Chào các bạn! Vì nhiều lý do từ nay Truyen2U chính thức đổi tên là Truyen247.Pro. Mong các bạn tiếp tục ủng hộ truy cập tên miền mới này nhé! Mãi yêu... ♥

Doce

Pov. Ludmilla Oliveira

Brunna chorava sem parar em meus braços. Me permiti derramar algumas lágrimas ao perceber pensamentos tão confusos em minha cabeça, sabia que ela estava mais do que angustiada, mas por outro lado, não tentei falar nenhuma palavra para acalmá-la, eu sabia que ela precisava liberar tudo aquilo de uma alguma forma, e talvez essa fosse a forma que ela havia encontrado.

Perdi a conta de quanto tempo passou, quando Brunna parecia mais calma, seu rosto ainda estava enterrado em meu ombro, seus cabelos causando coçegas em meu pescoço e queixo, agora ela apenas respirava, puxando e soltando o ar com calma, às vezes soluçando. Meus braços continuaram envolta de seu corpo enquanto pensava em mil maneiras de matar Willian.

Meu ombro foi o primeiro a sentir falta do contato de Brunna, assim que ela se afastou e colocou as próprias mãos no rosto, limpando sua pele molhada. Levantei o rosto olhando para as estrelas, evitando meus olhos embaçados e marejados. Olhei novamente para Brunna, suas mãos agora só cobriam todo seu rosto.

— Me desculpa... — Eu ouvi baixinho e abafado por suas mãos em seu rosto. Não sabia porque diabos ela estava me pedindo desculpa, não sabia o que Brunna gostaria de dizer. Não conseguia nem imaginar em como estava doendo, e eu gostaria de tirar toda essa dor dela.

— Nunca peça desculpas. — Falei baixo, me aproximando, segurei suas mãos e afastei-as devagar de seu rosto, Brunna me olhou com os olhos marejados, e uma  lágrimas solitária desia por sua bochecha. Minhas mãos levaram as dela até seu colo, fiz um carinho leve em uma delas e logo subi a mão até sua face limpando sua lágrima, e segurando nas laterais de seu rosto, como havia feito mais cedo. — Pode falar tudo o que quiser, Bu. Você é livre, meu bem. Livre. Porque somos humanos, individuais e livres. — Meu dedão percorria toda a pele de sua bochecha, minha pele estava úmida por conta da de Brunna, mas isso pouco me importou quando seus olhos encontraram os meus e enxerguei um brilho leve.

— Eu amo ele. Mas eu não sei... Eu-eu não entendo a necessidade dele. — Ela suspirou e soluçou, ela ainda estava se acalmando para falar o que me deixaria chocada. — Eu não entendo, Lud... A necessidade dele de simplesmente... me agredir. — A última frase foi tão baixinha que quase não ouvi. Me forcei a não fazer uma expressão de ódio e evitei puxar Brunna para um abraço assim que ela olhou para minha blusa, ela continuaria falando. — Eu não entendo, Lud. Ele me ama e me odeia tanto. E eu não sei mais o que dizer em questão à isso. Eu me afastei de muitas das minhas amizades e deixei para lá tantas coisas que eu poderia ter feito, só porque ele não gostava ou porque reclamava. Eu tentei me tornar perfeita pra ele, mas parece que cada dia mais ele me desgosta um tanto, e eu não entendo no que eu errei, Ludmilla. Eu não sei se eu sou feia demais, magra demais, gorda demais, chata demais, falante demais, ocupona demais... Eu não sei o que tem de errado em mim que faça ele me odiar tanto. E toda vez que ele chega do trabalho, ele só desconta em mim toda a raiva do mundo e eu não sei pra que. Eu tento conversar com ele e parece inútil, ele se irrita com tudo que eu falo e levanta o tom de voz, eu tenho medo de falar algo que faça com que ele me machuque... eu sou completamente errada. — Brunna dizia e assim como suas lágrimas rolavam, meu coração se partia cada pedacinho mais. Eu não sabia o que dizer, mas Brunna parecia não precisar ouvir nada quando só me abraçou novamente, e eu permiti que ela chorasse em mim, novamente.

— Você, Brunna... — Comecei, tentando arrumar um frase não grosseira em minha cabeça confusa, eram tantas coisas que eu gostaria de dizer, eu poderia até deixar escapando algo como "foge comigo.", mas eu deveria encontrar palavras certas. — Você não é errada, de nenhuma forma. Eu sei Bu, que é exatamente o que ele coloca. Mas se ele acha um defeito em você e aponta de uma forma totalmente... Escrota. Não é mais amor... entende? Ele não reconhece você, ele não conhece você. Nem eu conheço você, mas sua essência é perfeita, e eu sei Brunna, que você não é nada do que sai da boca dele. Você é maravilhosa e eu percebo que o erro está nele. — Brunna chorava cada vez mais, e abraçava meu corpo tão forte que sinto que nós poderíamos nos fundir. — Bru, o defeito está nele. Ele te bate, vamos começar por isso. Eu não quero ser rude, eu quero ser honesta. Eu sei que dói ouvir isso sobre a pessoa que você ama, mas você presenciou esses episódios. Você me conta as crueldades que saem da boca dele, eu vou contar pra você o que eu acho disso. Ele é um nojento, Bu, não sabe cuidar de alguém. Você fez de tudo para mudar por ele? Isso não é certo, se ele te amasse, seria como você é, com a sua essência, e não com o corpo que ele moldou em você. Se ele te amasse, seus defeitos deveriam ser aceitos pelo mesmo. Se ele te amasse, ele não te colocaria pra baixo tantas vezes e muito menos ousaria bater em você. Tocar um mísero dedo em você. — Meus dedos estavam na nuca de Brunna, fazendo carinho nos fios de seu cabelo. Eu percebi que agora ela estava menos agitada e tentava se acalmar novamente, suas mãos apertavam o tecido de minha blusa, mas não reclamei, era tudo o que ela precisava. — Você, Brunna Gonçalves. É maravilhosa. E eu conheço tão pouco de você, gostaria de ir a fundo e lhe conhecer melhor, verdadeiramente. Você é tão boa, Bru, tão boa que eu poderia te chamar de anjo. E sabe, não importa os defeitos, todos temos, cada um lida com o seu. Eu acho você, Brunna, uma pessoa extraordinária, eu acho você maravilhosa, acho você espetacular, e imagino o que acharia de você se te conhecesse mais. Imagino o que acharia de você se tivesse passado horas e horas com você, naquele restaurante, conversando. Imagino o que acharia de você se passassemos a noite inteira aqui, apenas observando as estrelas diante desse céu lindo. Você é linda e seu corpo é maravilhoso como é. Você é magnífica e seu rosto é maravilhoso como é. Eu não te apontaria nenhum defeito, nem se você me pedisse. Na realidade, eu te ajudaria em qualquer coisa que você precisasse e quisesse consertar. Eu estaria aqui te dando a mão para qualquer momento que você precisasse, meu bem. Porque cada um é um, eu não sei o que se passa na sua cabeça e você não sabe o que se passa na minha, mas eu poderia tentar te ajudar em qualquer conflito, Bru. Qualquer um. — Não lembro qual foi o momento que Brunna afastou o rosto de minha blusa e apenas me olhou nos olhos, me olhou enquanto eu dizia cada palavra e me mantinha com a maior sinceridade do mundo para ela. Me olhou enquanto eu me abria para ela, naquele momento, naquele parque. Meus dedos ainda estavam na nuca da garota, e percebi seu sorriso se formar no canto dos lábios, apesar de seus rosto ainda estar avermelhado e inchado de tanto chorar. Sua pele parecia tão linda a luz da lua. Me aproximei de seu rosto e encostei nossas testas. Sua respiração pesada bateu contra minha pele, mas ela não se afastou, então apenas sussurrei. — Você não é um erro. Você não está errada. Você é maravilhosa e eu quero que se lembre sempre disso. Sempre. — Meus olhos se fecharam juntos do seu, sua mão encontrou meu pulso e fez carinho na minha pele, sorri.
Sua respiração era pesada, e logo que percebi a distância perigosa, a minha também ficou.

— Ludmilla... Você é... — Calei-a com um "Shh" baixinho. E ela apenas aceitou.

— Só sinta. Sinta a noite. Sinta a brisa, o vento que bate no seu corpo. Quero que se acalme enquanto estou aqui, eu vou te ajudar e não vou fugir, não importa o que aconteça, eu prometo. — Meus olhos ainda estavam fechados e creio que os dela também estavam. Sua pele se arrepiou com minha fala e sorri fraquinho.

Reparei, brevemente, que uma das mãos de Brunna estava na minha coxa, mas não me importei. Apenas respirei fundo sentindo o vento em meus braços nus. Minha mão acariciava cada vez mais sua nuca, e a respiração de Brunna parecia mais pesada, assim que sem querer, minhas unhas se arrastaram sobre a pele do local. Era tão macio e convidativo, não sabia exatamente o que estava fazendo, mas fiz novamente. Arrastei minhas unhas sobre a pele de seu pescoço e senti sua mão apertar levemente minha coxa.

— Ludmilla... — Eu não sabia dizer se era um gemido ou um sussurro, mas fiz um som para que Brunna apenas prosseguisse a fala, talvez ela nem tenha o que falar. Eu não tinha.

Minha mão subiu mais um pouco e se encontrou um pouco acima de sua nuca, minha unha também se arrastou por ali e logo depois, puxei levemente os fios de cabelo em meus dedos. — Ludmilla... — meu nome saiu em um tom manhoso de seus lábios rosados, senti um leve incômodo no pé da barriga e abri os olhos devagar. Não sabia quão próximo de seus lábios eu estava, apenas continuei com sua testa colada na minha e continuei com as mãos em seus cabelos.

— Está sentido a noite? — Perguntei e logo em seguida, Brunna concordou com a cabeça encostada na minha.

Minhas unhas arranharam novamente sua nuca e sua mão apertou mais forte minha coxa, senti seu nariz tocar o meu quando Brunna se moveu.

— Muito, é tão boa... — Sua frase se perdeu no vento e seus olhos se abriram, meus olhos caíram sobre seus lábios e me perguntei como nunca havia percebido quão atraente era a boca de Brunna. Senti mais um leve incômodo no pé da barriga e mordi meu lábio inferior quando vi os olhos de Brunna caírem até meus lábios. Seu nariz tocou o meu e se arrastou por ele. — Lud... — De uma forma manhosa novamente, foi pronunciado meu nome de sua boca e senti mais uma pontada em meu corpo. Seus olhos se fecharam e seus dentes prenderam seu lábio inferior quando minhas unhas arranharam e puxaram seus cabelos. — O que a gente tá fazendo, Lud? — Minha boca estava tão próxima dela, eu não sabia o que estávamos fazendo.

Me afastei logo quando percebi a situação, minha mão deixou seus cabelos, mas a da garota continuou em minha coxa. Eu estava excitada e não sabia o que fazer sobre isso. Nossa distância fora tão perigosa e eu não fazia ideia o que passou pela minha cabeça.

— Brunna, me desculpa. — Seus olhos estavam fechados e sua cabeça estava na mesma posição. Apesar de minhas palavras, não consegui afastar meus olhos de sua boca convidativa. Eu sabia que era errado, eu sabia que sim. O que estávamos fazendo?
— Me desculpa. — Repito quando toco sua mão em minha coxa. Seus olhos se abrem levemente e encontram os meus. Estavam banhados por confusão e até um pouco de malícia. Eu não sabia qual seria a próxima reação de Brunna e não queria pensar no fato dela se afastar.
— Eu não queria... Não quis que... — Deixei a frase no ar e não soube como terminar.

— T-tudo bem, não foi nada, certo? — A voz de Brunna tremeu e ela apenas olhou pros lados, parecia sem jeito, suas bochechas estavam avermelhadas e eu poderia crer que as minhas também estavam.

— Você está bem? — Pergunto preocupada, não queria ser idiota, eu sabia que o clima ficaria estranho, provavelmente.

— Muito melhor... Acho que está ficando tarde, é melhor irmos. A gente pode conversar sobre o Will outro dia? — Minha mão ainda estava sobre a sua, meu dedão alisou sua pele num leve carinho.

— Tem uma doceria que gostaria de te levar, se não for incomodo... — O clima se partiu e um sorriso se abriu em seu rosto, meus lábios repetiram o movimento e me perdi olhando para seus dentinhos.
— Gosta de doces, Bru? — A pergunta acabou saindo se uma forma maliciosa, mas meu sorriso não se afastou dos meus lábios quando meus olhos encontraram novamente os seus.

— Mais do que imagina, Oliveira. — Senti novamente o incômodo em meu baixo ventre quando a boca de Brunna sussurrou meu sobrenome. Ela levantou e logo eu em seguida.

(...)

— Então você gosta de chocolate branco com oreo mais do que gosta de chocolate ao leite? Isso me lembra muito eu mesma. — Sorrio para Brunna enquanto caminhava pelo corredor bem iluminado da doceria, Brunna estava logo atrá. Três barras de chocolate estavam em suas mãos, duas na minha e duas garrafas de água na minha outra mão.

— É claro, mas não dispenso nenhum chocolate, tirando o amargo, é horrível. O meio-amargo eu deixo derreter na boca, o sabor fica menos forte. — Quando olhei para Brunna, sua testa estava franzida enquanto olhava para um doce longo na prateleira e sua mão com três barras de chocolate.
— Troco uma delas pelo doce? — Pergunta e me olha em seguida. Seus lábios copiaram o sorriso que estava no meu.

— Leve-o também. Só não podemos comer tudo por hoje. — Brunna estava curvada, sua mão livre estava apoiada no joelho e seu cabelo estava jogado pro outro lado do rosto, contrário do que estava virado pra mim. Não poderia negar o quanto Brunna era atraente, ela era magnífica. Seus olhos castanhos eram penetrantes e seus lábios eram vermelhos como morango. Sua pele era tão linda e lisa e combinava tanto com ela que me impressionava.

Um bico fez em seus lábios assim que ouviu minha fala, mas logo um sorriso. Sua mão que estava no joelho foi até a prateleira e pegou o doce. Olhei pro seu rosto, e sorri mais quando ela apenas levantou e continuou andando atrás de mim pelo corredor.

— Pegue algo salgado, garota dos doces. Não podemos morrer de diabetes. — Me virei e vi Brunna me dar a língua. Me perguntava onde estava a Brunna triste de mais cedo, e agradeci por não estar por perto, tudo que eu queria era animar sua noite. Imitei seu gesto e dei a língua pra garota.

Assim que Brunna pegou uns dois pacotes de salgadinho, caminhamos em direção ao caixa e tivemos uma leve briga para ver quem pagaria. Eu fiz questão de pagar, era essa a regra, eu levava ela e pagava. Se ela me levasse, ela pagaria. Depois de sairmos da doceria, ficamos bons 20 minutos no carro, apenas conversando no estacionamento da doceria e comendo os doces e salgados. Brunna era um desastre para comer, mas não sujou o carro. Nós brincamos de acertar salgadinho uma na boca da outra e agora eu sentia farelo de salgadinho até no meio dos meus seios, incômodo demais, mas não fiz nada. Brunna olhou pro relógio e disse que teríamos que ir.

— Obrigado pela noite, Oliveira. Você não tem noção de como melhorou minha semana... — Brunna disse e sorriu timidamente para mim. Ela estava apoiada na janela do meu carro, de frente para mim. Estávamos na sua rua fazia uns bons 10 minutos e conversamos durante todo o caminho. Agora só restavam duas barras de chocolate e metade de uma garrafinha d'água. Uma das barras ficou comigo, e a outra, com ela. Sorri para sua fala e me inclinei para dar um beijo em sua testa. Seus olhos brilharam.

— Amigos são para isso, não? Alegrar e ajudar nos piores momentos... Pode contar comigo, Bh. Eu vou vir quando precisar, sempre. — Olho para frente por alguns segundo e seus lábios encostam na minha bochecha, sorrio mais e meu rosto esquenta.

— Tenha uma boa noite, Oliveira. — Brunna diz baixinho e se afasta do carro, seus cabelos se espalham um pouco com o vento e meus olhos continuam sobre os seus, quase me perco, mas consigo dizer de volta.

— Tenha uma ótima noite, Gonçalves. — Falo alto para que ela pudesse ouvir, ela vira e sorri para mim, me manda um beijo no ar e quase me derreto. Eu estava perdida.

Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro