Covarde
Oiê 😊🫰
Pesso encarecidamente q não se emportem muito com os nomes e emojis das conversas qntem na fic. Aca q eu sempre esqueço como está. Então fico caçando em capítulos anteriores pra tentar lembrar. Mas isso demora um século.
Então pesso q não liguem muito pra isso! Kkk
Boa leitura ✨
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Pov. Brunna Gonçalves
Eu estava sentada no sofá quando Willian apareceu e disse que precisava ir. Disse que um amigo seu precisava de ajuda com um trabalho e dependendo do horário, só voltaria no dia seguinte. Não liguei muito, Will veio até mim e me beijou com prazer, como na primeira vez. Disse que me amava e que poderíamos ter um ótimo dia assim que ele voltasse.
Continuei sentada no sofá enquanto ele andava para lá e pra cá, em busca de algo que eu não fazia ideia do que era. Logo depois, apareceu com uma mochila nas costas, selou nossos lábios e saiu, dizendo que voltaria com um presente. Isso fez meu coração aquecer e palpitar mais forte.
Ludmilla aceitou a oferta de me encontrar no parque às 20 h, mas eu estava quase cancelando. Enquanto me olhava no espelho um pouco mais cedo, percebi algumas olheiras se formarem, eu parecia acabada. Me perguntei o que Willian tinha visto em mim e sorri por ser uma mulher de sorte.
Eu deveria ir encontrar ela, apenas para ouvir seu lado. O que tinha para me contar. Mas, eu sabia que não acreditaria na garota até que existissem provas concretas, datas, horários e nomes. Eu não poderia jogar meu casamento para o alto por uma simples besteira.
Olhei para o relógio e ainda eram 18h30, faltava tempo. Eu não estava desesperada, não precisava me arrumar tanto, era um passeio casual para tratar de assuntos importantes.
Enquanto me perdia em meus devaneios, me perguntei o que aconteceu comigo mais cedo. Me doía o corpo em simplesmente pensar na hipótese. Eu sabia que não tinha mais ansiedade e crises de pânico, aquilo passou, era algo da minha infância.
Meus pais sempre disseram para que eu continuasse as consultas, mas não fazia sentido continuar se eu já não estava doente, não mais. Neguei com a cabeça e aumentei o volume da televisão, não poderia deixar aqueles pensamentos me dominarem.
Quase vinte minutos depois, levantei com preguiça e decidi comer alguma coisa. Deixei o pensamento para lá quando percebi que não precisava comer naquele momento, era tolo.
Andei pela casa e entrei no quarto, tudo estava tão calmo e desanimado. Desejava que Will voltasse e continuasse alegrando meu dia, ao invés de ter que me arrumar para encontrar alguém que provavelmente queria arruinar meu casamento. Neguei com a cabeça mais uma vez, não poderia pensar daquela forma.
Suspirei alto e me arrumei para sair, eu deveria ver no que aquilo iria acabar.
( ... )
Pov. Ludmilla Oliveira
A noite estava fria. Me agradeci por ter colocado um moletom preto e calças de moletom. O sapato de corrida não era o melhor, mas a meia ajudava para que não sentisse frio.
Estava sentada num banco, o mesmo de semanas atrás, quando trouxe Brunna nesse parque. O céu estava estrelado novamente, mas não era possível ver a lua, não a encontrei durante o caminho. Respirei fundo e senti meu nariz gelado.
Continuei olhando pro céu e pensando. Eu não deveria me importar tanto com Brunna, aquilo não era problema meu.
Afastei o pensamento ao lembrar que antes éramos amigas, Ela talvez precisasse de alguém que contasse para ela a verdade. Eu jamais pensaria em arruinar qualquer relacionamento, inclusive o de Brunna, mas era preciso dizer certas coisas.
Lembrei de como Brunna chorou em meus braços dizendo que Willian batia nela. Me sentia confusa com os sentimentos que me rondavam. Me preenchiam de uma forma embaraçosa. Apertei os dedos na palma da mão e mordi o lábio em nervosismo.
- Ei. - Escuto uma voz baixinha e me assusto, logo vejo que é Brunna e evito sorrir. A garota estava linda, o sueter rosa claro com capuz e uma calça preta. A garota sorriu, mas não chegou aos seus olhos, foi apenas uma curvatura de lábios.
- Ah, oi. Não te vi chegar. - Falei tímida e me repreendi por ter aceitado o plano de Ohaana, aquilo era loucura. Me afastei minimamente quando Brunna sentou ao meu lado. Voltei a olhar pro céu, pedindo por ajuda para qualquer ser acima de mim. Qualquer um!
- Hm. - Foi o que saiu da garganta de Brunna, continuei olhando para o céu. - Está lindo hoje. - Disse e suspirou. Me limitei em concordar com a cabeça. - Não viemos para olhar pro céu, Ludmilla... - Não a conhecia o suficiente para dizer sobre sua fala, mas com certeza poderia dizer que não sabia que a garota poderia ser tão grossa. Respirei fundo e assumi uma postura rigida, agradecendo ainda a quem que estivesse acima de mim.
- Está certa. - Meus olhos caem sobre ela e novamente percebo quão linda ela era. Me perguntei porque as coisas são tão cruéis. - Sabe que não quero estragar seu casamento, não é? O que vou dizer é pro seu bem, nada além disso. Pode me mandar embora, Gonçalves, mas se foi atrás de mim, você vai ter que ouvir pelo menos uma das coisas que vou dizer. - Virei meu corpo em direção ao da garota que me olhou. Seus braços cruzados abaixo dos seios e sua pose dura me fez suspirar, apenas assumi a mesma forma. Sua cabeça balançou em concordância. Apenas continuei olhando para a garota e esperei uma resposta, ela não era muda.
- Estou aqui, não estou? Comece. - Meu sangue subiu por todo meu corpo. Minha vontade era de levantar e ir embora, deixar Brunna ali e cuidar de minha própria vida.
- Não entendi para o que veio então, Brunna. Eu não te devo nada, muito menos explicações, estou aqui por consideração à você e a amizade que pensei que tínhamos. Não sou eu, Gonçalves, que sou casada com você e continuo numa vida achando que não. Mas, isso não tem nada a ver comigo, com quem sou, então se te incomoda muito pelo fato de eu te considerar tanto, eu vou embora, não me importo. - Esbravejo. As palavras saem em torrente de minha boca e Brunna levanta as sobrancelhas em surpresa. Continuo encarando a garota que fazia o mesmo, eu realmente não deveria me importar. Respirei fundo e acalmei os nervos. Brunna abriu a boca e logo fechou. - Tanto faz. - Sussurrei levantando, coloquei as mãos nos bolsos do moletom e caminhei em direção a saída do parque. Eu jamais deveria ter me importado.
Brunna não me chamou e eu não virei para olhar para a garota. Se não conseguia manter uma conversa daquela forma, o que eu deveria fazer. No fundo, senti toda consideração indo pro ralo. Dei de ombros e passei pelo portão, caminhando até meu carro.
( ... )
- Que porra de plano, droga? Ela claramente acha que eu só quero estragar o casamento perfeitinho dela. - Falei e me joguei na cama, minha cabeça se encostou com o travesseiro e gostaria de fazer um buraco ali e me afundar. Senti a pequena mão de Ohaana encostar em meu rosto e o corpo da pequena se aproximar.
- Ludmilla, em outro caso eu diria pediria pra que ela se fodesse. Mas bem, você sabe que ela passa por coisas... Coisas que não podemos deixar acontecer, Lud. A vida é dela, mas eu me sentiria muito culpada em imaginar o que de pior poderia acontecer com Brunna, ela é minha amiga também. - Rosnei com a dor de cabeça que martelava com força, desejei não ter acordado. - Está doendo muito, quer o remédio? - Avoz da baixinha saiu carinhosa agora, tão doce. Ohaana era o lugar quentinho em dias frios.
- Não quero remédio, logo passa. E olha, eu não vou me desgastar para ajudar Brunna, Han. Eu não posso fazer isso. Fale com ela você. - Resmunguei e virando na cama, em direção contrária da pequena. Sinto sua mão em meu braço e um forte puxão, gemi alto e tremi com os olhos de Ohaana em mim.
- Ludmilla Oliveira, se não te conhecesse, te chamaria de bundona. Deixa de ser idiota, caralho. Vai te cair uma mão se você conversar com Brunna sem surtar? Seja paciente, sua idiota. Deveria se lembrar, quão paciente fui quando você chegava aos prantos e ainda não acreditava que Alexa te traía. Estar do outro lado é diferente, tenha compaixão por alguém que precisa de ajuda e não seja escrota. - Meus olhos arregalaram com a fala de Ohaana, por um segundo esqueci a dor de cabeça. Suas palavras me atingiram em cheio. - E eu não falo com Brunna porque foi você que viu tudo, você que estava na droga do Motel, não eu. Então, não ache que vou te ajudar nesse ponto, porque não vou. Você soltou a bomba, agora ajude a menina. - Senti falta do calor de sua mão envolta de meu braço e continuei olhando para garota, com os olhos arregalados. - E tome essa droga de remédio. - jogou uma cartela em cima de mim e saiu sem me dar tempo para pronunciar uma palavra sequer.
Respirei fundo e praguejei por ela estar certa. Peguei a cartela e tomei a droga do remédio, quase vomitando em seguida. Soltei uma saraivada de palavrões.
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