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01 | Institute of New York

ʚ˚꒰ 𝟎𝟏 ┋ 𝐓𝐇𝐄 𝐎𝐓𝐇𝐄𝐑 𝐒𝐈𝐃𝐄 !¡ ˑ·˚
❛❛𝑨 𝒗𝒆𝒓𝒅𝒂𝒅𝒆 𝒅𝒐́𝒊, 𝒎𝒂𝒔 𝒂 𝒎𝒆𝒏𝒕𝒊𝒓𝒂 𝒕𝒆 𝒅𝒆𝒔𝒕𝒓𝒐́𝒊.❜❜

( 𝐂𝐀𝐏𝐈́𝐓𝐔𝐋𝐎 𝐔𝐌 )
⁕꒰ ▎𝑰𝒏𝒔𝒕𝒊𝒕𝒖𝒕𝒐 𝒅𝒆 𝑵𝒐𝒗𝒂 𝒀𝒐𝒓𝒌 ˚‧₊

Alicante, Idris, 2016

A mulher terminava de organizar todo o armamento que havia sido utilizado no treinamento dos alunos há algumas horas atrás. Tudo o que ela mais desejava no momento era um longo e relaxante banho quente seguido acompanhado do macio do colchão de sua cama e seus lençóis.

But now take me home, take me home where I belong...

Alexia cantava enquanto guardava a última peça do armamento no estoque e, finalmente, depois de longas e cansativas horas de trabalho com um grupo de shadowhunters em treinamento, ela poderia ter seu fiel amigo descanso. Pra começar tudo de novo amanhã.

Tinha sido uma semana longa e extremamente cansativa para a Carstairs, quando a Clave a designou para ser a treinadora temporária dos adolescentes em treinamento por uma semana, ela não imaginou que seria tão cansativo. Mas, pelo menos, tudo já tinha finalizado e agora ela poderia voltar a sua rotina de soldada favorita da Clave como antes.

Pegando suas coisas, Alexia seguiu para fora da sala de treinamento e logo depois pelos enormes corredores até por fim chegar na ala dos dormitórios, seguindo em direção ao seu quarto. Mas, no meio caminho, ouviu seu nome ser chamado no final do corredor.

— Alexia!?

Ela se virou, vendo que era uma das guardas da Inquisidora que a estava chamando. Caroline mantinha sua pose de sempre, braços cruzados atrás de seu próprio corpo e feição séria.

— Caroline. — A morena cumprimentou a loira com um breve acenar de cabeça.

— A Inquisidora pede para que vá vê-la no escritório.

— Aconteceu alguma coisa? — Ela franziu o cenho.

— Ela não informou, apenas pediu para que viesse chamá-la.

— Tá bem, obrigada.

A loira apenas acenou com a cabeça, antes de sair e deixar a Carstairs sozinha novamente.

Alexia jogou a cabeça pra trás, fechando os olhos por alguns segundos e suspirando profundamente, apenas desejando que aquele dia acabasse e ela pudesse descansar.

O caminho para o escritório da Inquisidora foi rápido. Assim que parou em frente a porta, sua mão foi em direção à madeira, batendo contra ela duas vezes antes de ouvir a confirmação para que pudesse entrar.

Mãe? Queria me ver?

Ao entrar, Alexia encontrou a mulher sentada em sua poltrona, atrás de uma mesa repleta de pilha de papéis. Mesmo estando concentrada em fazer algo, a elegância, a postura séria e o olhar severo sempre fariam parte de Imogen Herondale.

— Sim. — Respondeu, concentrada em terminar de ler o relatório em suas mãos. — Sente-se, Alexandra.

Ela se aproximou, sentando-se em umas cadeiras perto da mesa, de frente para sua mãe. Mantendo sua postura ereta, pronta para o que vier.

— Como foi o treinamento de hoje?

— Cansativo, mas muito produtivo. — Respondeu calmamente. — Aconteceu alguma coisa pra senhora me chamar tão tarde?

Imogen soltou o papel sobre a mesa, retirou seus óculos, cruzou as mãos sobre a madeira e suspirou profundamente antes de finalmente olhar o rosto da morena sentada à sua frente.

— A Clave acabou de me mandar um relatório, no qual continha informações sobre um Instituto dos Estados Unidos. — Alexia a ouvia atentamente. — Ao que parece algumas coisas começaram a sair das rédeas quando três shadowhunters simplesmente levaram dois mundanos para o Instituto e usaram as runas em um deles.

— Espera aí, o que? — Indagou Alexia, indignada com tal informação. — Quem é o idiota que seria capaz de fazer uma atrocidade desse nível?

— Não me disseram, apenas me informaram sobre o ocorrido.

— O mundano que recebeu as runas ainda tá vivo? — Imogen apenas confirmou balançando a cabeça. — Sorte a deles, isso poderia tê-lo matado e causado um problema enorme pra gente. Eles ao menos foram penalizados?

— Não, pelo menos não que eu saiba. A Clave mandou enviar três soldados para averiguar a situação atual dos três shadowhunters e do Instituto.

Inclinando a cabeça para o lado, Alexia passou a língua entre os lábios já entendendo o motivo de sua mãe tê-la chamado.

— Deixa eu adivinhar, a Clave quer que eu seja uma das soldadas? — Sorriu de lado, arqueando uma sobrancelha.

— Você, Sophia e Thomas. Eles querem que vocês sejam os responsáveis por relatar tudo o que estiver acontecendo. Além de que, você, Alexia, — a mais velha retomou o relatório em suas mãos — seja a responsável temporária por todo o Instituto.

— O que? — A Carstairs arregalou os olhos, surpresa e assustada. — Responsável temporária? No caso eu seria a diretora temporária?

— Exatamente.

— Mas porque eu?

— Preciso mesmo responder a essa pergunta? — Alexia deu de ombros. — Primeiro, é uma ordem da Clave. Segundo, você é a melhor soldada que eles têm. Terceiro, eu quero que você lidere essa missão.

— Thomas e Sophia já sabem disso?

— Não, você foi a primeira pra quem eu informei. Peço pra que passe o recado pra eles, vocês irão amanhã de manhã.

— Mas... Assim tão rápido? — Ela se remexeu desconfortável na cadeira.

— Eles suspeitam que a garota possa ser uma ameaça para o Mundo das Sombras e querem que sejam rápidos. — Explicou Imogen.

— Garota? Então a mundana é uma garota... — Murmurou Alexia. — Mas, pra que as runas não a tenha matado, talvez ela seja uma shadowhunter ou tenha parentesco com algum. — Supôs.

— Ainda não se sabe e é exatamente por isso que vocês precisam ir o mais rápido possível. — Alegou a mais velha. — A garota se chama Clarissa Fray ou Fairchild, ela foi encontrada na casa dela, a qual estava sendo atacada por demônios.

Fairchild? Esse nome não me parece estranho. — Alexia ficou pensativa.

— É o sobrenome de uma das famílias das sombras, mas ainda não sabemos quem ela seja. — Explicou a Herondale. — Já se fazem anos que não há alguém que carregue o peso desse sobrenome.

— Essa história tá muito estranha.

— E é justamente por isso que devem ir amanhã, não podemos esperar, cada segundo é crucial.

Alexia cruzou os braços frente ao corpo, suspirando fundo antes de se deixar cair sobre o encosto da poltrona confortável. Tudo o que ela menos queria no momento era mais um trabalho exaustivo, a semana que passou já tinha sido o suficiente. Mas, ela não poderia fazer mais nada além de simplesmente acatar às ordens da Clave.

— Onde é o Instituto?

Sua pergunta fez com que ela visse uma cena que há muito tempo não presenciava, a expressão séria de Imogen ser substituída por expressão de nervosismo. A única vez que a viu ficar assim foi quando ela e sua irmã, quando crianças, foram deixadas sozinhas em Alicante após a morte de seus pais.

— Mãe, onde é o Instituto? — Perguntou novamente.

Imogen suspirou, antes de responder à pergunta da filha.

Nova York.

Ao ouvir aquilo, Alexia sentiu seu estômago revirar dentro da barriga. Somente o nome daquela cidade a fazia lembrar, em questão de segundos, tudo o que ela havia vivido lá durante oito anos.

Oito e longos anos vivendo ao lado de três pessoas que trouxeram a alegria para sua vida, depois de passar por traumas do passado. Mas, ao mesmo tempo que aquele lugar trazia lembranças felizes, ele também trazia lembranças dolorosas. Lembranças das quais dois anos não foram – e nunca serão – o suficiente para fazê-la esquecer, principalmente daquele dia.

Alexia ficou pensativa por alguns segundos, sua mente raciocinando algo do qual ela desejava que fosse apenas alguma loucura de sua cabeça.

— A senhora disse que foram três shadowhunters que levaram os mundanos para o Instituto, certo?

— Sim, certo.

— A senhora tem o nome dos três shadowhunters?

— Somente de um deles. — Respondeu, deixando a morena apreensiva com a resposta que receberia. — O responsável por seguir a garota após o encerramento de uma missão, da qual não informaram aos seus superiores. — Imogen pegou outro relatório em mãos, onde nele continha a informação que Alexia procurava. — Seu nome é... Jonathan Wayland, mais conhecido como Ja-

Jace.

Sua respiração falhou ao ouvir aquele nome, mas, ainda sim, ela não ficou surpresa por ele ter sido o responsável por tal atrocidade. Aquele loiro já tinha feito tanta coisa.

Alexia se levantou, andando, em passos lentos, até a grande janela de vidro naquela sala. Parada ali, encarando fixamente o pôr do sol daquela tarde, ela ainda tentava assimilar o fato de que teria que voltar ao seu passado.

Eu ainda não 'tô pronta pra ver eles.

— Eu sei que não está. — Imogen se aproximou, parando ao lado da filha. — Mas você sabia que uma hora ou outra este dia chegaria. Não pode mais adiar esse momento, Alexandra. Precisa encarar seus medos.

— E se eles não quiserem me ver?

— Se eles realmente amam você, como sempre diziam, vão querer te ver.

Eu os amei e os abandonei. — Disse sem ânimo. — O que os impediriam de fazer o mesmo?

— Você não os abandonou. — A corrigiu. — E, ainda assim, você teve seus motivos.

Eles também teriam um motivo. — Retrucou, sua voz seca.

Os olhos da Carstairs desviaram em direção à mulher ao seu lado. Era como se ela estivesse dizendo “não me mande pra lá, ainda não”, mas ela sabia que sua mãe não poderia fazer isso.

— Tá ficando tarde, você precisa descansar. — Disse Imogen, se aproximando de sua mesa novamente. — Acredito que será um dia cheio amanhã.

E como será.

Alexia engoliu em seco, seus olhos presos na paisagem do lado de fora da janela, mas sua mente perdida em seus pensamentos.

— Como se sente, sabendo que agora vai voltar? — Perguntou Thomas, olhando fixamente para a amiga deitada na cama.

Depois de ter sido pega de surpresa com as informações dadas por Imogen, Alexia havia saído daquele escritório e seguido direto para seu quarto. E, o que antes seria apenas um banho quente e relaxante antes de dormir, se transformou em banho frio e rápido, onde inúmeras lembranças de quando morava em Nova York inundaram sua cabeça.

Agora, ela se encontrava em seu quarto, esparramada na cama e acompanhada de seus dois amigos, Sophia Lovelace e Thomas Ashdown, os quais também a acompanhariam na missão. Pelo menos não estaria sozinha.

— Eu me sinto uma idiota e egoísta. — Respondeu ela, frustrada consigo mesma.

— Não fala isso, Lexi. — Disse Sophia, vendo a amiga rolar sobre a cama, se embolando debaixo dos lençóis.

Eunãovou. — A voz de Alexia saiu abafada.

— Eu não entendi uma letra sequer do que você falou. — Resmungou Thomas. — Tá com a língua presa?

Com o tédio exposto em seu rosto, a Carstairs se retirou de debaixo dos panos e olhou para os dois shadowhunters sentados de frente para sua cama.

— Eu disse que não vou.

— Prefere ser exilada do que ir pra Nova York? — O garoto a olhou surpreso. — Você ficou maluca.

— Qual é, Alexia? Não vai ser tão ruim assim você os ver de novo. Já fazem dois anos.

— Acha que eu não sei que são dois anos? — Ironizou, soltando uma risada abafada. — Dois anos é tempo o suficiente pra eles me odiarem e nunca mais querer olhar na minha cara, não depois do que eu fiz.

— Você, mais do que ninguém, sabe que aquilo não foi sua culpa. — Disse Thomas.

— Eu os abandonei, Thomas.

— Você não os abandonou.

— Não é o que as minhas ações dizem, Sophia. — Suspirou. — E a reação que eles tiverem serão as consequências das minhas ações.

— Às vezes você é pessimista demais. — Comentou o Ashdown, se jogando na cama e ficando ao lado de Alexia. — Tenha um pouquinho mais de otimismo, quem sabe assim eles não te odeiem.

— Thomas! — Gritou Sophia, acertando um tapa estalado na perna do rapaz, que também gritou de volta.

— AI!

— Não sou pessimista, sou realista.

Por mais que Alexia tentasse convencer a si mesma que seria forte o suficiente pra essa missão, lá no fundo ela sabia que não conseguiria. Seu subconsciente gritava, não, ele berrava, pedindo para que se negasse a ir. Mas, ainda assim, a mulher sabia que não poderia fazer isso. Ela não podia.

— Então fica aí com seu “realismo”, pois eu vou dormir porque tenho trabalho sério para fazer a partir de amanhã.

Alegou Thomas, se levantando da cama e olhando para as amigas.

— Sei exatamente qual é o seu “dormir”, não é à toa que eu vi o Léo indo 'pro seu quarto antes da gente vir pra cá.

Alexia não conseguiu segurar a risada quando viu Thomas lançar uma de suas almofadas diretamente no rosto de Sophia, mandando a ruiva calar a boca logo em seguida.

— Larga de ser fofoqueira, água de salsicha.

— Eu só acho que não vai dar tempo de você se despedir de todos os seus ficantes antes da gente ir. A não ser que você se encontre com eles de dois em dois. — A Lovelace riu.

A gargalhada de Alexia e Sophia se misturaram dentro do quarto, fazendo o Ashdown revirar os olhos com as brincadeirinhas das amigas.

— Vocês são chatas, viu, pelos anjos. — Murmurou Thomas. — Não é culpa minha se vocês não têm uma vida íntima ativa.

— Ativa e passiva, você quer dizer.

— Garota, você não me faz perder minha paciência aqui não.

Mais uma vez, a risada escandalosa de Alexia se fez presente dentro do quarto quando a mulher presenciou a cena de Thomas se jogando sobre o corpo de Sophia e a “sufocando” com um de seus travesseiros.

— Sai... De cima... De mim.... — Pedia Sophia, em meio aos risos.

— Sabe, a melhor coisa que eu vejo em meio a isso tudo é que vocês vão estar comigo. — Confessou a Carstairs, após se recuperar seu fôlego.

No mesmo instante, Thomas soltou Sophia e olhou diretamente para Alexia. O rosto do rapaz agora carregava uma expressão surpresa e emocionada, mas a morena sabia que aquilo não passava de drama e encenação.

— Eu fico honrado em saber disso. — Disse, enxugando uma lágrima invisível de sua bochecha. — Eu sei o quanto seu amor por mim é grande e também sei que você não consegue viver sem mim.

— E sabe o que eu sei? O quanto você é dramático e mentiroso. — Ashdown olhou para Sophia com uma expressão não muito boa em seu rosto. — E quer sair de cima de mim!?

— Olha, sinceramente, esses dias você tá testando minha paciência e me mostrando o quanto eu fui burro em te escolher como parabatai. — Thomas a olhou incrédulo.

— Que mentira! Eu te escolhi como meu parabatai, não foi você que me escolheu.

— E ainda por cima tem a audácia de me chamar de mentiroso. Tá vendo só, Lexi!?

Alexia apenas soltou uma leve risada e se levantou da cama. Seus passos seguiram na direção de seu closet, já era tarde da noite, ou melhor dizendo, da madrugada e até então ela não havia organizado nada em sua mala. E, já não tinha por onde escapar, ela teria de ir, querendo ou não.

— Por favor, não faça igual a Sophia que fez dez malas só pra uma viagem. — Comentou Thomas, adentrando o closet de Alexia e começando a traquinar as coisas da garota.

— Gosto de estar sempre precavida. — Lovelace deu de ombros com o comentário de Ashdown.

— Eu espero ficar pouco tempo. — Alexia suspirou. — E o que você tá caçando aí mesmo? — Suas mãos foram direto para sua cintura, apenas olhando Thomas mexendo em suas coisas.

— Nada. — Deu de ombros. — Só 'tô olhando.

— Ele vai pegar alguma coisa sua e nunca mais vai devolver. — disse Sophia.

— Larga de ser mentirosa mulher. — Disse ele, pondo, descaradamente, algo de Alexia dentro do bolso de sua jaqueta. — Como você é capaz de levantar falsas calúnias sobre mim?

— Ei, o que você tá pegando aí?

— Eu? Nada. Nadinha.

— Eu avisei.

Alexia se aproximou de Ashdown, pondo a mão no bolso da roupa do rapaz e o olhando indignada ao ver o que ele tinha pego.

— O que você quer com a minha pulseira?

— Eu sempre achei ela bonitinha e você nunca me disse onde comprou. — Disse emburrado, cruzando os braços e fazendo um biquinho em seus lábios.

— Eu não comprei, eu ganhei de presente.

Segurando a pulseira em suas mãos, ela não pode evitar de sorrir ao lembrar do dia em que Isabelle havia lhe dado de presente.

Ganhei de uma pessoa muito especial pra mim.

Thomas a olhou com os olhos semicerrados e com um sorriso malicioso em seus lábios.

— Hum... Uma pessoa especial.

— Deixa de ser idiota, foi uma amiga.

Ela guardou a pulseira em meio a algumas roupas que já havia dentro de sua mala.

— É quem eu tô pensando? — Alexia não respondeu, apenas engoliu em seco, nervosa. — É quem que tô pensando.

— Não sei como ela pode reagir quando me ver. Eu fui uma covarde com eles. — Suspirou cansada.

Alexia começou a pegar mais algumas peças de roupas de seu closet e as guardou dentro de sua mala.

— Você tem que parar de ficar remoendo as coisas do passado e parar de ficar pensando em como eles vão te ignorar pra começar a pensar no quanto eles podem sentir sua falta. — Disse Sophia, se aproximando de onde os amigos estavam.

— Eu duvido muito. — Alexandra riu sem ânimo algum.

— Você não sabe disso. — Rebateu a ruiva. — Você tá de cabeça quente e nervosa com o dia de amanhã, não tá em condições de dialogar sobre esse assunto agora. Só tenta descansar um pouco, tá bem?

Sophia se aproximou, parando ao lado de Alexia e deixando um beijo na testa da amiga, coisa que se tornou um ato habitual de carinho, não só entre elas duas, mas entre os três amigos.

— Dorme um pouco, amanhã vai ser um dia longo.

— Bastante longo. — Murmurou, rindo.

Sophia não disse nada. Thomas se aproximou de Alexia e repetiu o mesmo ato da Lovelance.

— Dorme bem, coisinha. Quero você firme amanhã de manhã, ouviu?

— Sim, senhor, capitão. — Respondeu a morena, batendo continência.

— Engraçadinha.

Os três se despediram com mais um simples “boa noite” e logo em seguida os dois parabatais saíram, cada um seguindo seu caminho para seus quartos e deixando Alexia sozinha, terminando de organizar sua mala e ainda perdida em seus devaneios.

No momento, seu pensamento era distante, relembrando situações vividas na época em que morava em Nova York e o rosto de cada um deles parecia estar cravado em sua mente. O sorriso contagiante de Isabelle, a espontaneidade de Jace e, por fim, o jeito rude e fechado de Alec.

Um sorriso involuntário se formou em seus lábios logo após que uma certa lembrança de um certo dia inundou sua mente. Mas, não durou muito tempo, seu sorriso foi substituído por uma expressão de tristeza e culpa.

Culpa por tudo o que ela tá passando agora. Culpa por tê-los deixado. Culpa por ter sido tão covarde. Culpa por tudo.

Naquele instante, sozinha naquele quarto, Alexia era consumida internamente pelos seus sentimentos, pelos seus medos. E não importava o quão bem ela se escondia, eles sempre a encontrariam.

Arrastando sua mala pelos corredores do Insttuto, os saltos das botas pretas de Alexandra batiam freneticamente contra o chão, anunciando sua presença.

Ao adentrar a porta de acesso ao salão principal, onde havia combinado de se encontrar com Sophia e Thomas, Alexia acabou dando de cara com Imogen a esperando.

— Bom dia, mãe.

— Bom dia. — Imogen entregou-lhe uma pasta contendo alguns papéis dentro. — Aqui estão a cópia dos relatórios que me enviaram. Tudo o que precisa saber está aí.

— Tá bem, obrigada. — Disse, pegando a pasta amarela em suas mãos. — Quanto tempo terei que ficar lá?

— O tempo que for necessário. — Respondeu friamente.

— Por que essa resposta não me surpreende? — A morena riu sem ânimo.

— Esse é seu trabalho, Alexandra. E sabe o que pode acontecer caso não o cumpra.

Alexia suspirou fundo, desviando o olhar para o chão.

— Saber que vou viver assim 'pro resto da vida é um inferno.

— Mas mesmo assim você aceitou viver nessas condições. — Retrucou. — E você sabe que poderia estar em situação muito pior.

Ou melhor.

Imogen estreitou os olhos em sua direção, suspirando pesadamente.

— A atual direção de Nova York já sabe que você irá, mas não faz ideia de que você assumirá a liderança. — A mais velha mudou de assunto. — Sophia está com uma declaração escrita pela Clave e a entregará para quem tiver responsável quando chegarem lá.

— Aposto que ela não vai reagir muito bem. — Murmurou, pensando na tremenda situação em que se envolveu.

— Você conhece Maryse Lightwood melhor do que eu, então já deve ter uma noção de como ela irá reagir à notícia.

A Carstairs não disse nada, apenas balançou a cabeça em negação a tudo isso.

— Licença. — A voz de Thomas se aproximou das duas mulheres paradas ali, ainda na entrada do salão. — Eu não queria interromper, mas é melhor irmos logo. Tenho certeza que teremos muita coisa a fazer quando chegarmos lá.

— Tem razão. — Alexia concordou com o amigo. — Eu já 'tô indo, Tom.

O Ashdown apenas concordou com a cabeça e voltou para perto de sua parabatai, deixando mãe e filha a sós novamente.

— É melhor eu ir. — Disse, segurando na alça de sua mala novamente.

— Como sua superior, eu peço que me informe sobre tudo o que acontecer no Instituto enquanto você estiver por lá. — Pediu Imogen, ou melhor, ordenou. — E, como sua mãe, eu peço pra que sempre que estiver sentindo que precisa falar com alguém, ligue pra mim ou peça para que eu vá lhe ver, que eu irei sem hesitar. Acima de qualquer coisa, você é minha filha, Alexandra. Prometi ao Anthony e a Natália que cuidaria de você e da sua irmã, não importasse o que houvesse e cumprirei com minha promessa até o último dia de minha vida.

— Eu sei. E eu te amo e te agradeço por tudo o que fez e faz por mim e pela minha irmã.

Vocês duas são minhas filhas. — Disse, levando uma de suas mãos ao rosto de Alexia. — Agora vá e mostre com uma Herondale trabalha de verdade. E nunca se esqueça de honrar o sobrenome Carstairs. Seus pais teriam orgulho de você e de Amélia.

Um sorriso tomou conta do rosto de Alexia.

— Mais tarde eu mando mensagem ou ligo pra dizer como tudo tá indo. — Imogen apenas concordou.

Seguindo seu caminho, Alexia se aproximou de Thomas e Sophia a esperava. Juntamente com eles estava o feiticeiro que seria o responsável por abrir o portal, o homem era considerado o fiel escudeiro da Clave, estando presente no Instituto desde muito tempo.

— Estão prontos? — Perguntou Alexia para os dois amigos.

— Eu que deveria te perguntar isso. — isse Sophia.

— 'Tô um pouco nervosa, mas 'tô bem.

— A gente vai tá do seu lado sempre, tudo o que precisar é só chamar.

— Obrigada, Thomas.

Kol. — Sophia chamou pelo feiticeiro. — Estamos prontos, pode abrir o portal, por favor.

O homem se aproximou, ficando ao lado dos três shadowhunters e, com apenas alguns movimentos com suas mãos, um portal, direcionado para Nova York, fora aberto.

— Boa sorte pra vocês em Nova York. — Desejou o feiticeiro.

— Obrigada, mas espero não ter que ficar por muito tempo. — Disse Alexia.

— Nem o suficiente pra sentir minha falta, híbrida? — O homem sorriu para a garota.

Sophia e Thomas se entreolharam entre si e sorriram maliciosamente um para o outro com a interação de Alexia e Kol.

— Não se ache tão importante assim, feiticeiro. — Ela sorriu. — A gente se vê por aí, Mikaelson.

— A gente se vê por aí, Carstairs.

Assim que Alexia se despediu do homem, ela se virou na direção do portal que ainda se mantinha aberto, mas acabou dando de cara com seus dois amigos a encarando de uma maneira estranha. Percebendo do que se tratava, a morena apenas sibilou um “fiquem quietos” e recebeu mais sorrisinhos vindo dos dois.

Ela apenas continuou com seu caminho, adentrando o portal logo em seguida sentiu seus pés firmes no chão novamente. Não demorou bastante tempo para que Sophia e Thomas estivessem ao lado dela. E, quando Alexandra se deu conta de que já estava na porta de entrada do Instituto de Nova York, o nervosismo tomou conta de si mais uma vez nas últimas 24hrs.

— Lexi? Tá tudo bem?

A voz de Sophia fez com que a Carstairs saísse de seu transe. Um suspiro alto saiu por seus lábios, ela estava nervosa, com medo. Medo de ter tomado a decisão errada desde o início de tudo isso.

— Tenta ficar calma, relaxa. Como dissemos antes, você não tá sozinha.

Alexia sorriu com as palavras de Thomas.

O Ashdown entrelaçou seu braço no da amiga e juntos os três seguiram pelo corredor de entrada do Instituto, e parecia que aquela mísera caminhada nunca acabava, ainda mais quando passaram por um grupo de quatro shadowhunters e foi impossível não conseguir ouvir os murmúrios quando Alexia foi vista por eles.

Assim que eles chegaram na porta de entrada à sala principal, ou sala de comando, todos os olhares foram direcionados para eles, ou melhor, para ela, para Alexia, era uma surpresa para todos que estavam ali, em especial para três pessoas presentes ali naquela sala.

Bem-vinda de volta ao Instituto de Nova York, Alexandra, muitas surpresas lhe aguardam a partir de agora.

Que os anjos estejam sempre do seu lado.

‼️NOTAS DA AUTORA‼️

➰ | Então gente... demorou, mas chegou. Era pra esse capítulo ter sido lançado a umas duas semanas atrás, mas acabei me enrolando com coisas da escola e do trabalho e aí veio o Enem (que eu nem lembrava mais) e complicou tudo. Bom... consegui terminar ontem e revisei hoje.

➰ | Como puderam perceber, uma das outras mudanças que eu também fiz na história foi o nome dos personagens Thomas Ashdown (antes Theo Reaken) e Sophia Lovelance (antes Lydia Martin). Fiz essa modificação pra ficar devidamente claro o fato de que esses personagens são originais, apesar da minha inspiração nos personagens Theo e Lydia da série Teen Wolf.

➰ | O reencontro da nossa Lex e os outros acontecerá no próximo capítulo e devo dizer que vai ser complicado, muito complicado. Vocês já conhecem a personalidade do Jace e do Alec, né!? Pois bem, a Alexia não é tão diferente assim não 👀.

➰ | É isso... Espero que vocês gostem do capítulo de hoje. Não vou estipular uma data pra voltar aqui, porquê nunca dá certo skakkss. Então volto aqui quando meu tempo permitir.

Beijinhos 💋, até o próximo capítulo!

| 10.11.23 |

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