Capítulo 2 - My angel
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- O que você quis dizer com isso? - Felix dava passos para trás enquanto encarava o homem a sua frente
- Onde você está indo? Já te disse que hoje você está a salvo comigo. - O homem tinha um sorriso no rosto demonstrando que aquela reação não era nenhuma novidade - Vamos lá, Felix, não tenha medo de mim.
- Como não temer a um claro psicopata?
- Jura? - O homem riu enquanto tirava uma mecha de seu cabelo do rosto suavemente - Eu não sou um psicopata. Veja bem, eu poderia estar gentilmente experimentando o seu gosto enquanto olho para esse rostinho angelical - O homem passava a mão pelo rosto de Felix que nem soube assimilar como ele teria se aproximado tão rapidamente - E vou lhe dizer, odeio pessoas angelicais assim como você, idiotas que deixam que idiotas piores ainda pisem em neles. Por acaso não pensa em vingança? Por que seria tão ruim se livrar de uma amiga falsa e um namorado traidor de uma vez só sem precisar sujar suas belas mãos angelicais?
- Eu não faria isso... - O homem olhou em seus olhos um pouco surpreso.
- Não faria isso? Por que sinto que está mentindo? Na verdade, você faria sim... E com todo prazer não é? Você é interessantemente perverso, carinha de anjo - A risada alta fazia Felix olhar o homem de outra forma.
Antes sombrio agora ele demonstrava um olhar diferente, como surpresa, diversão, uma certa felicidade ao encarar Felix claramente quieto em vez de tremer e pedir para ser salvo.
- Você não me conhece, não haja como se conhecesse. Eu falei que não faria isso, porque não faria.
- Mas deixaria outra pessoa fazer? - O homem perguntava com um sorriso que Felix estava começando a constatar como irritante.
- Não, não faria. Agora se não for me matar, será que posso ir para casa?
- Bom, se não posso matar os traidores, o que irei comer Felix?
- Qual o seu nome? - O garoto perguntava sem nenhum resquício de medo
- Para que quer saber?
- Você não me parece um ser humano normal, saber o nome de algo maligno te dá mais poder sobre ele.
- E o que te faz achar que teria qualquer poder sobre mim? Você chega a ser intrigante Felix, sabe que não sou um humano, sabe que eu falo sério sobre matar, mente dizendo que não deseja a morte daqueles dois, o que será que você esconde debaixo dessa roupinha de prostituta de Halloween?
- Eu sou uma pessoa normal que não está de bom humor para fingir ser o que eu não sou diante de um assassino que não vai nem mesmo fazer o favor de me matar.
- E quem te disse que não vou?
- Se fosse já teria matado.
- Ok, você tem um ponto. Você é divertido Felix, nada chato, parece ter vários segredos, engana tudo e todos, você é totalmente uma caixinha de surpresas.
- Se você acha...
Felix realmente não temia o homem, para falar a verdade ele não temia a morte. Para Felix existiam coisas bem piores que a morte.
- Hyunjin, Hwang Hyunjin. - Felix olhava para seu rosto buscando alguma risada que indicasse que ele estava brincando - É o meu nome.
- Por que está me dizendo ele? Vai finalmente me matar?
- Não, sinto que vou me divertir muito ainda com você. Te vejo por aí Felix.
Hyunjin sumiu rapidamente sem deixar vestígios. Felix estava quase bufando, pior que um ser humano com aparência demoníaca e sensual, diga se de passagem, de repente aparecer na sua vida ele ainda tinha outra preocupação maior. Eram duas da manhã e ele ia ter que explicar para o namorado traidor o porquê tinha sumido da festa.
Sim, ele fingiria não ter visto traição alguma. Chateado e cheio de pensamentos intrusivos querendo sair, só pela aquela noite Felix não queria explicar nada para ninguém. Estava farto, cansado. O garoto andava em direção a sua casa deixando completamente a ideia de voltar para a festa de lado, ele arrumaria outra desculpa no dia seguinte, mas naquele momento ele precisava lidar com seus verdadeiros sentimentos que estavam querendo assumir controle.
Em vez de ir para a casa ameaçar ser escutado pelos pais adotivos, Felix foi para o único lugar que ele sabia que estaria sozinho, pelo menos longe de alguém que poderia fazer algo no mundo dos vivos.
Dentro do cemitério, Felix sentou em baixo de uma árvore no meio de tantos túmulos na luz baixa da noite.
Sua mente totalmente conturbada tomava conta de seu ser o fazendo esconder sua cabeça no meio de suas pernas dobradas tentando não deixar tais pensamentos lhe consumirem.
Depois de uma luta intensa consigo mesmo, Felix respirava mantendo a calma. Um sorriso em seu rosto foi colocado novamente como sua máscara diária, o garoto se levantou e foi finalmente para casa.
Após um bom banho ele deitava em sua cama e ignorava somente por aquela noite as mensagens de suas "amigas" e a de seu namorado. Somente por aquela noite.
Hyunjin agora observava Felix dormindo, ele dormia mesmo com o caos que parecia estar a sua vida. Sim, Hyunjin seguiu Felix até o cemitério, ele estava cada vez mais fascinado pelo garoto. Felix realmente parecia um anjo, um anjo que escondia sua maldade dentro de si da forma mais sufocante possível. Por que ele tinha que fingir ser tão bom o tempo todo?
Após conhecer o garoto, Hyunjin começou a observá-lo de longe. Não demorou muito para que ele descobrisse que o pai de seu namorado era investidor dos negócios de sua mãe. Felix agia com extrema bondade com tudo e com todos, amável, doce. Hyunjin pelo visto era o único que sabia que ele realmente não era o que lutava constantemente para ser.
Felix deitava mais uma noite para dormir enquanto pensava em Hyunjin.
- Hyunjin, Hwang Hyunjin... Deve ter sido apenas um surto da minha cabeça. Sinceramente eu devo estar ficando maluco. - O garoto fechava os olhos tentando espantar qualquer pensamento e esperava o sono vir.
- Eu não sou um surto, eu existo. - Felix abriu os olhos e viu o homem de cabelos escuros sorrindo para ele sentado em sua janela - Olá Felix, my angel.
- Como descobriu onde eu moro?
- Tem um cara na sua janela, dentro do seu quarto, que já falou sobre matar, que você sabe não ser um humano qualquer e a sua pergunta é como descobri onde você mora? - Hyunjin sorriu - Intrigante. Eu te segui aquele dia.
- Por que me seguiu? O que você quer de mim afinal?
- Te mostrar a verdade.
- Que verdade?
- Que você não precisa ser bonzinho o tempo todo, ninguém merece ter somente a bondade de ninguém. Ache pelo menos um equilíbrio, te ver tentando ser perfeito o tempo todo chega a ser sufocante.
- Eu não sou perfeito, você viu, estou longe de ser. - Felix respirava fundo ao ter que admitir aquilo em voz alta - Mas tenho que ser, eu preciso ser.
- E por quê? Por que tem que ser perfeito? Você já olhou ao seu redor? Acha que sua família é perfeita? Todos temos maldade dentro de nós Felix, você não é um monstro por não ser exatamente o anjo que você finge ser. E eu vou te mostrar isso.
- O que quer dizer com isso?
- Quero dizer que vou libertar você, vou te mostrar toda a verdade, vou te mostrar os verdadeiros prazeres da vida, vou te mostrar como é viver de verdade, e você vai me agradecer por isso.
- Por que gastaria seu precioso tempo só para me mostrar tais coisas?
- Você me sufoca enquanto se sufoca. - O homem levantou - Estou indo agora, nos encontramos de novo depois, espero que esteja ansioso para o que tenho a te mostrar. Até mais Felix.
Hyunjin pulou da janela fazendo o garoto arregalar os olhos e ir até a janela correndo, mas nenhum rastro de Hyunjin. Ele realmente era algo.
Naquela noite, diferente de seus pesadelos constantes com a morte dos pais biológicos, Felix sonhou com a visita de Hyunjin. Era mais como ver os detalhes de tal acontecimento, os traços do rosto do homem, os lábios bonitos e sorrisos sarcásticos. A jaqueta vermelha, os cabelos longos e olhar marcante. Hyunjin era a personificação de um narcisista, não que sua beleza não fosse motivos suficientes para ser um, mas era além de sua aparência, era sobre o que ele parecia saber sobre a vida, era como se ele quisesse mostrar a grande e magnífica verdade a todo custo.
Felix acordou naquela manhã se preparando para mais um longo dia, mas diferente do habitual, ele não pensava em como seria o seu cronograma ou nas inúmeras tarefas que ele desenvolve dentro das horas de seu cansativo dia, ele imaginava e revia o rosto de Hyunjin inúmeras vezes em sua mente.
- Saber o nome dele parece não ter me ajudado a ter poder sobre ele, parece que ele tem tido mais poder sobre mim...
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