29 - Explicar.
HALOOO
Esse capítulo ta enorme, já falando aqui né. Espero que gostem dele assim. (não revisei tbm pq to com sono mas mais tarde eu reviso)
Vocês deixam muitos detalhes importantes passarem, por isso que nesse cap vai ter muitas coisas.
Se preparem pro shipp.
Por último, vocês vão ter que comentar bastante, de verdade, porque eu amo os cometários de vcs e isso alegra muito minha noite e meu dia. Não esqueçam de votar também. Amo vocês estrelinhas, boa leitura e não se esqueçam de se cuidar.
~×~
Lauren tentava não fuzilar com os olhos a pessoa parada a sua frente.
Após se recuperar do susto com a campainha, Lauren se propôs a atender a mesma que havia atrapalhado seu momento.
— Ahn… Oi. Camila Cabello mora aqui, né? — As sobrancelhas de Lauren levantaram e ela cruzou os braços abaixo dos seios, parando em uma pose durona. O garoto a olhou de cima a baixo e não se segurou muito ao morder os lábios. Lauren franziu o nariz com nojo.
— Sim, o que quer com ela? — A mulher se encostou no batente da porta e evitou dar visão para o homem/adolescente na sua frente. Os cabelos cacheados do macho caiam sobre sua testa, quase cobrindo seu olho direito. O garoto era tão magro que Lauren podia ver de certo seu maxilar e seu queixo marcado.
— Oras, me deixe falar com ela. — O lábio vermelho do muleque levantou em um sorriso de canto. — Aqui só mora gente bonita, é? — Ele passou a mão pelos cabelos desgrenhados e Lauren quase bateu a porta em sua cara.
— Você é o que dela? — Ela não daria brecha. Inclusive para aquele playboy idiota que tinha interrompido seu tão esperado momento. — Pare de me olhar assim. — Ela esbravejou assim que o garoto a olhou de cima a baixo de novo.
— É que você é muito linda. — O garoto disse sorrindo, mas seu sorriso logo morreu ao perceber que Lauren fecharia a porta em sua cara. — Ei, espere! — A mão do garoto segurou a porta e os olhos verdes encontraram mão grande que segurava a porta, logo arrastando o olhar até a cara do garoto idiota. As sobrancelhas de Lauren levantaram em puro deboche. — Sou só um entregador.
Lauren agora olhava surpresa, não sabia que Camila tinha pedido algo para elas comerem. Mas, acharia bom conferir antes que aquilo fosse um golpe.
— Camz, você pediu algo para comermos? — Lauren virou o rosto para olhar para dentro. O garoto até então desconhecido por Lauren, continuou a encarar seu corpo. Lauren sentia o olhar em si, gostaria de dar um soco nesse adolescente idiota.
Ela com certeza daria 1 estrela para o atendimento daquela empresa.
— Não. Quem está aí? — Camila caminhou calmamente até Lauren, mesmo com o cenho franzido e estranhando a demora de Lauren. — Oh, olá. — Disse simpática ao olhar para Shawn, que sorriu grande.
Camila não se lembrava dele, mas sabia que já o tinha visto antes.
Lauren ainda segurava a porta e estava parada de uma forma com que Shawn só conseguisse ver até o ombro coberto de Camila.
Os olhos de Shawn passaram por todo o rosto de Camila assim que ela apareceu na porta. Antes, ele tinha decidido ignorar seus instintos, mas realmente tinha se encantando com a garota que viu apenas uma vez.
Sim, faziam mais que 6 meses que Shawn tinha visto Camila. E diferentemente da garota, o adolescente não conseguiu parar de pensar nela nem por uma semana. Com alguns empurrões de seus amigos, o menino tomou coragem de chegar na porta de Camila.
— Ah, oi Camila Cabello. — Ele disse de forma animada e ela apenas acenou com a cabeça. Lauren ainda o olhava com cara de tédio. — Eu espero que lembre de mim. Porque sinceramente, não esqueci de você. — Ele jogou na lata e aquilo surpreendeu Camila.
Ela realmente não se lembrava de onde tinha visto esse garoto.
A cara de Camila se estampou com pura surpresa. Suas sobrancelhas levantadas e sua boca um pouco aberta. Já Lauren, tinha a cara mais debochada que Shawn já pudera ter visto na vida.
Deboche e nojo.
— D-desculpe, mas não lembro exatamente de onde te conheço. — A pequena disse, ainda atrás de Lauren. Ela sinceramente não via motivos para sair dali.
— Ah, não nos conhecemos, mas eu te fiz uma entrega. — Shawn se lembrava do que fora entregar. — Aqueles sanduíches veganos, se lembra?
Camila piscou e evitou dar um passo para trás. Ela realmente se sentiu assustada ao saber que aquele garoto era o entregador que havia levado seu pedido a mais de 2 meses atrás. Ela nem se lembrava do nome dele, por que ele se lembrava tanto dela?
— É, acho que lembrei. Mas não me lembro do seu nome. — Shawn assumiu uma postura meio triste, mas logo estufou o peito em confiança.
Seus amigos lhe haviam ensinado que mulheres gostavam de homens confiantes.
— Ah, Shawn Mendes. Refresquei sua memória? — Ele perguntou num tom zoeiro e Camila sorriu por simpatia.
Lauren se perguntava duas coisas: O que aquele projeto de criança fazia ali e por que ele sempre fala "ah" em todas as frases. Era realmente incômodo.
— Sim. O que faz aqui? Não pedi entrega alguma. — A pequena foi direta, mas ainda num tom doce e simpático. Não gostaria de simplesmente tratar o garoto feito um idiota, mas também não via necessidade do muleque estar ali. Ele nem a conhecia e muito menos ela conhecia a ele.
Shawn coçou sua nuca e sentiu suas bochechas queimarem de vergonha. Agora a ideia realmente parecia deselegante. Ele poderia ter tentando de outra forma.
Lauren trocou o peso da perna e cruzou os braços abaixo dos seios.
— Ah. — Aquilo realmente era incômodo para Lauren. — Eu sei que não pediu nada, mas achei que seria uma boa para passar aqui. Pensei em você por meses e não consegui evitar essa louca vontade e te conhecer. — Os dedos grandes passaram pelos cabelos cabelos cacheados em um claro sinal de nervoso. Shawn manteu seu braço levantado por mais tempo do que necessário.
Seus amigos haviam dito que mulheres adoravam caras musculosos e Shawn havia malhado os bíceps naquela manhã.
— Acho melhor não… sem querer ser mal educada. Mas eu nem conheço você, e do nada você decide aparecer aqui depois de meses de ter me visto uma vez. — Camila sorri sem graça. Ela realmente não achava legal dar um fora no garoto, mas adorava a ideia de se preservar e cuidar de sua segurança.
— Ah olha, não vou fazer nada. Que tal trocarmos números e conversarmos? Realmente foi estranha e repentina a forma com que vim aqui. Mas, se estou aqui, preciso conseguir pelo menos alguma coisa. — Shawn sorriu galanteador. Camila cairia a seus encantos, uma hora ou outra. Era o que ele pensava.
— Você ganhou uma enorme perca de tempo. — Lauren resmungou e logo sentiu um beliscão em sua cintura. Camila quis rir, mas se segurou. — Vá embora, garoto.
Uma coisa que se era necessário saber sobre Lauren Jauregui: Ela tinha paciência. Mas, essa paciência tinha um limite. E o limite não era tão grande.
— Deixe-me falar com Camila, moça. Ajude sua amiga. Eu sou um bom homem. — Lauren apertou tão forte seu maxilar, que doeu. Sua cabeça doía, mas ela não se importou. Seu punho coçava para encontrar o rosto do garoto. — Que tal, srta. Cabello. Me passe seu número e nos conhecemos melhor. — Ele sorriu ao ver os olhos da menor passar por Lauren.
Na cabeça de Shawn, aquilo era como uma repreensão e um claro sinal de que ele estava vencendo, justamente pelo fato de Camila ter pensado na atitude rude de Lauren quando a olhou.
Mas, para Camila, aquele era um gesto de preocupação. Conseguia sentir a raiva que exalava de Lauren. Após longos cinco meses de conversa, Camila e Lauren se conheciam o suficiente. A pequena sabia quão rápido a paciência de Lauren se esgotava, inclusive quando o assunto era "macho insistente".
A garota realmente não se sentia atraída por Shawn. Ele poderia ser bonito, alto e forte, claramente um homem lindo. Mas Camila tinha outros interesses além de homens. Ela estava focada em si mesma e não se importava com o físico que ele lhe oferecia. Naquele momento, pelo menos naquele momento, Camila desejou que Shawn não a tivesse visto.
— Melhor não, Shawn. Admiro sua coragem por ter tentado, mas não tenho interesse por enquanto. — O garoto mordeu o lábio. Ele não sabia lidar ainda com mulheres que se faziam de difícil.
— Moça. — Os olhos de Shawn escorregaram de Camila para a mulher de olhos verdes, que tinha uma cara de tédio e ódio. Ele quase recuou, mas era sua última chance. — Por favor, converse com sua amiga. Não acha que ela mereça alguém bom? — Ele perguntou sorrindo de lado e Lauren rezou mentalmente por um pouco de paciência. Ela apenas continuou o olhando com a cara de deboche e ódio. — Sim! Então, eu sou alguém bom. Diga a ela que podemos nos conh…
— Garoto, escuta aqui. — Lauren desencostou do batente da porta e descruzou os braços. Ela tomou sua pose durona, junto com fôlego. Não importava quão alto Shawn era, ele era pequeno diante do olhar de Lauren. Pelo menos durante sua pôse mais durona e egoísta. Ela poderia pisar nele com facilidade e classe. Mas não gastaria seu tempo com aquilo. — Acho que você precisa de um cotonete. Camila já disse que acha melhor não, então não insista. E não ache que essa cara de macho me intimida. — Lauren esbravejou quando ele estufou o peito e travou o maxilar. — Se fosse homem de verdade, entenderia o espaço de uma mulher. E você não está na sua escolinha para achar que eu, como papel de amiga, tenho que convencer Camila a algo. Se ela disse que não, significa que não é! Não ache que ela está se fazendo de difícil apenas para você morder algum tipo de isca idiota que você deve achar que tem. — O rosto de Lauren estava vermelho e seus olhos escuros em fúria. Camila apenas deixou a amiga falar, sabia que ela precisava expor aquele sentimento, se não ficaria irritada durante o resto do dia. — Então pare de bancar o garanhão e vá para sua casa fazer o dever de casa, deve estar te faltando isso.
As narinas de Shawn inflamaram. Ele realmente estava irritado com o discurso idiota da mulher a sua frente. Se pudesse, a faria ficar quieta naquele mesmo segundo.
— Você é tão mal educada. Eu não estava falando com você, que ficou aí parada como uma plan…
— Cala a boca que você não está no seu direito! — Lauren esbravejou e encarou intensamente os olhos de Shawn. — Acha que pode chegar aqui e bancar uma de 'O bonzão'?! São crianças como você que me faz pensar que a escola falta conteúdo como lição de casa. — Assim que Lauren terminou, ainda encarando os olhos de Shawn com fúria, uma pequena mão pousou sobre sua cintura.
O corpo de Lauren se esquentou com o toque reconfortante e relaxante.
— Venha, Lo. Sinto muito, Shawn. Tenha uma boa tarde. — Camila puxou Lauren para si e fechou a porta sem mais nem menos.
Os olhos verdes ainda encaravam a madeira da porta com fúria. Lauren adoraria abrir aquela porta e socar Shawn até o garoto tomar um pingo de educação.
— Lo… — A pequena ainda segurava a cintura de Lauren. Camila se aproximou devagar e com calma, a mão que estava na cintura de Lauren, se arrastou para baixo e adentrou a blusa da mesma, segurando a pele da cintura da mais alta em um ato reconfortante. As narinas de Lauren estava inflamadas e seu pulso estava fechado. — Se acalme, hu? — O dedão da mão de Camila fez carinho na pele macia de Lauren.
Os olhos castanhos encontraram os verdes assim que a garota se colocou à frente de Lauren para tomar-lhe atenção.
— Odeio crianças assim. — Lauren esbravejou, olhando para os castanhos de sua amiga.
— Shh… está tudo bem. — Lauren levou a mão até a cintura de Camila e a puxou. A mão de Camila ainda tocava sua pele quando um abraço foi concluído entre as duas. Os dedos pequenos exploravam as costas rígidas de Lauren. — Está tudo bem, Lo. Não perca seu tempo e não gaste sua deliciosa energia com isso. — A pequena sussurrou durante o abraço. Lauren aspirou o cheiro do delicioso perfume de Camila e desejou jamais sair dali.
— Odeio crianças assim. — A maior repetiu e afagou os cabelos da pequena em seus braços. — Não gosto de gastar minha
"deliciosa" energia com crianças. — Lauren disse, dando ênfase na palavra que Camila fazia questão de dizer sempre que elas falavam sobre a energia de Lauren.
(...)
— Vamos, Dinah. — A negra falou e riu ao sentir o corpo da Polinésia se colocar contra o seu. — Você é tão maravilhosa. — Falou antes de ter seus lábios tomados em um gostoso beijo.
As pernas torneadas de Normani rodearam a cintura de Dinah assim que a mulher a segurou para isso. O rosto de Dinah estava no pescoço da menor e chupava e lambia ali com vontade, não se importando com nada.
— Você tem um cheiro tão bom, Mani. — A mais alta disse, com os lábios roçando na pele macia de Normani. Seu nariz capturava para si o forte cheiro de Normani, algo indescritível, porém doce e forte. Único.
Dinah pressionou mais ainda de seu corpo contra o de Normani. A intimidade da menor se arrastava pela barriga de Dinah, ainda por cima da calcinha vermelha.
— Você é tão boa. — Um selinho foi depositado no ombro de Normani por Dinah antes da menor descer de seu colo e a empurrar até a cama, logo fazendo as costas da maior irem de encontro com o macio colchão. Normani sorriu grande e se sentou sobre o colo da mais nova.
— E você, é maravilhosa, amor meu. — Ela sussurrou antes de tomar os lábios rosados em um beijo com carinho e luxúria.
Seus corpos tinham uma sincronia indescritível. Quando Normani rebolava com mais força, Dinah jogava seu quadril para cima, fazendo suas calcinhas se roçarem e consequentemente criar um atrito na intimidade de uma das duas, que deixava escapar sempre um gemido baixo ou um arfar manhoso.
Dinah espalmou suas grandes mãos na grande bunda de Normani e sorriu, ela ajudava nos movimentos da negra, indo e vindo em si. Se um dia pudessem perguntar o que o sexo delas significava, com certeza diriam que o céu e o inferno.
Dinah não esperou muito ao virar o corpo de sua garota e ficar por cima da mesma, beijando seu busto e enchendo de chupões e fracas mordidas. Normani amava o jeito carinhoso e bruto de Dinah, ela sabia exatamente como satisfazê-la. As pernas grossas da negra rodearam a cintura da Polinésia e a mesma sorriu.
— Você é uma princesa, Normani. Eu adoro explorar cada parte de você. Conhecer seu corpo é a coisa mais linda. — A maior olhou nos olhos castanho escuro de Normani e demonstrou todo seu amor e carinho, que jamais poderia ficar apenas preso dentro de seu peito.
Ela não tinha motivos para esconder o que sentia. Precisava ser exposto. Aquilo era amor, e o amor precisa ser exposto. De tanto ódio no mundo, Dinah tinha que depositar amor em algo ou alguém, e Normani a encontrou de uma forma que a maior sabia exatamente que ela era sua pessoa.
— Você, Dinah Jane. — A menor começou, colocando uma mão na bochecha de Dinah e acariciando a mesma. Ela podia ver os olhos castanhos brilhando em emoção. Aquele era um dos momentos que Normani jamais pediria pra acabar. Não poderia acabar nunca, nunca mesmo. — É linda e magnífica. Se eu sou uma princesa, você também é. Estamos nesse reino juntas. — Um grande sorriso cresceu nos lábios da mais nova. Os dentinhos brancos aparecendo, fazendo o coração de Normani errar uma batida. Diversas batidas. — Eu amo quando você conhece meu corpo e eu amo conhecer o seu. Nós duas somos uma obra de arte. — Ela disse e puxou a nuca de Dinah para que a mesma pudesse se aproximar e beijar seus lábios de forma carinhosa.
Aquilo era o verdadeiro amor. Elas sentiam isso. Um sentimento tão forte que aquela palavra parecia um eufemismo. É ridículo pensar que nenhuma das duas jamais conseguiriam pôr em palavras o que sentia uma pela outra. Mas o quanto elas pudessem demonstrar, elas demonstrariam sem medo.
— Nós duas somos uma obra de arte. — Dinah repetiu ao distanciar minimamente seus lábios dos de Normani, que sorriu largo e concordou com a cabeça. Suas testas se colaram e elas não tinham motivo algum para sair dali. Nunca tiveram.
(...)
— Quer passear um pouco? Podemos ir na doceria e ficar no parque. Ou podemos ir aonde você quiser. — A menor disse e sorriu ao perceber o olhar de Lauren em si. As duas estavam sentadas no sofá, Camila cruzava as pernas uma sobre a outra em perninhas de índio. Lauren estava encostada no braço do sofá, do outro lado. Ainda levemente emburrada com a situação com o adolescente. — Ainda está brava, Lo? — A menor descruzou as pernas e engatinhou calmamente até Lauren.
Aquilo era claramente um ato inocente. Mas não passou despercebido por Lauren. Camila era sensual até quando não queria e isso mexia com a mais velha.
Camila parou em cima de Lauren e deitou sobre seu corpo, descansando a cabeça no busto da mesma. A intimidade delas a fazia não se sentir envergonhada com isso, não como antes.
— Quer doces, pequena? — Lauren perguntou ao repousar uma das mãos nos cabelos de Camila e a outra na cintura da mesma, fazendo carinho nos dois lugares, causando uma gostosa sensação na menor.
— Quero. Você sabe que eu adoro doces. — A maior riu diante o comentário de Camila. A pequena sempre comprava algum doce para comer, ela realmente gostava de balas e chocolate. Às vezes, Lauren encontrava Camila chupando algum pirulito.
— Vamos a doceria e ao parque caminhar um pouco. A noite parece boa. — Os dedos brancos adentraram os cabelos macios da menor e o carinho foi mais intenso ali. Camila já tinha os olhos fechados, aproveitando a deliciosa sensação. Lauren sempre sabia fazer os melhores carinhos.
— Hm. — A pequena ronronou manhosa. — Você fazendo assim, me dá vontade de ficar. Não pare. — Ela falou baixinho e sentiu o coração de Lauren pulsar mais forte, sorriu com isso.
Camila sempre ganhava um tom manhoso e carente quando estava com Lauren. É como se ela não pudesse deixar seu corpo muito longe ao da hispânica. As mãos de Lauren eram como um colchão macio e o abraço da mesma, como uma casa.
— Você é tão manhosa, Camz. — Lauren disse e adentrou a blusa de Camila, para continuar o carinho em sua cintura. Logo a pele se arrepiou em seus dedos e um sorriso escapou dos lábios da mais velha. Era bom sentir Camila assim.
A menor se aconchegou direito e subiu uma mão até os cabelos de Lauren, para retribuir o carinho. Ela adentrou ali os fios como veludo e utilizou de suas curtas unhas para acarinhar o couro cabeludo de Lauren.
— Assim eu também não vou querer. — A maior segurou a cintura de Camila e a puxou mais para cima, bem pertinho de si. Suas mãos faziam movimentos circulares no começo da nuca da pequena, que vez ou outra, soltava um suspiro mais alto. Aquilo estava realmente bom.
— Oh droga, Lauren. Suas mãos são tão boas. — Camila resmungou manhosa. Lauren sentiu suas bochechas queimarem e se repreendeu por ter imaginado coisas.
Coisas como: seria bom ter Camila manhosa daquela forma quando ela tocasse em outros lugares de seu corpo.
— Criança manhosa. — Lauren apenas disse, tentando evitar qualquer outro comentário. A latina não sabia, mas sempre fazia Lauren se sentir levemente alterada, mesmo que sem querer.
A unha de Lauren se arrastava pela pele das costas de Camila, fazendo círculos imaginários por ali. Sentindo a pele macia se arrepiar sobre seus dedos.
— Sabe, Lauren. — Camila começou e ronronou ao sentir os dedos de Lauren irem de uma forma mais firme. — Eu adoro quando temos momentos como esse. — Confessou e continuou com os carinhos nos cabelos pretos de Lauren. — Você me traz uma paz indescritível. — As palavras saiam de maneira simples. Ela precisava dizer aquilo, realmente precisava.
Lauren quase parou a carícia com o choque que as palavras lhe tomaram. O coração hispânico disparou com rapidez e força. Os olhos de Lauren se apertaram e ela desejou nunca sair dali.
— Você que me traz uma paz indescritível. — A maior não teve medo em admitir. Naquele momento, não existia a palavra "medo", para nenhuma das duas. — Obrigada por ser a melhor pessoa para mim. — Ela queria os olhos de Camila sobre si. Então parou a carícia e Camila levantou a cabeça, se ajeitando em seu corpo para olhar nos olhos verdes. A mão de Lauren ainda lhe tomava a cintura e os dedos da mesma ainda se mantinham em seus cabelos. — Você é tão forte. Tão poderosa. E linda, muito linda. — Os olhos verdes viajaram por todo o rosto de Camila, tendo para si e guardando em sua memória, todos os traços e detalhes finos do rosto latino.
— Você é como um lar pra mim. — Camila deixou escapar e sorriu. Lauren sorriu tão largo com a emoção que seguiu em seu peito, ela jamais poderia explicar.
(...)
1 mês depois
— Então você mudou sua opinião? — A mais velha perguntou, encarando Camila de forma divertida. Entendia que às vezes os sentimentos eram confusos, mas realmente foi uma surpresa.
— Sim, acho que sim. — Faltavam dez minutos para o final da consulta. Lauren estarei lá na frente, esperando pela menor para que elas pudessem ir até uma loja, comprar alguns móveis para Camila.
— Me conte mais sobre isso. — As pernas de Ramona se descruzaram e cruzaram novamente, com o sentido contrário, colocando a direita sobre a esquerda.
— Achei que fosse só uma carência, mas pelo visto, não era. — Camila sorriu largo e ruborizou ao se lembrar de suas conversas com Lauren. Seus momentos juntas.
(...)
P. O. V. Normani Kordei
Eu estava realmente cansada. Tinha dado tudo de mim para Dinah, literalmente. E ela tomou tudo de uma maneira carinhosa.
Ter Dinah dormindo em meus braços, era sempre uma mistura de sentimentos. Surpresa, felicidade e amor. Tudo misturado em um coração só, que era o meu.
Minha garota ainda dormia. Cansada também. Claro que nossa relação era uma enorme via de mão dupla, era tudo inteiramente recíproco, então não fui apenas eu que dei de tudo por aquilo. Nós estávamos juntas.
Beijei o topo de sua cabeça e me desvencilhei de seus grandes braços, com calma, colocando um travesseiro no lugar, já que a posição não seria muito confortável sem a presença de algo que causasse relevo para apoiar o rosto sereno de Dinah.
Levantei e me espreguicei, sentindo meus músculos relaxados e lerdos. Sorri com isso, era uma sensação boa que me fazia querer ficar eternamente naquela cama, jogada com aquela garota que fazia meu coração disparar.
Caminhei até o banheiro de forma lenta e bocejei. Eu poderia dormir muito mais. Durante toda a noite. Mas ainda precisava comer e ligar para Lauren, para ver como as coisas iam no Motel.
Tratei de tomar um banho, não muito rápido, já que meus músculos pareciam adormecidos demais e a água parecia gostosa demais para que eu saísse rapidamente.
Assim que enrolei uma toalha sobre o corpo e segurei outra em meus cabelos, secando as pontas, tomei cuidado para não fazer muito barulho. Apesar de tudo, ainda era Dinah que dormia, e ela odiava ser acordada.
Sai devagar do banheiro e a encontrei esparramada na cama. Sorri ao ver seu corpo ainda nu jogado por meus lençóis, que cobriam até um pouco acima de sua bunda. Suas costas bronzeadas eram lindas diante da fraca luz que vinha da fresta da janela.
Cheguei a me assustar ao encontrar uma bandeja em cima da cômoda, com uma salada de frutas e pão integral. Duas xícaras e um pequeno potinho com açúcar.
Dinah era realmente maravilhosa.
Sorri tão largo que achei que meu rosto poderia se rasgar. Fui até o closet e peguei uma calcinha e logo um sutiã. Coloquei os dois com calma e caminhei silenciosamente até a cama.
Não podia acreditar que minha garota estava ali, ainda com a expressão serena. Ela estava dormindo de novo, mesmo depois de ter feito esse perfeito café da manhã.
Me ajoelhei na cama e me arrastei até o corpo bronzeado. Os cabelos enrolados estavam espalhados por todo meu travesseiro e colchão. Era a coisa mais linda.
Abaixei meu tronco e deixei um selinho sobre as costas, a pele se arrepiou, mas a garota nem se moveu. Sorri e logo fiz uma trilha de pequenos beijinhos até seu ombro, onde afastei os cabelos loiros. Dei um longo beijo em sua bochecha e arrastei meu nariz pelo pescoço.
— Você é maravilhosa. — Sussurrei no ouvido de Dinah. Aquela era a maneira mais fofa que eu tinha encontrado de acordar minha garota. Ela não ficaria irritada se fosse assim.
Levantei uma das mãos que antes apoiava meu corpo e toquei as costas lisas de Dinah. Sua pele macia era tão boa contra a mim. Eu poderia ficar admirando essa mulher para sempre. E era isso que eu iria fazer, admirá-la o máximo que poderia, até não poder mais.
Dei outro selinho em sua bochecha e agora a maior resmungou e mexeu um pouco o rosto e logo voltando a feição serena.
— Tão linda, Dinah. Você é um sonho que eu jamais gostaria de acordar. — Sussurrei e tracei um caminho por suas costas. Círculos imaginários eram feitos por meus dedos indicador e médio. Afastei um pouco o rosto para olhar onde meus dedos passavam. Eu poderia fazer dessa mulher meu wallpaper. — Acorde, querida. Vamos tomar esse café que você fez, hu? — Falei baixinho e depositei um beijinho fraco sobre o lóbulo de sua orelha, logo o capturando entre meus lábios.
— Hm… — Dinah resmungou de forma manhosa e eu sabia o que aquilo significava. Sorri e continuei a fazer os caminhos aleatórios com os dedos. — Me acorde assim pra sempre? — Ela perguntou baixinho e rouco e eu ri de sua forma manhosa. Seus olhos se abriram devagar e não pude deixar de sorrir quando me afastei e ela se virou. Não maliciei seu tronco nu.
— Pra sempre, amor. — Afirmei e tomei seus lábios nos meus. Sua mão adentrou meu cabelo e fez um carinho no início de minha nuca. Céus, beijar ela era como o Paraíso. Eu poderia passar a vida inteira fazendo isso. — Mas só se você ficar comigo pra sempre. — Nossas testas se encostaram no final do beijo calmo. Não tinha que ter pressa.
Não se tinha pressa para o amor.
— Fico. Fico com você até o final de minha vida e além. — Sorri e senti seus braços envolta de meu pescoço.
Nossos lábios se encontraram novamente e eu sabia que estava bem. Era ali meu ponto seguro, meu lar. Minha casa. Dinah era aquilo que as pessoas chamam de casa, e eu pude ter a honra de descobrir.
— Eu amo você. — Sussurrei sobre seus lábios. Um sorriso fugiu de sua boca perto da minha e meu coração disparou.
— Eu… — Um selinho foi dado em meus lábio e sorri com isso. Ela era perfeita. — Amo você. — Minha mão acariciava sua bochecha com carinho. Sua língua encontrou a minha em um beijo nada erótico.
Nossa vida não rodava em sexo. Eu gostava de Dinah por dentro. De dentro para fora.
(...)
Flashback on
— E você ainda acha que eu deveria mentir? Se está com meu celular, não tenho como negar o que vê! — Alexa gritou e passou a mão nos cabelos bagunçados. Seus pés não paravam em lugar algum. Seu corpo se movia de um lado pro outro na cozinha, enquanto a maior chorava a sua frente, segurando seu celular.
— Você acha isso certo?! — A mais velha perguntou, dando um passo à frente. Seu rosto estava vermelho e as lágrimas eram insistentes. Aquele era o pior dia de sua vida, com certeza era. — Acha certo ter um compromisso comigo e ficar com mais cinco? Sua nojenta! — Um grito foi jogado de sua garganta que já doía com tudo.
— Aconteceu, Lauren! Só aconteceu! Não tem como voltar na merda do tempo, droga. — Alexa parou em frente a Lauren e a observou enquanto a mesma caía em lágrimas. Aquilo era horrível e doloroso para a maior. — Me desculpe, okay? Sei que não tenho sido uma boa namorada, mas não consigo mudar.
— Você acha que eu vou te perdoar? Tolero isso a anos e simplesmente fecho os olhos para as merdas que você faz! — A de olhos verdes esbravejou, empurrando Alexa para trás e se virou de costas para a mesma, encostando-se na pia.
— Fechou porque quis, eu nunca pedi para você tolerar nada. — A menor sabia que estava errada, mas era tão egoísta ao ponto de simplesmente não conseguir se desculpar de uma forma verdadeira. Seus momentos tinham sido bons demais para que ela se desculpasse por alguma coisa. — Eu nunca te obriguei a ficar comigo, Lauren!
— Mas quando se está apaixonado, Alexa, você não vê com clareza. Você não percebe quão grandioso tudo aquilo é, até chegar em seu limite. — Lauren rosnou e bateu as mãos contra o mármore.
(...)
P. O. V. Lauren Jauregui
— Vamos, Camz. Não seja manhosa. — Apertei a fina cintura e ri quando Camila resmungou e se ajeitou melhor em meus braços.
— Você me torna uma pessoa manhosa e depois reclama. — Sua voz saiu baixinha e sorri. Levantei a cabeça e olhei para Camila que estava deitada em meu peito, com os olhinhos fechados. Seu cabelo caia sobre o rosto e essa imagem a tornava tão angelical.
Olhar para Camila era como sentir uma graça. Ela parecia uma gota de tudo que era bom, dentro de um único ser. Isso era uma das coisas que mais me atraía à ela. E não importava quantas vezes eu ficava com outra pessoa, tentava a tirar de minha mente. Parecia que ela aparecia mais. Me invadia mais. E eu estava começando a ceder.
Tirei minha mão de seus cabelos e passei por sua bochecha, fazendo um carinho leve.
Aquele era o tipo de coisa que eu não faria com ninguém, não depois de Alexa. Namorar com Alexa foi um total desastre e era até estranho pensar em outro relacionamento. Mas Camila me tirava toda essa estranheza. Tirava essa sensação doida de que poderia doer como o inferno.
— Vamos, Camz. Levante. — Senti as pequenas mãozinhas da garota apertarem minha blusa e um resmungo sair de sua garganta.
— Nom. — Falou num tom infantil e manhoso. Essa era a criança mais manhosa que eu já tinha conhecido, talvez eu a tenha mimado durante esse tempo, mas era tão reconfortante a ter daquela forma. Tão perto e tão calmo.
Camila tinha se tornado meu ponto seguro depois de tanto tempo a conhecendo, e eu parecia ter me tornado o dela. Lembrar da noite em que Camila se permitiu contar sobre ela. Sobre o que estava sentindo.
Da noite em que permitiu minha entrada em sua vida e eu permiti a sua na minha. Ela poderia ficar para sempre.
Ser paciente não era tão ruim quanto eu esperava.
Flashback on
— N-não me deixa fazer isso, Lo. E-estou com medo. — A pequena me abraçou forte e segurei seu corpo ao meu como nunca. Ela chorava de forma desesperada e assustada. Meu coração estava disparado ao imaginar o que poderia ter acontecido com ela.
— Estou aqui com você. — Sussurrei ao colocar meu nariz entre seus cabelos e cheirar os mesmo, depositando um leve selinho ali. O frio fazia minha pele se arrepiar e empurrei nossos corpos para dentro.
— E-eu… — Camila soluçou alto e a puxei para mais perto em meus braços assim que sentamos no sofá. Meu corpo estava em alerta sobre aquilo, inclusive de ter a garota tão desesperada.
Fazia tempo que eu tinha percebido, mas naquela noite era evidente. Tão evidente quanto qualquer outra coisa. Camila estava quebrada. Quebrada em cacos, cacos tão pequenos que eu acharia impossível recolher.
— Estou com medo, Lauren. — A pequena repetiu, seu rosto encostado no meu ombro, molhando minha blusa e me deixando mais alerta ainda. Minhas duas mãos estavam em suas costas, fazendo carinhos leves e reconfortantes. Eu não poderia a deixar naquele estado. Jamais.
— Eu tô aqui, Camz. — Falei baixinho.
Eu sabia que Camila precisava se acalmar para poder falar com clareza, ou não falar. Eu não a forçaria à aquilo, não importa quão curiosa ou preocupada eu estivesse. Cada um tinha seu tempo, e eu sabia que se Camila precisasse falar, ela falaria no seu tempo.
Ficamos ali por tanto tempo que nem me lembrava mais. Não me importei também de ter Camila em meus braços, em um choro infinito e longo. Agonizante. Era como se cada soluço fosse mais um rasgo em seu coração, e consequentemente, era um no meu também.
Fitei os olhinhos castanhos que estavam vermelhos e inchados. Seu nariz e bochechas estavam também vermelhas e molhadas. Molhadas com suas lágrimas. Eu podia sentir meu ombro também molhado, mas não me importava. Eu estava ali por ela.
— Me ajuda. — Um sussurro saiu de sua boca e quase não ouvi. Sua cabeça estava baixa, olhando para as próprias mãos em cima de seu colo. Não hesitei em pegá-las e segurá-la firmemente. — Eu quase… — E o choro a atingiu novamente. Puxei seu corpo para mais perto o possível e nos deitei no grande sofá, Camila agarrava minha blusa e eu acarinhava seus cabelos.
O tronco de Camila dava solavancos por conta dos soluços e o choro forte. Olhei pro teto branco e pedi ajuda. Ajuda para quem estivesse acima de nós, enquanto Camila pedia ajuda para mim.
Mal eu sabia que era porque ela não conseguia acreditar em mais nada. Nem em si mesma.
(...)
P. O. V. Camila Cabello
Sorri ao sair da consulta. Era sempre tão bom ir. Mas naquele dia eu estava especialmente ansiosa. Ansiosa para tudo. Por minha conquista.
— Lolo. — Sorri mais ainda ao ver o carro de Lauren parado à frente do prédio do consultório. A garota estava encostada no mesmo.
Seu look era tão rebelde e sexy. Mordi o lábio inferior ao sentir meu coração errar uma batida.
O boné preto combinava com sua legging e seus tênis esportivos. Apesar de não estar muito frio, um moletom cinza cobria seu tronco e uma gargantilha combinava em seu pescoço branquinho. Me aproximei e assim que nossos olhos se encontraram, a garota sorriu largo.
— Ei, pequena. Como estamos? — Ela abriu os braços e me encaixei ali. Seu cheiro estava mais forte naquela tarde, me levando a loucura.
Levantei o rosto e deixei um selinho em seu queixo, a fazendo sorrir mais, me contagiando.
— Animada para carregar peso, Jauregui? — Perguntei divertida e sorri com a língua entre os dentes. A mulher a minha frente riu e me apertou mais em seus braços.
— Só se o peso foi do seu corpo. — Ri e revirei os olhos. Lauren era uma péssima flerte. — Foi muito ruim? — Perguntou ao que coloquei meu rosto na curva de seu pescoço. Meu nariz encontrou a gargantilha gelada e sorri, deixando um leve selinho ali no lugar.
— Muito ruim, mas gostei da ideia. — Separei nossos corpos e pisquei o olho para a mulher, que sorriu e abriu a porta para mim. Agradeci e entrei.
— E lá vamos nós! — Ela disse ao colocar o cinto e dar partida no carro.
(...)
P. O. V. Normani Kordei
Meus lábios estavam tão bem ocupados com o delicioso café da manhã que Dinah tinha preparado.
Ela realmente se esforçava e isso aquecia meu coração. Dinah era a melhor pessoa do mundo e eu jamais poderia negar isso. Tê-la para o resto da vida seria como ganhar tudo em seus sonhos.
E meu sonho era Dinah Jane.
— Isso está tão bom, amor. — Exclamei a olhando. O sorriso largo de minha garota foi a coisa mais linda, cada vez mais linda. Me inclinei e dei um selinho em seus lábios macios. — Você é perfeita. — Falei ainda próxima de seus lábios. Eu não poderia estar mais feliz.
— Eu e você, somos perfeitas individualmente. — Disse e me deu outro selinho. — Mas juntas, é uma perdição. — Ri e agora segurei seu rosto com a mão livre, nossos lábios em um beijo com gosto de café. Ri ao separar nossas bocas e Dinah passou o nariz pelo meu, fazendo um carinho fofo e leve. — Amo você, Normani. — E nossa, acho que tive um ataque cardíaco. Encarei os olhos de Dinah que tinham um brilho tão único. Eu estava olhando para o Universo mais lindo.
— E eu amo você, Dinah Jane. — Afirmei com força. Eu sabia que poderia repetir aquilo milhares de vezes, mas nada seria comparado ao sentimento. Aquela coisa que consumia meu peito e me fazia sentir como se tudo fosse único.
Tudo era único. Inclusive quando Dinah estava no meio. Tudo era único e especial. Cada momento era.
— Você me deixa tão bem. Eu nunca senti isso antes. — A maior confessou com as mesmas palavras que eu usaria para falar sobre ela. Me perguntava se minha boca se rasgaria por conta do enorme sorriso que só crescia mais.
— Você é uma Deusa, não tenho dúvidas. — Acariciei sua nuca e puxei novamente para um beijo. Meus lábios foram tomados pelo macio e desejei ficar para sempre ali.
Eu sempre desejava ficar para sempre ao lado de Dinah.
Sempre.
(...)
Flashback on
— Vamos, Lauren. Sei que me entende. — Os lábios macios encontraram o pescoço exposto de Lauren, que já estava entregue.
Aquilo era errado e Lauren sabia quão ruim era tudo aquilo para sua saúde mental, mas apenas continuou ao sentir as mãos de Alexa adentrarem sua blusa.
— Eu vou mudar, prometo. — O gemido rouco de Lauren saiu assim que Alexa apertou seus seios por baixo do sutiã quando terminou sua promessa falsa.
Alexa sabia que não mudaria e Lauren também. Mas ela adorava prometer aquilo. Se custasse ter Lauren a fodendo mais uma noite, ela prometeria aquilo eternamente. Da boca para fora, eternamente.
— Eu amo você, Alexa. — Lauren sussurrou e olhou nos olhos da garota menor em seu colo.
Infelizmente era verdade. Lauren amava Alexa como nunca. Acreditava fielmente que ela era a garota para sua vida, mesmo com as traições. Mesmo com as brigas. Mesmo com o ciúmes.
Lauren acreditava que Alexa era a garota que ela casaria, só precisava ser paciente com a mulher que ainda não entendia que aquilo era um relacionamento fechado.
Mesmo em 3 anos de relacionamento.
— Uhum. — Foi a resposta de Alexa. Isso cortou profundamente cada pedaço do coração já cortado de Lauren.
Ela gostaria de chorar, mas isso foi logo deixado de lado quando os lábios de Alexa tomaram os seus em um beijo cheio de luxúria.
Nada de amor. Não da parte de Alexa.
(...)
P. O. V. Lauren Jauregui
Depois de trinta minutos tentando convencer Camila de sair de cima de mim para podermos ir ao parque e nos divertirmos, a garota saiu.
Mas só saiu quando a derrubei no chão e tive que dar vários beijinhos por suas costas, assim que a mesma bateu no chão com tudo.
— Não saio mais com você também. — Os braços cruzados e o bico nos lábios de Camila indicavam quão infantil ela era. Sorri e olhei de relance para a mesma, logo prestando atenção na estrada.
Eu estava dirigindo até a doceria perto do parque e Camila estava emburrada desde que saímos de sua casa. Aquela garota estava realmente mimada e era tudo culpa minha.
— Duvido repetir isso depois que eu te pagar um doce. — Falei e tirei uma das mãos do volante, levando-a até seu joelho. A garota deixou, mas não cedeu cem por cento.
— Hm, não saio mais com você. — Ah mas essa garota é abusada.
— Vou te levar para casa de volta então. — Franzi o cenho em uma falsa seriedade, mas convenceu Camila.
— Noom Lern! — Exclamou e colocou sua mão sobre a minha, parei o carro em frente a sorveteria em uma das vagas liberadas e sorri ao virar o rosto e encontrar o rosto latino emburrado e manhoso, provavelmente sobre meu comentário.
— Tudo bem, gatinha manhosa. Vamos logo comprar esses doces, hu. — Falei e deixei um beijo em sua testa. Sorri e sai do carro, logo Camila estava atrás de mim, segurando minha mão de forma carinhosa. Entrelacei nossos dedos.
Nós duas tínhamos ganhado intimidade com o tempo. Tinha dias que eu não saia da casa de Camila, apenas para trabalhar e a garota também. Aquilo era divertido, tínhamos uma amizade cheia de intimidades e brincadeiras, era realmente de se alegrar. Eu adorava estar com Camila, era um cantinho muito bom de se estar.
— Lolo. — Ouvi a voz de Camila assim que adentramos a doceria. Sua mão estava entrelaçada na minha e sua outra mão livre, segurava meu antebraço.
— Sim, pequena. — Respondi, andando até o corredor de chocolates. Percebi o corpo de Camila se agitar e sorri para a garota.
— Vai pagar um doce pra mim de verdade? — Perguntou esperançosa e vi seus olhinhos brilharem assim que peguei seu chocolate favorito. Meu coração errou uma batida e continuei a olhando.
— Sim, criança. — Respondi e a garota deu um pulinho de alegria. Eu me sentia tão sortuda por tê-la ali.
Inclusive sorrindo.
Flashback on
— É como se tudo fosse escuro demais. — A garotinha confessou entre lágrimas. Lágrimas não tão fortes quanto as anteriores, mas ainda eram lágrimas de dor. De agonia. — Eu tenho tentado sumir, Lauren. Eu estou comigo de mim mesma. — E novamente a agarrei em um abraço forte.
Meu coração disparou ao que ouvia a pequena contar sobre suas dores. Sobre seus machucados.
Sobre a bebida.
Aquilo doía tanto. Doía demais em mim, mas doía muito mais nela. E eu estava disposta a ajudar.
Eu precisava ajudar, porque não poderia perder Camila.
Não poderia perder aquele anjo.
— Eu estou aqui, Camz. Estou com você. — Falei e senti meus olhos lacrimejarem.
Eu jamais pensaria que estaria numa situação como essa. Era horrível pensar nisso. Eu sabia como era estar dos dois lados. Agora eu sabia.
Se eu pudesse, tiraria toda a dor de Camila e colocaria em mim. Não por falta de amor próprio, mas simplesmente por não aguentar vê-la daquela forma.
Não aguentar vê-la daquela forma e não saber como ajudá-la. Eu realmente não sabia.
(...)
P. O. V. Camila Cabello
— Você adora abajur ou eu sou doida? — Ouvi a voz rouca e sorri com sua pergunta. Senti os braços de Lauren rodearem minha cintura e não me importei de virar e dar um beijo em sua bochecha. A garota sorriu largo e voltei a olhar para a grande estante cheia de abajur's.
— Hmm… Gosto sim, mas você não deixa de ser doida. — Falei e ri com a cutucada que levei na cintura. Coloquei minhas mãos sobre as suas, por cima de minha barriga e apenas continuei ali. Eu queria me mover para olhar outras luminárias, mas o abraço estava tão gostoso que não me importava de decorar o preço daquela seção a minha frente.
— E você não deixa de ser irritante. — A maior disse ao pé de meu ouvido e suspirei ao sentir um longo selinho em meu pescoço.
Mas logo suas mãos me soltaram. Me virei de frente para a garota de boné e rabo de cavalo.
Ah como aquela roupa estava sexy.
Ela parecia tão… Deuses.
— E você não deixa de ser linda, não é? — Joguei na lata assim que meus braços rodearam seu pescoço e olhei em seus olhos. As mãos de Lauren seguraram minha cintura e seu sorriso foi largo para mim. Um sorriso sincero e bonito, mostrando seus dentinhos perfeitamente alinhados e branquinhos.
— Pergunto o mesmo de você, Karla Camila. — Sua voz saiu tão linda. Como música para meus ouvidos. Senti meu corpo vibrar.
Oh sim, era um dos efeitos que Lauren causava em mim. Meu corpo vibrava com suas palavras e seus toques certeiros, e eu era louca nela. Tão louca.
(...)
P. O. V. Lauren Jauregui
— Camila, você vai cair e morrer entalada com esse chocolate! — Gritei ao ver Camila correr na minha frente para sentar no nosso costumeiro banco.
Ri ao ver a garota se jogar no banco de forma desajeitada, quase fazendo sua barra cair, mas ela a segurou com força. Continuei caminhando com calma até chegar a pequena garota, que comia o chocolate como uma criança.
— Você é a melhor pessoa do mundo, Lauren. — Ela exclamou balançando os pés para frente e pra trás. Sorri e sentei ao seu lado, deixando a sacola ao lado vazio. Camila realmente parecia ter cinco anos e aquilo era adorável.
— Só diz isso porque te comprei doce. — Cruzei os braços e abri a pequena barra de meu chocolate, levando até os lábios e saboreando o biscoito envolto de tanto chocolate.
— É veldadi. — Falou de boca cheia e ri com sua pronúncia errada. A garota estava toda fofinha na minha frente. Era uma preciosidade. Aquelas joias raras.
Balancei a cabeça e levantei com calma, para então jogar a embalagem no lixo mais próximo.
Assim que fiz isso, parei para olhar o céu e fiquei observando. Tantas estrelas. Inúmeras estrelinhas lindas que compunham aquela noite como uma melodia silenciosa.
Não sei quanto tempo fiquei parada observando, mas não tinha motivos para parar de olhar. Não tinha mesmo.
— Leern! — Ouvi a voz de Camila e a olhei. A garota sorriu e fiz o mesmo, mas logo bufei ao ver seu braço estendido em minha direção, com a embalagem de plástico vazia de seu chocolate. — Você está de pé. — Ela deu de ombros e sorriu mais ao me ver caminhando lentamente até si.
(...)
P. O. V. Normani Kordei
— Que tal almoçarmos fora? — Ouvi a voz leve de Dinah assim que a porta do banheiro se abriu. Sorri ao vê-la secando os curtos cabelos com minha toalha. — Não estou muito afim de fazer comida e podemos aproveitar o dia fora, ein? — Ela disse e balancei meus pés apoiados na cama. Concordei com a cabeça e seu sorriso foi largo.
— Queria dormir mais. — Disse e me joguei para trás, na cama. Olhei pro teto e logo fechei os olhos para então sentir uma leveza em meu corpo. Em seguida, o colchão afundou ao meu lado e não abri os olhos para ver, senti o peso de Dinah em cima de mim. Suas pernas de cada lado de minha cintura.
— Quer cochilar antes de irmos? Está cedo ainda. — Concordei com a cabeça e senti seus lábios na pele de meu ombro. Subindo por meu pescoço e parando em minha bochecha. Levei as mãos para suas coxas, mas continuei com os olhos fechados.
Seus lábios distribuíam beijos por todo meu rosto e eu não poderia me sentir mais feliz. Era tão bom sentir Dinah, não importava a forma que fosse.
— Então durma, princesa. — Disse perto de meu ouvido e sorri ao sentir mais beijos por todo meu rosto. Logo a leveza invadiu meu corpo e não percebi quando cai no sono.
(...)
— Lauren, eu não gosto mais de você, entenda. — A voz soou baixa e o coração de Lauren já estava partido o suficiente, mas agora, cacos pequenos demais foram estraçalhados em seu peito.
Era sua aparência. Lauren jurava que era sua aparência que interferiu no fato de Alexa não à amar e se contentar com ela.
Era dolorido para Alexa deixar sua zona de conforto. Na cabeça dela, ela poderia enganar Lauren eternamente até conseguir um lugar melhor para ficar. Mas não seria isso que ela faria, não agora. Não depois de descobrir em outra pessoa, o que jamais tinha sentido por Lauren.
— Me explica, Lex. Por favor, me explica. Eu prometo tentar mudar. — Os olhos verdes estavam cheios de lágrima e a voz rouca estava cheia de insegurança. Dor. Solidão e medo.
Alexa a fazia se sentir assim. Insegura, menor. Pequena. Mesmo que sem intenção.
Até mesmo porque a mulher quis machucar Lauren, não era seu objetivo. Jamais fora.
Mas assim que conheceu outras coisas. Outras pessoas. Assim que percebeu que o que sentia por Lauren era mera atração física, não fez nada. Não fez nada para mudar aquilo. Apenas piorou a situação frequentando bares e conhecendo garotas e garotos.
Não permitiu que Lauren fosse embora, sabendo que a garota gostava de si. Porque de uma forma ou outra, Lauren estaria lá quando ela caísse, como ninguém estaria.
— Não, Lauren. Não dá. Eu não te amo mais e encontrei alguém que me desse isso. Eu sinto muito, nunca quis te magoar, mas eu nunca amei você de verdade. — As palavras foram como facas no coração da maior.
As lágrimas rasgavam seu rosto como lâminas que perfuravam sua pele sem dó.
Então Alexa se levantou e pegou sua mala já pronta, caminhou até a porta e não olhou para trás ao sair dali. Deixando para lá, a garota que se quebrou. Se partiu ao meio.
E foi depois daquele dia que Lauren se fudeu. Se fudeu na vida para se encaixar em si mesma.
Paranoia. Medo. Angústia. Insegurança. Ódio. Terror. Amor.
Tudo aquilo cortou seu peito e seu ano como um pedaço de carne sendo separado ao outro.
Os 21 anos de Lauren foram os piores. Foi o pior ano de sua vida.
Foi quando ela se sentou na banheira e desejou que tudo acabasse.
(...)
— Lauren? — A voz baixinha chamou a garota mais velha, que estava com as mãos atrás da cabeça como forma de apoio e olhava para as estrelas, tentando contá-las. Sua atenção foi tomada pela baixinha ao seu lado que fazia leves carinhos em sua barriga.
— Estou aqui, pequena. — Lauren sorriu e olhou para Camila, desistindo de contar as estrelas.
O corpo da menor já estava virado em sua direção à algum tempo, apenas observando a respiração leve e calma. Observando os traços de Lauren e se perguntando em como aquela garota poderia ser tão linda.
— Obrigada por estar aqui. — Camila sorriu largo e Lauren se virou na direção da menor. Agora as duas estavam frente a frente, se encarando sobre a luz do luar.
— Eu que agradeço, Camz. — A maior levou uma de suas mãos até o rosto de Camila e acariciou sua bochecha, a menor sorriu com o toque e fechou os olhos.
Lauren se perguntava se alguma vez na vida já tinha visto alguém tão lindo assim. E logo chega a conclusão que: não. Não tinha visto.
Camila era tão linda que parecia até desumana. Com certeza era um anjo na terra que veio para distrair Lauren da melhor forma possível, e a lembrar de que era boa.
Sorriu mais ainda com o pensamento.
P. O. V. Lauren Jauregui
Observar Camila era um passa-tempo maravilhoso.
Eu realmente não sabia de certo o que essa garota me causava, mas ela me fisgava. Eu era um peixe indefeso e inocente, e ela era o anzol.
E ops, eu acabei caindo nessa.
Mas eu não estava sufocando, então essa metáfora não era boa suficiente. Eu não estava sufocando dentro de mim mesma, ou sufocando por falta de algo.
Mas talvez eu sufocaria com o excesso de algo.
Algo que jurei que não queria sentir novamente, porque realmente não queria. Mas, estar com ela, mudava tudo. Mudava demais.
Era como se nada pudesse dar errado e nada pudesse ser ruim. Cada parte sua parecia angelical demais para ser realmente real. Não poderia ser de verdade.
Meus dedos se arrastaram por sua pele até chegar em seus cabelos e acariciei ali.
Será que se eu beijasse um anjo, eu iria para o céu?
Encostei minha testa na sua e continuei a observando enquanto seus olhos estavam fechados. Uma expressão serena com uma pitada de prazer cobria seu rosto.
Nem percebi quando prendi o ar, mas seus olhos se abriram e eu pude ver o universo novamente.
Oh sim, no céu tinha tantas estrelas. Mas você era a mais brilhante de todas, Karla Camila.
A mais brilhante, pequena.
— Lauren. — Sua voz foi como um sussurro. Não ousei responder. Meu coração estava disparado demais e minha boca estava seca demais.
Minha mente estava ativa demais e meu coração também.
Oh céus, se eu beijar um anjo, eu vou para o céu?
— Lauren. — Camila chamou de novo e continuei a olhando. — Me beija.
E foi aí que não hesitei. Com calma, segurei sua nuca e continuei encarando seus olhos. Alguma coisa me transmitia neles e eu não fazia ideia do que era, mas eu queria olhá-los para sempre.
Senti sua macia mão tomar minha bochecha e um choque leve percorrer por todo meu corpo, chegando na ponta de meus pés e na boca de meu estômago.
Um frio passou por meu corpo e não me importei.
Esses eram seus efeitos sobre mim.
Então arrastei meu nariz pelo seu e vi seus olhos se fecharem. Mas eu não estava preparada para fechar os meus, então continuei roçando nossos narizes.
Eu espero ir para o céu depois de beijar um anjo.
Então tomei seus lábios com calma.
A explosão de sentimentos foi tão grande que segurei seus cabelos de maneira mais firme entre meus dedos.
Primeiro foi um selinho, mas não resisti em aprofundar.
Eu queria você, Camila Cabello. Eu queria você para a vida inteira. Queria ter você para sempre aqui.
Separei nossos lábios e respirei fundo. Encontrei seu olhar e não pude deixar de sorrir quando Camila fez o mesmo.
Sim, eu iria pro céu ao beijar um anjo.
Então nossos lábios se tomaram novamente, ao mesmo tempo. Numa conexão inexplicavelmente única. Uma coisa nossa. Estávamos no nosso mundo. No nosso paraíso.
Minha língua se encontrou com a sua e eu soube o que era perfeição. Sim, aquilo era a perfeição. Nada poderia ser mais perfeito do que minha língua na sua.
Nada poderia ser mais perfeito do que sentir sua mão no meu rosto. Seus cabelos em meus dedos. Sua boca na minha e meu coração dançando com o seu.
Oh, o céu era tão magnífico, Camila. Você está aqui também?
O que nos impediu foi o ar. Mas eu jurei que não me importei. Nossos olhos se encontraram e eu senti você. Senti você em mim. Você estava ali. Estava ali quando continuou segurando meu rosto e sorriu largo, passou a língua sobre os lábios e se aproximou.
— Me beije para sempre, Lauren. — Então eu estava sentada num trono, no céu. E você estava ao meu lado.
Antes de tomar seus lábios nos meus, sorri e agradeci por seu pedido.
Agradeci a quem quer que fosse. Eu o realizaria.
— Eu beijo. — E foi.
Eu jamais encontrei algo tão macio quanto sua boca. Quanto você.
Gemi baixinho ao sentir os lábios se pressionarem aos meus com mais desejo. Mais amor. Mais coração.
Era aquilo.
Era amor.
Me perguntei o porque demorei tanto para entender.
Ces ainda vão me ameaçar de morte ou tô livre já?
Presente pra você, estrelinha pires_evelyn he
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