☎️ - 08. LET'S KILL THE MOTHERFUCKER
CAPÍTULO REVISADO
CAPÍTULO OITO; vamos matar o filho da puta
POV'S AUTORA
Depois de se recuperarem do susto, Finney e Eleonor foram até o banheiro.
— Certo, como vamos fazer isso? — Ellie perguntou. O Blake franziu as sobrancelhas.
— "Como vamos fazer isso?" — Finney repetiu. — Você não vai fazer nada. Vai ficar sentada ali, quietinha esperando.
— Como é que é?
— Você me ouviu. — O Blake respondeu, o garoto não parecia estar brincando. Eleonor viu o mesmo ir até ela e colocar suas mãos em seus ombros, a guiando até a privada, o garoto a colocou sentada lá. Ellie fechou a cara. — Ellie, agradesço a Deus pela facada não ter sido profunda, mas ainda sim, é uma facada. Você não pode fazer esforço. E você não vai.
Droga, Ellie sabia que Finney estava certo. A garota ainda sentia o corte doer quando ela se mexia demais.
— Mas Finney, você não deveria fazer isso sozinho. — Eleonor tentou argumentar.
— Mas eu vou, Ellie. — O garoto se abaixou em sua frente e segurou as mãos da Addams. — Preciso que confie em mim e fique sentada aí.
— Tudo bem. — Eleonor concordou, Finney sorriu. — Como pretende quebrar a parede?
O garoto olhou para os lados, observando o local. Seus olhos pararam na tampa da descarga da privada.
— Tenho algo em mente. — Finney se levantou e foi até a tampa, a pegando. — Acho que isso deve servir.
Eleonor viu o Blake caminhar até a parede e começar a bater na mesma inúmeras vezes.
A Addams não soube quanto tempo estava ali, sentada observando Finney bater naquela parede. Mas aos poucos, viu o concreto ceder e sorriu quando pode notar o buraco que o Blake havia feito.
Eleonor se levantou quando pode ouvir Finney bater em algo metálico. A garota foi até ele rapidamente para o ajudar a quebrar aquilo de vez.
Os dois, juntos, foram tirando alguns pedaços de concreto que ainda restava e aos poucos, Finney e Ellie puderam ver algo metálico, como um painel.
— Parafusos. — O Blake foi o primeiro a notar, Ellie viu o mesmo mexer em seus bolsos e tirar de um deles sua lanterna em formato de foguete. Ele posicionou uma parte do foguete no parafuso e começou a tentar o desparafusar.
Sem sucesso.
— Merda. — O garoto xingou.
Pelo canto do olho, Eleonor viu Daisy no canto do banheiro. A garota a olhou, vendo sua irmã caminhar até a privada e apontar para onde a tampa da descarga estava.
— Daisy teve uma ideia. — Ellie disse.
— Aceitamos sugestões. — Finney respondeu. Eleonor caminhou até Daisy e viu a irmã apontar para dentro da descarga.
Ellie colocou sua mão dentro, e foi tirando de lá algumas coisas da descarga. Procurando alguma pecinha que tivesse um formato para desparafusar aquilo.
— Você é um gênio, Daisy Addams. — Eleonor sorriu ao tirar dali uma peça metálica arredondada, seria perfeito. A garota viu Daisy sorrir orgulhosa. — Finney, achamos! — Ellie sorriu levantando a peça.
— Obrigado, Daisy. — O garoto sorriu e Eleonor foi rapidamente até ele.
A garota posicionou a peça no parafuso e de pouco em pouco, conseguiu finalmente desparafusar. Eleonor sorriu animada e tirou o painel e a espécie de grade que havia ali.
Haviam finalmente conseguido.
O Blake ligou sua lanterna e iluminou ali dentro, achando carnes congeladas. O garoto tirou algumas dali, as jogando no chão e entrou.
Eleonor viu o garoto bater com o ombro na porta do congelador.
— Essa merda tá trancada. — Finney murmurou. — Você fica bem aí. — O garoto disse rapidamente quando Ellie ameaçou entrar no congelador.
Finney continuou se impulsionando contra a porta do congelador, tentando se manter positivo sobre aquela ideia.
— Finney, você tá se machucando, para. — Eleonor sussurrou, o garoto não a deu ouvidos. — Finney!
— Não! A gente tem que sair daqui! — O Blake respondeu, Ellie pode notar um certo tom de desespero em sua voz.
Depois de mais algumas tentativas falhas, o garoto parou.
A Addams mordeu o interior de sua bochecha quando viu Finney sair do congelador com lágrimas nos olhos.
O garoto se sentou no chão e se encostou na parede.
O primeiro soluço de Finney foi ouvido, o que fez Eleonor se abaixar diante dele.
— Não vamos sair daqui. — O Blake dizia em soluços. Ellie sentiu seus olhos marejarem. — Nós... Nós vamos morrer aqui, Ellie? — O garoto a olhou nos olhos, as lágrimas descendo por suas bochechas.
Eleonor não soube o que responder. Ela não sabia a resposta.
— Eu nunca mais vou ver a Gwen? — A garota puxou Finney para um abraço. — Eu não posso morrer, não posso deixar a Gwen sozinha. — Eleonor apertou mais o garoto no abraço, sentindo seus olhos arderem. Ela deixou que a primeira lágrima caísse de seus olhos. Finney escondeu seu rosto nos cabelos ruivos da garota e fechou os olhos, deixando os soluços escaparem.
Os dois haviam desistido. Era o fim. A vida deles acabaria em poucas horas, minutos, talvez segundos. Eles não sabiam quanto tempo tinham.
O som do telefone tocando obrigou Finney a tentar se acalmar, enquanto Ellie ainda chorava em silêncio.
A ficha havia caído. Ela morreria ali. Naquele lugar. No mesmo lugar onde sua irmã havia morrido.
E do mesmo jeito que aconteceu com sua irmã, ninguém nunca descobriria. Nunca achariam o culpado, eles não seriam os últimos. Eleonor acabaria sendo apenas mais um cartaz de uma criança desaparecida no mural da polícia.
— Nós temos que atender. — Eleonor sussurrou, sua voz ainda embargada.
— Por que? A ligação não vai mudar nada. — Finney respondeu. O garoto se sentia tão cansado. Cansado de lutar, cansado de tentar.
Ellie não soube o que responder. Ela queria poder dizer que aquilo não era verdade, mas já não conseguia acreditar nisso.
A garota se soltou do abraço e se levantou. Finney passou as costas de sua mão pelos olhos quando viu Eleonor estender sua mão para ele. O Blake aceitou a mão da Addams e se levantou.
— Nossa vez de atender. — Ellie sussurrou, tentando, de alguma maneira, dizer que Finney não estava sozinho.
— Nossa vez de atender. — Finney repetiu.
Os dois entrelaçaram suas mãos e sem pressa alguma, passaram pelo corredor e caminharam até o telefone.
Finney tirou o telefone do gancho e o colocou entre ele e Ellie, para que os dois pudessem ouvir claramente.
— O que é? — O Blake sussurrou, cansado.
— Oi Finn, oi Nor, o que tá acontecendo? — Eleonor sentiu um arrepio em sua nuca e arregalou os olhos. Finney apertou a mão de Ellie.
— Robin? — O Blake perguntou. Eleonor sentiu novamente o mesmo arrepio em sua nuca, como se seu instinto mandasse a garota olhar para trás.
— Oi maninhos, não chorem. — Ellie colocou sua mão na boca, sentindo a primeira lágrima cair. Finney negou rapidamente.
— Não tô chorando.
— Tá sim, eu tô vendo. — Robin respondeu. — Nor, por favor, não chore. — A garota tentou secar suas lágrimas, mas cada vez que fazia isso, parecia que elas apenas aumentavam.
— Tá nos vendo? — Finney sussurrou.
— Eu tô com vocês. Eu fiquei com vocês esse tempo todo. — Robin respondeu. Ellie lentamente se virou para trás. Eleonor pode ver a silhueta de Robin Arellano do outro lado da sala, a garota pode ver apenas seu triste sorriso para a Addams. — Oi Nor.
— Robin. — A Addams sentiu seus olhos marejarem novamente. — Você esteve conosco esse tempo todo?
— Não é certo deixar os amigos pra trás. — O Arellano respondeu, o garoto se aproximou um pouco mais, Ellie finalmente pode o ver. Robin possuía machucados por seus braços e pescoço, seus cabelos pareciam estar molhados e o garoto não usava sua tradicional bandana na cabeça. — O meu pai não deixou os amigos dele quando foi pro Vietnã, por isso ele não voltou. — Ouve uma pausa, como se o garoto relutasse em dizer o que deveria. — Eu também não vou voltar. Eu não vou deixar vocês pra trás.
— A gente vai se rever em breve. — Finney respondeu, Ellie concordou.
— Vamos ficar juntos. Como sempre foi, com sempre deveria ter sido. — Eleonor viu Robin negar rapidamente.
— Saiam dessa! Vocês não vão morrer que nem eu! — Robin retrucou.
— Nós já tentamos de tudo e nada funcionou. — Finney explicou.
— Ainda.
— Robin olha...
— Lembra do que eu te falei? — Robin perguntou.
— Que... — Finney se interrompeu e olhou para Eleonor. — Que eu tinha que chamar a Ellie pra ver o massacre da serra elétrica?
Ellie acabou soltando um riso em meio as lágrimas, aquilo não parecia real, naquele momento.
Sair em um encontro com Finney Blake. O garoto não sabia o quanto ela queria isso.
Mas já não acreditava que sairia viva para isso.
— Antes disso. — Robin respondeu.
— Que um dia eu teria que me defender. — Finney murmurou dando um passo para frente. Eleonor viu o Arellano concordar.
— Esse dia, é hoje, Finn. — Robin olhou para seu amigo. — Hoje é o dia que você para de abaixar a cabeça pros outros.
— Eu não sou forte que nem você, e nem você conseguiu. — Finney retrucou, a Addams o olhou confusa.
— Finney, é claro que você é forte. É uma das pessoas mais fortes que eu conheço. — A garota viu o Blake morder o lábio. — Quando foi que começou a dizer a si mesmo, que não era forte?
— É, você sempre foi forte, Finn. — Robin comentou enquanto Ellie concordava rapidamente. — É o que a gente tem em comum, por isso éramos amigos. — O Arellano não notou o quanto a palavra "éramos" em sua frase afetou a garota. — Você sempre teve medo de dar um soco mas sempre soube apanhar. E você sempre levantava. Todas. As vezes.
— Eu não sou forte. — Finney respondeu. Eleonor bateu em seu ombro. — Aí, Ellie!
— Para de falar que o não é forte! — A Addams retrucou. — Você aguentou tudo isso, chegou até aqui, e ainda tem coragem de dizer isso?
— Eu não ligo se não acredita que você é forte, Finn. Vai ter que ser. — Robin ficou ao lado de Ellie. — Vocês vão sair daqui, se não sair por vocês, saiam por mim.
— E por que isso importa?
— Porque eu não quero ter morrido pra nada! — O Arellano exclamou, Eleonor abaixou o olhar. — Pelo menos eu quero ter morrido pelos meus melhores amigos! E como eu não posso matar o hijo de puta, vocês tem que matar por mim!
Finney ficou um tempo em silêncio.
— Como?
— Você vai usar uma arma, Finn. — Robin respondeu, Ellie o olhou confusa.
— Que arma?
— Essa aí na sua mão.
— O telefone? — Finney respondeu franzindo as sobrancelhas.
— Enche com bastante terra, aperta bem, deixa pesado.
— E depois? — Ellie perguntou.
— Depois o Finn treina. — Robin respondeu andando para trás de Finney, enquanto o Blake andou para frente. — De novo, e de novo. Levanta o telefone, — Ellie viu o Arellano levantar a mão fechada. — dá um passo pra trás, passo pra frente, passo pra trás e bate. Tenta.
— Eu posso fazer, você já me ensinou isso. Eu posso matar o Sequestrador. — Ellie viu Robin negar.
— Você tá machucada, Nor. Finn fez um ótimo trabalho no curativo, mas a ferida tá aberta ainda. — Robin viu Eleonor cruzar os braços e morder o lábio de nervosismo. — Não posso por você para bater em alguém quando está muito machucada. — Eleonor abriu a boca para protestar. — E antes de dizer que conseguiria, eu sei disso. Mas não podemos por você nesse perigo. Não sabemos como ele vai estar armado, pode entender isso? — O Arellano viu Ellie descruzar os braços e concordar levemente.
— Certo, já que não tenho escolha. — A garota sussurrou e se sentou no colchão. Observando os dois.
— Finn, tenta.
— Espera, agora?
— Isso. Levanta o telefone, dá um passo pra trás, passo pra frente, passo pra trás e bate. — Robin instruía, enquanto Finney seguia seus movimentos. Ellie sorriu levemente, o Arellano estava ensinando o Blake. — De novo. Levanta o telefone, dá um passo pra trás, passo pra frente, passo pra trás e bate. — A Addams viu o Blake começar a pegar o jeito. — De novo. Levanta o telefone, dá um passo pra trás, passo pra frente, passo pra trás e bate. — Ellie sorriu levemente, ele havia pegado o jeito da coisa. Finney conseguiria sair dali. — De novo. Levanta o telefone, dá um passo pra trás, passo pra frente, passo pra trás e bate. — Robin parou, o que fez Finney parar também. — Você pegou. — Robin se afastou, indo para trás, até se encostar na parede. — Enche o telefone de terra que nem eu falei.
— Ainda vamos conseguir falar com você? — Finney perguntou, Ellie se levantou rapidamente do colchão.
Robin ficou em silêncio, do outro lado da linha.
— Robin...?
— Finn, posso falar com Nor, por um momento? — Robin perguntou, os olhos de Finn marejaram.
— Não vou mais poder falar com você, não é?
— Me desculpa maninho. É com você daqui pra frente. — Robin respondeu.
— Vou sentir sua falta. — Finney murmurou.
— Então vai me vingar. Foge daqui junto com a Nor.
— Eu vou. — O garoto respondeu, sua voz estava levemente embargada.
— Tchau, Finn.
— Tchau, Robin. — Finney olhou para Eleonor e estendeu o telefone.
A Addams engoliu seco e se aproximou, lentamente, a garota segurou o telefone.
— Ei, Nor. — Robin sorriu, a garota tentou sorrir para o garoto, com lágrimas nos olhos.
— Oi, Robin, o que houve? — Eleonor sussurrou no telefone. Com aquela frase, o garoto se sentiu como quando ele ligava para a mesma, perguntando se ela queria sair para dar uma volta. Se sentiu como nos velhos tempos.
— Preciso que faça algo por mim.
— Qualquer coisa, Robin. Você sabe. — Eleonor respondeu rapidamente, a garota passou sua mão por suas bochechas, tentando secá-las.
— Poderia avisar para a An que eu estou com ela? — Robin perguntou, a voz do garoto embargou levemente ao tocar no apelido carinhoso de sua irmã, Anitta. — E que está tudo bem. Que não tenho que perdoá-la por nada, porque ela não teve culpa de nada. Eu sempre estarei com ela, não importa o que aconteça, afinal, eu sou o irmãozinho pentelho dela, e nunca vou deixá-la sozinha. — Ellie respirou fundo, sentindo o soluço ameaçando sair por sua garganta.
— Eu direi isso a ela se eu sair daqui, prometo Robin.
— Você vai sair daqui. — Robin respondeu. — Nor?
— Sim?
— Eu quero que você saiba... Que eu não tô com medo. — O Arellano sussurrou, a garota o olhou, cansada de fingir que não estava chorando. — No momento em que você apareceu na minha vida, eu soube que faria qualquer coisa por você. Assim como você faria por mim, assim como você fez. Quero que saiba, que se eu pudesse fazer tudo de novo, eu faria, e eu não mudaria nada. — Nor viu uma lágrima escorrer pelo rosto pálido de seu melhor amigo. Robin tentou sorrir, tentando reconfortá-la. — Quando sair daqui, quero que se cuide, você merece ser feliz. — O garoto fez uma pausa. — Obrigado por ter sido minha melhor amiga. — Ellie não conseguiu segurar o soluço preso em sua garganta ao ouvir a voz de seu melhor amigo embargada. Robin chorava também, apenas tentava esconder.
— Eu não voi mais poder falar com você?
— Não, Nor. Desculpa, eu tô cansado demais. — O garoto sussurrou, voltando a se encostar na parede.
— Me desculpa, Robin. — Ellie sussurrou, sentindo seu coração doer.
— Nor, meu Deus, maninha não foi sua culpa. — Robin respondeu. — Você sabe que não foi, foi culpa daquele hijo de puta. Por favor, não se culpe nunca mais por isso. Você não teve culpa, o único culpado foi aquele desgraçado. Apenas ele.
— Eu não quero que você vá.
— Nor... Eu já fui. Me desculpa. — O Arellano viu Eleonor fechar os olhos. — Adeus, Nor.
Ellie demorou para responder, ela não queria aceitar aquilo. Não queria deixar Robin ir.
Mas ela tinha.
Seu melhor amigo estava cansado, ele precisava descansar.
— Adeus... Robin. Eu amo você.
— Eu também amo você, maninha. — O garoto respondeu. A Addams, ainda com os olhos fechados, colocou o telefone no gancho novamente, desligando o telefone.
Eleonor se virou para Finney.
— Ele se foi.
— Não vamos deixar ele ter ido em vão, Nor. Eu prometo. — Finney foi até ela e segurou sua mão.
— Vamos fazer isso pelo Robin, e pela Daisy. — Ellie sussurrou, o garoto concordou. — Vamos matar o filho da puta.
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ESTAMOS NOS CAPÍTULOS FINAIS VOU CHORAR
eu vou sentir tanta falta da ellie e do finney vocês não tem noção :((
o próximo capítulo provavelmente vai ser o penúltimo, ou o último, então se preparem !!
queria dizer que eu chorei escrevendo esse capítulo, chorei igual uma desgraçada espero que vocês tenham chorado lendo também, isso é sinal que eu fiz um bom trabalho !!
acho que é isso, espero que tenham gostado e me desculpem qualquer erro ortográfico.
não se esqueçam de votar no capítulo e se possível, deixar comentários !! como eu já disse, isso ajuda a fanfic a ser recomendada para outros leitores e isso me deixa muito feliz também.
é isso, até a próxima <3
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