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𝟴. the yearbook

𝗝𝗔𝗡𝗨𝗔𝗥𝗬 𝟭𝟵, 𝟮𝟬𝟮𝟰

























ᥫ᭡𝐋𝐈𝐋𝐈𝐓𝐇…

Meu primeiro reflexo é largar o livro, como se o peso dele estivesse queimando minha pele fria. Isso não faz sentido. Matt está parado ao meu lado, tão paralisado quanto eu, os olhos fixos nas datas impossíveis que dançam diante de nós.

— Isso... não pode ser real — digo, minha voz quase um sussurro, esperando que ao pronunciá-las, desfaçam a estranheza do que acabamos de descobrir.

Matt finalmente se move, um movimento brusco que quebra o silêncio como um vidro estilhaçando. Ele agarra o livro, virando as páginas com uma mistura de medo e determinação. Eu posso ver as mãos dele tremendo levemente, mas ele não hesita.

— Tem que ser uma piada — ele murmurou, mais para si mesmo do que para mim. — Alguém está brincando com a gente. Olha, não conhecemos nenhuma dessas pessoas. Podem ser nomes inventados. Datas inventadas.

Eu quero concordar. Quero desesperadamente acreditar que tudo isso não passa de uma pegadinha de mau gosto, talvez de algum bibliotecário entediado ou de um estudante de história – um dos únicos grupos que têm passe-livre para acessar esta seção – tentando nos pregar uma peça. Mas algo no fundo do meu estômago me diz que não é tão simples assim.

— Vamos continuar procurando — sugiro, tentando não deixar o medo tomar conta. — Se isso é uma piada, vai haver alguma pista... algum deslize.

A sala secreta, agora mais sombria do que nunca, parece se estender infinitamente enquanto passamos de livro em livro, os olhos varrendo títulos e datas, em busca de algo – qualquer coisa – que nos diga que estamos certos, que nada disso é real.

É então que Matt puxa outro livro, seus dedos ficando brancos ao apertá-lo. Quando ele abre a capa, rápido e atento como fez com os outros manuscritos, meus olhos se arregalam.

— É o anuário… de 2024. — A voz de Matt é tão baixa que quase consigo ver seus pulmões contraindo com o esforço de falar sem respirar. — Ainda não fizemos o anuário da formatura, Lilith.

— Nós estamos enxergando errado. Só pode ser isso. Vamos sair daqui!

Matt fecha o anuário com um estalo seco, e sua mandíbula se contrai. Ele me encara, os olhos faiscando de raiva e confusão.

— Lilith, o que você está fazendo? — A voz dele está embargada de desconfiança, como se ele estivesse tentando manter o controle, mas eu posso ver que ele está à beira de perder a paciência. — Isso tudo só pode ser uma brincadeira de mau gosto sua! Um livro com datas futuras? E agora um anuário da nossa formatura que ainda não aconteceu? Só você faria algo assim!

Dou um passo para trás, chocada com a acusação.

— O quê? Você realmente acha que eu planejei tudo isso? — Minha voz treme, não só de incredulidade, mas também de uma irritação crescente. — Como eu iria saber que íamos ficar presos aqui por causa da nevasca? Eu nem sabia que você estaria na biblioteca hoje, Matt! Isso é ridículo!

— É ridículo? — Ele rebate, sua voz subindo um tom. — E quanto a todos esses livros? Como eles apareceram aqui, hein? Como você explica isso, Lilith?

Sinto a raiva fervendo dentro de mim. Tudo já estava sombrio e opressivo o suficiente antes, mas agora parece que essas paredes de pedras estão prestes a se fechar ao nosso redor, como se a escuridão fosse nos sufocar.

— Eu não sei, Matt! — Grito de volta, meu coração batendo descompassado. — Mas culpar a mim não vai nos levar a lugar nenhum. Olha em volta! — Aponto para as prateleiras. — Eu estou tão perdida quanto você. Isso é muito maior do que qualquer um de nós. E, sinceramente, estou começando a ficar assustada.

Matt me olha fixamente por um longo momento, sua expressão endurecida. Depois, ele solta um suspiro pesado, esfregando o rosto com as mãos.

— Desculpa. — Ele murmura, quase para si mesmo. — Eu só… isso não faz sentido. Nada disso faz sentido.

— Eu sei. — Respondo, com todos os sentimentos à flor da pele. — Mas precisamos descobrir o que é isso antes que as coisas fiquem ainda mais estranhas.

Matt assente, mas quando seus olhos encontram os meus novamente, ainda há um vestígio de desconfiança.

— Tá bom, e o que a gente faz primeiro?

— Não abrimos o anuário ainda, só vimos a contracapa…

Passando a mão no cabelo, em um claro sinal de puro nervosismo, Matt concorda com a cabeça e pega o livro que deveríamos ter em mãos só depois da nossa formatura. Sinto um calafrio subir pela espinha quando ele começa a folhear as páginas e vemos os nomes dos formandos.

Hunter Hughes, capitão do time de hóquei.

Nick Sturniolo, presidente do clube de fotografia.

Logo embaixo da foto e da descrição, vem também a frase que eles escolheram colocar e é com mais um arrepio que notamos que está tudo real demais para ser apenas uma brincadeira.

Matt para de folhear o anuário quando chega ao nome de Nick. Ele fica imóvel, os olhos fixos na página, como se estivesse tentando processar o que está vendo.

— Nick... — Ele murmura, quase inaudível.

Antes que eu possa responder, o celular de Matt emite um som agudo, indicando que a bateria está acabando. A luz da lanterna começa a piscar, lançando sombras inquietas nas paredes ao nosso redor.

— Merda. — Matt sussurra, apertando o celular com força. — A bateria está quase no fim.

O pânico se infiltra em mim quando percebo o que isso significa. Estamos prestes a ficar no escuro nesse lugar que rapidamente se tornou sinistro.

— Precisamos sair daqui e carregar o celular. — Digo, tentando manter a voz firme. — Se esse anuário for real, precisamos tirar fotos. Precisamos de provas.

Matt respira fundo, ainda olhando fixamente para o nome de seu irmão no anuário, como se estivesse em um transe. Finalmente, ele balança a cabeça, como se estivesse se forçando a voltar à realidade.

— Certo. Vamos voltar para a parte de cima. — Ele responde, fechando o livro com cuidado, mas com uma tensão visível em seus movimentos.

Com o celular piscando a cada segundo, tornando a sala ainda mais sinistra, nós nos apressamos para sair. Ao passar pelas prateleiras e livros antigos, a realidade parece distorcida, como se estivéssemos presos em um pesadelo do qual não conseguimos acordar. A escuridão parece se fechar ao nosso redor, e cada passo que damos é acompanhado por um sentimento crescente de urgência.

Quando finalmente alcançamos a entrada da seção secreta e subimos as escadas, a sensação de estar sendo observados não nos abandona. E enquanto caminhamos de volta para a biblioteca, uma única pergunta está rondando em nossas mentes: no que foi que a gente se meteu?

Quando chegamos à parte de cima da biblioteca, corro até a gaveta onde encontramos as chaves da seção secreta e sem pensar duas vezes, jogo as chaves lá dentro e fecho a gaveta com um estrondo, desejando que nunca tivesse sido curiosa o suficiente para ir atrás disso.

— Pronto. — Murmuro para mim mesma, sentindo uma mistura de alívio e arrependimento. — Nunca mais volto lá.

Matt, ainda em silêncio, conecta o celular a um carregador que encontramos no balcão. No mesmo instante em que o aparelho começa a carregar, a biblioteca inteira mergulha na escuridão. Um apagão. O único som que preenche o espaço agora é o vento uivante lá fora, e o barulho nos diz que a nevasca só piorou.

Evito soltar um grito de pavor; se antes eu estava com medo, agora estou apavorada, quase que tremendo da cabeça aos pés.

— Não, não, não, não… — Mexo nos interruptores mais próximos como se só isso fosse resolver o problema.

— Isso só pode ser brincadeira… — Matt resmunga, frustrado, apertando o celular contra o peito. — Não podemos ficar aqui no escuro.

Quando meus dedos começam a dor pela força que estou aplicando nos interruptores, solto um suspiro e olho ao redor.

— Vamos para o andar de cima. — Sugiro. — Há uma claraboia, talvez possamos usar a luz que vem de fora para continuar a leitura.

Subimos as escadas que levam ao piso superior da biblioteca, e cada degrau que subimos parece aumentar o peso da tensão no ar. Quando finalmente chegamos, a claraboia está coberta por uma camada espessa de neve, mas ainda permite que uma leve luz pálida penetre no ambiente.

— Não é muita luz, mas deve ser o suficiente. — digo, parando onde a luz da claraboia se posiciona.

— Está tudo errado, Lilith. Tem algo de muito errado acontecendo. — O medo é perceptível na maneira em que Matt abaixa a cabeça, como se estivesse prestes a chorar.

Eu engulo o nó que se forma na minha própria garganta e no impulso, seguro a mão dele, fazendo-o olhar nos meus olhos.

— Nós vamos descobrir o que é, ok? Estamos juntos aqui, e nada vai acontecer se permanecermos assim.

— Ok — ele murmura, confirmando com a cabeça mais para si mesmo do que para mim.

Matt abre o anuário novamente, e ambos nos inclinamos para ver as páginas sob a luz tênue. Continuamos a leitura em silêncio, cada nome e foto aumentando o nó no meu estômago. Até que, finalmente, nossos olhos encontram o que temíamos.

Minha foto, meu nome, no que me destaquei na escola – e nesse caso, apenas por ter participado do clube do livro – e a frase: “é como dizem, nunca confie em um stranger danger.

Logo abaixo, vejo a foto de Matt, seu nome, camisa 44 do time de hóquei, e a frase: "Mister Whettam apresenta: seu criador."

— O que…? — Minha voz é apenas um sussurro enquanto encaro as palavras ao lado do meu nome. Meu coração dispara, e um calafrio percorre minha espinha.

— Eles sabem… — Matt sussurra, mais para si mesmo do que para mim. — Sabem que sou o crítico do jornal… Eu escolhi revelar…?

Antes que eu possa responder, sinto uma onda de exaustão me atingir, como se todo o peso do mundo estivesse caindo sobre mim de repente. Matt parece sentir o mesmo; seus olhos se fecham por um instante, e ele balança a cabeça, tentando se manter acordado.

— Matt… você… você está sentindo isso? — Pergunto, minha voz arrastada, como se eu estivesse lutando contra algo invisível.

— Lilith, precisamos… ficar acordados… — Ele responde, mas suas palavras já estão ficando confusas.

— Não podemos dormir… — Tento alcançá-lo, mas meus braços estão pesados, cada movimento exigindo um esforço sobre-humano.

A última coisa que vejo é Matt cambaleando ao meu lado, antes de minha visão se apagar completamente e ser envolvida por uma escuridão profunda e inescapável. Caímos no chão da biblioteca, lado a lado, dominados por um sono tão profundo que mais parece um desmaio.

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