Restaurante
Olá! Desculpa a demora pra atualizar, estava em semana de prova e ainda estou me acostumado com provas presenciais. Kkk
Boa leitura.
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Pov.Ludmilla Oliveira
(LudmillaMe): Estou indo. Tudo bem?
(Little Bu✨): Estou terminando de me arrumar :)
(LudmillaMe): Quando chegar te mando mensagem, baby😊
Travo o celular e coloco-o em cima da pia de mármore do banheiro. Me olho no espelho pela décima vez e arrumo meu cabelo para o lado direito. Reparo na maquiagem leve, nada exagerada. Sorrio para mim mesma e pego meu celular em cima da pia. Coloco-o no bolso de trás da calça preta. Olho para meu conturno e os cadarços estão amarrados. E por fim, estava com uma blusa preta de manga curta, levaria um casaco caso fizesse frio.
Passo perfume, desligo a luz do quarto e vou diretamente para a sala. Pego as chaves do carro e da porta da frente, verifico meu celular e carregador. Desligo a luz da cozinha e deixo a da sala acesa. Vou até a porta tentando pensar se estava esquecendo de algo, mas, aparentemente não.
Abro a porta e sinto uma leve brisa, fecho-a e ando pelo jardim em direção ao meu carro. Destravo-o e entro, coloco meu celular no apoiador de centro e ligo o carro. Olho-me pelo retrovisor central e sorrio com o resultado.
— Está tudo certo, Ludmilla. Você está linda, nada de ruim vai acontecer. — Eu sempre repetia essas palavras para mim assim que tinha que sair de casa, não importa para onde fosse. Foi uma forma de auto-ajuda que eu encontrei. E, sinceramente, resolve muita coisa até.
Dou partida em meu Dodge e dirijo para a casa da menina dos olhos castanhos que tanto me prenderam. Era como se eu já conhecesse ela, só estávamos nos reencontrando. Mas, ao mesmo tempo era como uma desconhecida que eu apenas queria conhecer cada vez mais e mais. Conhecer sobre seus gostos e manias. Saber sobre sua mente, as coisas que lhe prendiam na vida, as sensações que haviam em si.
Sem perceber, já estava sorrindo com esses pensamentos. Só faltava uma esquina para o grande prédio de Brunna. Olho para meu celular em cima do apoio central e penso em pega-lo, mas logo a idéia é deixada para trás ao perceber que não seria uma boa.
Reduzo a velocidade e paro em uma vaga na frente da cada. Olho para a porta grande e imagino que Brunna esteja do outro lado, pode ser que não. Pego meu celular em cima do apoio central e destravo o mesmo.
(LudmillaMe): Oie, já estou aqui na frente 🙃
(Little Bu✨): Estou indo, vou só colocar minha jaqueta.
(LudmillaMe): Não está frio, querida.
(Little Bu✨): Tudo bem, estou indo, Não Fuja De Mim!
(LudmillaMe): Mais fácil o contrário KKK
Travo o celular com um sorriso bobo no rosto. Olho novamente para o retrovisor central. Por que eu me sentia tão nervosa? Aquilo nem era um encontro. Ou era? Claro que não Brunna é uma mulher casada e mesmo que seu marido seja um canalha, ela não tem a mínima intenção de terminar a relação, é perceptível. E outra, somos apenas amigas, nada além disso.
Me assusto com uma leve batidinha no vidro do lado esquerdo do carro, vejo que era Brunna e destravo o carro. Sorrio enquanto ela se sentava no banco.
Ela estava linda, como sempre. Um vestidinho solto branco com estampa de flores azuis, seu cabelos estava solto com um lacinho azul com bolinhas brancas (o que sinceramente achei adorável). Minha atenção volta para seu rosto e vejo que a mesma estava sem nenhuma maquiagem, sorrio mais ainda quando percebo que ela sorri para mim também.
— Você... está linda, Bru. — Digo e vejo suas bochechas ganharem um tom meio avermelhado, mesmo com apenas a luz da lua e a luz fraca do carro, dava para ver sua vergonha e as pequenas ruguinhas que formavam em volta dos seus olhos quando a mesma sorria.
— Obrigada... Você está magnífica também. — Meu sorriso se sustenta e sinto logo um breve selinho em minha bochecha esquerda. — Aonde a gente vai mesmo? — Ela pergunta em um tom tímido percebendo que eu ainda a admirava. Decidimos mudar os planos e irmos para outro restaurante.
— Ah... acho que você não conhece aquele restaurante, é um pouco longe daqui e muito perto da minha casa. — Digo e coloco as mãos no volante já acelerando o carro saindo da vaga que havia ocupado. — Eu sempre vou lá quando posso, é muito bom e eu espero que a senhorita goste. — Sorrio rápido para ela e logo volto os olhos para a estrada.
— Espero mesmo gostar, lá tem que tipo de comida? — Pergunta Brunna com um tom animado.
— Na verdade é bem diversificado. Mas a preferência é comida Italiana.— Digo e sorrio lembrando dos tempos que ia nesse restaurante com minha família. De quando minha vó era viva e fazia eu comer pratos diferentes a cada vez que íamos, apenas para me mostrar diversidade e universos gastronômicos diferentes.
— Uou... eu na real não sou muito de ir a restaurantes e tals, mas nunca nego em ir em algum. Espero que esteja me levando ao lugar certo, Oliveira, se não você vai me pagar. — Ela diz em um tom brincalhão que faz com que eu gargalhasse baixo.
— Estou te levando ao lugar certo, Gonçalves. Acredite em mim. — Liguei o rádio e estava conectado à uma rádio pop, uma música qualquer que eu não conhecia estava tocando e Brunna começou a cantarolar baixinho.
Abrimos novos assuntos, ela sempre atenciosa e carinhosa. Gostava de fazer piadas aleatórias e que me fizessem rir.
Finalmente chegando na frente do restaurante, o manobrista logo se oferece a guardar o carro. Sorrio e lhe entrego a chave e ando ao lado de Brunna até a porta do restaurante.
O restaurante em si era grande. A porta era de madeira e vidro e na frente tinha adesivos colados com o nome do restaurante e alguns tipos de comida que tem. Um tapete vermelho enorme na entrada escrito em bela caligrafia um "Bem-vindos". Assim que entramos no local a direita tem um balcão com uma moça sorridente atrás, ele cobri metade de seu corpo, de pernas à tronco. A iluminação não era tão alta, mas, não tão baixa. As paredes eram de madeira e o cheiro de comida era o melhor do lugar. Haviam mesas espalhadas por todos os cantos, nas paredes haviam janelas grandes que prometia vista direta ao jardim. Alguns garçons e garçonetes andavam pelo local com um avental preto na altura da cintura, uma blusa branca com a logo e nome do local e uma touquinha vermelha na cabeça, bandejas em mãos e sorrisos nos rostos.
Caminho até a moça atrás do balcão, eu conhecia a mesma, desde que ia no restaurante com minha família, ela trabalha lá. Quando me vê, Katherine abre mais o sorriso e acena para mim.
— Oliveira, quanto tempo, não? — Ouço a voz da mulher. Ela tinha cabelos pretos até a altura do ombro, corpo magro e um rosto quadrado, sua boca era pequena, junto ao nariz. Sobrancelhas grossas e olhos azuis. Dentes alinhados e um perfume suave. Estava vestida em uma blusa preta com a logo e nome do local, suas unhas estavam pintadas de vermelho e um leve batom rosa na boca.
— Ei, Kath. Realmente, demorei mas, voltei. — Disse sorrindo e levo meu olhar para Brunna que estava analisando o local, um brilho em seus olhos e um sorriso em seu rosto. — Kath, essa é Brunna, uma amiga minha. — Sorrio e Brunna me olha meio perdida, aceno para ela e logo as duas se comprimentam com um breve sorriso.
— Reserva, Oliveira? — Katherine me pergunta com seu sotaque carregado, aceno positivamente com a cabeça. A vejo olhar para o notebook em sua frente, sorrir e dizer — Mesa nove, do lado da porta de entrada do jardim. — Agradeço e pego na mão de Brunna para guia-la até nossa mesa.
— Aqui é lindo, Lud. — Brunna diz enquanto se sentava, ainda olhando para os lados, maravilhada com o local.
— Eu costumava vir aqui com minha família. Era a melhor coisa da vida, sinceramente. Até depois de um tempo, comecei a vir sozinha ou com algumas amigas, sempre gostei muito daqui. Me traz paz, calma e conforto. E bom, a comida é maravilhosa. — Passo meu dedão pelo anel de pedra azul em meu dedo anelar. Sorrio fraco lembrando da saudades que tinha da minha avó. Brunna me olha nos olhos e franzo o cenho.
— Estou muito feliz por você ter me trazido aqui, sinceramente. Aqui é perfeito, Lud. Esse jardim, o conforto... tudo. Quero provar muito dessa comida. — Diz ainda olhando em meus olhos e sorrio tímida. Parecia que estava sendo tão especial pra ela. Não queria que isso fosse imaginação.
— Fico feliz por você ter aceitado vir nesse restaurante comigo, de verdade. Fico muito feliz mesmo, Bu. — Digo e olho para aquele jardim enorme e maravilhoso, o cheiro da comida estava bem forte e gostoso. Olho novamente para Brunna e percebo que a mesma está me olhando, sorrio e ela retribui.
[...]
Nós já tinhamos comido e jogado muita conversa fora, bebemos vinho e ríamos de piadas sem graça. Agora eu e Brunna nos sentíamos muito mais a vontade, nossas conversas sobre política, gastronomia e viagens foram as melhores que já tive em anos.
Agora minhas mãos estavam repousadas sobre meu colo e a conversa estava leve, até o celular de Brunna começar a tocar.
— Licença... — Um pedido baixo e até um pouco sem graça, ela levanta e vai até o jardim com o celular na mão. Uma de minhas mãos estava repousada no meu colo e a outra, na mesa perto da taça de vinho. Sorrio em pensar na minha nova amizade, Brunna era uma pessoa legal. Parecia sincera e até animada. Suas piadas eram tão ruins que chegavam a ser engraçadas, sorrio.
Seguro a taça com meu dedo indicador, médio e anelar, levo-a até meus lábios e logo sinto o gosto de álcool no líquido roxo. Apoio a taça na mesa e meu dedo passa por toda a borda da taça. Me sentia calmo com o clima desta noite, agora o clima estava um pouco mais gelado de quando eu saí de casa e eu tinha colocado a blusa.
— Ludmilla? — A voz de Brunna sai baixa e olho-a saindo de meus pensamentos. Sorrio, mas ela não retribui. — Se importa se eu for pra casa? — Ela pergunta com delicadeza e logo franzo o cenho.
— Hmm... eu vou te levar, sim? Achei que ficaria um pouco mais. — Eu não estava suficientemente bêbada, eu sabia bem disso. Agora ela tinha um olhar preocupado, depois da ligação.
— Não precisa, eu pego um taxi... — Ela já pegava suas coisas para sair. Levanto rapidamente quase esbarrando na mesa.
— Ei! Claro que não, eu te levo. — Pego meu celular em cima da mesa e a chave do carro. — Está... tudo bem? — Pergunto baixinho quando ela concorda com um gesto de cabeça.
— É... Sim, acho. — Brunna solta um suspiro alto e caminha ao meu lado até a o caixa na outra extremidade de onde tínhamos chego.
— Pode contar comigo pra tudo que precisar, Bu. Prometo estar aqui pra ajudar em tudo. — Um sorriso leve enfeita seus lábios e novamente você concorda com a cabeça.
[...]
Após pagarmos e já estarmos no carro, eu dirigia em uma velocidade média, parava em todos os sinais e sempre olhava para Brunna. Sua expressão era uma miustura de tristeza e preocupação. Ela agora não falava e não me pediu para ligar o rádio, olhava pro celular a cada cinco minutos e parecia evitar me olhar.
— Bru...? — Chamo baixinho segurando o volante, rapidamente olho para ela e logo depois volto a olhar para a rua. Já estávamos quase chegando em sua casa. — Tem certeza que não quer falar nada? Você parece realmente mal. — A última parte sai quase como um sussurro.
— Eu... eu acho que não. É difícil dizer, Ludmilla. Willian me ligou e ele parecia irritado, bravo. Eu não sei o que... — Sua voz morre assim que entramos na rea de sua casa, uma silhueta estava parada em frente de sua porta que estava aberta, logo percebo ser Willian. Reduzo a velocidade.
— Continue, ele não sabe que você já está aqui. — Falo baixo e levemente virando meu rosto para Brunna, porém, ainda mantendo meus olhos na rua. — Brunna, conte... — Peço.
— Não... posso. — Ela sussurra como se ele pudesse ouvir cada palavra, estávamos nos aproximando e provavelmente Willian já tinha visto Brunna, pois ele encarava o carro, mais precisamente, Brunna.
— Conte... Prometo te ajudar. — Agora minha voz quase não saia, eu não sei bem o porque exatamente, era como se estivessemos nos escondendo de algum bicho grande e e horrendo, que mais tarde descobri que era verdade.
— Não. — Uma afirmação quando encosto o carro na frente da casa. Willian caminha em nossa direção.
— Preciso ir. — Ela diz arrumando a roupa e colocando a mão na porta do carro.
— Obrigado por ter vindo jan... — Sou cortada pela voz de Willian
— Brunna, o que eu falei sobre sair? — Ódio era perceptível na voz do homem alto. Brunna rapidamente sai do carro e ele puxa seu braço franzo o cenho e solto meu cinto.
— Amor, você tinha autorizado. — Ela sussurra e me olha sem graça. Saio do carro e olho diretamente para Willian.
— Cara, o que você tá fazendo? — Ele ainda puxava seu braço com força, Brunna agora tinha uma carinha de dor.
— Cala a boca, vadia. — Suas palavras são direcionadas pra mim e sinto meu sangue ferver como o inferno.
— Larga ela. — Falo alto e logo vejo um sorriso malicioso nos lábios do homem. Ele me enojava e acho que demonstrei isso quando me aproximei deles.
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