pode vir acontecer.
- Agradeço Sra. Richards.
As duas então são dispensadas.
-Agradeço as informações , senhoritas! Estarei a disposição, caso lembrem de algo a mais.
Os alto falantes então ecoam nas salas.
Jessika Barbara, Naoruh Niosaki, Natasha Brianna, Andie Marrie, , Stella Galiota e Kari KMichaels, favor comparecer a sala da coordenação de ensino.
UHHHH! -- Os alunos ficavam surpresos ao ouvir os nomes das Seis Mais. que levantaram-se de suas carteiras sem saber como reagir ao chamado.
Numa outra sala havia uma mesa e nela as seis estudantes mais influentes da escola South Valley estavam sentadas, uma ao lado doutra. Mesmo tendo suas presenças solicitadas por um investigador criminal, as belas garotas estavam todas bem distraídas, exceto por uma, a única de óculos ali, uma ruiva natural, que usava boina e trajes formais em tons de azul lazuli.
Enquanto uma delas, a de cabelos cor de rosa, que usava uma tiara amarela, disfarçadamente jogava pelo seu celular com capa de algum anime fofinho, outra delas, uma bela morena de pele branca e olhos azuis, parecia estar organizando sua playlist, pois estava com fones rosados e brilhosos em um de seus ouvidos. Entre elas, uma afro-americana usava um exuberante coque de dreadlock, que permitia exibir seus grandes brincos dourados, que combinavam instantaneamente com seu look trabalhado em detalhes de estampa de leopardo, ela pintava suas cumpridas unhas de um esmalte pink enquanto chupava um pirulito sabor de Maça-Verde, que contrastava com o vermelho de seus lábios e sua pele negra. Ao lado dela havia outra, uma de cabelos brancos, bem platinados, que estavam malmente presos, amarrados numa espécie de rabo de cavalo, essa parecia estar muito cansada, queixava-se de dor de cabeça, usava um óculos escuros em seu rosto, bem estilizado e aparentemente caro . Já no centro da mesa, estava uma loira de vestido tubo e rosa, usando uma jaqueta de grife feita de couro e pintada de laranja. Inusitadamente havia um cachorrinho em sua bolsa Prada, um Yorkshire branco com um lacinho em seus pelos, essa olhava-se fixamente pela câmera de seu Iphone, retocando e apreciando seu brilho labial.
No lado de fora da Sala, o diretor, um senhor loiro de quase 50 e poucos anos, ex professor da instituição, conversava com uma detetive. — Elas não são as mais fáceis, não seria melhor interroga-las separadamente?
-Não diga como fazer meu trabalho! A detetive entrou na sala.
O parceiro da investigadora, logo disse ao diretor: — Há essa peculiaridade na forma do trabalho dela. Sabe, senhor Diretor, somos parceiros há pouco tempo, mas já notei, é o jeito da investigadora Rosa, ela prefere assim. Investigar grupos de indivíduos primeiramente no coletivo, para saber como funciona a dinâmica de cada peça dentro do esquema grupal, e num segundo momento ela foca em cada uma das engrenagens e suas particularidades, pontos fortes, fracos, vícios comportamentais, linguagem corporal e por ai vai. Esse é a tática dela.
Na sala o silencio das jovens foi interrompido pela entrada da oficial de justiça; que logo disse. — Prazer senhoritas sou a Detetive Rosa Amandez! - Apresentou-se as jovens uma mulher que beirava seus 40 anos estava um pouco acima do peso e tinha um penteado e roupa comuns, algo visto como sem graça e trivial. Ela, claro não recebeu muita atenção das garotas na sala, exceto pela ruiva de óculos, que parecia levar o motivo delas estarem ali bem a sério.
Senhoritas, Preciso da colaboração de vocês! - A mulher enfatizou sua presença batendo fortemente na mesa ao incidir sua voz com firmeza.
- Se a senhora vai nos pedir algum conselho fashion eu diria para não confundir calças 38 com manequim 48. - Disse Stella, a jovem de cabelos brancos e óculos escuros no rosto.
-Agradeço seu gentil conselho senhorita Galliota, mas o assunto aqui é algo bem mais sério e grave do que penteados, looks, stories ou meu manequin. — A detetive então tirou o oculos escuros do rosto da jovem e pediu ainda o celular de Jessika, a loira ao centro da mesa.
- A senhora não vai demorar muito, vai? Tenho esteticista marcada em 20 minutos. - Disse Jessika, a loira do grupo, ao encarar bem a detetive.
— Chamei-as aqui, pois preciso da colaboração de vocês para captar mais informações sobre sua ex colega de classe.. Quero que me contem tudo o que sabem sobre Christie Riley?
Nesse momento, o investigador Shen entrou pela porta, ele logo impressionou-se com a beleza estética e a forte presença emanada das adolescentes a sua frente, que o encararam de forma natural, porém paralisante. Pareciam verdadeiras modelos, ou manequins de vitrine, e seus estilos, bem distintos uns dos outros, as faziam, unidas, algo realmente impactante de si ver, algo até intimidador, um verdadeiro horror, ou melhor dizendo, trauma juvenil.
Subitamente todas pararam o que estavam fazendo, suas expressões eram a mesma e mesmo sem dizerem uma só palavra, seus rostos responderam claramente a pergunta.
''Christie ?? Who?"
- Christie, a colega de vocês que suicidou-se noite passada.
Elas continuaram com a mesma expressão de quem estava ouvindo uma língua das quais elas se quer tivessem ouvido falar.
- Ah parece que uma aluna do colégio morreu. - A ruiva nerd do grupo esclareceu para suas amigas que logo mudaram suas expressões, que variaram entre choque, surpresa, pena, empatia, e uma apatia - Stella, a de cabelo branco, que não demonstrou reação alguma além de tédio, mas ela logo mudou sua expressão, fingindo compaixão, ao ser cutucada pelo cotovelo de uma de suas amigas.
- Não a conhecíamos. Elas responderam simultaneamente.
- Então parece que vocês tinham mesmo uma fã, veja só o que achamos no quarto dela. - O investigador Sebastian colocou fotos polaroides sobre a mesa.
De repente passa um flashback de Christie as ajudando, e sempre próxima delas, e tirando as fotos.
-Vejam meninas, são fotos nossas ! - As jovens espantavam-se em ver tais fotos.
- Nossa! Parece que tínhamos mesmo uma Stalker profissional na escola. - Falou Jessika. - Que medo!
- Veja! Essa até que ficou boa não foi Jess? - Disse sorrindo Mari K'Michaels a garota com estilo Otaku, Kawai do grupo.
- Sr, Detetive eu poderia ir ao banheiro? - Perguntou a morena de cabelos pretos e compridos e olhos azuis de lábios cheios e sinuosos, Naoruh.
— Claro! Vou pedir ao Detetive Shen para acompanha-la. A morena logo se levantou e partiu em direção ao banheiro.
— Você gosta de rock? Perguntou Naoruh ao detetive que a acompanhava pelo corredor, este tentando não olhar diretamente para as botas e mini saia que a jovem usava.
— Sim , eu adorava quando mais jovem, hoje escuto apenas hora ou outra. Na verdade até tocava guitarra e fazia parte de um grupo punk.
— Nossa que sexy! E veja só! Hoje se tornou um baita de Detetive.
— Pois eh! O homem ficou sem graça ao sentir-se fortemente provocado pela jovem que finalmente entrava no banheiro da escola.
Propositalmente a aluna deixou a porta semi aberta. E enquanto se admirava no espelho e retocava seu perfume, notou que era observada pelo detetive.
— Vamos? Já terminei! Naoruh passou pelo detetive esbanjando um aroma e um semblante sedutor.
— O investigador, provocado, engoliu sua saliva a seco e afrojou sua gravata. — Por aqui, senhorita!
Ao retornarem a sala, O detetive permaneceu no lado de fora, estava suado e enxugou a testa com um lenço. Juntou-se a ele o diretor, e o olhou como se soubesse, ou ao menos suspeitasse de algo do que havia acontecido.
Na sala, o interrogatório grupal continuava.
20 minutos depois, elas foram liberadas pela detetive, que ao juntar-se com seu parceiro de investigação e o diretor da escola, logo disse:
— Foi exatamente meninas assim que me causaram tantos problemas na adolescência! É impressionante o que um pouco de vivencia nos traz, me vejo um pouco em cada uma delas.
— Serio, detetive? Se vê? - Perguntou pasmo o diretor.
— Sim! Por mais incrível que pareça ! Bem diretor, estaremos aqui novamente amanhã. - Se despediam os investigadores.
No corredor da escola, os detetives de saída passam por duas alunas, eram Madi e Brenda.
- Sabe Madi, eu estava pensando... - Disse Brenda a pegar uma foto que mostrava Ela, Christie e Madi, juntas. - Você não acha um pouco injusto Christie estar morta agora? Enquanto elas, seguem vivendo suas vidas tão fúteis e felizes? Quero dizer, não acredita que elas possam ter algo haver com o suicídio de Christie?
- Que isso Brenda, acho que não, porque pensa isso?
-
Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro