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Da paz ao caos

Brunna  POV

Ludmilla, o baby e eu estávamos saíndo de um dos restaurantes aqui de Orlando que havíamos ficado muito encantadas. Tínhamos jantado em família e gora estávamos voltando para o hotel. Voltaríamos para Miami nessa madrugada.

— Parece que alguém dormiu, Lud. - Vi o meu filho dormindo e comentei com a mais velha.

— Esse aí não aguenta ver um carro em movimento que já dorme. - A minha noiva comentou rindo.

Por falar no Ravi, nos últimos dias que passamos aqui ele começou dar os seus primeiros passinhos. A princípio ele tinha bastante medo, mas a minha noiva e eu o estimulavamos sempre, e por fim deu certo.

— Estou lembrando do dia no qual ele começou andar definitivamente.

— Nem fala amor, foi emocionante ver o sorrisinho de felicidade no rosto dele. Era como "vejam mamães, eu consegui."

— SIMM. Agora um certo pingo de gente deixará os abuelos de cabelos brancos. - eu não conseguia falar do meu pequeno sem ter um enorme sorriso bailando em meus lábios, ser mãe dele foi uma sorte enorme que eu tive na vida.

— Pode apostar que sim. - Ludmilla deu risada e estacionou o carro no estacionamento do hotel — Chegamos! pode deixar que eu pego ele, amor.

Desci do carro, Ludmilla foi até o banco de trás e pegando o nosso bebê adormecido.

Após travar o veículo, fomos para o elevador e fizemos todo o caminho até chegar ao nosso quarto.

— Eu vou terminar de arrumar as nossas malas, já tirou a roupa que você vai viajar? - perguntei enquanto fazia um coque em meus cabelos.

— Sim, está bem ali na cama.

— Tudo bem.

— Não seria melhor eu te ajudar, Bru? - Lud pergunta e eu aceito de bom grado. Com a ajuda dela, iríamos terminar tudo mais rápido.

E foi exatamente isso que aconteceu.

Quando terminamos de arrumar as malas, tomamos uma ducha juntas e decidimos nos arrumar e tirar um cochilo ali no sofá até dar a hora de irmos para o aeroporto.


Era por volta da 00:00 quando o alarme do celular começou tocar, acordei bastante desorientada, o desliguei e acordei Lud.

Recolhemos todas as nossas malas, e um bebê desmaiado, fizemos uma inspeção para ver se não estávamos esquecendo nada, e realmente não estávamos. Por fim deixamos o quarto e nos dirigimos até a recepção. Entregamos o cartão e efetuamos alguns pagamentos de gastos que tivemos por fora.

Após toda a burocracia, o nosso carro já estava estacionado esperando por nós. por fim, guardamos as malas, acomodamos o bebê, e seguimos para o aeroporto.

Assim que chegamos no aeroporto, Ludmilla fez o nosso check in, entregou o carro que alugamos quando chegamos aqui, e agora, estávamos aguardando o nosso vôo ser chamado. Nesse tempo, Ravi acabou acordando e claro, ficou agitado se jogando para ir ao chão.

— Agora eu sou um rapazinho, e quero explorar os locais, mama. - Lud fez a vozinha fofa, sorri e soltei o pequeno mas sempre ficando de olho nele. — Bem que o meu sogro falou que ele iria voltar andando.

— Ainda bem que a nossa casa é enorme, ele vai cansar por explorar aquele lugar.

— Verdade, lá tem muito espaço. - Lud concordou me abraçando enquanto observava Ravi.

— Filho, vem pra cá - o chamei e ele apenas olhou para mim e sorriu. — Olha isso, ainda é desobediente.

— Relaxa amor, estamos o vendo daqui não tem perigo, vai ser bom que ele dormirá durante o vôo.

— Eu não teria tanta certeza. - Falei sorrindo, esse pequeno garotinho está ligado no 220, a rotina que tínhamos com ele já era.

Enquanto Lud e eu víamos o nosso garotinho caminhar a pequenos passos pelo aeroporto, o nosso vôo finalmente foi anunciado.

— E agora? quem vai pegá-lo? - pergunto para Ludmilla.

— Tenho aqui um desafio, vou lá. - A Dra sai do meu lado, e caminha até o nosso filho.

Ei bebê, vamos embora? O avião já chegou. - Lud tenta negociar, mas ele nem entende nada, apenas quando a mãe o pega no colo, e ele abre o berreiro. — Eu sei meu amor, eu sei. Olha vamos para o avião, junto a mamãe Bru. - a mais velha aponta para mim com o intuito de fazer ele parar de chorar.

— Oh meu Deus, que dó do meu bebê. - falo quando eles já estão próximos de mim. Vejo a cara de desespero da minha noiva, e me ofereço para pegar o meu filho. — Está tudo bem, meu amor. Shiii

Consigo acalmar Ravi antes de entrarmos no avião, e por sinal fomos os últimos a embarcar. Dei graças à Deus, porque algumas pessoas não suportam ouvir um bebê chorando, e já se sentem incomodados, como se nós, os pais, tivéssemos culpa da criança chorar, E eu não queria ver olhares estranhos em direção ao meu filho.

Ludmilla achou as nossas poltronas e nos acomodamos, sentei e coloquei o pequeno em minhas pernas e rapidamente ele deitou a cabecinha nos meus seios de forma calma. Logo ele dormiria com certeza.

— Está confortável, amor? - Lud pergunta

— Sim, está tudo bem, não se preocupe, babe. - trocamos um selinho

Quando todos estavam acomodados, foi anunciado que iríamos decolar. Então, relaxei as costas em minha cadeira e fechei os olhos enquanto fazia carinho nos cabelos sedosos do meu filhote.

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Vôo tranquilo, Ravi dormiu praticamente todo o tempo, acordou apenas para mamar, agora era a hora que iríamos aterrizar. Home Sweet Home

— Juliana veio nos buscar, já está aí. - Lud comenta

— Sério? Amor, são 5H da manhã. Definitivamente é um milagre aquela criatura já estar fora da cama.

— Diz ela que está com saudades do Ravi. - Ludmilla falou dando risada.

— Meu bebê, você faz milagres. - comentei olhando o rostinho amassado do meu filho.

Deixamos o avião, e após muita enrolação, conseguimos pegar as nossas malas. Quando o portão de desembarque abriu foi impossível não ver Juliana, e Júlia. Minha amiga estava eufórica.

— Walz - ela grita vindo em minha direção — Meu Deus, que saudade de vocês. - nos abraçamos bem apertado, mas logo Ravi chama mais à atenção dela. — Oh meu Deus, bebê você está enorme. o leite da vaca da sua mãe até que é bom.

— JULIANA BRITO - Reclamo e dou uma tapa no braço dela. — Até que estava demorando. Ei Ju - Cumprimento a minha outra amiga, eu tinha tanta sorte em tê-las.

— Como foi a viagem? aproveitaram muito. - Júlia pergunta, com aquele sorriso de sempre no rosto.

— O que pudemos na verdade, Juliana tirou você cedo da cama, hein morena. - falei dando risada

As meninas também falaram com Lud, mas a atração mesmo era nosso filho. — Poderíamos ir tomar café, o que vocês acham? - Lud sugere enquanto empurrada o carrinho com nossas bagagens.

— Está muito cedo, onde iríamos comer? A não ser que você fosse preparar o nosso café, Dra. - Juliana comenta

— Claro que não, eu estou moída, criatura. Mas conheço um lugar incrível, e irei aproveitar para matar a saudade de duas pessoas.

— Giuseppe & Antonella. - Falei e ela assentiu

— Sendo assim, vamos embora. -Juliana se anima

— Lud dirige, e eu vou junto com ela, vocês vão atrás com o Ravi.

Falo e as meninas concordam, Juliana passa a chave para Ludmilla após ter guardado as nossas malas no carro.

Ludmilla dirigiu por alguns longos minutos, mas finalmente estávamos estacionando o carro diante o estabelecimento do velho casal.

— Bru, vamos fazer uma surpresa para eles? Eu desço e vou até lá primeiro, e depois você vem e trás o Ravi, para que eles possam o conhecer pode ser?- Lud sugeriu e eu achei uma ótima idéia

— Tudo bem, vai lá.

— Vocês podem vir comigo, casal20. - A minha noiva chama e as meninas vão com ela, e eu e Ravi ficamos no carro..

— Sobramos mi amor. - Comento e o pequeno bate palminhas sem entender bulhufas

Ludmilla POV

Sair do carro acompanhada das meninas, e logo adentramos o estabelecimento. Óbvio que não tinha ninguém porque era bem cedo, mas eu estava muito feliz por rever nonno e nonna outra vez.

Detalhe, fazia tempos que não voltava aqui, para ser mais específica, desde o meu primeiro encontro com Brunna.

— Olá, tem alguém por aqui? - Falei adentrando o local. — Giuseppe? Antonella. - Chamei outra vez.

E graças a Deus, Antonella me aparece como sempre muito bem humorada.

— Ludmilla, ragazza mia. - Fui de encontro a mais velha e lhe um abraço bem apertado.

— Nonna, eu estava morrendo de saudades.

— Eu também, menina é bom vê-la. Mas quem são essas lindas moças?

— São minhas amigas, Juliana e Júlia. - Apresentei as meninas para nonna e como todas as vezes que conhecia alguém novo, ela foi super carinhosa e gentil. — E onde está aquele velho rabugento? - Pergunto por Giuseppe e a mais velha riu.

— Deve está já voltando, pedi para ele comprar algumas coisas na mercearia. E onde está Brunna? não me diga que deixou aquela linda ragazza escapar, Ludmilla? - Ela diz puxando a minha orelha.

— Eu estou amando a senhora. - Juliana diz achando graça, a minha nonna puxando a minha orelha

— Me solta nonna, eu não deixei a Bru escapar, juro.

— E onde ela está? - Pergunta outra vez

— Lá no carro, temos uma surpresa para a senhora e para o nonno. Di, pode ir buscar?

— Claro, eu já volto.

Enquanto Dj foi buscar os meus dois amores, nonna nos levou até uma mesa, e óbvio trouxe um monte de comida gostosa. Acredite, essa mulher madruga para fazer todas essas delícias.

Uns minutos depois, Bru vem trazendo Ravi acompanhada de Juliana.

— Veja nonna, o seu neto. - Sim, Ravi poderia ser neto deles, já que eu os considerava da minha família. E como o casal mais velho não tivera filhos, eles me adotaram como se eu fosse uma.

— Mio dio, Ludmilla. - A mais velha se espantou com o tamanho do bebê — Parece que foi ontem que você nos apresentou Brunna. venha cá filha, dê-me um abraço. - Ela diz chamando Bru..

Brunna foi perto da senhora a abraçando, Ravi como sempre era "dado" para todo o mundo, rapidamente foi para os braços de Antonella sem ao menos pestanejar. Nós ficamos sentados à mesa tomando café e observando nonna e Ravi interagir, era uma cena linda de se ver.

Com um pouco mais de tempo, Giuseppe chega carregando algumas sacolas. Quando ele percebe a minha presença, foi aquela festa, mas quando viu o meu filhote foi pura alegria.

— Escutem vocês dois, Bru e eu vamos nos casar, ainda não marcamos a data, mas fazemos questão de vocês lá.

— La mia ragazza foi realmente fisgada pelo coração. Eu lhe entendo filha, Antonella fez o mesmo com esse pobre velho que voz fala. - Giu fala arracando risadas de todos nós.

— Você deveria me agradecer por aguentar você todos esses anos, seu velho. - Nonna solta. Esses dois viviam trocando farpas, mas o amor deles era grande para uma única vida.

Duas Semanas Depois

Já fazem duas semanas que havíamos chegado de Orlando. E hoje após o trabalho Ludmilla foi até a nossa casa para saber como anda a pequena obra que demos início por lá, graças aos céus estava andando bem. Depois disso, ela correu para a casa dos meus pais.

Jantamos todos juntos, meu país estavam felizes por ver o Ravi andando pela casa. Papa então, era o mais animado.

Quando terminamos o jantar, ajudei mama com a louça, enquanto Lud dava banho e preparava o pequeno para dormir.

— Então como anda a obra lá na sua casa? Mama pergunta ao me passar os últimos pratos para que eu pudesse secar..

— Lud disse que estava andando. Não vejo a hora de estar lá.

— Então está com pressa para abandonar os seus pais, Gonçalves? - A mais velha pergunta com um falso tom de tristeza

— Claro que não mama, não se trata disso. - Fui rápida em respondê-la, eu não queria que eles pensassem assim.

— Eu sei, meu amor. - A mais velha diz e deixa um beijo em meus cabelos. — Seu pai e eu ficamos assim quando conseguimos a nossa casa própria, não víamos a hora de mudar.

— Então, e eu sempre vou querer vocês dois por lá, poxa.

— E nós vamos estar.

Terminei de secar os pratos, e sair da cozinha junto a minha mãe. Meu pai pelo visto já estava deitado, mas decidi que passaria no quarto deles para dar um boa noite ao meu velho. Subimos as escadas, e logo estávamos no quarto deles.

— Ei, vim te dar boa noite. - Falei ao pular na cama deles e abraçar o meu pai.

— Brunna Gonçalves- Mama me repreendeu e eu me encolhi nos braços do mais velho, sempre fiz isso quando criança.

— Deixe ela, Mia.

— O tempo passa e as coisas não mudam. - Mama fala e nega ao balançar a cabeça indo até o banheiro.

— Vou para o meu quarto, tchau papa, boa noite.

— Boa noite, Bubu te amo.

— Te amo. Boa noite, dona Mia

— Bons sonhos, meu bebê mama te ama. - Ela grita do banheiro.

Pulei da cama e fui direto para o meu quarto. Vi que Lud acabou dormindo junto ao Filho, notei também que eles dormiam um de frente para o outro. suspirei e fui tomar um banho rápido.

Ao terminar todo o meu ritual pós banho, me dirigi até a minha cama para acordar Lauren.

— Lud.. amor, vamos colocar o Ravi no quarto dele. - Toquei o rosto dela

— Não Bru deixa ele aí, a cama é grande.

— Não podemos acostumar ele a dormir na nossa cama, bebê. - fui firme mesmo querendo o mesmo que ela.

— Tudo bem. - Contra gosto, a mais velha levanta e pega o menino, sigo com ela até o quartinho dele, Lud o coloca no berço com todo o cuidado do mundo, para que ele não acordasse.

Demos um beijinho de boa noite nele e voltamos para o quarto. — Pronto, vamos dormir agora.

(. . .)

Durante a madrugada, escutei alguns gritos de alguém chamando, seguido de algumas pancadas na porta. Decidi levantar antes que toda essa barulheira acordasse o meu filho.

Sai do quarto, as luzes do corredor ficavam sempre acessas. Óbvio que eu estava com um pouco de medo, afinal, morávamos em condomínio, e coisas como essa nunca poderia acontecer.

— Brunna, abre essa porta. Por favor.

Espera aí, eu conheço essa voz, mesmo estando um pouco arrastada.

Tomei o pouco de coragem que ainda tinha, desci até a sala e abrir a porta.

— Brunna, meu amor, eu vim tomar conta de você - Era Caio. E aparentemente muito bêbado, ele vem para cima de mim. — Cadê o nosso filho? eu quero vê-lo. - Ele pergunta segurando o meu rosto.

— Você só pode estar maluco, você não vai ver o MEU filho. - Disparei furiosa.

— Como é, sua vagabunda? Maluco eu vou ficar se você não me deixar vê-lo, e eu exijo, quero ver o meu filho. - Caio fala tudo enrolado, sai me arrastando até estarmos próximo ao sofá, onde ele me joga.

Ele estava transtornado, o seu hálito era puro álcool, ele mal conseguia dar passos em linha reta. Nunca que eu iria deixá-lo chegar próximo do meu menino.

Levantei e corri para alcançá-lo quando estava próximo do seu corpo, travei uma luta com ele e comecei gritar para que alguém viesse me ajudar.

— LUDMILLA; PAPA - gritei algumas vezes até ouvir o baque de alguma porta lá em cima - Me ajudem! - Caio a todo momento tentava me impedir de gritar, tapando a minha boca com uma de suas mãos. Ele poderia estar bêbado, mas a sua força ainda era de um homem.

Quando estava prestes a desistir de gritar, Ludmilla aparece completamente descabelada, e em seguida vem o meu pai.

— Solta ela, seu doente. - Ludmilla parte pra cima e consegue me livrar dos braços do homem.

— Faça alguma coisa pelo amor de Deus, Papa. - Ainda assustada consigo dizer algo.

Meu pai vai até Ludmilla e os dois juntos conseguem imobilizar Caio.

— Como caralhos ele conseguiu entrar nesse condomínio. - meu pai pergunta extremamente furioso.

— Eu não faço ideia, apenas ouvir batidas na porta, não poderia imaginar, e agora vamos ligar para a polícia?

— É claro, ele não poderia sonhar em se aproximar de você, imagine invadir a minha casa, por Deus, Bru. - Meu pai fala e eu assinto.

— Vou ver o Ravi.

Deixei Ludmilla e o meu pai cuidando de Caio, e subir até o quarto do meu filho. Mama estava com ele, e por sinal Ravi se encontrava bastante assustado.

— Oh minha filha, está tudo bem? - Mama pergunta e eu afirmo que sim — Fique com ele, eu vou descer e dar suporte para o seu pai

— Tudo bem, Obrigada mama.

— Ok. - Ela me deu um beijo na bochecha e sai.

Tomei o meu pequeno homenzinho em meus braços, e sentei na poltrona de amamentação que tinha no quarto dele, e o acolhi eu meus braços. Tadinho, estava dormindo e acordou com toda essa gritaria.

— Filho, quando eu descobrir que você viria, e aquele cara que está lá embaixo decidiu nos deixar, eu jurei para você ainda dentro da minha barriga, que sempre iria te proteger. E acredite meu amor, eu viro uma Leoa se possível for, para te livrar de qualquer coisa ruim nesse mundo. Mama te ama muito. - Brunna fala tentando acalmar não só o filho, como a aí mesmo.

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