Horror
Oiê então, a autora da fanfic colocou um aviso nesse cap, e eu acho importante eu colocar um com as minhas palavras.
Não sei se todos perceberam mas a fic trata de alguns papos que dão gatilho em muitas pessoas, se você vive ou viveu alguma coisa parecida, e precisa desabafar pode contar comigo. Sempre estarei aqui pra ajudar qualquer um que precisar ser ouvindo, eu sei como é precisar falar mas não ter quem escutar.
Então.... é isso estou aqui pra qualquer coisa😊♥️
Tenham uma ótima leitura
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Pov.Ludmilla Oliveira
Avancei na direção de Willian e segurei a mão de Brunna. Ele a puxou com força e seu gemido foi baixinho e doloroso. O homem agora estava posicionado na frente da garota de olhos castanhos.
— Ora ora, você não acha que não é da sua conta, Ludmilla? — Seu sorriso malicioso crescia e meu nojo também, inclusive meu ódio. — Você tem que aprender em que pode se meter ou não. — Ele me olha nos olhos e eu tinha certeza que não era apenas disso que estávamos falando. Reviro os olhos lembrando de um certo dia que Willian chegou no Motel com outra mulher. Brunna me olhava preocupada.
— Willian, você tem que entender que não se deve tocar assim em uma mulher. Na real, em qualquer pessoa. Você não percebe o quanto a Brunna não está bem com isso, você está machucando ela. — Falo calmamente e levo minhas mãos aos bolsos.
— Já te mandei calar a boca, vadia. — Ele rosna e eu avanço um passo em sua direção.
— Você não acha que é muito ousado, muleque? Você tá parecendo uma criança. E eu não sou nada sua pra você achar que tem o direito de me chamar de vadia. Nem se eu fosse. — Minha voz ainda saia com calma, porém, mais alta. Avancei mais um passo e Willian deu um pra trás, com as costas em Brunna que logo se afastou um pouco. Minha mão se fechou em punho e o sorriso nos lábios do homem se desfez.
— Sua mamãezinha não te ensinou a respeitar um homem? — Ele fala e sinto minhas unhas fincando na palma da minha mão.
— Claro que sim, e ensinou muito bem. Mas creio que primeiro você não seja esse tal de "homem respeitável", e também acho que você não foi ensinado mesmo a respeitar uma mulher. — Seus olhos era puro ódio e fogo, eu conseguia sentir sua respiração pesada. Seu peito subindo e descendo de raiva.
— Mantenha a boca fechada, garota. Se não eu te mato. Arrebento você. — Não recuo, estava pronta para levantar um soco em seu rosto ridículo.
— Ludmilla... vá embora. — Brunna sussurra por cima do ombro forte do homem e olho para a garota. Seus olhos castanhos pediam por ajuda, eu sabia. — Vá. Embora. — Ela repete num tom mais exigente. Um tom que eu sabia que Brunna não usaria com ninguém se não fosse por isso. Minha mão relaxa quando percebo que talvez ela tivesse que lidar com isso, mesmo sendo ridiculamente horrível. Eu queria ajuda-la e protege-la, mas Brunna não deixaria e eu também não conseguiria sozinha.
Dou um passo pra trás, ainda olhando pros dois e Willian agora sorria grande. Uma sobrancelha levantada e a cara de deboche diziam tudo o que eu não queria ouvir.
— Aprenda a respeitar uma garota, Ludmilla. Vá embora, foi o que ela pediu. — Ele afirma alto e malícia podia ser sentida apenas pelo seu tom de voz. Nojo, eu tinha nojo dele. Eu poderia muito bem voltar e socar ele até o mesmo se arrepender de já ter tocado em Brunna, porém, caminho até meu carro estacionado. Dou as costas para os dois e eu mal sabia que aquela foi a pior coisa a se fazer.
[...]
Pov.Brunna Gonçalves
Eu estava assustada com a situação. Na verdade, desde que Willian me ligou. Lembro de suas palavras, parecia mais uma rajada de xingamentos. Nunca ouvi Willian falar dessa maneira, me fez sentir um aperto no peito e uma vontade de chorar.
Agora eu olhava Ludmilla ir embora. Juro que ela fora corajosa de ficar, me ajudar. Mas, eu sabia que se ela ficasse, provavelmente isso acabaria em socos... e bem, Willian era realmente forte. Minha cabeça doía em pensar que eu mandei Ludmilla embora sendo que o que eu mais queria era que ela ficasse, pudesse me ajudar mas....
Quando o baque da porta de Ludmilla quebrou o silêncio da noite, meu coração errou a batida. Ela não olhou novamente, acelerou e se foi.
Sinceramente, esse foi uma das piores noites. Uma noite que eu não queria ter voltado pra casa, ou ter coragem de fugir. É doloroso, tudo machuca. Cada palavra, cada gesto. Eu não pude contar, de verdade, quantas vezes ele levantou a mão pra mim. Me xingou. E o pior, perfurou meu coração. Eu não sabia o que doía mais, meu coração ou meu corpo jogado no chão, no canto da sala. Tudo envolta girava, um loop de ódio, medo, terror e nojo passou por mim. O que aconteceu? O que eu fiz de errado?
Ele me jogou para cada canto, como uma boneca, me levantou e me apertou. Me socou. Tudo que eu perguntava pra mim mesma era:o que fiz de errado? Tentava encontrar uma brecha de algo, mas nunca encontrei nada. Willian decidiu não falar nada além de xingar meu corpo, meu rosto, minha mente.
Meus braços não tinham força o suficiente para que eu levantasse e minhas pernas pareciam tão pouco diferentes. Meus olhos percorrem o piso branco de azulejos. Não conseguia sentir muita coisa além da dor. Minhas mãos apoiaram no chão frio e meu corpo gemeu num pedido de socorro, como minha boca também fez esta noite. Eu me sentia insuficiente, minha respiração estava cortada e meu coração partido.
Aos gemidos e xingos, consegui levantar e caminhei com a mão na região do estômago que doía, latejava após o belo chute que levei ali. Sentia dor de cabeça e o lado esquerdo do meu rosto doer, tudo que eu queria agora era um banho quente e deitar. Apenas deitar e esperar como se algo fosse mudar, como se eu fosse acordar de algum sonho e me sentir viva novamente.
Pov. Ludmilla Oliveira
Brunna não me mandou nenhuma mensagem depois daquele dia, eu estava preocupada e já fazia uma semana. No começo da semana mandei uma mensagem perguntando como ela estava, mas nenhuma resposta veio.
Eu ia pro trabalho todas as noites, cumpria o turno e voltava pra casa. E eu juro que nunca pareceu tão difícil dormir em uma semana sem nenhuma resposta. Eu me sentia insuficiente e queria ir atrás da garota de olhos castanhos, apenas para ver se ela estava bem.
Agora minhas mãos estavam apoiadas no meu colo, nas duas coxas e eu mantinha meu olhar nelas. Nenhum cliente chegou desde vinte minutos atrás e eu estava totalmente no tédio.
Escuto o barulho da porta da frente do Motel e arrumo minha postura, coloco um sorriso no rosto quando um homem alto e negro cheio de tatuagens passa pela porta, seus cabelos em tranças grossas estavam jogados sobre seus ombros. Seus lábios eram grandes e carnudos, suas sobrancelhas eram grossas e suas mãos eram enormes quando ele toca o ombro do homem que apareceu atrás dele, minha boca quase se abre quando vejo a pele branca e o cabelo arrumado para trás, o engomadinho do Willian, porém, mantenho minha pose e apenas continuo sorrindo.
— Boa noite, sejam bem-vindos, senhores. — Digo com educação e o homem mais alto sorri, um de seus dentes era prata que parecia ridículo nele, sorrio de volta e aceno.
— Boa noite, senhorita. Queremos o melhor quarto, por favor. — A voz grossa e rouca me assustou quando deixei de reparar no olhar enojado de Willian. Ele não falou nada enquanto pedia seus documentos e os arranjava o mesmo quarto com que ele usou com Brunna. — Obrigado. — O homem chamado Tayler diz quando termino e lhes entrego as chaves, sorrio docemente para ele e os mesmos se afastam do balcão indo em direção ao elevador. A mão do homem mais alto escorrega pelas costas de Willian até sua região lombar e à mantém delicadamente ali.
Willian me olhou por cima do ombro e sorrio, saio do alcance das mãos do homem e caminhou lentamente até mim, o homem atrás dele colocou as mãos nos bolsos com calma e fiz careta quando o mais baixo me alcançou.
— Sabe, Ludmilla... — Ele começou baixinho se inclinando no balcão pra chegar mais perto de mim. Era uma intimidação, eu sabia. — Você foi muito corajosa aquele dia, sabe? Fico feliz que realmente não tenha tocado em Brunna, depois de muito falar, ela me convenceu. E bem, queria me reconciliar com você... Então toma isso aqui, porque acho que seu dinheiro não é suficiente pra voltar pra casa. — Ele sussurra cada palavra bem perto de mim, um sorriso malicioso cresceu no canto de seus lábios e meu ódio também. — E bom, todos sabemos que você é uma... Vadia. Então acho importante ajudar uma mulher como você. — Seu dedo indicador e médio da mão direita colocaram um pequeno bolo de dinheiro em cima do balcão e arrastou até mim. Olho para sua mão e depois para seus olhos, uma sobrancelha levantada em puro deboche.
— Eu não preciso do seu dinheiro e já disse que não sou vadia, então vê se você se orienta e comece a me respeitar como uma mulher deve ser respeitada, Você é um filho da puta nojento riquinho de merda, que acha que pode conquistar as pessoas com dinheiro. — Rosno entre dentes e seu sorriso se desmancha por um minuto, mas logo volta. Ele tira os dedos de cima do balcão e sorri sarcástico e com nojo, toca meu queixo e aperta forte, logo depois soltando.
— Quem deveria se orientar é você, querida. — Ele diz e antes que eu pudesse falar mais algum xingamento, ele sai até o homem que ainda o esperava, do lado do elevador. Ouço meu celular vibrar, mas, mantenho minha atenção em Willian até ele desaparecer no elevador junto com um sorriso podre.
Meus olhos caem sobre o dinheiro em cima do balcão e meu sangue sobe pro rosto. Olho para o celular em cima da mesinha ao lado do computador, encarando ele por um tempo.
Passo meus dedos por meus cabelos e sinto meu sangue abaixar aos poucos, minha pele voltando pra uma temperatura mais confortável e meu rosto não parecer tão quente. Lentamente dou alguns passos até a pequena mesa de madeira e pego o aparelho em cima da mesma. Clico no botão para ligar a tela fico surpresa com a mensagem de texto na barra de notificação.
(Little Bu✨) : Ludmilla?
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