~14~
POV: Lalisa Manoban
Rio de Janeiro|11/01/2024
Assim que entramos no quarto, fomos procurar algumas roupas para nos banhar.
Eu juro que ainda mato aquelas duas vagabundas.
Eu tenho um pé atrás quando se do Jimin. Não confio nele.
Por sorte tem cuecas e roupas masculinas aqui.
— Pode ir tomar banho primeiro, Jen — disse enquanto me sentava na poltrona.
— Tá bom. Eu já volto — ela entrou no banheiro.
Não demorou muito até que ela saísse. Me apressei em ir tomar um banho.
Entrei no box e o fechei, logo liguei na água gelada para esfriar um pouco a minha cabeça. Além de estar muito quente, eu não tomava um banho descente a dias.
Estou muito cansada. Só de pensar que agora temos comidas e eu consigo dormir numa cama confortável.
Eu sabia que não deveria ter aceitado ir naquela porra. Mas eu fui porque a Jennie iria. E eu tenho certeza que ela só foi para aquele cruzeiro porque eu iria.
Somos assim desde que nos conhecemos. Não fazemos nada juntas.
Depois de me banhar e vestir uma roupa confortável, fui até a cozinha — todos estavam lá.
Sentei-me na cadeira ao lado do Jungkook — Jimin e Jennie estavam cozinhando algo.
— Vocês tem carregador? — perguntei.
— Temos sim. No canto do sofá tem vários. Pega um lá — assenti e fui pegar o carregador.
Voltei e coloquei meu celular para carregar numa tomada que tinha li perto da mesa.
— Se vocês tem celular, por que não chamaram o resgate — o que esse Jimin tem de bonito, ele tem de burro.
— Jimin, você é burro ou só se faz? — o moreno perguntou. — Onde elas estavam não tem torre.
— Aqui tem torre? — perguntou Jennie.
— Sim. Aqui vocês podem entrar em contato com a família de vocês e falar que logo, logo estão em casa — Jimin disse.
— Não podem. Vocês não sabem o motivo pelo qual estamos aqui. Se avisarem, talvez venha nos buscar. Não podemos correr o risco.
— E, por que vocês estão aqui?
— Não é seguro contarmos. Não queremos levar vocês para essa enrrascada junto com a gente — Jungkook disse.
— Como assim?
— Meio que estamos envolvidos com uma — ele olhou para Jungkook que assentiu — máfia da Coreia.
Máfia?
— E como vocês estão vivos ainda? Quem é o chefe dessa máfia? Fica em Seul? — perguntou Jennie, preocupada.
— Calma, Jen, nós fugimos deles. Por isso, nós estamos aqui. E sim, é em Seul.
— Puta merda! Eu preciso avisar o Kai pra ele tomar cuidado — revirei os olhos enquanto via ela ligando o celular.
Vi Jungkook e Jimin se entre olharem assustados.
Logo vi Jimin dar um tapa na mão de Jennie. Levantei para protege-la.
— Você pensa que tá fazendo o que? — entrei na frente de Jennie e segurei forte a mão do garoto.
Jungkook segurou meu pulso e me encarou.
— Solta ele! — continuei o encarando, sem soltar o pulso do loiro.
Eu e o moreno ficamos nessa troca de olhares por um bom tempo, até Jennie dizer:
— Dá pra vocês agirem como adultos? Lalisa, solta o Jimin — encarei Jungkook por mais 5 segundos. — Lalisa — soltei o garoto. Jungkook me soltou logo em seguida.
— Daqui a trinta minutos a lasanha fica pronta — o loiro disse, tentando mudar de assunto.
— Por que você bateu na mão dela? — perguntei.
— O que o Kai é seu? — perguntou Jungkook. — O nome completo dele é Kim Jongin?
Agora foi a vez de eu e Jennie nos entrolharmos.
— Vocês conhecem ele? — ela perguntou sem desviar o seu olhar do meu.
— Me responde o que ele seu primeiro.
— Ele meu namorado — revirei os olhos.
— Jennie...
— O Kai é o chefe da máfia que está atrás da gente — Jungkook disse o que o Jimin não conseguiu dizer.
***
— Nini? — me aproximei da garota que estava sentada na areia, abraçada em seus joelhos e chorando.
O sol já estava se pondo.
Sentei-me ao seu lado apoiando meu peso em meus braços, que ficaram atrás do meu corpo, e fiquei em silêncio, apenas esperando ela dizer alguma coisa.
Me surpreendi quando ela deitou no meu colo, deitou de lado e ficou vendo o pôr-do-sol.
Comecei a alisar seus fios de cabelo, intercalando entre eles e sua pele morna.
O único barulho que ouvíamos, era: o mar agitada; as aves, as cigarras e grilos cantarolando; o vento que batia nas folhas e faziam algumas voarem e fazerem barulhos, e... as fungadas que Jennie dava a cada 10 segundos.
Me parte o coração ver ela chorando, ainda mais se for por um idiota que nem o Jongin.
Eu amo a minha Mandu, jamais permitiria que ele encostasse um dedo nela.
Ficamos naquele silêncio entre nós até o sol se pôr, depois disso que eu fui perceber que sua respiração estava pesada.
A garota dormiu recebendo meus cafunés.
Sorri e dei-lhe um beijo demorado em sua bochecha.
Logo me levantei com cuidado, fiquei de joelho e a peguei no colo, fazendo a mesma agarrar meu pescoço, logo me levantei logo em seguida e indo em direção a casa.
Ela acordou no meio do caminho e me perguntou o que estava acontecendo.
— Só volta a dormir. Deixa que eu cuido de você, Nini — ela assentiu e encostou a cabeça no meu ombro.
Antes de entrar em casa, tirei alguns grãos de areia que estava em sua roupa.
Tive que passar a mão de leve em sua bunda para tirar a areia que estava em seu short. Porém, obviamente, eu fiz isso com respeito.
Nunca me aproveitaria dela, principalmente se ela estivesse inconsciente.
Passei pela sala, recebendo o olhar duvidoso dos meninos.
Logo levei-a pro quarto, coloquei ela na cama, fechei as cortinas, liguei o ar condicionado e enrolei a mesma com o o edredom.
Voltei para a sala e me joguei de qualquer jeito no sofá grande.
— Como ela está?
— Mal. Muito mal. Tão mal que nem falou comigo, só deitou no meu colo e dormiu. A cada dez segundos ela dava uma fungada.
— Mas eu não entendo. Se ela namora, porque ele beijou? — Jimin disse e logo recebeu um tapa do moreno. Ri dele.
— Tá tudo bem, Kookie. Bom, ela gosta de mim. Na minha cabeça, pelo menos, ela gosta de mim. Não ouvi de sua boca.
— O jeito que ela te olha é diferente, Lisa. Eu me iludir ia fácil.
— Concordo com o Jimin. O jeito que ela te olha, entrega.
— Acho que esse não é o momento de falar sobre isso com ela. Ela é muito frágil.
— Percebemos.
Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro