7- Marcas
Oi seres humaninhos lindos desse site. Desculpem a demora, eu estava com problemas internos, confusões mentais e outros probleminhas, mas agora já esta dando tudo certo. Boa leitura, queridos.
Este capítulo contém palavras ofensivas.
P.O.V Camila Cabello
Eu e Matthew namoramos por dois ou três anos e depois ele me pediu em casamento. Não posso nem dizer o quanto minha mãe ficou feliz. Seu sonho era me ver casando com o amor da minha vida.
Matthew era carinhoso, mesmo com a carranca séria, ele era um bom homem. Bonito, elegante, charmoso e atraente. Matthew me dava flores, chocolates, presentes, saltos e roupas. Mas, nunca achei que ele fosse o verdadeiro amor da minha vida. Nem sempre me sentia 100% confortável por ele ser meu parceiro. Mas eu nunca disse isso para ninguém, pois pensava que era algo passageiro... Me enganei.
Às vezes eu deixava de usar uma roupa que gostava para usar um vestido que ele gostaria que eu usasse. Eu usava pois — segundo ele —, eu devo agradar à ele da melhor maneira possível. Mamãe até se impressionou da vez que eu fui com um vestido preto colado e saltos pretos com a sola vermelha, apenas para visitá-la com Matthew. Ela se impressionou pois sempre era muito difícil me deixar em um vestido, me colocar em um ou até que eu comprasse um... eu gostava mais do estilo de calça e uma blusa, nunca deixando de combinar, claro. Calça e cropped, blusas bonitas, calças bonitas, tênis bonito. Eu não gostava muito de short, saias ou de vestidos. Não por ter alguma marca nas pernas, mas sim porque não fazia meu estilo.
Em basicamente toda a minha vida entre a infância e juventude foi assim. Mamãe nunca reclamou, desde que eu não saísse com roubas "ruins" ela deixára-me usar o que eu quisessse. Ela me dizia que a vida é minha, as escolhas são minhas e eu que terei as consequências de meus atos futuramente, isso se aplicava a qualquer coisa que eu fizesse.
Depois que isso de Matthew escolher alguma roupa que "ficavam mais apropriadas para meu corpo" foi passando, eu já estava acostumada, então eu nem ligava muito quando, ao invés de escolher uma roupa que eu gostava, escolhia uma roupa que eu sabia que Matt gostava. Gostava de agradar à ele. Não sei ao certo o porque, mas me fazia sorrir quando ele dizia que estava boa tal roupa que ele gostava.
Mas eu tenho infelizmente (ou felizmente) notado algumas coisas diferentes em Matt depois que ele começou a fazer hora extra. Bom, não era a primeira vez que ele fazia, no meio do nosso namoro ele também fazia, mas ele morava com o irmão dele (o mesmo que eu nunca conheci) e tinha que ajudar a pagar o salário. Mas agora... agora eu não via o porquê de Matthew fazer hora extra. Ele tem chegado cansado e com os olhos meio avermelhados e já até cheguei a sentir cheiro de perfume diferente. Mas eu não acho que seja algo, Matthew jamais me trairia, sem contar que o perfume deve ser de alguns dos amigos dele — os mesmos que eu não conhecia —
Sentia também que ele estava se esquivando de carinhos. Nossas transas eram diferentes do começo, teve um dia desta semana que ele simplesmente gozou e dormiu. Eu fiquei extremamente frustrada, mas eu entendi ele, devia estar cansado demais por fazer hora extra no trabalho.
— Camila, cheguei. — ouço ele gritar e logo a porta bater. Levanto e vou até o mesmo que puxa-me para um selinho.
— Tudo bem, Matt? — pergunto olhando-o que me solta e sorri retirando seu casaco e pendurando o mesmo no gancho que havia perto da porta. Ele caminhava até a cozinha e eu logo o segui.
— Estou sim, amor. Fez a comida? — me pergunta logo abrindo a porta da geladeira e se curvando para olhar o que havia dentro da mesma.
— Oh sim, deixei tudo pronto antes de sair. — coloco um prato na mesa e ele pega a jarra de suco que estava na geladeira.
— Você saiu? — Me perguntou com o cenho franzido e eu movimento a cabeça em sinal de positividade.
— Fui ao sex shop. Queria impressioná-lo. — logo que termino de falar ele solta uma risadinha debochada.
— O que comprou desta vez? — pergunta em um tom de irônia.
— Depois eu te mostro. — sorrio e coloco a comida para ele. — Acredita que eu encontrei a Lauren Jauregui lá? Ela é uma pessoa muito legal. — falo animada lembrando de nossa tarde.
— Ah é? Que legal. — Olho para ele que tinha uma cara de cansado. Acho que essa hora extra está cansando ele demais. — Amanhã vou fazer hora extra mas não sei que horas eu volto. — ele diz e passa a mão no cabelo bagunçando-os um pouco.
— Amor, você nem precisa fazer hora extra. Nós temos uma boa vida financeira e você poderia ficar aqui em casa descansando... ou comigo. A gente poderia sair... ir no shopping ou sei lá. — falo após colocar seu prato em sua frente e coloco as mão em seus ombros apertando como massagem.
— Mas eu gosto, okay Camila?! Já falamos sobre isso. Para de fazer essa droga de massagem, isso é chato. — ele diz rude e logo retiro aos mãos de seus ombros e sento ao seu lado.
— Certo... Me desculpa. Eu só estou com saudades e...
— E ai você quer que eu deixe de ir trabalhar para ficar com você?! — ele diz mais alto e isso me assusta um pouco.
— Não, não. Claro que não. Não quis dizer isso. É só que...
— Só que o que, Camila? — ele me olha impaciente e eu logo abaixo a cabeça.
— Nada, amor. Me desculpa. Vou subir para arrumar algumas coisas. Qualquer coisa me chame. — levanto e saio da cozinha o mais rápido possivel.
Às vezes Matthew me assusta com seu tom de voz, ou com seu jeito rude. Mas eu acho que ele apenas deve estar estressado pelo trabalho. Não devo culpá-lo. No começo da relação não era assim, de uns tempos para cá que ele tem mudado mesmo...
Vou para nosso quarto e deito na cama e penso sobre a minha tarde com Lauren. Ela é uma moça tão legal, ela ri das minhas piadas e eu espero realmente ser amiga dela. Depois da minha relação com Matthew eu acabei me distanciando de algumas amigas, pois não tinha tempo para sair e quando tinha, Matthew não queria ir, então decidi afastar um pouco.
Depois de uns 10 minutos ou mais vejo Matthew abrindo a porta e me olhando, antes eu olhava para o teto e agora tinha minha atenção no homem parado perto da cama.
— Camila... olha, me desculpa por ter falado daquele jeito com você. Eu realmente estou estressado e eu preciso ser mais paciente. — ele diz com a voz bem mais calma do que antes.
— Está tudo bem, Matthew. Eu só fico triste por não passar tanto tempo com você! — falo para que ele pudesse entender que eu sentia falta do mesmo... eu não deveria ter feito isso.
— MAS NÃO DÁ, CAMILA! VOCÊ ESTÁ QUERENDO ME DEIXAR SEM EMPREGO?! — Ele grita me olhando e eu encaro ele assustada, ele estava vermelho e com as mãos fechadas em punho.
— Claro que não, Matt. Eu só estou sentindo sua falta, já lhe disse que você não precisa de tantas horas extras. Nós temos uma vida muito boa financeiramente. — digo calma para tentar acalmá-lo mas apenas piorou a situação. Ele caminha até mim pisando fundo e para em minha frente, seguro em meu braço direito descoberto por eu estar com uma blusa de mangas curtas, ele tinha força em seus punhos e aquilo estava assustando-me. Eu olhei para o mesmo e ele me olhava com fúria.
— JÁ LHE DISSE PARA NÃO SE METER EM MEUS ASSUNTOS. EU FAÇO O QUE EU QUISER E VOCÊ NÃO PODE ME IMPEDIR DISSO, TA ME ESCUTANDO CARALHO?! — Ele colocou tanta pressão no aperto de meu braço que eu sentia lágrimas se formarem em meus olhos, mesmo que Matthew já tenha sido rude comigo, ele nunca gritara ou me tocara com fúria e força como está agora.
— S-sim, amor. Por favor me solta, está doendo muito. — digo com receio e ele revira os olhos me empurrando na cama.
— Fraca. Você é muito fraca, eu nem usei força. Você está me irritando, Camila! — ele diz com a voz mais baixa. — Você é ridícula, não consegue nem me agradar. — ele continua com suas palavras ofensivas e eu já não segurava meu choro. — SEGURA O CHORO, FRACOTE. OU VOCÊ QUER APANHAR?! — Ele me ameaçou e eu estava com tanto medo que limpei minhas lágrimas e ele riu debochado logo saindo do quarto e eu fui diretamente para o banheiro.
O que Matthew estava fazendo? Ou pior... que lado de Matthew eu não conhecia? Por que ele fez isso? Tem algo acontecendo. Será que fiz algo errado?
Essas perguntas estavam em minha mente enquanto eu me derramava em lágrimas. Liguei o chuveiro depois de me despir e logo senti a água quente caindo sobre meu corpo. Meu braço doia e meu coração também. Lágrimas saiam descontroladamente de meus olhos e eu temia Matthew.
Tomei um banho e aproveitei para lavar meus cabelos. Eu já estava mais calma, porém, aquela marca no meu braço me deixava desesperada.
Após colocar meu pijama e pentear e secar meus cabelos, logo sai do banheiro encontrando Matthew sentado na ponta da cama que era a direção a porta do banheiro. Ele estava com a cabeça abaixada e com uma pomada em mãos, continuei calada e fui em direção a porta do quarto para levar minha roupa suja até a máquina de lavar que estava depois da cozinha.
— Camila... — ouvi a voz de Matthew e me virei para ele que estava me olhando com o rosto vermelho incluindo seus olhos.
— Sim. — Falei baixo, quase em um sussurro.
— Desculpa... por isso, eu realmente não sei aonde estava com a cabeça. Eu estou muito estressado esses dias, por favor me desculpa. Eu te amo demais, querida. — ele levantou e veio até mim. Eu me sentia mal... triste pela situação, porém, mais triste ainda por vê-lo chorar.
— Está tudo bem, Matt. — segurei seu rosto com as mãos em suas bochechas fazendo ele me olhar. — Eu sei que deve estar cansado de tanto trabalho, foi só um susto, okay? — disse para ele mas eu parecia estar falando mais comigo mesma, eu queria que fosse só um susto e que nunca mais se repetisse.
— Me desculpa mesmo! Eu te amo demais. Peguei essa pomada para você passar, ela vai ajudar se estiver dolorido. — ele me entrega o tubinho da pomada que estava cheio. Um tubinho de alumínio que havia o nome da pomada e alguns detalhes vermelhos e algumas outras indicações.
— Obrigado, Matt. Agora tenho que colocar a roupa para lavar. — sorrio fraco para ele e ia me afastar do mesmo quando sinto suas mãos em minha cintura.
— Vem cá, princesa. — ele puxa meu rosto e coloca seus lábios sobre os meus. Eu estava parada ainda com meus olhos arregalados, então ele apertou minha cintura e forçou mais a boca com a minha e eu me obriguei a retribuir seu beijo fechando os olhos logo em seguida.
Eu não estava bem com aquele beijo e nem com ele perto de mim na verdade. Eu queria sair correndo e chorar, mas lá estava eu, retribuindo seu beijo. O beijo era agressivo o forçado, ele forçava sua lingua contra minha boca de um jeito ruim e suas mãos em minha cintura ainda me apertavam, deixando meu corpo extremamente colado ao seu. Ele levou uma de suas mãos até meus cabelos e colocou a mesma no meio deles, quase que no meio de minha cabeça e logo puxou meu cabelo com força, fazendo com que nos separassemos, porém, ele puxou meu lábio inferior com os dentes, com tanta força que podia jurar que estava sangrando. Me afastei dele e ele me olhou com um sorriso, sorriso esse que era malicioso, coisa que me incomodou bastante.
— Que tal a gente fazer que nem aqueles casais que transam após a briga, huh? — ele diz e percebo seu sorriso crescer mais ainda.
— Desculpa, mas eu acho que estou me sentindo um pouco enjoada, não quero que aconteça nenhum acidente. — falo e saio do quarto rapidamente indo até a lavanderia e abrindo a máquina colocando todas as roupas sujas dentro da mesma.
Me apoio na máquina como se eu fosse cair, estava ofegante e me sentia péssima. Ligo a lava roupas e logo vou em direção a cozinha tomar um copo de água.
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