Caio Wood POV

Eu sabia que a maneira como eu abandonei Brunna grávida de um filho meu não era correta. bom, não que existisse uma maneira certa de o fazer. mas sabe, eu era jovem e queria ser livre e viver novas experiências, e queria o mesmo para ela.

Mas ser pai naquela altura do campeonato não estava nos meus planos e eu pirei, até porque eu não me via mais naquele relacionamento. Outra coisa, quando os meus pais souberam do ocorrido, quase me mataram. eles gostavam muito da garota, e até queriam que eu voltasse lá e fizesse o que realmente seria o certo. mas claro que depois de tudo que eu falei obviamente que Brunna não aceitaria e também não era o que eu queria fazer.

Agora que eu pude ver que ela seguiu a vida dela e ainda por cima com outra mulher, eu não conseguiria aceitar que um filho meu fosse criado assim.

Mas isso eu resolveria depois, hoje teria um rolê e claro que eu não perderia por nada.

Brunna POV

Mais um dia de aula para a conta estava ficando cada vez mais difícil, eu estava cansando muito mais rápido que o habitual. estava sendo complicado, mas eu estava disposta a encarar cada dificuldade pelo meu filho.

Bom, agora estava Juliana, eu e Renatinho conversando enquanto os outros nossos amigos estavam em sala de aula. Foi quando o loiro chamou a nossa atenção.

— Então, eu ando conhecendo uma garota ai, e ela vai fazer um show intimista hoje a noite. Vocês topariam ir? - perguntou meio envergonhado

— Isso é sério? Você está conhecendo alguém, maninho? - perguntei tocando meu ombro junto ao dele.

— Sim, estou, ela é legal sabe? então seria maneiro se os meus amigos a conhecesse.

— Eu estou dentro, não perco esse rolê por nada. - comentou Juliana

— Ahn, eu não sei se seria uma boa. . - falei meio pensativa

— Qual é Bru, você está grávida e não morta. . e posso descolar um camarote para a sua segurança!! - falou o loiro

— Ok, eu vou ver se Ludmilla me acompanha nessa.

— É isso aí - comemorou ele beijando a minha bochecha. — Juliana, você pode chamar o restante do pessoal? - perguntou e a morena assentiu

Continuei na companhia dos meus amigos, até que eu precisei assistir as próximas aulas e na hora de ir embora acabou que eu não encontrei com nenhum deles.

Mamá passou na escola para me pegar já que ela saiu mais cedo do escritório. E agora estávamos aproveitando uma tarde de garotas indo almoçar no nosso restaurante favorito.

— E ai como está na escola, Hija? - perguntou enquanto comia

— Por enquanto está tudo normal, Mamá. E no escritório?

— Aquele lugar é uma loucura, sem contar a quantidade de papéis que analisamos durante o dia. - respondeu a mais velha

— Deve ser tenso. - ela assentiu — Mamá, colson me chamou, quer dizer, convidou todos os nossos amigos para ir a um show hoje a noite, é de garota que ele está conhecendo, o que você acha? - perguntei querendo saber a opinião dela

— Ué filha, seria bom para você se divertir um pouco, contando que fique longe do tumulto, não deve ter problema. - explicou

— É, a senhora tem razão - falei sorrindo para ela.

Terminamos o nosso almoço, e agora já estávamos em casa. Mamá aproveitou a tarde para descansar um pouco. eu tomei um banho e estava largada aqui em minha cama iria tentar falar com a Oliveira agora.

Ligação On

— Hey baby - falei animada

— Oi amor, tudo bem? - perguntou

— Tudo e com você? estou com saudades. - nós tínhamos nos visto na segunda pela manhã quando ela me deixou na escola e já era quinta-feira.

— Também estou com saudades, Bru - respondeu manhosa

— Bom, podemos resolver isso hoje. O que você acha?

— O que vai ter hoje?

— Sabe o Renatinho? então, ele conheceu uma garota e ela vai fazer um show hoje à noite nós poderíamos ir. - sugeri

— Se tiver uma área segura para que você fique confortável, nós vamos sim, amor.

— Vamos ficar em um camarote, ele vai providenciar. Então eu posso te esperar?

— Pode, mas só se você dormir na minha casa hoje.

— Bem espertinha você, Dra Oliveira.

— Também te amo, Sra Gonçalves-Oliveira.

— Gonçalves-Oliveira, hum? isso soa bem para mim.

— É bom saber disso. - falou

— Tá bom amor, estarei esperando você hoje à noite.

— Ok beijos.

Ligação Off

Encerrei a ligação, e já mandei uma mensagem para o loiro informando que estava tudo certo para eu ir.

— É meu filho, mais uma aventura para a sua agenda, primeira noitada com as mamães. - falei fazendo um carinho em minha barriga

Ludmilla POV

Mais um dia de trabalho concluído com sucesso.. estava chegando em casa agora, e daqui a pouco iria sair novamente para encontrar Bru. Mas antes eu precisava dar um pouco de atenção o Calleb que na verdade só dormia em minha cama, parecia que até tinha sonífero nesse colchão.

Bom, depois de ficar um pouco com ela, achei melhor, ir tomar um banho e me arrumar.

Já pronta, apenas fui ver se estava tudo bem com Calleb, aproveitei e espalhei alguns petiscos pelo apartamento caso ele resolva acordar, ao menos teria algo para se distrair.

Peguei as minhas coisas e seguir para a casa da minha garota.. e por sinal o trajeto até lá já era mais do que conhecido por mim.

Ao estacionar, vou direto para a porta, toco a campainha e logo alguém abre a porta .

— Olá Ludmilla, querida entre.

— Boa noite, Jorge

— Boa noite!!! veio buscar Brunna?

— Sim, vamos em um show em um clube.

— Certo - falou — Brunna, filha. Ludmilla está aqui. — Gritou chamando a mais nova. — Sabe Ludmilla, eu não estou muito seguro dessa saída de vocês, peço que cuide da minha filha, ok?

— Sim senhor, eu cuidarei dela. - respondi e logo ouço passos de alguém descendo as escadas.

— Boa noite, amor. - fala a mais nova vindo em minha direção

— Boa noite, vamos? - falei após dar um selinho na mesma

— Sim. Pai não se preocupe eu vou dormir na casa da Lud, tudo bem?

— Tudo bem, Bru, Te amo - Falou o meu sogro abraçando a filha.

— También te amo

— Certo vamos amor, já deve estar todo mundo nos esperando.

— É verdade, tchau Papá.

— Se divirtam - falou olhando fixamente para mim

Seguimos até o meu carro, abrir a porta para que camila entrasse e fui para o banco do motorista.

— baby. Coloca o endereço no GPS. - pedi enquanto saía com o carro do condomínio, ela atendeu o meu pedido e logo em seguida pousou a mão sobre a minha coxa

— Você está cansada? - perguntou enquanto me analisava

— Um pouco. Mas não faz mal sairmos, Bru.

— Tudo bem, de qualquer forma não vamos ficar até acabar. - assenti

Alguns minutos mais tarde, chegamos no local. saímos do carro e logo segurei na mão de Brunna entrelaçando os nossos dedos. Ao chegarmos na porta avisto o amigo de Brunna nos aguardando.

— Ainda bem que vocês chegaram. - falou sorrindo e abraçando Bru, ele parecia nervoso — E ai, Ludmilla tudo bom?

— Tudo sim, e contigo? - Perguntei

— Estou Ok!!! - respondeu — Vem, eu vou acompanhar vocês até o camarote.

Seguimos o loiro até o local, e por sinal já estavam todos os amigos da mais nova lá. Cumprimentamos todo mundo animadamente e logo um clima agradável se instalou entre nós.

Ficamos conversando trivialidades, até que uma moça bastante estilosa sube ao palco saldando todos os presentes naquela noite. Em seguida começa cantar a primeira música.

A garota tinha uma voz incrível, e as letras das músicas não eram diferentes.

Eu estava abraçada à Brunna, mais precisamente atrás dela e com uma de minhas mãos apoiada na barriga da mesma.

— Parece que alguém está curtindo o show, amor - falei perto do ouvido de Brunna

— É parece que sim, ele está bem agitado - respondeu ao virar para mim. acabei roubando um selinho dela que sorriu voltando a atenção para o show.

Estávamos mais da metade do show, quando Brunna falou que precisava ir ao banheiro.

— Eu vou com você, Bru.

— Não precisa, lud , eu volto logo, sim? - mesmo a contra gosto, eu aceitei e fiquei acompanhando a mesma se afastar de mim indo em direção aos banheiros.

E lá se passou 5, 10, 15, 20 minutos e nada de Brunna voltar, aquilo não estava normal, fui até Juliana e avisei que iria atrás de Brunna.

Brunna POV

Eu já estava voltando para o lugar onde eu havia deixado Ludmilla e meus amigos, quando sinto alguém me puxando e logo tapando a minha boca. Fiquei assustada de imediato.

Quando tive noção de quem realmente se tratava, o meu coração rapidamente acelerou.

— Surpresa Bru? - perguntou — Esperava que não iria me ver mais tão cedo não é? pois você estava errada.

— Me solta - falei assim que ele tirou aquela mão imunda de mim, Caio estava bastante bêbado, parecia transtornado

— Nada disso mocinha, eu quem dito o que vai acontecer aqui.

— Onde eu estava com a cabeça ao me envolver com um cara como você. Me solta ou eu vou gritar.

— Vai nada. . Olha, eu só quero que você faça uma coisa. Você vai deixar aquela garota, está me ouvindo?

— Você só pode estar louco, louco! Eu nunca que vou deixar a Ludmilla , só por um capricho seu.

— Ah vai sim, sabe por que? - falou segurando o meu pescoço — Porque senão eu mato você, e essa coisa que você está esperando. porque você sabe, seria fácil para mim, já que não me importo com ele.

O pânico já tomava conta do meu corpo, eu não podia me deixar levar. Era necessário pensar no meu filho nesse momento.

Eu pedia a Deus que Ludmilla viesse atrás de mim o mais rápido possível, e como se estivesse ouvindo os meus pensamentos, ela aparece.

— Solta ela seu doente! - gritou plenos pulmões ao mesmo tempo que puxou o homem pela blusa o jogando na parede. — Qual a porra do seu problema? - perguntou enquanto chutou os países baixos dele o fazendo cair no chão, logo desferindo 3 chutes no estômago do outro

Logo Juliana e Luiz Jorge vieram atrás de nós, corri para os braços da minha amiga enquanto Luiz Jorge tentava tirar Ludmilla de perto do Caio

— Chega Ludmilla!!! deixa esse cara. Brunna precisa de você. - falou chamando a atenção da minha namorada

Como um clique, ela ao ouvir o meu nome olha para a direção onde eu estava e vem até mim. Largo Juliana ainda chorando e abraço Ludmilla com todas as minhas forças.

— Shii meu amor, não chora, está tudo bem agora, Bru. - disse enquanto afagava as minhas costas — Vem, precisamos ir no hospital.

— Lud, eu quero ir pra casa. - falei baixinho

— Precisamos ver se está tudo bem com o Ravi e com você, amor. - falou segurando o meu rosto enxugando as minhas lágrimas

— Eu posso deixar vocês no hospital - Juliana se ofereceu e nós assentimos. — Luiz Jorge, avisa ao restante do pessoal o que aconteceu, não vai dar tempo ir lá, ok? - Luiz Jorge concorda, e em seguida estávamos saindo do local partindo para um hospital.

(. . .)