14. Renegades
Cassie estava bem no limite do perímetro do Instituto, esperando Magnus que tinha sido chamado. A garota castanha ficou observando as suas unhas, até que depois de cinco minutos, Magnus Bane apareceu.
— Cassie! — exclamou o feiticeiro em seu tom despreocupado.
— Magnus. — Cassie cumprimentou ele, dando um sorriso.
— Fico feliz em vê-la, bombom. Você está ótima, como sempre. — Magnus piscou para a garota que sorriu. — Embora eu deva admitir que teria preferido que tivesse me chamado para tomar uma bebida ou algo mais divertido do que examinar um corpo.
Eles começaram a caminhar em direção ao Instituto e Cassie permitiu a sua entrada.
— A verdade é que eu também gostaria de vê-lo em outras condições. Mas com todos os problemas de Lydia...
— A representante da Clave, certo? Dizem que é extraordinária. — comentou Magnus, fazendo Cassie revira os olhos.
— Sim. — o feiticeiro olhou para o rosto dela.
— Você não gosta dela. — Magnus sorriu.
— Ela é desagradável. — disse Cassie.
Magnus ergueu as sobrancelhas para Cassie.
— Certo. — eles continuaram andando.
Quando chegaram à sala principal, todos os presentes começaram a sussurrar sobre a animada conversa entre eles.
— A verdade é que foi idéia da Lydia ligar para você. Embora isso não me incomode. Aparentemente, ela está animada para conhecê-lo. — disse Cassie.
Magnus sorriu. Cassie fez seu ego já gigantesco crescer ainda mais.
— Todo mundo quer me conhecer, bombom. Eu sou o Magnífico Feiticeiro de Brooklyn. — comentou Magnus.
Cassie riu alto.
Quando chegaram à uma sala, Cassie indicou uma roupa para Magnus.
— Você precisa vesti-lo para examinar o corpo. — disse Cassie, colocando a dela.
— Não poderia ser mais feio. — Magnus fez uma careta, fazendo Cassie rir de novo.
— Espero você lá dentro, Magnífico Feiticeiro. — Cassie piscou. — Vamos ver se você consegue fazê-lo parecer bonito. — ela disse apontando em direção à roupa.
Magnus olhou indignado para ela.
— Eu faço tudo parecer fabuloso! Mesmo algo tão horrível quanto isso posso torná-lo a mais recente novidade da moda! — Magnus disse começando a se vestir.
Cassie riu alto e entrou na sala.
(...)
Magnus estava passando as mãos sobre o cadáver, é claro á distância é faíscas azuis saiam deles, como sempre quando o feiticeiro usava a sua magia. Cassie observou-o de uma cadeira enquanto escrevia o que Magnus estava dizendo, no computador. Isabelle entrou na sala, terminando de colocar a luva.
— Já está acabando? — Isabelle perguntou olhando para o feiticeiro que sorriu.
— A paciência é uma virtude, preciosa. — disse Magnus.
— Vamos logo. — disse Isabelle. — Quero colocar minhas mãos nessas coisas.
— Falando nisso. — Magnus sorriu maliciosamente e lançou um olhar para Cassie. — Como está Alexander?
Cassie soltou uma risada. Isabelle olhou confusa para ela.
— Você não se incomoda que Magnus fale sobre ele assim? — Isabelle perguntou para sua parabatai. Cassie deu de ombros mantendo o sorriso no rosto.
— Não. Além disso, eu não o culpo. Alec está ficando muito mais bonito a cada dia e você não o vê frequentemente sem camisa. — Cassie comentou, fazendo Magnus sorrir maliciosamente na sua direção.
— Sem camisa? — perguntou Magnus. — É uma imagem que estou ansioso para ver.
As duas garotas riram.
— Você provavelmente não teve notícias dele porque meu irmão não é amigável e carinhoso. — disse Isabelle, examinando o rosto do morto. — Exceto com Cassie, é claro.
— Imagino que não. — disse Magnus. — Com a chegada de Clary...
— E o retorno de Valentine... — acrescentou Cassie.
— Administrar o Instituto... — continuou Magnus.
— A representante da Clave... — comentou Isabelle.
— E o que mais? — perguntou Cassie.
— Oh! E ser babá do Jace. — disse Magnus. As garotas riram quando o feiticeiro sorriu.
— E nossos pais tentando encontrar uma esposa para ele. — disse Isabelle. Magnus fez uma careta para Cassie, que havia perdido o sorriso. Isabelle olhou se desculpando para a parabatai. — Me desculpe, Cassie.
— Ele está apenas cumprindo o seu dever. — disse Cassie em uma voz baixa.
Magnus e Isabelle trocaram um olhar preocupado.
— Nem todos sabem ser guiados por seus corações. — comentou Magnus. — Eu entregarei os resultados preliminares. Por acaso você não sabe onde Alexander está?
— Provavelmente treinando. Ele geralmente faz isso quando está com raiva de alguma coisa. Espero que você possa realizar seu sonho e vê-lo sem camisa. — comentou Cassie.
— Parece ótimo. — disse Magnus. O feiticeiro sorriu e olhou com os olhos arregalados com clara surpresa para Isabelle, que tinha o bisturi na mão e estava se preparando para abrir o cadáver. — Vejo que você tem tudo sobre o controle.
Cassie sorriu. O feiticeiro saiu da sala. Isabelle levantou a cabeça e fixou os olhos castanhos na parabatai.
— Sinto muito de verdade. Eu não queria te dizer sobre Alec... — Cassie sorriu e se aproximou dela.
— Eu sei, Izzy. Não tem nenhum problema. Além do que eu disse antes, é verdade, ele está apenas cumprindo o seu dever. — disse Cassie.
— Eu sei que ele é apaixonado por você. E que você... — Cassie sorriu tristemente e um leve rubor apareceu nas suas bochechas. Isabelle observou esse gesto com um sorriso brincalhão. A castanha olhou para uma folha ao lado do cadáver, ela pegou.
— Magnus esqueceu de levar para Alec. Vou entrega-lo, você pode terminar isso sozinha? — perguntou Cassie.
— Claro. — respondeu Isabelle.
Cassie beijou a bochecha de Isabelle com dificuldade devido ao capacete que ela estava usando e saiu da sala procurando por Magnus.
(...)
Alec estava batendo furiosamente no saco na frente dele. Ele seguiu um conjunto muito específico de mãos: direita, direita, esquerda, mantendo o trabalho de pés. Magnus entrou na sala de treinamento e sorriu quando viu Alec sem camisa.
Que sorte a minha, pensou Magnus com um sorriso malicioso. Ele deu a volta na sala e entrou no campo de visão do moreno. Alec parou de bater no saco de pancadas quando viu o feiticeiro.
— Magnus. — disse Alec.
— Estou de volta. — Magnus disse olhando-o de de cima a baixo e concentrando os olhos nos abdominais. Alec se aproximou do banco que estava atrás de Magnus e pegou sua camisa. — Não tem que se vestir por mim. — o garoto olhou para ele e vestiu sua camisa, mas sem abotoá-la.
— O que você está fazendo aqui, Magnus? — perguntou Alec.
— Os resultados da autópsia. — respondeu o feiticeiro, entregando a pasta para o moreno.
Alec franziu o cenho para ele.
— Mas... porque está me entregando? Deveria entregar para o diretor do Instituto. — Alec disse, deixando-os no banco.
— E é isso que eu faço...
— Eu não sou. E nunca vou ser. — disse Alec. O feiticeiro balançou a cabeça levemente e fixou os olhos no rosto do homem moreno. — Magnus... é como se toda minha vida fosse uma grande mentira. Tudo o que conheço é...
— Não é como imaginava? —disse feiticeiro com um leve sorriso, entendendo as palavras do homem de cabelos escuros.
— Eu fiz tudo. — o tom de Alec começou a ficar mais grosso, ele estava começando a ficar com raiva. — Pelos meus pais, pela a Clave e... eu fiz tudo o que eles me pediram. — ele começou a levantar a voz.
— Você deveria começar a viver para por ti. Siga o seu coração. — Alec desviou o olhar do de Magnus.
— Não acredito que vou dizer isso, mas acho que você está certo. — disse Alec. — Obrigado Magnus.
— Você não precisa agradecer Alexander. — ambos sorriram.
— Magnus. — Cassie apareceu rapidamente no corredor. Ela parou abruptamente ao ver Alec com a camisa desabotoada. — Uau... Interrompo? — Alec examinou Cassie de cima a baixo mais uma vez. Ela fez o mesmo e prendeu a respiração.
— Estávamos conversando querida. — ele sorriu para Alec. — Coisas de homens. — Cassie ergueu as sobrancelhas com um sorriso e desviou o olhar de um para o outro.
— Você deixou essa folha, Magnus. —Cassie disse entregando-lhe a folha.
— Oh! Que erro tolo. — Magnus pegou e deu para o moreno que guardava na pasta vermelha. — Obrigado por trazer para mim, bombom. — a castanha sorriu, o feiticeiro olhou para Alec. — Eu tenho que ir agora. Lembre-se do que estávamos falando. — o moreno sorriu e assentiu. Magnus bateu levemente em seu ombro, ambos estavam felizes com a amizade que estava surgindo entre eles. O feiticeiro desceu as escadas e se aproximou de Cassie. — Até logo, bombom. — Cassie riu e abraçou o feiticeiro.
— No final seu desejo foi realizado. — Cassie sussurrou maliciosamente em seu ouvido, para que Alec não os ouvisse.
— E que vista. — disse Magnus se abanando com a mão. Cassie riu. Quando o feiticeiro estava prestes a virar a esquina, ele se virou para os dois. — Na próxima vez em que você me ligar, quero uma bebida. — os caçadores riram.
— O que você quiser. — disse a castanha.
— Estou acreditando na sua palavra. — respondeu Magnus e desapareceu no corredor.
Cassie sorriu para Alec, que começou a descer a escada em sua direção. Ele passou os braços em volta da cintura dela e esconstou a sua testa na dela.
— Alec me solta, você está suado. — reclamou Cassie sendo ignorada pelo moreno. Ela colocou as mãos no seu peito, a castanha estava mentindo, ela não se importava se ele estava suado. O cheiro de Cassie, era tão único e tão dela, entrou nas narinas de Alec, fazendo ele suspirar. — Você é muito sexy sem camisa.
— Porque você não olha muito no espelho. — disse Alec.
— Acredite, eu amo me olhar no espelho. — Cassie pegou na mão dele e eles caminharam em direção ao quarto do garoto.
(...)
Depois que Alec tomou banho e vestiu uma camiseta limpa, os dois jovens foram ao escritório de Maryse e Robert para entregar os resultados. Alec estava olhando para eles quando ouviu a voz de Lydia e a sua mãe no escritório. Ele franziu a testa e encostou-se na parede para ouvir sem ser visto. Cassie foi para o lado dele.
— A Clave se pronunciou. Eles assumirão o controle do Instituto. — Lydia estava dizendo.
— Estou implorando a você. Você pode nos punir, mas nossos filhos não fizeram nada. — Maryse disse em voz baixa. — Eles se dedicaram muito.
— Sinto muito, não há nada que posso fazer. — respondeu Lydia, sentada na cadeira do escritório. — Depois de tudo que houve aqui em Nova York, além de seu passado com o Ciclo e agora o retorno de Valentine, a Clave acha que o Instituto corre perigo. — os olhos de Maryse ficaram lacrimejantes. Cassie pegou a mão de Alec e a apertou.
— Estamos tentando deter Valentine. O que a Clave fez? — pergunta Robert indignado. — A resposta é: nada. Ele está ficando mais forte e estão mais preocupados em nos tirar do Instituto.
— Robert... — disse Maryse tentando acalmar o marido.
— A lei é dura, mas é a lei. — disse Lydia. Alec encostou a cabeça na parede. Eram as mesmas palavras que ele havia dito a Clary uma vez. — Vamos aguardar as instruções da Clave.
Alec se afastou da parede e entrou na sala, Cassie ficou na porta olhando para ele.
— Tenho os resultados de Magnus. — disse Alec. Ele olhou para Cassie um momento e ela assentiu. — Não foi usada nenhuma mágica para criar o Renegado. — ele olhou nos olhos de sua mãe.
Lydia assentiu e estendeu a mão.
— Dê para mim. — Lydia disse com um pequeno sorriso.
Cassie lançou-lhe um olhar mortal. Alec olhou para Lydia por um segundo, depois para Cassie. O garoto entregou a papéis para a mãe, ele olhou para Cassie por um segundo e ela assentiu para apoiá-lo. Alec trocou olhares com seus pais antes de sair com Cassie.
(...)
Alec entrou dentro do seu quarto sendo seguido por Cassie, fechando a porta atrás dela. Os olhos de Alec brilharam de raiva.
— Alec... — Cassie disse dando um tapinha no braço dele. — Você quer conversar sobre isso? — Alec fixou seu olhar mortal nela, fazendo a castanha recuar um passo para trás.
— A Clave não confia na nossa família. E ele a trata como se ela fosse uma família de segunda categoria. Como se não levássemos anos de serviço para eles. — Alec apertou os punhos e parecia querer bater em alguma coisa. Cassie deu um passo em sua direção.
— Você tem que se acalmar, Alec. — Cassie disse trocando no braço do garoto.
— Você pode calar a boca e para de se intrometer por um segundo na minha vida, apenas me deixe em paz. — gritou Alec, deixando a garota surpresa, ele nunca tinha gritado com ela. Quando Alec quando percebeu o que tinha dito, ele se arrependeu. — Cassie... — ele disse tentando toca no rosto da garota, mas ela se afastou.
— Não ouse falar comigo de novo, Alexander. — Cassie disse tentando não olhar para Alec, ela saiu do quarto do garoto, deixando ele arrependido das suas palavras.
(...)
— Hodge, que tal lutamos. — Cassie disse quando viu o homem na sala de treinamento.
— É sempre um prazer lutar como você. — ele disse, jogando um bastão para a garota que pegou.
Os dois se moveram com grande agilidade, Cassie bateu e bloqueou rapidamente. Hodge tentou acerta ela com o bastão, mas Cassie foi mais rápida, de repente umas das paredes da sala quebrou, revelando Renegados.
Os dois Caçadores das Sombras se colocaram em posição e encararam, embora ambos fosse ótimos lutadores, não estavam dando contra do Renegado.
Cassie acertou na costa do Renegado com um bastão. O Renegado se viraram em direção da castanha e deu um golpe com o martelo na cabeça da garota, que se agachou para evitar o impacto, mas recebeu uma joelhada na mandíbula e caiu de volta no chão. O Renegado a levantou e a jogou contra uma parede, fazendo-a bater cabeça e cair inconsciente.
O Renegado estava chegando perigosamente perto de Cassie, mas uma flecha no ombro direito o deteve; ele se virou para encontrar Alec, que atirou nele pela segunda vez uma flecha no peito. O Renegado rapidamente se aproximou e deu um golpe, com o martelo, em direção ao Alec, atigindo seu braço esquerdo e derrubando-o. O Renegado se posicionou na frente dele e levantou o martelo pronto para terminar a lutar, mas Hodge o matou fazendo ele cair no chão.
Isabelle apareceu em cena, correu para a sala de treinamento com uma expressão de preocupação é medo no rosto que, vendo seu irmão mais velho no chão.
— Oh, meu Deus! — Isabelle exclamou com preocupação. — Alec, você está bem? — o garoto não respondeu, sentou-se um pouco e fixou o olhar preocupado em Cassie. A morena que seguiu com os olhos o que seu irmão estava observando até encontrar sua parabatai completamente inconsciente. — Oh meu Deus... — a morena sussurrou enquanto se levantava e se aproximava da parabatai.
— Cassie... — Alec sussurrou tentando se levantar rapidamente.
Hodge ajudou Alec a caminha com cuidado para onde estava Isabelle e Cassie. Alec se ajoelhou ao lado deles enquanto tentava esquecer a dor no ombro. O garoto moreno segurou a mão de Cassie com cuidado, enquanto a observava.
(...)
Cassie estava deitada em uma cama na enfermaria, ainda inconsciente, enquanto Alec estava sentado na cama e ainda estava sendo cuidado por seu pai, e Isabelle estava sentada na cama da parabatai, segurando a sua mão. Alec se mexeu um pouco para ver melhor Cassie, notando um hematoma que causara o Renegado, bem no queixo.
— Não se contorça. — repreendeu Robert, concentrando-se em seu trabalho.
— Eu não tô. — Alec se defendeu. — Nem doeu. — disse ele, ainda observando a castanha.
Isabelle percebeu esse detalhe e sorriu satisfeita, seu irmão poderia se machucar mas sempre iria se preocupar com Cassie.
O celular do garoto começou a trocar um som, indicando aos presentes que ele tinha uma ligação. Ele pegou o celular do bolso e olhou para tela, o nome de Jace apareceu na tela. Ele observou o celular por alguns segundos e depois olhou para a irmã.
— Não, Alec. — Isabelle disse, sabendo o que seu irmão pensava. — Você está ferido. — o garoto entregou seu dispositivo á morena, que o pegou e se levantou da cama pronta para atender, mas não antes de se virar. — Cuide dela quando eu estiver fora, certo?
O garoto assentiu, ele iria cuidar da garota, mesmo que a sua irmã não tivesse pedido. Ele viu a sua irmã mais nova se afastar e depois voltou a observa Cassie.
Quando o pai terminou de fazer o curativo, ele ativou a runa de Iratze da Cassie e saiu da sala. Alec se levantou da cama para sentar ao lado da garota e pegou na sua mão. Um calafrio eletrizante percorreu seu corpo inteiro, acompanhado da lembrança dele discutindo com ela, para a mesma para de se intrometer na sua vida. Ele balançou a cabeça tentando esquecer isso, por enquanto, e se concentrar na garota.
— Alec... — a garota sussurrou.
Alec franziu a testa, ela ainda estava inconsciente. Ele se deitou ao lado dela, ainda a observando.
— Eu estou aqui. — ele sussurrou em seu ouvido, depois beijou a bochecha de Cassie.
A castanha depositou a sua cabeça no peito do moreno, ele surpreso colocou os braços em volta da cintura da garota e aproximou mais de seu corpo. A castanha colocou a mão no peito de Alec. O garoto ficou observando o rosto sereno de Cassie, até fechar os olhos por alguns segundos, ou assim ele acreditava, porque adormeceu abraçando a castanha.
Isabelle entrou na enfermaria pronta para devolver o celular ao irmão mais velho, encontrando aquela cena linda. Ela abriu o aplicativo da câmera no celular de Alec e tirou uma foto deles. Isabelle sorriu quando a viu, eles sempre eram tão lindos juntos, ela mandou a foto para Jace. Depois de mandar a foto, ela deixou o celular na mesa pequena ao lado da cama e saiu com um sorriso no rosto.
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