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The Panic Room - One-shot

Esta One-shot contém cenas com sangue, contém mensão a relações sexuais e cenas de terror que podem causar gatilho. Caso não goste da relação de certos personagens ou não se sinta confortável, não leia.

No final desta One-shot, terá os perfis de todos os participantes deste projeto. Leiam as histórias, todas estão simplesmente maravilhosas. Boa leitura, meus anjinhos.

Crianças gostam de brincar de esconde-esconde, corda, polícia e ladrão, amarelinha entre outros jogos mas, Remus sempre foi o tipo de garoto que não gostava de brincar na rua com as outras crianças. Ele gostava de ler livros e assistir filmes, daqueles que nenhuma criança gosta. Seus filmes favoritos eram aqueles que faziam qualquer outra criança ter que dormir com o cobertor sobre a cabeça com medo de monstros mas, apesar de ser mais uma criança medrosa escondida sob uma pele de coragem, ele adorava o arrepiar que o terror dos filmes o causavam.

Rebeldia para outras crianças de sua vizinhança era uma coisa "irada" de se fazer contra seus pais. Já Remus, viveu sua infância em seu quarto, sozinho. Seus pais o repudiaram após "O Ataque". Daquele dia em diante, eles nunca foram os mesmos. Não importa se ele era apenas uma criança de 5 anos, para seus pais ele era mais uma aberração.

Ser um bruxo mestiço infectado por licantropia não era suficiente para seus pais, nem para a sociedade. Ele nasceu em um corpo errado, que não o pertencia. Todos os filmes adultos faziam todo o tipo de piada com pessoas como ele. As trazendo como prostitutas ou "viadinhos" e isso trazia sentimentos de revolta e um aperto em seu pequeno coração. Passar por isso desde criança, nunca é fácil para ninguém, e isso em sua cabeça, precisa ser resolvido.

Seu pai em vida era o que hoje em dia as pessoas chamam de Bolsominion ou homofóbico, como preferir. Ouvir a voz de seu pai em sua cabeça durante seu crescimento mesmo o homem tendo morrido em seu aniversário de sete anos, era um terror incrivelmente pior do que qualquer um dos filmes que ele já assistirá. A voz dizendo que ele era uma aberração mesmo após sua iniciação de transição era simplesmente horrível.

Sua mãe era uma mulher quieta, nunca a viu se impor sobre seu pai ou as opiniões do mesmo. Nunca o incentivou em seus sonhos e muito menos o desanimou para segui-los, ela era a verdadeira pessoa de cera, parada como uma estátua, passando o resto de sua vida miserável sentada no sofá sem saber o que se passava mundo a fora. Seu pai podia ser o pior homem do mundo com ele mas para sua mãe era o mundo dela. Após sua morte, ela se tornou aquele corpo vazio com olhos tão vazios quanto.

Pedir favores era uma coisa que ele odiava com todas as forças. Mas aquele favor que ele pediu a sua mãe era uma das conversas mais longas que ele já teve com sua mãe após a morte do Sr. Lupin. Seu último pedido a ela era uma coisa que ele sozinho, não poderia fazer. Um dia no cartório resolveu boa parte de sua vida. Ele era oficialmente Remus Jonh Lupin a partir daquele dia e ninguém deveria contestar isso.

Muitas pessoas podem dizer que "não existem crianças trans", mas sabemos que isso não é verdade. Não só ele como inúmeras outras crianças passavam por isso. E isso sim, era um pesadelo que o deixava acordado. Mas eles não haviam acabado por aí, não estavam nem perto de acabar e isso, Remus sabia muito bem.

Sua estadia em Hogwarts não poderia ser pior. Ali ele aparentemente era feliz e tinha finalmente amigos que fizeram sacrifícios enormes por ele. Se tornaram animagos somente para ajudar um outro colega grifinório. Sempre estiveram ao seu lado. Isso mudou rapidamente após aquele dia, pois existiam inúmeras brincadeiras que podiam fazer em Hogwarts mas naquele dia, o dia que demarcou o fim de sua amizade com Os Marotos, aquilo não foi uma brincadeira para ele.

Seus dois últimos anos foram repletos de pedidos de desculpas que não foram aceitos pelo mesmo, sua vida havia sido jogada na escuridão novamente. Finalmente havia encontrado pessoas que o aceitavam e elas não eram definitivamente o que ele pensava. Pelo visto, o mundo não era tudo preto no branco para ele, nunca foi e pelo visto nunca será.

Após todos aqueles anos vagando sozinho, a notícia de uma Ordem da Fênix chegou para si, o filho de seus antigos amigos corria um perigo alto. Ele aceitou ser membro e ele não sabia se aquela seria a melhor ou pior decisão que podia tomar naquele momento. E mais tarde ele descobriu ser a pior.

Eles tentavam o tratar como se fosse aquele mesmo garoto de quinze anos, na visão se Remus, aquele momento nostalgia era somente para eles pois, as memórias de Remus não mostravam a felicidade e amizade que eles estavam mostrando aos outros membros.

A Sede da Ordem era justamente na casa de Sirius e aquilo o incomodava um tanto quanto muito. Pois apesar de ter se passado anos, ele se lembrava daquele dia em que Sirius deixou mais do que claro seus sentimentos românticos pelo mesmo. Remus se lembrava de recusar seus próprios sentimentos para Black e para si mesmo.

Para ele, reviver o dia em que deixou seu grande amor partir através de seus dedos, machucava muito. Sempre guardar seus sentimentos pelo garoto famosinho e pegador de Hogwarts sempre foi um desafio. Mas se esquecer da dor que o mesmo causou em si era um desafio muito maior.

Ele prometeu-lhe jurar segredo sobre seu "probleminha peludo" e bem, ele não só não cumpriu como o usou como piada e vingança contra outro garoto por puro prazer próprio e isso era simplesmente imperdoável. E foi por isso que em todas as tais reuniões produtivas contra o Lord das Trevas que eles tanto citavam, eram repletas do mais puro silêncio vindo de Lupin, ao contrário de sua mente que se recusava a se calar.

O segredo do lar dos Potter nunca poderia ser confiado a si, muito menos achava Sirius confiável, quanto mais Peter. A invasão do Lord das Trevas a casa em Godric's Hollow para contra o herdeiro Potter, fora decisiva e precisa. Ele ouvirá os sopros de vozes de outros lobisomens falando sobre o então recrutamento para o círculo de Voldemort. Ele não sabia o que pensar sobre, não estava em plena consciência para pensar. Mesmo que não fossem mais seus amigos, ele se preocupava com a criança. Nunca tivera contato com tal mas já sentia uma conexão com o pequeno Potter.

Na casa Black, reuniram-se os então membros dois dias após o ataque. A voz de Dumbledore declarando a morte do casal Potter foi confirmada aos ouvidos sensíveis e machucados de Remus. A voz foi-se apagando em um eco infinito na cabeça do licantropo. Como uma voz no Grand Canyon sem fim, as paredes de areia e terra absorvendo o som. Mortos. Eles estão mortos. Mas a voz do diretor não parou no mesmo instante que a mente de Remus. Seu cérebro congelou quando ouviu:

"O garoto sobreviveu."

O grupo já diminuído de pessoas na reunião foram se retirando pouco a pouco, atordoadas, outras comemorando e festejando a queda do segundo maior bruxo das trevas já declarado. Já Remus ficou ali, estático, sentindo a mão em um sinal que deveria ser reconfortante em seu ombro. As sombras daquela casa carregavam as almas de magias escuras, muitas delas enfurecidas com a declaração de queda do homem. Uma dessas vozes o o fez levantar da cadeira de madeira onde estava paralisado.

Remus...

Venha comigo, Remus...

Estou te esperando, meu doce Remus...

Caminhar novamente pelos corredores de pedra daquele castelo trazia muitas lembranças, muitos pesadelos. Ser a pessoa "estável" que daria aula a crianças e adolescentes, que seria a esperança e tutor de tantas crianças, ao em vez de o reconfortar, o assustava muito. Remus lecionava Estudo dos Trouxas a aqueles pequenos bruxos, ninguém desconfiava, nem mesmo cochichava sobre suas cicatrizes e isso era no mínimo bom na visão dele.

Trazendo seus assuntos favoritos à eles, não iria ser o tipo de professor de Estudo dos Trouxas que falaria somente de como televisões e patos de borracha revolucionaram a tecnologia, pois ele sabia que não era somente isso. Ele queria mostrar a beleza dos trouxas, não somente o que o Profeta Diário queria mostrar, e não somente do que ele se lembrava de sua mãe, Hope.

A arte era um assunto abrangente de muitas coisas. Artes não era somente quadros de pinturas famosas ou músicas bem escritas, para ele, as artes se tratavam de muito mais. Para ele, a arte cinematográfica toca o coração de Remus. Mostrando a ele como é entrar em realmente outro mundo. O abismo infinito de filmes é aterrorizantemnete grande e isso sim, conforta o coração machucado de Remus.

Sentar-se junto aos professores na mesa em plena visão de todos no salão principal o deixava tímido, não que ele já não fosse antes mas agora só piorava. Olhar os olhos cinzas que o encaravam com estranha curiosidade, o machucava demais. A maneira ousada de resolver os problemas que o seguiam de um certo Grifinório, também o machucava. Ambos o lembravam de uma única pessoa, aquela pessoa que nunca voltaria para seus braços. Era o que ele pensava...

Ele ouvirá rumores sobre alunos tentando entrar na Sala Precisa, ele já a havia ouvido falar quando ainda andava com certas pessoas. Ele se lembrava de os garotos diziam que ela realizava seu maior desejo, seus sonhos e coisas fantasiosas. Ele nunca soube se era realmente verdade, era tão medroso quanto um tronquilho quando ninguém estava olhando.

Apesar de medroso para certas coisas, ele ainda era um Grifinório, e adorava se auto desafiar a ver seus filmes de terror, como quando era criança. Eles o impulsionava para que fosse corajoso o suficiente para enfrentar seus próprios terrores.

Já passava do horário de recolher, os corredores só não estavam em total silêncio, pois os leves roncos dos antigos quadros pregados nas paredes, o preenchiam. Ele caminhava devagar com seus sapatos gastos faziam barulho ao serem forçados. Seus ouvidos apurados graças a seu problema peludo, o trazia desconfiança. Seu nariz farejava silenciosamente o cheiro de medo, não sabia se vinha de algum lugar ou dele mesmo.

No sétimo andar, era o andar mais escuro do castelo, ele não sabe porque o diretor não usa as verbas para arrumar a iluminação desse castelo. Fazer ronda naquele andar para os outros professores pode ser difícil andar por ali sem um Lumus aceso mas para Remus, a visão aumentada e preparada para o escuro de um lobisomem andando em uma floresta, era até que "fácil".

Uma tapeçaria se estendia entre uma parede vazia de quadros e a do meio uma pequena janela que mostrava a luz que saia se uma nuvem de longo tamanho, guardando seu inimigo, o escondendo de si, talvez o protegendo. Olhar Barnabas o Maluco, ensinar Trolls a dançarem balé, era uma pintura um tanto quanto estranha de se olhar mas, julgar a arte não era uma coisa que ele faria agora.

Tentando se lembrar das falas de um grupo de Sonserionosque ele havia ouvido cochichar em um corredor, e seus antigos amigos, de acordo com eles se andasse três vezes na frente da tapeçaria, apareceria uma porta levando para "aquilo que ele precisava".

Andando sem pressa as faladas três vezes, Remus pensava o que eu preciso? Seu coração retumbou em seu peito, os ouvidos se apuraram ao som que fez uma porta surgir a sua frente. Ele parou por um segundo cogitando se faria essa burrada de entrar ou seria esperto e daria meia volta para seus aposentos? A voz da coragem Grifinória em sua cabeça o empurrou para a frente da porta e com um impulso, ele girou a maçaneta. A porta era velha de tonalidade preta, remendada com tábuas de madeira, ele não sabia se a cor da porta era assim originalmente ou estava preta de tanta sujeira.

A porta rangeu ao ser aberta assim como a maçaneta ao ser girada, solidificando a opinião de Remus sobre a antiguidade que era. O chão abaixo de Remus era uma madeira velha, talvez carvalho, ele percebeu folhas de árvores salpicadas perto da porta, algumas estavam no corredor que levava para dentro do castelo. Elas eram laranjas com um pouco de amarelo. Folhas de outono? Mas estamos no verão. As sobrancelhas de Remus se juntaram e um finco apareceu entre elas. As folhas não estavam ali antes... O coração acelerado e a mente agora repleta de adrenalina causada pelo medo, trouxe ele de volta a realidade. Ele precisava sair dali.

Sua mão ainda na maçaneta foi puxada quando um vento forte e inesperado fechou a porta atrás de si. Não, não, não, não! Ele não pode estar preso. Ele tentou puxar a maçaneta, colocando seus pés na porta a forçando a abrir, como mágica a maçaneta desapareceu em um instante. O fato repentino fez com que Remus caísse no chão com um estrondo.

"Ai caralho!" Exclamou Remus.

Olhando para cima, ele ouviu um barulho. Um cintilar de alguma coisa, talvez vidro? Sentando no chão após a queda, ele se vira e vê um tipo de armadilha segurando várias bolas de vidro vermelhas, elas aparentavam estar pulsando.

"Não, não, não! Não pode ser! Puta que me pariu, não!"

Ele conhecia aquilo muito bem. Era a úvula. Puta merda, fodeu. Ele já viu esse filme antes, literalmente. Se levantando as pressas, Moony tremeu dentro dele, como um aviso grande de saia daí seu merda, vamos morrer. Quem disse que esse era o que ele precisava? Droga de sala. Droga de vida. Droga de tudo. Ele não deveria ter sido curioso e vido ver o que era, que idéia estúpida. Isso não era o que ele precisava, era o que ele deveria fugir.

A úvula se mexeu com um barulho alto, fazendo Remus ficar estático no lugar. Ele já havia visto aquele momento, ele sabia exatamente o que fazer. Tirando o fato de que ele não era uma criança pequena como D.J ou Bocão que conseguia passar facilmente pelos lugares. Ele era um adulto de 1,87 que mal passava por aquela porta. Ele estava fodido.

Remus... Estou aqui, meu doce Remus...

"Mas que porra? Tô maluco, é isso. Tô ouvindo vozes agora." Sua voz saiu quebrada  Ele soltou uma risada vazia.

De repente uma luz surgiu do céu, ou melhor, teto. Ele pensou que pudesse ser Jesus Cristo ou Merlin vindo salvá-lo, até parar e se lembrar o que era aquela luz. Ferrou.

Se levantando, ele correu o mais silencioso que pode, Remus prendeu suas costas a parede enquanto a luz branca caçava o invasor. A luz era como um refletor em um show tentando destacar o cantor. No momento, ele não queria ser destacado e comido pela casa, muito obrigado.

"Deuses, eu sou a porra de um adulto! Não deveria estar aqui, não deveria estar a-" Remus murmurava para si mesmo quando de repente o chão aos seus pés se abrem em uma enorme boca, a boca da casa o percebeu. Em um momento ele está fugindo do refletor, no outro, está despencando num buraco no chão.

O grito de Remus ao cair por no mínimo cinco metros foi tudo, tudo, menos hétero. O barulho do corpo de Remus caindo foi abafado por pelúcias, espera, pelúcias? Isso não estava no script do filme. Pelo que ele lembrava, o filme não mostravam que haviam somente pelúcias. Haviam brinquedos em geral mas, não somente pelúcias.

O fato de serem pelúcias não diminuiu a dor que ele sentiu ao cair, ele não era mais nenhum jovem, ele realmente nunca foi um jovem. Sempre foi um lobisomem no corpo de um homem, nunca parou de sentir dores em seu corpo e, nesse momento não era diferente.

Olhando com mais calma, aproveitando os segundos de calmaria, ele parou e olhou bem para as pelúcias embaixo de si. Pegando uma delas na mão, seu coração palpitou fortemente quando seus olhos focaram em não um mas, vários pequenos ursos marrons. Seu corpo arrepiou, aquele era seu ursinho. Teddy, o mesmo que ganhou de sua mãe em seu aniversário de dois anos. Seu peito afundou, suas mãos seguraram o pequeno urso em frente aos seus olhos e os mesmos se encheram de lágrimas e então, ele se deu ao luxo de se debrulhar abraçado ao antigo amigo.

O tempo se passou lentamente enquanto a dor crescia e ao mesmo tempo saia em um som audível de dor. As luas cheias faziam com que ele se se machucasse mas nesse momento, parecia que ele mesmo estava se machucando ao decidir abrir aquela maldita porta da Sala Precisa.

Foi sua própria decisão, de mais ninguém. Por que ele sempre fazia aquilo consigo mesmo? Depois de tudo, seus medos poderiam ter ido embora se ele deixasse. Mas quem disse que ele os deixou ir?

O som do choro fraco e dolorido que saia do fundo da garganta de Remus saia terrivelmente alto aos seus ouvidos, as lágrimas derramadas haviam secado em seu rosto marcado por cicatrizes. Remus já havia passado dias deitado em silêncio na Casa dos Gritos após várias e várias Luas cheias, mas ficar em silêncio abraçado a aquele ursinho naquele momento, doía muito mais.

Soltando lentamente o urso junto as muitas cópias dele amontoadas no chão em pilhas enormes. Se levantando, Remus sentiu uma puxada de dor em sua perna que deveria ter sido da queda, ele realmente não ligava. Em pé, ele olhou em volta, notando cada cópia de seu ursinho, ele se lembrava bem de Teddy na sua infância.

O dia em que o ganhou de sua mãe em seu aniversário de dois anos, muitos adultos não conseguem se lembrar de sua infância, mas ele se lembrava, bem até demais. Também do dia em que o perdeu em meio ao tempo, e o dia em que desejou voltar ao momento em que ele o ganhou e não ter que se esconder na escuridão de seu coração.

Descendo devagar por conta da perna machucada, Remus percebeu que suas roupas estavam úmidas e melecadas e se lembrou de quando a boca da casa o engoliu e toda a "saliva" o engoliu junto, ele não sabia como não tinha se afogado em meio aquela nojeira toda. Pegando uma parte da camisa marrom (qual cor de roupa Remus Lupin usaria sem ser essa?) ele puxou para longe da pele, o muco fez um som extremamente suspeito quando desgrudou de sua pele.

"Ew, que nojo. Sinceramente Remus, como nojo disso, sendo que já sentiu coisas gosmentas bem piores?"

Olhando em volta, ele parou "Que lindo, estou falando sozinho de novo. Fantástico!"

Caminhando com dificuldade, ele se lembrou bem de como o trio do filme se deu mal, quando as garras de metal caíram do teto, levando as crianças. Por que ainda não vinheram o buscar?Ee estava ali a muito tempo. Tempo até demais. A pergunta era, como ele iria sair daquele lugar? Ele estava em uma parte projetada pelo próprio castelo, ele esperava que alguém lembrasse do sumisso e vinhessem o buscar bem, ele esperava que alguém soubesse onde ele estava. Ou ele estava nada menos do que muito fodido.

Pessoas normais não ouviriam isso mas, seus ouvidos sensíveis captaram rapidamente o som de passos um tanto quanto longe do mesmo. Moony entrou em sua mente mais rápido do que o normal, fazendo com que Remus virasse seu corpo em uma rapidez que somente o corpo de Remus não aguentaria sem o Moony. Suas narinas se apuraram e farejaram um cheiro reconfortante, conhecido, nostálgico...

Seus pés se moveram involuntariamente para o lado que seus sentidos o levavam. Moony ignorou a dor da perna de Remus e o fez caminhar cada vez mais rápido, fazendo-o correr passando por cima das várias cópias de Teddy's sem mais uma vez, se importar com seus sentimentos. O peito retumbava com o som forte de seu coração machucado, enquanto seguia para seu próprio caminho, sua própria estrela.

Ao parar de correr, Moony havia se retirado de seu corpo momentaneamente, o deixando com a dor consequente de ter corrido com a perna machucada. Seu suor se misturou a gosma de saliva da casa, o deixando mais sujo e deixando Remus cada vez mais desconfortável com tal sujeira. Ele já disse o quanto odeia com toda suas forças estar sujo? Se não, está dizendo agora.

Para todos aqueles que assistiram A Casa Monstro sabem como é pavorosa a cena do corpo de Constance coberto de cimento. E saber dos sentimentos de Epaminondas por seu grande amor, aquilo foi de quebrar o coração de Remus. Quem se identifica com um velho rabugento de um filme infantil de terror? Bem, ele.

Era como a história que Epaminondas contou as crianças, ele se apaixonou por uma pessoa que todos julgavam ser uma aberração. Ninguém gostava realmente da moça, muito menos a deixavam escapar de suas piadas cruéis sobre seu corpo e personalidade. Apenas uma pessoas havia visto realmente o seu Eu. Parando para pensar, ele estava mais para Constance do que Epaminondas. Ele era a aberração que teve seu Eu visto por um homem que queria o seu bem e ele não soube aproveitar.

Um cheiro inundou suas narinas, fazendo com que uma gota de suor escorresse na lateral de seu rosto, a gota poderia ser do calor, mas era de medo. Medo do porque de sentir o cheiro característico do perfume dele. A tanto tempo não o sentia... E ele tinha medo de sentir novamente.

Ele se lembrava daquele último momento em que o sentiu, não fora somente seu perfume a última coisa que elesentiu. Sua memória ainda era fresca daquele sentimento, do corpo, das emoções se misturando e o marcando, não somente seu perfume, mas também, como o último dia que o sentiria e também, como a última vez que sentiria seu amor.

A pequena gota de suor pingou em seu camisa. Quando ele saísse dali, se ele saísse, essa camisa irá direto para o lixo. Moony o distraía facilmente com pensamentos desnecessários, poderia ser o Moony ou a falta de tratamento para o TDAH, ele não sabia direito. Sacudindo a cabeça tentando tirar a sensação da camisa grudada no peito, ele se esforçou ao máximo para despistar Moony de sua mente e deixou o cheiro dele o dominar.

Seus pés foram acreditando em seu faro. (N/A: O Faro não fara. Desculpa, eu precisava) O cheiro o carregou facilmente para uma outra cela, uma diferente da que Constance fora deixada cimentada. Era um lugar limpo, não havia poeira, era um espaço médio. Havia grades na entrada, e isso, era a única igualdade entre as celas. O chão era amplo, não havia nada impedindo o andamento pela cela. O estranho era que, havia uma cama, da qual era muito conhecida por Remus. Ele passou sete longos anos dormindo na mesma cama, a dividindo com um outro garoto, do qual está informação não fora retirada do segredo.

Parando com supetão, ele pensou em como raios aquilo foi parar ali?

"Como cacete, essa sala sabe sobre isso?"

Os olhos âmbar percorreram os quatros cantos do teto da cela procurando por câmeras, isso era algum tipo de piada? Pelos deuses, ele esperava que fosse ou ele estava ficando maluco. Por que, como alguém saberia sobre a cama? Ou sobre Teddy? Ele nunca contou a ninguém sobre ele. Nem mesmo para aquela pessoa. Quanto mais mencionou o filme sobre a casa. Isso só poderia ser alguma brincadeira de sua cabeça.

Remus...

Meu doce Remus...

Venha para as estrelas comigo...

A voz rouca ecoou pelas paredes da cela, fazendo com que Remus se virasse, procurou nas sombras e mesmo com sua "visão de lobisomem", ele não conseguia ver nada, nem ninguém.

Remus querido...

Aqui, meu amor...

A cabeça de Remus girava, sua visão estava ficando turva, a cabeça parecia estar se separando de seu corpo. Com um tropeço as pernas dele falharam o fazendo cair para trás. Com surpresa, ele caiu na cama, e no segundo em que a visão voltará ao normal, a vela estava muito mais clara do que Remus se lembrava.

Olhando com mais clareza ao seu favor, ele se apoiou nos cotovelos, Remus percebeu novas decorações das quais não tinha percebido ainda. Velas flutuantes rodeavam a cabeceira da cama ordenada de madeira vermelha e carvalho, cortinas vermelha e amarelo, em um padrão de camas que a muito tempo eram usadas nos dormitórios da Grifinória. Graças a boa audição de Remus, ele pôde ouvir a leve respiração que não saia dele e sim a respiração de um outro ocupante do recinto. Espera, OUTRO OCUPANTE?

Se fosse possível, a servical de Remus teria se partido por conta da rapidez que o homem se virou. O crack alto fez o então outro ocupante soltar uma risada alta e o familiar latido da voz de Sirius Black.

O sorriso involuntário se formou no rosto marcado de cicatrizes, somente a presença do homem fez com que os olhos âmbar de Remus brilhassem mais que enfeite de Natal.

"S-Sirus? O que você ta' fazendo aqui?"

"O que? Ah, vai dizer que não sentiu minha falta, Moony?"

Aos tropeços, Remus levantou-se e jogou seus braços ao redor da cintura de Sirius, o levantando no ar com um rodopeio. A risada de Remus fora contagiante, assim, ambos estavam rindo abraçados um ao outro, a nostalgia tomou conta dos corpos dos homens. E quanto mais as risadas diminuíam, mais ele perceberam a proximidade de seus corpos. Lembrar dos momentos em que tiveram anos atrás, por tantos anos, não era algo fácil de esconder o tanto que esta pequena proximidade fez com suas mentes.

Ele não soube quando ou como, mas quando percebeu, a boca macia de Sirius estava colada na sua. A língua dele invadiu sua boca sem permissão, da qual ele teria o prazer de permitir a entrada. O gosto mais do que familiar de Whisky de Fogo agraciou o céu de sua boca, junto com a língua circundando e deixando suas estrelas, constelações infinitas se expandiam por sua boca. As borboletas começaram a voar, tentando alcançar o contato do corpo de Sirius.

Meu bem, você me dá água na boca
Vestindo fantasias, tirando a roupa
Molhada de tanto a gente se beijar
De tanto imaginar (imaginar) loucuras

As mãos cheias de cicatrizes de Remus, corriam pelos cabelos ondulados e longos de Sirius. A roupa "casual" de Sirius baseada em, um modelo repleto de couro, roçava no corpo alto de Remus e mesmo que estivessem vestidos, a eletricidade corria pelo corpo de ambos, misturando as sensações que a tanto tempo não sentiam. As mãos agora percorriam o corpo de maneira desesperada, foram anos sem ao menos se ver, quanto mais se tocar. A camisa suja de Remus fora arrancada de seu corpo

A gente faz amor por telepatia
No chão, no mar, na Lua, na melodia
Mania de você de tanto a gente se beijar
De tanto imaginar, imaginar loucuras

As peças de roupas caíram rapidamente no chão, ambos estavam nus se misturando em um momento único deles. A cama e as paredes poderiam contar um longa história da noite dos dois companheiros. As unhas curtas de Remus foram deixando marcas nas costas e peito de Sirius, as pernas de ambos foram parar em lugares inimagináveis, os gritos de amor ecoaram, tão altos quanto podiam, os corações acelerados se completavam como a muito tempo não faziam.

Nada melhor do que não fazer nada
Só para deitar e rolar com você
Nada melhor do que não fazer nada
Só para deitar e rolar com você

Com a cabeça encostada no peito de Sirius, Remus adormece como a muito tempo não pôde fazer. Em sua mente, Remus passava as cenas do dia em que seus melhores amigos o deixaram a mercê por conta de uma simples pegadinha, do dia em que seus sentimentos foram jogados fora como se não fossem nada, e do dia em que eles morreram por conta de uma profecia infundada.

Meu bem, você me dá
Água na boca

E mesmo depois de tudo, ele tinha voltado para ele, Sirius havia voltado para seus braços novamente...

Meu bem, Bituca

Os olhos âmbar de Remus foram se abrindo com piscadas sonolentas, as mãos cheias de cicatrizes foram palpando o lançou abaixo dele, o tecido que tocava suas mãos estava diferente, de alguma forma ele sabia. O outro lado da cama estava frio  como se sempre esteve. Com um supetão, Remus se sentou e olhou em volta. Não era a cela. Não estava N' Casa Monstro. Não estava na cama que por anos dividiu com Sirius. Ele não estava mais com Sirius.

Na cabeceira da cama, havia uma foto mágica em uma moldura, nela estava ele, Nymphadora Tonks e Teddy.

"Remus?"

Olhando para cima, Tonks estava parada na porta.

"Amor, é fim você acordou" Ela soltou uma risada e lhe deu um sorriso doce.

Com confusão ainda circundando em sua mente, ela veio em sua direção vestindo uma camisa grande que aparentemente era deles.

"Teddy ainda ta' dormindo que nem uma pedra. Acho que ele puxou isso de você."

Enquanto fala, ela foi subindo na cama, se juntando a Remus. Ela passou os braços ao redor do dele o abraçando, ela deu um beijo em sua bochecha e colocou seu rosto na dobra do pescoço dele, fazendo assim com que o rosto dele estivesse no pescoço dela. E assim, Remus percebeu que estava com o Black errado. Não que se arrependesse de estar com ela, mas sim, porque ele estava com ela pois o lembrava dele.

Enfim a realidade bateu em sua cara, ele nunca mais esteve com Sirius desde que eram adolescentes, ele fora convencido a ter um filho gerado pelo sêmen de outro homem, pois somente assim, ele pôde engravidar sua esposa e manter a linhagem Black, nem que fosse só uma metade. Tonks, não desconfiava que seu marido dormia e sonhava com um homem do qual era seu primo. Ele percebeu que nada fora real, nada. Sirius estava morto, tudo aquilo acontecerá somente em sua mente, nada mais.

A verdade era que, "A Casa Monstro" Nunca fora realmente seu real medo. E sim, a realidade em que ele desejava por tudo, não existir. A realidade em que vivia era seu real quarto do pânico.

Oioi meus anjinhos, faz tempo desde a última vez, eu sei mas quem é vivo sempre aparece.

Bem, como sabem estou participando de uma collab, não somente com escritoras/o mas sim com pessoas incríveis que não somente fizeram somente uma collab e sim uma rede de amizade, carinho e cuidado uns com os outros. Não tenho palavras suficientes para agradecer a todos eles e a todos os leitores.

Caso tenha vindo de uma outra estória desta collab, me conta qual foi.

Um cheiro no cangote de vocês, até a próxima mwa mwa.

Os participantes:

Itiimalarrysun - Draco Malfoy
writtenbyMaia - Fred Weasley
Davina-mkl - Theodore Nott
DeliciousssssIv - George Weasley
Weasley_Scamander - Sirius Black
Filipa1407 - Bill Weasley
007_Aylin - Lucius Malfoy
priscila_fanfics- Severus Snape

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