Pingos nos is
Brunna POV
— Quer dizer então, que o casamento por fim tem data marcada? - Dona Silvana pergunta sorridente.
— Agora foi, minha sogra. - Respondo tomando um pouco da minha bebida.
Estávamos no mais novo restaurante de Miami jantando, dessa vez com os nossos pais. E tudo está na santa paz porque um certo rapazinho que eu chamo de filho, já se encontrava desmaiado no colo da mãe.
— Ai hija, eu estou tão feliz por vocês duas. - Mama comenta com os olhinhos brilhando.
— Eu também, mama. Quer dizer nós duas, não é babe? - Falo olhando para a minha mulher.
— Claro que sim. - Ludmilla responde me dando um selinho.
— Podemos ter esperança de mais um neto? - Papa pergunta.
Céus, um só não é o bastante?
— Brunna e eu teremos um time de futebol, meu sogro apenas espere. - Lud diz brincalhona, arrancando risada de todos os mais velhos.
— Essa é a minha garota. ! - Renato comemora.
— Muito exagerada essa minha noiva. - Digo balançando a cabeça negativamente
Enquanto conversávamos, de repente o meu olhar bate com o de outra pessoa, essa que estava em uma mesa mais distante da nossa.
Jesus, até aqui essa mulher está? Era Melissa. E para a minha surpresa ela estava acompanhada da própria chef dona do restaurante, com direito a carinhos e tudo mais. Será que estava rolando? Enfim, deixa pra lá, a vida é dela e eu não devo me envolver.
— Mas a Bru quer algo simples, não é amor?
— O quê? Desculpe amor, eu estava distraída.
— Eu estava comentando com os nossos pais que você prefere algo simples, em relação ao nosso casamento.
— Ah é verdade, eu acho que o simples é mais a nossa cara.
Falei sobre as minhas preferências, e obviamente Ludmilla comentou as dela. Os nossos pais sorriam sempre, pareciam não acreditar que íamos enfim nos casar.
Quando o jantar por fim terminou, nós duas nos despedimos dos mais velhos, principalmente porque já fazia um bom tempo que Ravi estava dormindo, e segurar ele já não era algo tão fácil assim.
Mas quando estávamos saíndo, ouvir alguém me chamar. Era ela.
— Brunna? Por favor, espera.
— Sim? - Gelei ao ver que era Melissa.
— Será que nós duas podemos conversar? - Melissa questiona meio sem jeito.
— Agora? Olha, já está tarde e o meu filho como pode ver, está dormindo. E nós estávamos indo para casa.
— Tudo bem, pode ser amanhã ou depois.. tudo bem se trocarmos contato?
— Ok! - suspirei dando o meu número para que ela salvasse.
— Certo, eu irei entrar em contato, e desculpe incomodar
— Está tudo sob controle, tenha uma boa noite, Melissa - Falei educadamente, e continuei o meu caminho junto à Ludmilla .
Ludmilla e eu fomos para o carro, a mais velha acomodou o pequeno em segurança, e em seguida partimos para casa.
— Você vai encontrá-la? - Lud pergunta assim que deita ao meu lado na cama.
— Creio que seja isso que ela deseja, não é? Preciso por um fim nessa história toda.
— Eu apóio você, Bru.
— Obrigada, Lud. - agradeço dando selinho nela — Você está feliz? digo, em relação ao casamento. - Pergunto olhando em seus olhos.
— Mais feliz que isso, só quando aumentarmos a nossa família.
— LUDMILLA! - Grito quando sinto o corpo da mais velha em cima do meu. — Você vai a acordar o seu filho, idiota.
— Qual é amor? É só fazermos em silêncio, você sabe que somos feras nisso. - Ela fala perto do meu ouvido, e ao mesmo tempo aperta a lateral da minha coxa. Safada!!!
— O que deu em você? Jesus, mulher.
— Jesus nada, apenas Ludmilla Oliveira. - Ela diz dando risada e me beija logo em seguida.
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Katie POV
Mensagem de texto:
- Babe, já estou aqui na frente.
- Só um segundo, estou descendo.
Sim, Melissa e eu estávamos saíndo.
Depois que trocamos contato ficamos ainda mais próximas, e vi que ela apesar de ser jovem, era uma mulher e tanto.
Eu estava amando conhecê-la mais à fundo, ela trazia algo de especial para os meus dias, e se tudo continuasse caminhando de maneira positiva quem sabe não rolaria algo mais sólido entre nós duas.
Eu estava torcendo para que ela estivesse disposta tanto quanto eu.
Ouvi uma batida na janela do meu carro, e virei vendo a mulher alí.
Rapidamente destravei a porta para que ela pudesse entrar.
— Oii - Ela diz um pouco retraída.
— Olá. - Me aproximo dela e deixo um singelo beijo próximo à sua boca, e ela sorri. — Vamos lá.
Dirigi até o meu restaurante, poderíamos sim ir para outro lugar, mas a mais nova quis vir para cá, então, o que eu poderia fazer? Apenas atender o desejo dela.
— Manuzinha ficou bem? - pergunto em busca de acabar com o silêncio.
— Ela ficou. Na verdade, deixei ela dormindo, e falei para a babá me ligar caso aconteça algo.
— Não vai acontecer nada, pode ficar tranquila.
— Eu estou, obrigada. - Segurei a mão dela fazendo um carinho ali.
No Restaurante.
Mais cedo eu havia separado uma mesa exatamente para o meu jantar com a Melissa. Era numa área boa, e um pouco reservada. Então, achei que ela fosse se sentir mais confortável.
Puxei a cadeira para a mais nova sentar, ela sorriu em agradecimento e sentou de bom grado. Fui para o meu lugar e me acomodei.
— Um vinho? Você aceita? - Perguntei
— Bom, uma taça não fará mal, não é? - Ela fala e eu concordo.
Pego a carta de vinhos e escolho um que seria ideal para nós duas, chamo o garçom e ele atende o nosso pedido, saindo bem em seguida.
— Sabe, você não precisa ficar tão retraída. sou eu, e está tudo ok. - tentei acalmá-la
— Tudo bem, é só que.. eu apenas não estou acostumada a ser tratada digamos, tão bem.
— Enquanto estiver diante dos meus olhos, você sempre será tratada como deve ser, como uma rainha. - Segurei as mãos dela que estava em cima da mesa e por sinal, estavam muito geladas, e apertei.
— Obrigada, Katie.
— Não por isso, Babe.
O nosso jantar por fim chegou, comemos em um clima incrivelmente agradável.
Toda vez que eu olhava para a mais nova, eu sabia que um sentimento em especial estava surgindo, e pela primeira vez em anos, eu me vi completamente encantada por alguém.
Melissa sorria, mas por um momento quando ela desviou o olhar, o sorriso apaixonante que havia em seu rosto, sumiu.
— Algo de errado? Melissa, o que houve?
— Ãn.. e-eu preciso falar com uma pessoa, você me dar um segundo?
— Claro. - Assenti e vi a loira levantar e ir na direção de um casal que já estava de saída.
Percebi que o clima ficou um pouco estranho entre elas, por um segundo pensei em ir até lá, mas esperei, e logo ela estava de volta.
— Tudo bem? - perguntei um pouco preocupada
— Sim, está. Ela é a Brunna, a outra mãe do filho do Caio.
— Wow.
— Pois é, nós estudamos juntas, e digamos que eu não era uma boa colega de classe para com ela. - Melissa me explicou
— E agora você quer deixar tudo bem entre vocês? - Perguntei já compreendendo o desenrolar da história
— Sim, nossos filhos de qualquer maneira são irmãos. então, nada mais justo.. e também eu estou tentando ser alguém melhor.
— Ei, você é uma boa pessoa, não fique assim. - Puxei a minha cadeira para ficar próximo à dela. — Tenho certeza que vocês vão ficar bem, sim? - Fiz um carinho de leve no rosto da mais nova e ela sorriu.
— Eu acho que gosto de você. - Ela falou tão baixinho, e eu apenas pude ouvir por estarmos muito próximas.
— Acha? - perguntei
— Eu gosto. - Ela confessou cheia de vergonha
— Eu também gosto de você, loira. - Confessei deixando um beijo na testa dela.
Terminamos o nosso jantar, e depois deixamos o meu restaurante. Demos uma pequena volta por Miami, e em seguida deixei ela em casa.
— Está entregue, senhorita. - Falei ao quando descemos do carro.
— Olha, Manu agradece por trazer a mãe dela em segurança para casa. - Ela fala de maneira descontraída.
— Espero que possamos sair mais vezes, não só nós duas, mas podemos incluir a pequena.. afinal ela é uma parte de você, e eu aprecio muito isso.
— Eu vou adorar sair mais vezes com você.
— Muito bom saber disso. - Descansei uma de minhas mãos na cintura da mais nova, e a trouxe para mais próximo do meu corpo.
Eu não entendia essa necessidade de sempre estar com nossos corpos tão próximos, mas relaxei quando ela uniu os braços ao redor do meu pescoço. E percebi que estava tudo bem para ela esse grude todo.
— É?
— Sim. - Ficamos presas numa troca de olhar fodidamente intenso, até que nenhuma de nós aguentou o bastante e acabamos sedendo ao beijo.
Eu queria tocá-la de forma intensa, com mais força, mas ao mesmo tempo queria manter todo o cuidado do mundo, pois para mim, ela era o ser mais frágil, que eu queria apenas cuidar.
Finalizamos o beijo com muitos selinhos, e me derreti mais ainda quando ela sorriu. céus, eu quero essa mulher para mim.
— Linda. - elogiei colocando o seu cabelo para trás da orelha.
— Para, eu já estou cheia de vergonha.
— Não precisa ter vergonha, relaxa.
— Eu acho que preciso entrar agora, está tarde.
— Tudo bem, mas vamos nos ver ao decorrer da semana certo?
— Por quê? Já está com saudades?
— Talvez eu esteja.
— Vou pensar no seu caso, Chef. - Ela me deu um selinho e saiu dos meus braços tão rapidamente, que não tive chances para reagir.
— Melissa. - Chamei mas ela apenas virou e jogou um beijo no ar.
Eu estou fodida com essa mulher.
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Ludmilla POV (Manhã Seguinte)
Acordei primeiro essa manhã, sai da cama fiz minha higiene, deixei Brunna dormindo e fui ver o pequeno, mas estranhei por não vê-lo em seu quarto.
Meu coração foi parar nos pés, pois tínhamos escada em casa, e ele descendo isso não era uma boa.
— Filho? - o chamei enquanto descia as escadas e logo pude ouvir a sua voz.
— Sala, Mommy.
— Ei campeão, por que não acordou as mamães? O que você está assistindo?
— Bob esponja.
— Está com fome? - Perguntei e ele assentiu — Tá, mamãe vai fazer o seu café. - Deixei um beijo nos cabelos do garoto e fui para a cozinha.
Levei algum tempo para preparar o nosso café da manhã, coloquei iogurte, morangos e um waffle para Ravi comer, era o que ele gostava, então, estava tudo bem..
Voltei para a sala e ele continuava entretido com o desenho. Esse menino era um anjo.
— Aqui meu amor. - Estendi o pequeno pratinho para ele e o mesmo o pegou.
— Obrigado, Mommy.
— Por nada meu bem. - sentei ao lado dele, iria esperar Brunna acordar.
Quando Ravi terminou o café dele, ficamos brincando na sala, que inclusive estava uma bagunça, almofadas por todo o lado, mas não importa, vê-lo saudável e feliz era o mais importante.
— Onde estão os amores da minha vida. - ouvimos a voz de Brunna próximo a escada, e olhamos um para a cara do outro.
— É a mama. - o pequeno falou abrindo os olhos.
— Vamos nos esconder, vem. - puxei ele pela mão e corri em busca de um esconderijo. — Shi, não fala nada tá bom? - falei e ele assentiu.
— Ludmilla, Ravi, onde vocês estão? - Ela pergunta e nós dois continuamos calados.
Espiei e vi que ela estava indo para a cozinha, sai com o nosso filho de onde estávamos e caminhamos atrás dela. Nos escondendo na porta.
Ravi já não estava aguentando segurar a risada, então quando ela passou voltando pela porta da cozinha, nós dois gritamos assustando ela.
— Búúú - Ravi caiu na gargalhada
— P*ta que...
— Amor, não fala. - Censurei
— Eu vou matar vocês. - Brunna ameaçou e nem dei tempo para ela nos alcançar.
— Vamos correr, filhão.
Depois da nossa bagunça matinal, camz e eu tomamos o café que eu fiz, demos mais um pouco de atenção para o pequeno, e em seguida ela ficou me mostrando algumas coisas para o casamento.
Estávamos distraídas com tudo, quando o celular da mais nova tocou informando que havia uma nova mensagem.
Unknown number: Brunna, sou eu a Melissa. Podemos marcar para tomar um café, preciso conversar.
— É ela, o que eu digo, amor? - perguntou sem saber o que realmente responder
— Diz que vai, Bru, posso ir contigo se preferir.
— Tudo bem. ''Podemos nos encontrar na cafeteria **** no final do dia'' — Pronto enviei.
Trouxe camila para o meu colo, e ficamos observando Ravi brincar no tapete da sala, ele estava tão grandinho, já.
— Ei grudinho, vamos tomar um banho? - Brunna chamou e ele negou balançando a cabeça.
— Banho não. Mama.
— Você não quer sair com as suas mães?
— Lud, isso não é uma troca, ele deve tomar banho porque é o certo, meu bem. - Brunna me explicou e eu assenti.
— Certo. Bora lá, pingo de gente. - Levantei do sofá, e peguei o pequeno no colo. — Você gosta de tomar banho, por que isso agora, filhote.
— Eu vou pegando a roupa dele, tudo bem? - Bru perguntou e eu assenti.
Dei o banho no senhor porquinho, ele queria brincar, por isso fez um show no banho, com direito à choro e tudo mais.
Ao sair do banheiro, Brunna já tinha escolhido a roupinha que ele iria usar.
Então, apenas o vestir, e arrumei o cabelo dele.
— Pronto, ninguém morreu, viu. - Peguei ele no colo e saímos do quarto. — Amor, você já está pronta? - Perguntei à Brunna
— Sim, eu vou ficar com ele para você se arrumar, também. - Ela saiu do nosso quarto já pegando o pequeno — Temos uma gatão cheiroso. - Ela diz beijando a bochecha do garoto que estava ainda de cara fechada.
— Acho que nos enganamos em pensar que ele gostava de tomar banho. - Comentei indo para o quarto.
— Amor, não fala isso, tadinho.
Após o meu banho, me arrumei de forma casual e desci para a sala onde Bru estava com Ravi.
— Vamos Baby.
— Bora lá, vem príncipe. - Ela pegou o menino e saímos de casa.
— Trancou tudo, Lud?
— Sim, está tudo bem.
Entramos no carro e seguimos até a cafeteria, não demorou tanto tempo e Ludmilla estaciona o nosso carro.
— Lud.. eu acho melhor eu conversar a sós com ela, tudo bem pra você?
— Claro que sim, amor. Vou levar o Ravi para ficar no balanço.
— Ok, obrigada, agora deixa eu ir que ela já deve está aí. Te amo. - Demos um selinho e saímos do carro indo em direções diferentes.
Melissa POV
Depois do jantar que tive com a chef bonitona, trocamos mais um bocado de mensagens estávamos cada dia mais envolvidas. não sei, ela era uma mulher incrível, e talvez fosse demais para alguém como eu.
Foi trocando mensagens com ela, que eu lembrei do número de Brunna.. Então, tomei coragem, e mandei um sms pra ela, e não demorou para que eu obtivesse a resposta.
Seria hoje, eu precisava virar essa página para poder seguir em frente e paz.
Eu estava mudada, mas isso precisava ser mostrado com ações e não apenas abrindo a boca para falar.
No final do dia.
Eu já me encontrava na cafeteria onde marquei com Brunna. Tive que trazer a Manu comigo, não queria deixá-la com outra pessoa mais uma vez. E ainda bem que ela estava tranquila, dormindo um sono bastante profundo.
Ouvi a porta da cafeteira alertar que mais um cliente havia chegado, olhei para ver se era Brunna e realmente era ela. Acenei discretamente para que não perdesse tempo me procurando, o que funcionou e logo ela estava vindo em minha direção.
— Olá!
— Oi, obrigada por ter vindo, Brunna. - Falei e ela assentiu. — Podemos pedir um café?
— Claro, vamos pedir.
Fizemos os nossos pedidos, e logo eles vieram trazer.
— E então, por que me chamou?
— Gostaria muito, você sabe. E-eu quero pedir perdão por todas as coisas ruins que eu te falei, e fiz. - Parei um breve segundo para respirar e depois voltei a falar novamente, a outra mulher prestava bastante atenção em tudo que lhe era dito. — Eu estou tentando ser alguém melhor, Brunna, eu juro. Eu sei que é difícil você me perdoar agora, mas eu estou fazendo isso de coração.
— Eu perdôo você, Melissa. Não tem porque eu guardar rancor, ou qualquer outro sentimento negativo no meu coração, pois isso só irá fazer mal a mim mesmo. Você pode ficar tranquila. - Ela falou e segurou a minha mão sobre à mesa. — Querendo ou não, os nossos filhos são irmãos, e se quisermos que eles mantenham algum laço futuramente, isso deve começar por nós duas.
— Obrigada por ser tão compreensiva, Bru.
— Vamos virar essa página, ok?
— Tudo bem.
— Agora deixe-me ver essa pequena, céus o meu filhote é irmão mais velho.
— Onde ele está?
— Com a mãe dele, no playground, inclusive vou mandar mensagem para eles virem aqui.
Peguei manu ainda adormecida, e entreguei a pequena para que a outra mulher pudesse ver.
— Ela é linda.
— Para alguma coisa aquele traste tinha que servir né. porque convenhamos, tivemos filhos lindos.
— Isso é verdade. - Brunna concordou e acabamos gargalhando juntas.
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