06. Underworld Rave
A noite tinha chegado e a maioria dos Shadowhunters estavam dormindo, exceto Cassiopéia e Jace, que estavam no quarto do loiro. A garota observava seu irmão acertando um boneco de madeira.
Cassie chegou no quarto de seu irmão cerca de trinta minutos atrás para falar com ele sobre o Alec, a garotaa não gostava de ver os dois parabatai brigados.
— Você pode parar de treinar e ouvir o que eu digo? — Cassiopéia perguntou, ela estava sentada na cama do seu irmão.
— O que aconteceu para você está tão chata, irmãzinha? — Jace zombou dando um golpe no boneco.
— Talvez seja porque você não quer ir conversa com o Alec. — Cassiopéia disse.
— Irmãzinha, acho que quem deveria conversa com Alec é você. — Jace disse.
— Não posso fazer isso, você sabe que o Alec precisa de espaço quando fica irritado.
— Então, irmãzinha, por que você está mandando eu ir conversar com ele? — Jace perguntou, parando de bater no boneco para observar sua irmã.
— Porque você dois são parabatai, Jace. — Cassiopéia disse. — E eu não sou sua irmãzinha.
— Eu sou um ano mais velho, Tessa. — Jace disse voltando a bater no boneco.
Cassiopéia revirou os olhos.
— Quantos vezes nós vamos ter que discutir... — Cassiopéia foi interrompida por uma ruiva que entrou no quarto.
— Jace, preciso falar com você sobre uma coisa, é muito... — Clary disse olhando para o abdômen visível de Jace, que estava sem camisa.
— Você tem um pouco de babar aqui, Clary. — Cassiopéia disse apontando para o canto dos lábios dela.
— Desculpe, eu deveria ter batido antes. — Clary disse, percebendo o quão nervosa ela estava, Cassie solta uma risada.
— Deixe-me vestir uma camisa.
— Claro, irmão. Seus músculos inundam a sala. — Cassiopéia disse rindo do seu próprio comentário, Jace também riu e o rosto de Clary começou a ficar vermelho.
— E aí? — Jace perguntou vestindo umas das suas camisas que estavam no sofá. — Queria me ver?
— Eu tenho que fazer uma coisa, com licença. — Cassiopéia disse levantando se da cama saindo do quarto de seu irmão.
Cassiopéia caminhava pelos corredores do Instituto. A garota passou pelo quarto de Clary e viu que Simon estava na frente do espelho observando seus lábios como se algo tivesse saído. Cassiopéia se encostou na porta e viu que ele estava assustado.
— Simon. — Cassiopéia o chamou. O garoto virou se para olhá-la. — Tudo bem? — O mundano abriu a boca e depois se virou para olhar no espelho novamente.
— Diga-me que não tenho sangue. Você vê sangue no meu lábio? — Simon perguntou, Cassiopéia ergueu as sobrancelhas e olhou para ele.
— Claro que não, Simon. Você está bem? — O mundano parou de olhar para Cassiopéia e fixou os olhos no chão. — Simon?
— Eu tenho que sair daqui. — Simon sussurrou mais pra si mesmo e se dirigiu para a porta.
— O quê? — Cassiopéia perguntou. Ela seguiu o mundano e viu Isabelle sair do seu quarto. — Iz, chame o Jace e Clary. O Simon quer ir embora.
— Está bem. — Isabelle exclamou indo procura o loiro e a ruiva.
— Simon, este não é um bom momento para você ir embora. — Cassiopéia disse andando ao lado do mundano.
— Você não pode me manter aqui. — disse Simon.
— Mundano, espera. — Cassiopéia disse irritada parando abruptamente Simon. Ela estava irritada pelo mundano não a ouvir.
— Eu preciso sair daqui. — Simon disse, Cassie vê Clary correndo até onde eles estavam.
— Até que enfim você chegou, estava prestes amarrar seu amigo. — Cassiopéia disse olhando para a ruiva.
— Simon, o que está fazendo? — Clary perguntou.
— Já disse a ela. — Simon apontou para Cassie que andou até o lado de Clary. — Não podem me manter prisioneiro aqui.
— Prisioneiro? Espere o que... — Clary o interrompe enquanto andavam até a saída atrás do mundano. — Simon! Aonde está indo?
— Estou indo para casa. E se não estivesse seguindo ele cegamente iriam comigo também. — Simon disse voltando a andar mas foi impedido por Cassiopéia que foi para a frente dele o parando.
— Sabe que não posso. — Clary disse.
— Você pode sim. — Simon disse. — Não é seguro aqui.
— Na verdade esse é o lugar mais seguro para ela. — Jace disse aparecendo chamando atenção do mundano, a sua irmã foi para o seu lado.
— Não tem o direito de falar comigo, Capitão América.
Cassiopéia inclinou a cabeça para ver seu irmão. Capitão América? Steve Rogers era um super soldado, e Jace precisa ter muito mais músculos para compararem ele com Steve. Cassiopéia soube desse super-heroi, quando encontrou uma criança mundana lendo um quadrinho sobre esse herói.
— Como estou com as armas, posso falar o que quiser. — Jace disse passando o seu braço pelo ombro da sua irmã.
— Vai querer encarar, irmão? — Simon desafiou aproximando-se.
— Sim? — Jace perguntou divertido.
— Sim!
— Qual é o seu problema? — Clary perguntou impedindo dele se aproximar mais de Jace e Cassie.
— Ele é o meu problema. — Simon apontou para Jace. — Ele é o Kirk Duplesse da escola. Você se lembra dele? Um babaca com um mandíbula quadrada, tinha cheiro de perfume barato e sempre agredia todo mundo. Porque não faz seu dever de casa ao menos uma vez? Posso cuidar de mim mesmo. — Simon passou pelos dois irmãos para sair do Instituto.
— Não vou salva-lo outra vez.
— Sério, Jace? — Clary recrutou antes de seguir Simon para convencê-lo a não ir embora.
— Aquele mundano já estava começando a me dor de cabeça. — Cassiopéia reclamou tirando o braço de Jace do seu ombro. — Vamos tomar café da manhã cópia barata de Steve Rogers.
— Quem é Steve Rogers?
(...)
Após Cassiopéia tomar café da manhã com seu irmão, a garota caminhou pelo Instituto até parar em frente a porta do quarto de Alec.
A mão de Cassiopéia aproximou-se da maçaneta da porta com nervosismo, o que era muito raro, já que ela nunca ficava nervosa, a porta se abriu e ela ficou petrificada com a imagem de Alec.
— Eu... — Cassie disse nervosamente e mordeu o lábio.
— Izzy já me disse. — Alec disse.
— Vamos? — Cassie perguntou mas antes de ser respondida ela saiu rapidamente. Alec observou ela por trás com uma sobrancelha levantada e a seguiu pegando seu pulso parando ela no caminho
A garota levantou a cabeça para olhar Alec que estava a encarando.
— Você está bem? — Alec perguntou preocupado para garota.
Cassiopéia olhou os olhos de Alec e suspirou. Poucos eram que conhecia esse lado do Alec, embora o Shadowhunter fosse fechado e parecesse não se importar, o que não era verdade.
Seu instinto protetor sempre era ativado quando se tratava de Jace e Isabelle, com Cassie, aquele seu lado protetor era muito maior.
Cassie desviou o olhar dos olhos de Alec.
— Eu sempre estou bem. — ela sussurrou, mas mordeu o lábio por dizer isso.
Alec ouviu o que a garota disse então pegou o rosto dela com as duas mãos e acariciou suas bochechas. Os olhos de Cassie encontraram os de Alec, mas o contato não durou muito quando ela se separou e andou mais rápido para longe da presença do Alec.
Cassiopéia foi para sala de controle onde viu sua parabatai em uma mesa à distância. Então ela se aproximou de Isabelle e sentou ao seu lado, notando a presença de seu irmão e Clary, e na frente deles, Hodge.
Clary olhou para Cassie e deu um sorriso, a ruiva estava prestes a dizer algo quando Alec sentou na cadeira ao lado de Cassie e olhou para a loira. Clary franziu o cenho para o olhar que os dois estavam dando um para outro, então a ruiva olhou para Isabelle e Jace para ver algum sinal de estranheza, mas eles não prestaram atenção em Clary.
— Magnus Bane, ele tem mais de 300 anos. — Hodge começou a explicar, mostrando algumas fotos no painel. — E como podem ver, não tem renunciado aos prazeres dos últimos séculos. Os gostos dele são bem requintados e extravagantes.
— Ele parece o David Guetta do Submundo. — Clary comentou.
— Guetta já é um submundano. — Isabelle disse. — Vampiro.
— Já o viu na luz do dia? — Cassiopéia perguntou.
— Dá pra vocês três se concentrarem? — Alec repreendeu as três garotas. — Isso não é brincadeira.
— Alguém precisa de sexo. — Isabelle disse, fazendo Cassie rir.
— Alec está certo. — Hodge disse. — Magnus é um dos feiticeiros mais poderosos que já conheci. Ele não confia nada nos Shadowhunters.
— Então por que ele ajudou minha mãe a apagar minha memória? Ela não é uma Shadowhunter?
— Sim, uma das melhores. — Hodge respondeu. — Mas "ajudar" talvez não seja o termo mais correto. Magnus forneceu um serviço para Jocelyn? Talvez. Mas provavelmente sua mãe deve ter pagado generosamente pela magia dele.
— Feiticeiros normalmente são pago antes de ajudar alguém. — disse Jace, sentando-se ao lado de seu parabatai.
— A Clave diz que a maioria dos feiticeiros se escondeu desde que Valentine começou a caça-los. — disse Alec.
— Os feiticeiros devem ter melhorado as suas salvaguardas. Não será fácil encontrar Magnus. — acrescentou Cassiopéia.
— Valentine deve estar procurando pelo feiticeiro que ajudou a Jocelyn... — Hodge disse, mas não conseguiu continuar falando enquanto a sua runa começou a queimar.
— Hodge, sua runa. — Clary disse preocupada. — Você está bem? — Hodge assentiu com a cabeça. — E aí, como encontramos o Magnus?
— Não encontramos. Magnus que nos encontra. Marcamos uma reunião em um lugar protegido. O atraímos para fora do esconderijo. — Jace disse.
— Eu sei onde exatamente podemos fazer isso. — Isabelle disse pegando o tablet da mão de Hodge e mostrar o pôster da festa.
— Uma rave do Submundo. Boa, Izzy. — Cassiopéia elogiou a sua parabatai.
— Onde conseguiu isso? — Alec perguntou para sua irmã.
— Enquanto vigiava os Submundanos, pelo que eu soube ele gosta de festa.
— Ele nunca irá nesta. — Alec disse. — Não com Valentine tentando matá-lo.
— Não seja tão negativo. — Cassiopéia disse dando um tapinha no ombro de Alec. — É claro que vai. Ele vai se misturar se esconder a vista de todos.
— Não sei parece...
— Acredite. Se Magnus vai sair do esconderijo vai para uma das maiores festas. — Isabelle disse.
— Nunca subestime o hedonismo de Magnus ou sua ganância. — Hodge disse. — Venham comigo.
Todos seguiram Hodge pelos corredores até chegar em umas das salas de treinamento, com a sua estela, ele ativou uma runa no piso liberando um pequeno cofre. Hodge abriu mostrando um lindo colar.
— Isso é real?
— Um rubi burmese não aquecido de quatro quilates. Este colar tem uma importância importante para Magnus Bane, foi um presente para sua amada na época Camille Belcourt. — Hodge explicou.
— Camille e Magnus foram amantes? — Clary perguntou.
— O feiticeiro é pegador. — Jace comentou divertido.
— Eu pensei que Magnus Bane tinha um gosto melhor. — Cassiopéia disse.
— Magnus comprou em 1857 pelo preço de sua casa em Londres. — Hodge disse. — A jóia é encantada com um feitiço que alerta seu portador a presença de demônios.
— É muito linda. — Isabelle disse admirando o colar.
— Magnus espera há muito tempo reaver este colar. Ofereça a ele. Talvez ele morde a isca.
— Vou mandar uma mensagem de fogo para Magnus para marcar um encontro. Temos que chegar antes de Valentine. — Jace disse.
(...)
— Jace disse que queriam me ver. — Clary entrou no quarto de Isabelle, onde Cassie também estava, sentada na cama.
— Queria mesmo. — Isabelle disse. — O que vai usar na festa de hoje?
— Eu não sei. — Clary disse. — Eu estava pensando em usar isto. — a ruiva apontou para a roupa que estava usando, uma camiseta e um jeans.
— Em uma festa mundana, você possivelmente poderia usar, mas é uma festa do Submundo, ninguém usaria ou aceitaria usar isso. — Cassiopéia disse levantando se da cama para ir até o closet da sua parabatai, pegou um vestido rosa, mas viu que não combinaria com Clary.
— Cassie tem razão, não é uma festa mundana. — Isabelle concordou com a sua parabatai. A morena foi até o seu closet e começou ajudar Cassie a encontrar um vestido para Clary.
Cassiopéia olhou para um vestido preto e o pegou, entregando para Isabelle que imediatamente entregou a Clary, sob protesto a ruiva foi até o provador. Cassie pegou alguns saltos e os deixou ao lado do provador. Logo as garotas ouviram barulho de saltos e viram Clary sair do provador.
— Eu tenho um bom gosto para vestidos. — Cassiopéia exclamou com orgulho, Isabelle revirou os olhos com um sorriso no rosto.
— Cassie, é a sua vez de troca de roupa. — Isabelle disse empurrando a sua parabatai para o provador, mas não antes de entregar saltos marrons para ela.
Isabelle sorriu observando Clary.
— Não sabe a sorte de ter seios pequeno. Cassie e eu nunca poderíamos usar sem sutiã. — Isabelle disse.
— Sério? — Clary perguntou.
— Sério.
— Então como estou? — Cassiopéia perguntou saindo do provador. Ela usava um vestido preto, colado no corpo que deixava suas curvas bem marcada, tinha uma renda nos ombros que chegavam até o pulso do braços.
— Uau. — Essa foi a única coisa que Clary conseguiu dizer.
— Alec vai baba por você. — Isabelle disse sorrindo enquanto observava Cassie.
— Alguém tá poderosa. — Jace disse entrando no quarto, observando Clary.
— Obrigada.
— Até que ela está jeitosinha. — Cassiopéia disse sorrindo para o irmão.
— Cassie, vamos ajudar o Alec, ele nunca sabe o que vestir. — Isabelle disse puxando Cassie para fora do quarto deixando Jace e Clary sozinhos.
Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro