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SOS

Ludmilla não estava exatamente sendo gentil como normalmente era. Não depois de eu ter mandado a garota embora e não a ter procurado por semanas. Talvez ela estivesse chateada. Ou talvez, construindo um plano para me tirar de Willian.

Balancei a cabeça em negação. Não poderia confiar nessa hipótese, era ridícula e burra demais. Ludmilla não faria isso. Mas, não acreditaria em suas palavras à não ser que tenha provas.

Eu confiava nela, mas confiava mais ainda em Will. Ele era meu marido, eu não poderia simplesmente desconfiar do homem com poucas palavras de Ludmilla. Suspirei!

Tirei o roupão e coloquei uma blusa leve de pijama, logo em seguida, minha calça.

(Lud💜): Bem, se for o que quer, tenho.

Ludmilla responde e me confundo com a conversa. Olho para minha mensagem e compreendo a resposta. "Podemos conversar?" foi o que eu perguntei, quase me bati por tal ato. Eu não sabia o que falar.

(Bananasbru): Quer me encontrar em algum lugar?

Não imaginava como olharia para Ludmilla sem tamanha vergonha me incomodar, mas eu tinha que me lembrar que tudo aquilo poderia ser o que fosse. Não sabia o que estava por vir.

(Lud💜): Onde quiser.

Fechei os olhos com força e apenas respirei fundo. Bloqueei o celular e segurei o mesmo, fui até a porta e abri. Olhei para Willian que estava dormindo sobre a cama, largado em uma posição pouco confortável, sorri fraco.

Caminhei até o corpo do homem desacordo, e sorri. Ele era lindo, era impossível negar. Talvez o mais lindo que eu já pudesse ter visto. Ajoelho ao lado de seu corpo e toco seus cabelos. Meu marido.

- Will. - Chamei baixinho, minha mão alisando seus cabelos curtos que cresciam rapidamente. O homem enrugou o nariz e se mexeu resmungando. - Vá se trocar para dormir direito, querido. - Disse em um tom mais alto. O homem se mexeu e logo abriu os olhos. Um sorriso encantador saiu de seus lábios, os meus o copiaram.

- Obrigado por ter me acordado. - O homem segurou minha mão livre e levou até os lábios, beijando com carinho e calma, meu coração disparou. - Eu amo você. - Seus olhos brilharam e sua mão levou a minha até seu peitoral, na altura de seu coração.

- Eu amo você, querido. - Curvei meu rosto aproximando meus lábios aos deme, seus olhos presos no meu fizeram com que meu corpo se sentisse leve. Meus lábios encostaram nos seus com calma e senti a maciez ali. Sua mão se enroscou em meu cabelo e me puxou mais pra perto, um beijo mais profundo. Minha mão ainda estava em seu peitoral, tremendo.

- Me desculpa por tudo, okay? - Sua voz saiu baixa quando terminamos o beijo. Sua testa encontrou a minha e eu mantive os olhos fechados. Willian era maravilhoso. Assim que abri os olhos, encontrei os de meu marido e minhas bochechas queimaram ao ver o brilho tão apaixonante.

- Eu amo você. - Foi tudo o que consegui dizer. Willian beijou minha bochecha e levantou com calma. Seus cabelos estavam bagunçados e sua roupa amassada, sorri para ele quando nossos olhares se encontraram.

- Me espere aqui, não vou demorar. Quero dormir junto à você nesta noite. - Minhas bochechas queimaram novamente. Eu ainda estava ajoelhada sobre a cama. Will se aproximou e bicou nossos lábios, me derreti e assento com a cabeça.

(...)

Não quis responder Ludmilla durante os 10 minutos que esperei Willian. Naquela noite ele parecia exatamente a pessoa pela qual me apaixonei, e jamais poderia imaginar o homem fazendo tal coisa como Ludmilla citou, era loucura pensar nisso.

Eu estava deitada, debaixo das cobertas quentes sobre a noite fria. Willian abriu a porta do banheiro e sorri ao velo. Ele estava com uma blusa colada, verde escuro, mostrava seu peitoral musculoso e os bíceps e uma samba-canção azul escuro.

- Muito sono por aí? - Willian perguntou e eu ri. Seu corpo se aproximou da cama e deitou ao meu lado, virado para mim, seus lábios encontraram os meus e sua mão deslizou para minha cintura. Com certeza era loucura o que Ludmilla disse.

- Demais, estava esperando por você. - Beijei a bochecha de Willian e me virei de costas para ele, seus braços enlaçaram minha cintura e naquela noite eu pensei que poderíamos voltar a ser felizes.

(...)

Pov. Ludmilla Oliveira

Brunna não respondeu minha mensagem, não me dei o trabalho de enviar outra.

Eu estava sentada no sofá, meus pés em cima das coxas de meu pai que estava sentado do outro lado do sofá. Tínhamos acabado de comer uma pizza quase inteira, agora assistíamos à um programa besta sobre ex-namoradas malucas.

- E você, Lu, como vai com as meninas? - A voz de meu pai saiu mais alta que o volume da TV, me agradeci por ter apagado as luzes, minhas bochechas queimavam.

- Minhas amigas? Vão bem, nada demais, Ohana está saudável e Larissa mais ainda. - Desviei o assunto olhando para a televisão. A risada de Renato foi alta.

- Sabe do que estou falando, Ludmilla, não tema dizer. - O homem disse e quase tive vontade de fingir que estava dormindo, mas não tive tempo suficiente. Suspirei.

- É, a última foi Alexa, você sabe. Nada mudou até aqui. - Falei baixo e ouvi meu pai respirar fundo.

- Sabe, Ludmilla, muitos males vem para bens. Pode achar que não, mas você vai encontrar o melhor logo. - Sinto um carinho amigável na panturrilha e encaro meu pai, sorrio.

- Sua barba está grande. - Desvio o assunto e volto a olhar para a televisão.

- Sua mãe. Sabe como é, ela adora minha barba e pediu para deixar crescer um pouco, talvez seja mais elegante. - Ele se vira e sorri, retribuo.

- Como está Luane?

- Vai bem, quase arranjou um namoradinho, ou arranjou, não sei. Está louca para vir te ver, na real, ficamos tanto tempo sem te ver. - Tiro minhas pernas de cima de meu pai e levanto, minha cabeça encosta em seu ombro.

- Eu estava morrendo de saudades de você. - Falo baixinho e abraço o homem forte, sua presença me dava a sensação de segurança. - Estou com saudades de todos vocês.

- Todos estão morrendo de saudades de você, Lud. Não sabe a falta que faz, Silvana ainda confunde os nomes, troca Luane por Ludmilla ou Yuri por Ludmilla. - Sua barriga se mexe em meu braço coma risada alta que Renato deu, ri também. Minha mãe sempre foi assim, meio perdida entre os filhos. Nunca me incomodei. - Sabe como é, né. Mas, como está o Motel? Tudo indo certo? - Eu quase sempre me esquecia de meu emprego sempre que estava longe de lá. Suspirei quando meus pensamentos voaram até Brunna, mas logo se dissiparam.

- Está tudo bem, na real. Bem movimentado, estamos lidando muito bem e cada vez parece melhor. - Preferi não falar nada sobre Brunna e nem nada ligado à ela. Ainda mais que, Brunna jamais foi e jamais será minha única cliente. Não entendo a exclusividade que tratei a garota, é ridículo pensar nisso. Dei de ombros. - E como vai a vovó? - Meu peito doeu em saudades, aquela mulher era meu centro, a pessoa que me mantinha viva nas horas mais difíceis.

- Você não imagina, Lu. Ela saiu do hospital e nunca à vi tão animada, adora caminhar por aí apenas por diversão, para fazer algo, sabe? Silvana que é muito preocupada e sempre vai com ela, mas fico feliz que a mãe esteja bem. - Orgulho era evidente na fala dele e senti meu coração aquecer com todo o amor em meu peito. - Bem que elas gastam quase duas horas no parque, andando e conversando, mas sinto que seja bom pras duas, voltam mais leves, sabe? Mais calmas, como se tivessem jogado todos os problemas para que o vento levasse. - Conseguia imaginar minha mãe e avó andando juntas no parque, calmamente, numa tarde calorosa. - Às vezes, Lud, tudo o que a gente precisa é de uma boa companhia para se andar no parque. - Foi aquilo que me fez imaginar que no fundo, meu pai soubesse todas as minhas brigas internas e todas as feridas que jamais se curavam.

(...)

Acordei com o sol em meu rosto e me xinguei por ter esquecido a janela aberta pela segunda vez nesta semana. Dormir tarde da noite não era uma escolha muito boa, mas lembrando que passei todo o tempo com meu pai, conversando sobre a família, problemas e coisas casuais, me fazia pensar que era aquilo que eu precisava. Meus ombros mais leves diziam o mesmo.

Caminhei até o banheiro com preguiça e tirei a roupa. Liguei o chuveiro e entrei, sorri ao sentir a água quente bater em minhas costas.

Meu sorriso não durou muito até que meus pensamentos me levassem até Brunna novamente. Me perguntei se a garota se arrependeu de ter enviado aquela mensagem. Mas, eu não insistiria, estava disposta a ligar para Ohanna e dizer que não deveríamos ter plano algum e que Brunna não se importa.

Assim que terminei o banho, segurei meus cabelos e tirei o excesso de água. Não ligava para o que ela pensava de mim. "Quem avisa, amigo é" segundo minha mãe. Dei de ombros e saí do banheiro com uma toalha enrolada na cintura. Fui em direção ao armário e escolhi um sutiã e uma cueca, ambos de cores pretas.

- Hoje vai ser um dia bom, Ludmilla - Falei para mim mesma enquanto colocava a cueca. Não precisava me repreender por nada, não devia nada para ninguém. Se Brunna pensa que sou uma mentirosa, ela está enganada. Não sou nenhuma heroína para tentar salvar seu relacionamento.

Meus pensamentos se perdem quando ouço o som de notificação do celular. Coloco uma blusa e vou em direção a cômoda para pegar meu celular, olho a mensagem e percebo que é Brunna.

(Little Bru♡): Parque?

Reviro os olhos e deixo o celular onde antes estava, não responderia agora, estava feliz demais pra isso. Volto a me trocar e saio em direção à cozinha.

- Bom dia, criança dorminhoca. - Ouço a voz animada de meu pai e encontro o homem dançando uma música que logo identifico ser alguma do Queen. - Acordou mais cedo hoje, aprendeu isso? - Ele diz quando caminho até seu lado e dou um beijo em sua bochecha, o cheiro de panqueca invade minhas narinas.

- Deixei a cortina aberta, o sol me despertou. - Fui até a geladeira e peguei o suco de laranja que tinha ali, meu favorito. - Pizza e panquecas, está me bajulando? - Pergunto rindo e meu pai solta uma risada gostosa.

- Longe disso, só estou sendo eu mesmo, ou seja, o melhor pai do mundo. - Renato assobia no ritmo da música e sua alegria me contagia mais. - Como poderia pensar que estou te bajulando, isso deveria ser ao contrário, vai me dar aquele relógio quando? - Sorrio ao lembrar do relógio que meu lai pediu à anos atrás. Eu disse que um dia compraria, mal ele sabia que não prometi nada para essa vida.

- Quando eu ficar rica, papai, muito rica. - O relógio custava mais de 30 mil dólares e eu sempre me perguntava o por que de alguém inventar algo tão caro como aquilo.

- Devo esperar sentado ou deitado? - Me zoa e dou a língua para ele, o mesmo repete meu movimento e coloca algumas panquecas em meu prato. - Vamos em algum restaurante hoje? Talvez fazer uma visita à Alfredo, tem ido lá? - Corto um pedaço da panqueca e coloco na boca. Era impossível não revirar os olhos de tão gostosa que tava. Meu pai fazia as melhores panquecas do mundo e é louco quem negue.

- Fui lá à algumas semanas com uma amiga. - Falei de boca cheia e meu pai me olhou torto, odiava quando falava de boca cheia.

- Nojenta. Enfim, levou Ohanna para conhecer Alfredo? - Sempre me esquecia quão curioso meu pai era.

- Não. - As sobrancelhas grossas se levantam e limpo o canto da boca antes de falar. - Era Brunna, você não conhece. - Papai senta à minha frente com panquecas no prato e encheu nossos copos de suco de laranja.

- Onde conheceu? - Pergunta mordendo o primeiro pedaço de sua panqueca.

- Hm, no Motel. - Falo baixinho. Meu pai para de mastigar e me olha imediatamente.

- Sua "amiga" Brunna que conheceu no Motel? - Ele pergunta debochando, sinto minhas bochechas queimarem.

- Ela é casada!

- Brunna! - Minha fala não ajudou muito com a mente de meu pai, quase bati a mão em minha própria testa.

- Somos apenas conhecidas. Estávamos formando uma amizade, pai. - Falo e o homem sorri. Uma de suas sobrancelhas se levantam e pesquiso em minha mente uma forma de sair daquela conversa o mais rápido possível.

- E você levou a menina na cafeteria?

- Eu levaria qualquer amiga na cafeteria. - Argumentei e quase me bati, queria enfiar minha cabeça em um buraco.

- Pelo que eu saiba, em todos os 4 anos de amizade com Ohanna, você nunca à levou na cafeteria. - Ele colocou outro pedaço de panqueca na boca e quase engasguei com o suco que estava tomando. O homem sorriu de lado e sabia que ele estava se achando vitorioso.

- Brunna é uma amiga, ou era. Nada mais do que isso, ela é casada. - Falo e encolho os ombros. Gostaria que não fosse verdade, no caso, que ela fosse casada com Willian. Ela merecia algo melhor do que um homem como aquele.

- Então tudo bem, chega de Brunna. Quer ou não ir lá? - Expiro aliviada pela troca de assunto, minhas bochechas ainda queimavam e eu não sabia porque estar tão envergonhada.

- Claro que sim, estou afim de comer doce mesmo.

- Panquecas não são o suficiente? - Meu pai pergunta e logo depois faz uma pose de ofendido quando nego com a cabeça. Dou risada de sua cara e terminamos de comer com conversas casuais.

Pov. Brunna Gonçalves

Não era uma manhã ruim. Willian me acordou para que pudéssemos tomar café da manhã juntos. Eu realmente fiquei confusa com toda sua mudança de humor, mas aceitei rapidamente passar a manhã com ele. Era domingo e eu não trabalharia hoje. Ludmilla não respondeu a mensagem que mandei enquanto tomava um banho, não me importei muito também enquanto sentava no sofá e desfrutava dos lábios de Willian.

Seus cabelos estavam presos em meus dedos enquanto sua mão estava na minha cintura. Estávamos numa sessão de beijos à algum tempo, talvez 10 minutos ou mais. Eu ainda estava de pijama quando Willian sentou ao meu lado do sofá e disse o quão bonita eu estava.

- Fico feliz que hoje seja domingo. - Foi o que ele disse quando afastei meus lábios dos seus. Respirei fundo e sorri.

- Não tem ideia do quão feliz estou por estar aqui. - Meus dedos bagunçavam seus cabelos e não me importei quando suas mãos deslizaram da minha cintura para minha bunda.

- Você fica linda nesse pijama. Tão sensual. - Não aguentei e quebrei a distância de nossos lábios. A televisão estava ligada, mas nenhum de nós se importou com o que passava. Não quando estávamos ocupados um com o outro. As mãos de meu marido apertaram minha pele e arfei em sua boca.

- Eu amo você. - Digo baixinho assim que nossas testas se encostam, sento em seu colo e sorrio com seu olhar para mim.

- Também, Gonçalves. Também. - Meu sorriso quase morreu quando os olhos de Willian pareciam mais escuros por milésimos de segundos, mas perdi esse pensamento quando uma de suas mãos alisou meu rosto. - Quero você agora. - Ele diz e mordo o lábio em nervosismo. Não achava que meu corpo estava adequado para que Willian olhasse. Meus braços ainda tinham vergões e minha barriga também. Minhas pernas ainda doíam um pouco. Sorri e concordei.

- Claro. - Biquei nossos lábios e senti suas mãos adentrarem minha calça e apertarem a pele de minha bunda por cima da calcinha. Willian riu malicioso quando me deitou no sofá e me entreguei para ele.

(...)

Quase reclamei com a dor que sentia em meu corpo. Minha cabeça doía e meus braços pareciam gritar. Resmunguei quando levantei do sofá e olhei para Willian dormindo. Peguei minha calça e vesti.

Eu não sabia o que tinha acontecido comigo, mas aquilo não me agradou muito. Willian foi um pouco bruto demais quando me colocou deitada de frente para si e não se importou em parar enquanto minha cabeça batia no braço do sofá. Foi mais bruto ainda quando me virou de bruços e apertou meus braços contra o sofá, não parou quando não me sentia molhada para ter uma penetração. Não parou quando pedi.

Meu corpo com certeza estava errado. Senti minha visão escurecer um pouco quando caminhei para o quarto, minhas pernas doloridas e minha intimidade também. Eu deveria ter gostado da brutalidade de Willian. Meu corpo estava errado. Eu deveria ter gemido pra ele continuar e não ter quase implorado para Deus que ele parasse.

Senti meu coração disparar e entrei no quarto. Eu deveria estar feliz. Peguei meu celular e entrei no banheiro para um banho. Eu deveria ter gostado, a gente não transava a muitas semanas. Sentei de costas para a porta e me encostei na madeira gelada. Ele não se deu o trabalho de tirar minha blusa, acho que não queria ver meus hematomas. Eu deveria ter gostado.

Fechei os olhos e senti no fundo do meu corpo uma leve falta de ar. Abri os olhos e pequenas estrelas brilhavam e minha visão que escurecia. De repente as paredes pareciam mais próximas, o banheiro parecia menor. Por que eu não gostei? Os dedos dos meus pés formigaram e os das mãos também, eu estava errada, eu era errada. Senti meus machucados doerem mais, meu coração apertar mais. Por que eu não gostei? Minha garganta fechou e era como se eu estivesse no fundo do oceano, em busca de ar.

Me faltava ar. Meu estômago estava revirando. De repente minhas mãos suavam contra a pele de meu joelho. Minha garganta se fechou mais e minha cabeça doeu com força. Uma vontade de chorar subia com força em meu peito. Onde eu estava? Olhei para a parede ao meu lado e tentei alcançar a mesma. Meus dedos não à tocaram, mas eu estava tão próxima dela.

Nunca tinha reparado em como meu banheiro era tão pequeno. Lágrimas começaram a escorrer por meus olhos, de uma forma que não conseguia limpá-las, eu tremia. Meu estômago se revirou forte demais para que eu pudesse aguentar, engatinhei até o vaso e abri com as mãos trêmulas. Por que não gostei? Minhas lágrimas caiam, molhavam minha bochecha e nariz, queixo e até pescoço. Por que eu me odiava? Senti um nojo forte de meu corpo. Me perguntava se alguém poderia ser mais nojento que eu, cheguei a uma conclusão. Meu estômago se revirou novamente e em um impulso, o líquido saiu de minha boca. O cheiro forte me fez vomitar mais uma vez, e outra e outra. Eu tinha chego em uma conclusão: ninguém poderia ser mais nojento que eu. Vomitei mais e mais, minha barriga doía a cada vez que meu estômago fazia força para que o líquido subisse.

Minha mão tocou em meu lábio e lágrimas rolavam incessantemente por meus olhos. Eu não tinha gostado. Mais um impulso de vômito subiu e quase vomitei em meus dedos. Eu não tinha gostado, era nojento.

Me encostei na banheira e olhei pra cima. Por que meu corpo estava tão fraco? Por que eu era tão errada? Por que eu estava tremendo tanto? Minha visão estava escurecendo aos poucos, meus pulmões não puxavam ar suficiente e minhas mãos não tinham força para se manter em lugar algum.

O que eu tinha de errado?

(...)

Pov. Ludmilla Oliveira

Eu odiava os ataques de riso que Renato me proporcionava. Eu estava jogada no sofá, tentando me desvencilhar de suas grandes mãos que tentavam encontrar um ponto em mim para que eu sentisse cócegas. Estávamos a quase 5 minutos nessa. Meus pulmões não puxavam ar com força suficiente quando me engasguei com outra risada quando meu pai coçou minhas costelas me fazendo rir loucamente. Sua gargalhada se perdia com a minha toda vez, ele adorava me fazer cócegas, desde sempre. Eu adoraria me vingar, seria a melhor vingança de todas.

- P-para p-por favo-or. - Quase gritei me debatendo. Seus dedos tocavam minhas axilas, costelas e pescoço. Eu gostaria que ele tivesse um mínimo de compaixão e simplesmente parasse de me fazer cócegas, aquilo era tortura.

- Peça desculpas então. - Ri mais alto quando ele decidiu que daria mais atenção à meu pescoço, quase morri nessa hora. - Peça desculpas, Ludmila Oliveira! - A voz dele sai mais alto que minha risada e meu pai para um momento, aproveitei para tomar fôlego e tentar sair de perto dele.

Assim que abri a boca para falar,  Renato voltou a fazer cócegas. Sentia lágrimas em meus olhos de tanto rir, meu corpo apenas não parava de se debater.

- D-desc-ulpa, pa-papai. - Gritei.  Renato riu alto de meu desespero e quis xingar meu pai, mas não tinha ar suficiente para isso.

- Não entendi uma palavra do que disse, pode repetir? - Esse palhaço me paga!

- Desculpa, papai! - Grito mais alto puxando todo o ar do mundo para isso. Fazendo uma careta, meu pai para com as cócegas e sorri para mim, senta no sofá e zomba de meu cabelo.

- Tá parecendo um leãozinho. - Ele diz rindo, puxo com força e levanto fazendo uma careta para o homem. - Se não fosse chata, não mereceria cócegas. - Sorrio ao ouvir a frase de sempre. Todo final de crise de cócegas era isso, ele zombava da minha cara vermelha e cabelo bagunçado e logo depois dizia que eu era chata demais.

- Eu deveria te fazer cócegas até me implorar pra parar. - Parei de frente para ele e cruzei os braços. O homem riu e apontou para meus cabelos, fiz um biquinho. - Você é insuportável, pai. - Ainda me impressionava como Renato conseguia me fazer esquecer os problemas quando estava por perto. Piadas eram o seu forte e me fazer rir era o seu objetivo.

- Vá arrumar essa juba, pequena leãozinho, vamos à cafeteria. - Dou a língua e corro para longe antes que houvesse outra crise de cócegas.

(...)

Estava pronta para sair, apenas esperando Renato sair do banho e se trocar. O homem demorava muito mais do que eu para se trocar, isso era óbvio. Estava largada no sofá, minha coluna com certeza estaria brigando comigo por conta da postura. Ri ao imaginar minha coluna saindo de dentro de mim para me dar um sermão.

Estava nas redes sociais, passando coisa por coisa, nada interessante. Curti todas as publicações que apareceram, enviei algumas para minhas amigas.

O som de notificação me fez franzir o cenho, cliquei e vi que era um grupo.

planos SOS: Ohaana, Lari e você

(Ohaana): Conversaram, Oliveira?

(LudmillaMe): Ela perguntou se queria encontrar ela algum lugar, respondi que sim e não vi a resposta até agora.

(Ohaana): Vá olhar.

Reviro os olhos e faço o que Ohaana disse. Saio da conversa e entro na de Brunna. Releio as poucas mensagens daquele dia e leio a nova.

(Little Bru♡): 20h no parque?

Suspiro e cruzo minhas pernas. Penso numa resposta, mas não sabia muito o que dizer. O convite para me retirar foi realmente chato, não queria que as coisas terminassem daquela forma naquela noite.

(LudmillaMe): Sim.

Eu lutava para entender que, talvez Brunna precisasse de um tempo. Mas, não sabia o porque de ter ficado tão chateada. Era ridículo e absurdo pensar que aquilo me atingiu de uma forma profunda.

planos SOS: Ohaana, Lari e você

(LudmillaMe): Ela disse para nos encontrarmos no parque. Eu vou.

(Ohaana): Não fique brava, Lud. Ela precisa de um tempo. Nós vamos ajudá-la com um sinal de que ela quer ajuda. O plano só vai dar certo se ela demonstrar que precisa desse plano.

(LudmillaMe): Tenho medo de que ela pense que sou uma traidora.

(Lari): Ela pode até pensar, mas você sabe que não é. A verdade que habita em você, é a que você vai carregar pra sempre, ela acreditando ou não.

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