04. Mary Milligan
- Ainda não entendo. Como os shadowhunters podem ser melhores do que vocês chamam de "mundanos"? - Clary perguntou enquanto caminhava com os Shadowhunters experientes. Eles tinham acabado de chegar no Instituto e por todo o caminho, Clary fez perguntas a eles.
- Nós protegemos os humanos. - respondeu Isabelle.
- Você tem razão. Humanos. Vocês protegem os humanos. - Clary disse antes de se virar e olhar Isabelle. - Você deixou o Simon sozinho na van. - Isabelle posicionou ao lado de Alec e Jace. - Ótimo trabalho. Vocês arrasam.
- Faz sentido o que dizem sobre os humanos não terem nenhum senso de sentido. - disse Alec.
- Alec, agora não. - repreendeu Isabelle.
- Eles não vão fazer nada com o Simon. Só queriam chamar a sua atenção. - explicou Cassiopéia. - Querem o Cálice e pensam que você tem.
- Por quê? Por que alguém acharia isso? Minha mãe mente para mim a vida toda e depois diz " Ah, existe um Cálice Mortal escondido no planeta Bongo, mas é segredo" - disse Clary. - O que eu faço agora?
- Temos que informar a Clave. - disse Alec parando na frente de todos que estão indo para a sala de controle.
- Concordo. - Jace disse.
- Eles têm que saber o que descobrimos sobre Valentine. - disse Alec.
- Que ele é meu pai? - perguntou Clary. - Ótimo. Diga a eles. Como isso vai ajudar o Simon?
- Clary, está tudo conectado. - disse Jace. - Os vampiros querem o Cálice.
- Por quê? Ele cria Shadowhunters.
- Ninguém quer que Valentine forme um exército fiel a ele. - disse Alec.
- Além disso, controla demônios. - acrescentou Cassiopéia.
- Eles vão propor uma troca. O Simon pelo Cálice. - disse Jace encostando se na parede.
- Os vampiros querem o Cálice em troca de Simon, e Valentine a minha mãe. De todo jeito perco alguém que amo. - Clary disse. - E se eu jogasse para cima e deixá-los brigarem por ele?
- Então isso não importa para você? - perguntou Alec.
- Claro que importa. - Clary disse. - Quando salvaram minha vida, depositei minha confiança em vocês. Agora tem que depositar as suas em mim. Não posso ficar como vocês da noite do dia.
- É verdade, ela foi criada como uma mundana. - defendeu Cassiopéia.
- Você é a porta-voz dela agora? - Cassiopéia franziu a testa para Alec com as palavras dele.
- Não preciso de um porta-voz preciso de um plano. - Clary disse saindo do corredor para ir em algum lugar.
- A cenoura é tão dramática. - disse Cassiopéia. Alec, Isabelle e Jace a olharam com ironia. - O quê? Eu não sou tão dramática quanto ela. - defendeu-se.
Cassiopéia observou Alec antes de ir seguir Clary.
(...)
- Olhem todas essas telas. - Clary disse apontando para os computadores. - Algumas dessas coisas pode me ajudar a encontrar o Simon. Onde ele está? Em alguma cripta na Transilvânia?
- Sério, pare de assistir filmes mundanos. - disse Cassiopéia.
- Na verdade, não. Aquele era o grupo da Camille, não era? Eles são locais.- Jace disse.
- Estão no hotel DuMort em Gansevoort. - disse Isabelle enquanto sentava em cima da mesa. Cassiopéia aproximou se e ficou atrás dela.
- Por que voltamos para cá? Temos que ir lá. Vamos agora. - Clary disse dando um passo antes de ser impedida pelo Alec.
- Precisamos de uma aprovação da Clave. - disse Alec.
- Nós cinco não podemos declarar guerra aos vampiros sozinhos. - disse Isabelle.
- E não podemos reagir sem considerar nossas opções. - disse Alec. - Os submundanos são escravos de seus impulsos. Nós, não.
- Alec, a culpa de tudo não é dos mundanos. - disse Isabelle.
- É mesmo, Seelies tem seu charme pelo jeito. - disse Alec sorrindo.
- Verdade. - Jace disse sorrindo da mesma maneira.
- Seelies? - Clary perguntou confusa.
- São fadas. - explicou Cassiopéia. - Duendes, espíritos d'água, elfos. Todos meio-anjo, meio-demônio. É um termo genérico.
- Izzy pode contar tudo. Ela tem uma quedinha por eles. - Alec disse.
- Cassie também pode fazer isso. - Isabelle desafiou o irmão.
Cassiopéia olhou para Isabelle com um pequeno sorriso antes de olhar para Alec que agora tinha uma expressão séria no rosto.
- E todos nós temos quedinhas, certo Alec? - Isabelle voltou a brincar com o seu irmão, referindo-se aos sentimentos que Alec tem por Cassiopéia.
Jace riu um pouco, o loiro sempre soube do sentimentos do seu parabatai para com sua irmã.
- Não aguento mais ouvir isso. Simon foi sequestrado por vampiros. - disse Clary, interrompendo a conversa. - Vou cuidar disso sozinha.
- Você vai acabar morrendo. - disse Jace. - Clary. - o loiro chamou ela de novo, mas a ruiva não parou de andar. - E Simon também.
Clary parou de andar e voltou para mesa.
- Então me ajudem. - Clary disse. - Enquanto consideramos, meu melhor amigo está sofrendo. Isso é algo que shadowhunters entendem ou só estou sendo mundana.
- Clary está certa. - disse Jace. - Eles deram o primeiro passo. Vamos cuidar disso sozinhos.
- É uma má ideia. - disse Alec.
- Você tem alguma melhor? - perguntou Cassiopéia.
- Os vampiros quebraram os acordos. - Jace disse. - Sequestraram um mundano. Isso não se faz. A Clave vai passar sermão, mas vai nos apoiar. Vamos.
- Difícil discutir com isso. - disse Isabelle.
- Mesmo se nós fôssemos em frente, não sei como sairíamos daqui sem explicar para onde estamos indo. - Alec disse. - Precisamos de armas e não podem nos ver pega-las.
- Eu sei onde podemos conseguir. - Jace disse com um sorriso no rosto.
- Ótimo vamos ver os mortos. - disse Cassiopéia.
- Mortos? - perguntou Clary, confusa.
(...)
Cassiopéia saiu da van de Simon assim que estacionaram no estacionamento de um cemitério.
- De quem é a sepultura? - Alec perguntou.
- Mary Milligan, nascida em dez de janeiro de 1802 e morreu em 10 de janeiro de 1878. - respondeu Isabelle lendo a informação no seu celular.
- Bom, Alec, vamos lá. - Jace disse.
- O que estamos procurando? - Clary perguntou.
- Esconderijos de armas. - respondeu Cassiopéia.
- Estão guardadas aqui com a Sra. Milligan. - disse Jace.
- Por que têm armas de Shadowhunters em um cemitério de igreja? - perguntou Clary.
- Porque todas as religiões antigas reconheciam demônios. - respondeu Isabelle calmamente. - Era assim no passado.
- Esqueceram-se da ameaça porquê nós estamos aqui para protegê-los. - murmurou Alec. - Típica falha de imaginação mundana.
- Está dizendo que somos bons demais no nosso trabalho? - Isabelle perguntou para o seu irmão. - Você não consegue esquecer, né?
- Quer saber? - disse Cassiopéia empurrando Alec levemente. - Por que não vamos ver perto do anjo?
Cassiopéia e Alec se afastaram alguns metros, mas ainda conseguiam ouvir a conversa de seus companheiros.
- Você não está de bom humor hoje. - Cassiopéia disse para Alec, sendo ignorada por ele.
- Excelente. - disse Isabelle sorrindo.- Ele voltou. Estou indo. - Isabelle encontrou seu olhar com a sua parabatai, fazendo-a sorrir.
- Não faça nada que eu não faria. - Cassiopéia gritou fazendo Isabelle sorrir.
- O que você não faria? - Alec perguntou fazendo Cassiopéia sorrir para ele.
- Segredos de parabatai. - Cassiopéia aproximou de Alec. - Coisas que são muito quente para você saber. - A garota passou a mão na jaqueta de Alec.
Alec afastou se dela e olhou novamente para o túmulo.
- Jace, vem aqui. - Alec chamou fazendo Cassiopéia revira os olhos.
- Sim? - Jace perguntou chegando mais perto.
- Estamos entrando no território de vampiros.
- Esse é o ponto. - disse Jace. - Alegre se, será divertido. - ele deu um tapinha no ombro do irmão adotivo.
- Droga, Jace, não pense nisso. - Alec disse. - Você nem gosta desse garoto. Não é sobre o mundano, é sobre Clary. Está tão desesperado para transar com ela que arriscaria nos matar?
Cassiopéia observou Alec com surpresa, com as palavras que ele tinha dito.
- Você falou tanta besteira de uma vez que eu vou fingir que não ouvir isso. - murmurou Jace.
- Esse é o problema, você não está ouvindo. Nem isso, nem nada que eu disse hoje à noite. Você nem conhece essa garota. Por que confia tanto nela?
- Porque ela é como nós, Alec. Apesar da Clary não ter recebido nenhum treinamento. - Cassiopéia intrometreu se na conversa para defender seu irmão e Clary.
- Isso é sobre ela ser filha do Valentine? - perguntou Jace. - Já não falamos disso? Alec, olhe para mim. Pode confiar nela ou não, eu não ligo. Não é da minha conta, mas se não confiar em mim...
- Jace! Cassie! Alec! Acho que a encontrei. - o grito de Clary chamou a atenção dos três Shadowhunters. Eles se aproximaram de onde a garota estava. - Serva amada? O que é isso?
- Uma pessoa que estava em serviço por uma coisa maior que ela mesma. - respondeu Alec.
- Pelo menos está agora. - Jace disse limpando o topo da lápide e depois pegar a sua estela. - Abracadabra.
Cassiopéia sorriu levemente.
- Espera, vocês falam mesmo isso? - Clary perguntou surpresa.
- Não, Clary. Não falamos. - Jace disse rindo.
Jace passou a sua estela na runa angelical com destreza.
Alec e Jace removeram a tampa da lápide contendo um baú. Cassiopéia abriu o convés mostrando armas; espadas serafim, punhais e um par de estela.
- Onde está a Sra. Milligan? - Clary perguntou enquanto pegava uma espada serafim.
- Não toque nisso. Você não sabe como usá-la. - Alec disse pegando a espada de serafim da mão de Clary.
- O quê? Tipo na Pandemoiun quando eu matei aquele demônio?
- Você não o matou... - Alec disse, mas é interrompido pelo Jace.
- Alec. - Jace o repreende. - Eu vou mostra a ela como usar direito. Tem o que precisa?
- Não. Não tem um arco aqui. Eu preciso de um. - Alec disse. - Tenho que runar algumas flechas no instituto.
Cassiopéia olhou para Clary. Ela a abordou por trás e a pegou pelo pulso. A ruiva ficou assustada, mas quando ela viu que a garota estava lá para ajudá-la, ela relaxou.
- Segure assim. - Cassiopéia disse perto da orelha da Clary. - Caso contrário, você se machucará e a espada vai cair
- Obrigada. - Clary sussurrou.
- Eu tenho que ir. - Alec disse observando Cassiopéia ajudar Clary. Sua mandíbula apertou e ele voltou olhar para Jace, que também estava observando-as.
- Como você vai entrar novamente no Instituto? - Jace perguntou.
- Pela porta dos fundos. - respondeu Alec.
- Eu vou com você. Preciso troca de roupa. Não vou vestida assim para um covil de vampiros. - Cassiopéia disse separando se de Clary e caminhou até Alec. - Eles não vão nos incomodar se formos apenas nós dois.
- Beleza. Vão. Eu posso terminar aqui.
Cassiopéia olhou para Jace uma última vez, ela piscou para o seu irmão.
- Ei. - Alec disse aproximadando de Jace novamente. - Eu entendo o que precisamos fazer e eu confio em você parabatai, nunca duvide de mim. - Cassiopéia sorriu com as suas palavras. - Não importa o que eu diga.
- Já esqueci. - Alec e Jace apertaram as mãos em despedida. - Te vejo ao amanhecer.
- Ao amanhecer.
Cassiopéia pegou a mão de Alec antes de sair do cemitério.
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