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𝟭𝟯. choices I didn't make

𝗠𝗔𝗬 𝟭𝟵, 𝟮𝟬𝟯𝟰



















ᥫ᭡𝐋𝐈𝐋𝐈𝐓𝐇...

É estranho ver Matt assim. Enquanto ele sobe as escadas, seus ombros curvados e a respiração pesada enquanto lágrimas escorrem por suas bochechas, sinto uma onda de impotência me invadir. Ele é do tipo que encontra um jeito de fazer piada das situações mais absurdas, não alguém que se entrega às decepções da vida.

Meu coração aperta ao lembrar de tudo que Sadie acabou de contar. Chris, Angelina, Nate, Nick, Hunter, ela mesma... Pouco conheço essas pessoas e sinto uma culpa imensa por não lembrar de viver os momentos que ela relatou. A sensação de estar à deriva, sem saber o que esperar, é sufocante.

Matt desaparece no topo da escada, e eu fico ali, sem saber se devo segui-lo ou dar-lhe espaço. Talvez ele precise de um momento sozinho, mas cada instinto dentro de mim grita para ir atrás dele, para tentar fazer com que tudo isso faça sentido. Mas como? Como posso ajudar se nem eu entendo o que está acontecendo?

— É melhor eu falar com ele ou...? — Sadie já está se levantando.

— Acho que a gente só precisa dar um minuto para ele. É muita coisa para assimilar. Mas, obrigada por tudo o que nos contou, de verdade. — Hesito por um momento quando algo me vem à mente. Há mais uma coisa que preciso saber desse futuro e diferente de Matt, espero não tomar um baque, então me preparo para a resposta antes mesmo de fazer a pergunta. — Sadie, preciso te fazer mais uma pergunta. Minha avó, Marjorie... Ela está viva?

Não consigo ler as entrelinhas na expressão que ela tem no rosto, o nervosismo consome toda a minha estabilidade mental. Mas, ela abre um sorrisinho de lado, e eu me agarro à esperança de que a resposta não pode ser negativa depois disso.

— Ela está, sim. Ainda no Sweet Magnolias e, pelo que você mesma me disse, está tomando as vacinas desenvolvidas pelo MIT para a cura do Alzheimer.

— Você está falando sério!? Eles encontraram uma cura?

Dou um passo em sua direção com meus olhos marejados, é como se eu precisasse olhá-la nos olhos para ter certeza que está falando a verdade.

— Bem, está na fase de testes. Ainda não há casos de cura completa, mas eles estão certos de que anula o processo de perda total da memória para os pacientes diagnosticados bem no início.

— Mas... minha avó já estava em estado avançado.

— O que quer dizer que ela continua tendo dias melhores e dias não tão bons... — Sadie me olha como se estivesse pronta para me dar um tapinha no ombro em consolo. — No caso dela, é manter do jeito que está, evitando que ela entre em estado vegetativo.

— Ela ainda recebe visitas? Eu vou lá sempre?

— Você está lá praticamente todos os dias. Sua mãe e Aspen também fazem visitas bem regulares. Até Matt leva flores para Marjorie e a convence de que são de um admirador secreto... É fofo, mas não sei se é muito certo da parte dele enganar uma senhora com perda de memória.

Começo a rir com Sadie. Rio de alívio por saber que vovó está bem na medida do possível. E, internamente, rio porquê imagino Matt chegando com flores para ela e agindo como se fossem de um admirador secreto.

Ele realmente parece ser um cara incrível. E de repente, não é tão sem explicação o porquê estou noiva dele. Bem, isso se não contar o fato de estarmos em crise no relacionamento.

Meu estômago ronca alto, interrompendo qualquer tentativa de processar os pensamentos que eu estava tentando organizar. Sadie solta mais uma risada ao ouvir o barulho emitido pela minha fome.

— Eu até te chamaria para tomar café no nosso lugar de sempre, mas considerando que você nem se lembra que temos um lugar de sempre... — Ela deixa a frase inacabada, um sorriso amarelo surgindo para encerrar a fala. — E você não está bem atrasada para suas aulas?

Eu congelo. Aulas? Meu Deus, eu realmente dou aula? Meu cérebro entra em combustão – já perdi a conta de quantas vezes só hoje – tentando assimilar essa ideia. O que eu vou ensinar?

Eu não sou professora de verdade!

— Não posso, Sadie. Não faço a menor ideia do que leciono para essas crianças. E não vou me arriscar na frente de uma sala cheia de adolescentes assustadores e passar vergonha... Além do mais, tenho que preservar a reputação dessa versão adulta de mim, porque com certeza ela é brilhante no que faz.

— Bem, você acabou de falar exatamente como a sua versão adulta. — Sadie solta uma risada. — Mas, se serve de consolo, acho que faltam apenas algumas semanas para o início das férias de verão. Quem sabe eles não se dão férias mais cedo?

Enquanto Sadie sorri, uma pontada de culpa atravessa meu peito. Ela está aqui, tentando manter uma conversa normal, mas é impossível ignorar o desconforto nos seus olhos, como se estivesse lidando com uma melhor amiga que de repente virou uma estranha. É devastador pensar que, para ela, somos próximas, confidentes... e agora, eu não consigo nem lembrar de momentos que, provavelmente, são preciosos para nós duas. A sensação de deslocamento é palpável, e sinto como se estivesse falhando em um papel que nem sabia que existia.

— Sadie... — começo, a voz baixa, tentando encontrar as palavras certas. — Eu realmente sinto muito por tudo isso. Eu sei que devo parecer uma versão muito diferente da Lilith que você conhece, e isso deve ser horrível. Mas quero que saiba que, mesmo não lembrando de tudo, o pouco que conheço de você aos 17 anos, já me faz gostar muito de você. Acho que seria impossível não gostar.

Sadie me olha com um misto de tristeza e compreensão, e seu sorriso se suaviza um pouco, como se minhas palavras tivessem, pelo menos, aliviado um pouco o peso dessa nossa nova dinâmica.

— Não se preocupe com isso, Lily. Nós seríamos amigas em todos os deslocamentos temporais existentes, você logo verá isso. — Ela dá uma piscadinha confiante e eu sinto vontade de abraçá-la. — Eu vou indo, mas qualquer coisa você sabe como me encontrar.

Há algo muito pessoal em ouvi-la me chamar de Lily. Nunca tive muitos amigos, o que, consequentemente, não me deu uma longa lista de apelidos. Esse, em particular, é como minha família me chama, e apesar de ser apenas uma abreviação óbvia do meu nome, eu não gosto quando pessoas de fora me chamam assim. Até ouvir de Sadie.

❄︎ ❄︎ ❄︎

A verdade é que a versão adulta de mim não parece ser tão responsável quanto eu imaginava. Quando abri a geladeira, a única coisa que encontrei foi uma lata de chantilly pela metade, um pedaço de queijo mordido, um pote de picles em conserva e uma quantidade variada de bebidas: latas de refrigerante, sucos, energéticos e dois pacotes de garrafas d'água completamente intocadas. Eu nem sabia por onde começar a questionar as escolhas alimentares dessa minha 'eu' do futuro.

Estou agarrada ao pote de picles enquanto investigo tudo o que tem no meu próprio celular. A última foto que consigo encontrar na galeria é datada em 2032, e parece ser da festa de aniversário da Mary Lou... agora, minha sogra. Continuo perdida nas minhas redes sociais, notando que a maioria dos perfis são privados, mas um deles, o que tem mais seguidores, está por volta dos 20 mil.

O número é surpreendente até eu entrar no perfil de Matt e me deparar com 400 mil seguidores – mas, é o emoji de anel ao lado do meu user na biografia que me embrulha o estômago.

É nesse momento que o software da casa interrompe meus devaneios, anunciando que tenho doze chamadas perdidas do "diretor Hobbes". Eu quase derrubo o pote nesse sofá novinho e branco ao ouvir o nome – Hobbes, o professor de biologia?

Sem perder tempo, retorno a ligação, tentando desesperadamente pensar em uma desculpa plausível.

— Diretor Hobbes? — minha voz sai um pouco hesitante, mas logo me recomponho. — Aqui é Lilith. Me desculpe pela falta hoje... eu peguei uma virose muito contagiosa, e os remédios me derrubaram tanto que acabei me esquecendo de ligar para avisar.

Finjo uma tosse por cima da resposta dele, e é quase como se ele não tivesse o que dizer. Espero que eu seja uma professora tão exemplar que o diretor não tenha mesmo do que reclamar quando falto por doença. Felizmente é o que parece quando ele se despede me desejando melhoras e pedindo para justificar na secretária assim que possível.

Ótimo, agora vou precisar de um atestado falso também.

Um barulho vindo do andar de cima chama minha atenção. Eu me sobressalto, o pote de picles quase escorregando das minhas mãos pela segunda vez. O som é abafado, mas suficiente para me lembrar de que Matt está lá em cima, sozinho. É a minha deixa para ver como ele está depois das notícias que recebeu.

Deixo o pote na bancada da cozinha e subo as escadas, seguindo o som que agora reconheço como algo sendo revirado, jogado no chão. Quando chego ao escritório aberto, vejo Matt de costas para mim, vasculhando as prateleiras de livros, abrindo e fechando gavetas com uma urgência desesperadora.

— O que você está fazendo? — pergunto, entrando na sala.

Ele não se vira, mas o vejo tensionar os ombros.

— Procurando algo — responde, a voz carregada de frustração.

— O quê, exatamente? — insisto, cruzando os braços enquanto me aproximo.

— Qualquer coisa que me explique o que está acontecendo! — Ele finalmente se vira, o olhar perdido e furioso. — Nada disso faz sentido, Lilith! É como se a minha vida tivesse sido arrancada de mim e substituída por outra! Não posso continuar aqui.

— Matt... — começo a falar, tentando manter a calma enquanto ele respira pesado.

— O que você quer que eu faça? Fique sentado, esperando que as respostas caiam no meu colo? — Ele passa a mão pelos cabelos, exasperado. — Porque, sinceramente, tudo começou naquela maldita biblioteca! Com aquela seção secreta idiota e a porra de uma coleção de livros que não deveriam existir.

— Eu sei que é difícil assimilar tudo isso — digo, sendo firme enquanto ele arremessa mais um livro no chão. — Mas não é você, Matt. Você não é o único passando por isso.

— Eu não estaria passando por isso se você não tivesse ido revirar coisas que não são da sua conta!

— Oh, meu Deus. Você está se escutando? Em momento nenhum eu te obriguei a descer naquela sala comigo.

— Não... Não, você não me obrigou, Lilith. Só me provocou até que eu estivesse te ajudando a abrir a porta daquela merda!

— Nós não estamos na porra do Mundo Invertido, sabia? Isso aqui é o futuro, — Com a paciência se esvaindo do corpo, gesticulo com as mãos no ar e em seguida, faço menção a nós dois. — E essas, são as consequências das suas escolhas. Já parou para pensar nisso?

Ele me olha, os olhos ainda carregados de dor e fúria, mas não fico com pena.

— Escolhas que eu não fiz — ele murmura por entre os dentes.

— Todos os passos que nós demos, mesmo até quando nos lembramos, nos trouxeram até aqui, Matt. Eu sei que é frustrante, mas é melhor pararmos para pensar do que jogar farpas um no outro. Só temos a nós mesmo, e você sabe disso. — Respiro fundo e balanço a cabeça, sentindo uma dor latejante atrás dos olhos. — Deus, parece que estamos discutindo a mesma coisa pela quarta vez.

Ele suspira, os ombros relaxando um pouco, como se finalmente permitisse a si mesmo parar de lutar contra o inevitável. Observo melhor como seus olhos estão vermelhos, a camisa amarrotada e o cabelo espetado em todas as direções. Ele está uma bagunça.

— Eu... Sinto muito — Matt diz, baixinho. — Eu só não sei como existir em um mundo onde não falo com um dos meus irmãos. Você entende o que é isso?

— Sendo sincera, acho que não entendo — digo, abaixando para pegar um livro aberto próximo aos meus pés. Passo-o para Matt e ele enfia de volta na prateleira. — Mas, apesar de Aspen falar comigo, ela parece me odiar.

— É por isso que temos que voltar para casa, Lilith.

Eu balanço a cabeça, uma confusão de concordar com o que ele disse, mas também sentir que tem algo que estamos deixando passar.

— Deveríamos tentar voltar aonde tudo aconteceu. Na biblioteca. — Quebra o silêncio, ainda com o olhar fixo na estante de livros. — Refazer nossos passos, encontrar o anuário...

Ele pondera a ideia por um momento, mordendo o lábio inferior.

— É uma boa ideia. — concorda ele.

— Só que vai ser complicado acessar a seção secreta. Eu não sou mais funcionária de lá, e aquela parte da biblioteca é muito bem guardada.

Matt me olha, uma sobrancelha arqueada.

— Você é professora agora, Lilith. Professores também têm acesso a áreas restritas, especialmente se precisar de algum material para as aulas.

Ele tem razão, é claro, mas a menção à minha nova profissão ainda me faz suar frio.

— Bom... Se eu sou professora, isso significa que você ainda joga hóquei.

Ele estreita os olhos, tentando entender onde quero chegar.

— E se o meu acesso à biblioteca está vinculado ao meu trabalho, o seu ao estádio também está... Você tem um tal jogo amanhã, certo?

Matt confirma com um leve aceno, mas a seriedade da questão lhe atinge e seus olhos se arregalam.

Cacete, eu vou ter que quebrar uma perna — ele murmura, já olhando em volta como se considerasse suas opções de onde se jogar.

— Que? Você está maluco? Sei que somos ricos, mas sou muito mão de vaca para gastar milhões em hospital.

— Nós provavelmente temos plano de saúde, você não acha?

Dou um passo para mais perto dele, minha voz soando ameaçadora:

— Não. Você não vai quebrar a perna. Ou será inútil no nosso plano.

— Temos um plano?

— Desde que você jogou na minha cara que eu devo ter acesso à toda biblioteca... Esse é o nosso plano.

Ele dá de ombros, como se não aceitasse concordar comigo. Reviro os olhos.

Às vezes é difícil dar uma colher de chá para Matt.

— Você acha que pode dar uma desculpa convincente? — ele pergunta.

Eu?

Matt esboça um pequeno sorriso, um brilho malicioso surgindo em seus olhos.

— É. Você mente super bem, pelo que já vi.

— Mas esse é um problema seu, que você deve resolver! — Não me dou ao trabalho de negar sobre ser boa com mentiras.

— Eu nem sei para quem ligar!

— Liga para o seu empresário, ou sei lá.

— Por favor, Lilith? — Ele junta as mãos em prece e posso vislumbrar o momento que ele quase se joga aos meus pés. — Por favor.

— Frouxo — murmuro, pegando o celular dele que está na mesa do escritório revirado. — Tá, tudo bem. Mas, você vai arrumar toda essa biblioteca e fazer compras, porque nessa casa não tem nada e nós vamos receber uma criança daqui há pouco.

— Aspen tem 13 anos.

— Não vamos falar sobre isso.

Volto a atenção para o celular de Matt e deslizo para desbloquear a tela. É quase como mexer no meu próprio, mas com a diferença de organização dos aplicativos. Rapidamente encontro o contato do empresário dele, que aparece salvo como "Scott, o agente" ao lado do emoji de um agente secreto. Bem bobo, bem a cara de Matt.

Após alguns toques, a voz do empresário atende, carregada com aquela mistura de cordialidade e impaciência típica de quem não tem tempo para trivialidades.

— Olá, Scott! Aqui é a Lilith... noiva do Matt. Como você está?

— Oi, Lilith. Estou bem, obrigado. E vocês? — Scott parece desconfiado, como se já soubesse que algo estava errado. Ele provavelmente nunca recebeu uma ligação minha.

— Ah, nós estamos... bem, na medida do possível. — Tento introduzir um pouco de hesitação na minha voz, algo que o deixe em alerta. — O Matt, coitado, pegou uma virose bem forte. Ele está derrubado.

— Uma virose? — Scott repete, como se estivesse processando a informação.

— Sim, ele mal consegue sair da cama, e os remédios estão o deixando muito grogue. Eu realmente acho que ele não vai conseguir jogar amanhã. Não queremos que ele acabe desmaiando no gelo, né? — A risada que solto é nervosamente falsa, mas convincente.

Scott fica em silêncio por um momento, provavelmente calculando o que isso significa para o time e para os planos que tinham para a escalação de Matt no jogo.

— Tudo bem, isso é péssimo... Vou comunicar ao time. Mas certifique-se de que ele realmente descanse e se recupere, certo? Precisamos dele 100% para o próximo jogo. — A resposta dele é profissional, mas posso sentir a impaciência na voz. Scott deve estar fazendo o maior esforço para não ser rude, e não sei se gosto disso. Como é que ele trata Matt normalmente então? — Ele só precisa enviar um atestado médico para o departamento médico.

— Obrigada, Scott. Vou garantir que ele descanse bastante para estar em forma o mais rápido possível. — Minha voz se suaviza, como se estivesse genuinamente preocupada, o que, na verdade, eu estou. Só não pela virose de mentira.

Desligo o telefone e solto um suspiro longo. Matt está me observando, ansioso para saber o resultado.

— E então? — ele pergunta.

— Resolvido. Você está oficialmente "doente" e fora do jogo de amanhã — respondo, entregando o celular de volta a ele.

— Você é incrível, sabia? — Ele sorri, mas antes que eu possa responder, ele olha ao redor do escritório bagunçado por ele mesmo. — E... sobre arrumar essa bagunça e fazer compras...

— O quê? — digo, levantando uma sobrancelha de forma ameaçadora. — Você tem que cumprir sua parte do acordo.

— Tá, tá — ele resmunga, jogando as mãos para o alto em rendição. — Mas você cozinha ou Aspen vai ter que lidar com a minha culinária, e tudo o que sei fazer é macarrão com queijo.

— Meu Deus, eu nem sei mais o que ela gosta de comer no jantar.

Isso me afeta mais do que quero admitir.

— Certo, então deixa isso comigo também — ele diz, confiante.

E eu decido confiar.

Balanço a cabeça e dou as costas para descer de volta para a cozinha. Quando estou nos primeiros degraus, ouço a voz dele atrás de mim:

— Lilith?

— Sim? — paro e olho por cima do ombro.

— Obrigado.

— Não foi nada, frouxo

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