🌗. un seul chapitre
Eu nunca acreditei em amor. Para mim, era apenas uma farsa, uma ilusão feita para mentes fracas e sem rumo. Enquanto eu via todos ao meu redor amando, criando relacionamentos, eu continuava mantendo a minha palavra de que amor não existia.
Até que Jung Hoseok entrou em minha vida.
Certo, ok. Eu sei que "Hoseok me mostrou o sol" parece muito estranho. "Como assim te mostrar o sol?" você me pergunta. É simples. Claro e simples: Jung Hoseok me mostrou o verdadeiro significado de sol, o verdadeiro brilho. Porque ele é o sol.
Eu não sou alguém exatamente depressivo. Não me corto, não choro escondido no chuveiro, não penso em me matar. Eu não faço nenhuma dessas coisas, eu só não sinto. Correção: eu só não sentia.
E foi aquele menino que chegou de repente em minha vida que me provou que sim, amor existia, e que eu guardaria todo o amor do mundo para dar somente para ele.
Mas vamos lembrar como Jung Hoseok entrou como um furacão em minha vida para que você possa se situar.
É uma manhã de sábado. Eu estou atrasado, com meias de cores diferentes, a camisa bem passada e o tênis com uma sujeira de café. Meu cabelo não está arrumado como eu gostaria, mas eu posso lidar com isso.
Desço as escadas correndo. Eu não posso me atrasar mais, ainda mais no meu primeiro dia no trabalho! Não sei se minha roupa é o que eu chamo de apropriada para um hospital, mas eu vou trocar de roupa lá, então tanto faz.
Entro dentro do carro. Eu não costumo chamá-lo de meu. Na verdade é de meu pai, mas só quem usa sou eu, então talvez eu possa me dar ao luxo. Saio da garagem e a porta automática se fecha, enquanto eu saio do bairro chique, vendo as casas bonitas de distanciarem cada vez mais. Cerca de trinta minutos depois eu me encontro na frente do hospital, depois de ter estacionado na primeira vaga que eu vejo, adentro correndo ao estabelecimento, esbarrando com uma enfermeira. Peço desculpas por meio de um grito e continuo a correr até o vestiário.
— Atrasado. — É o que ouço assim que chego, e percebo que todos os meus colegas já estão com a farda azul clara do hospital.
— Me desculpe. Prometo que isso não irá se repetir. — É o que digo, enquanto abro o meu armário e coloco as minhas coisas dentro, me despindo quase que por inteiro e pondo o mesmo uniforme.
— Estão no primeiro ano de internato. São bebês. Perguntem, interajam, procurem saber ou matarão alguém. Eu sou a residente de vocês e tudo que eu menos quero é que meu nome se torne sujo por causa de vocês. Estão me ouvindo? — Ela questionou quando parou e nós cinco paramos abruptamente, quase em cima dela. — Isso aqui são pagers. Vocês têm a obrigação de atendê-los e parar o que estão fazendo para servir. Alguém pode estar morrendo, pode ser algum paciente folgado, não me importa. Só venham. — Ao mesmo tempo que proferia, ela andava, como em um pequeno tour pelo hospital. — O primeiro plantão de vocês começa hoje, agora. Ele dura quarenta e oito horas e vocês que briguem entre si para arranjar os melhores casos, mas lembrem: são internos. Vocês apenas obedecem. Quando perguntarem algo, eu quero que respondam, e respondam de maneira firme. Eu não estou criando vocês a partir de agora para que vocês se tornem fracos. Vocês serão os melhores. Estão entendendo?
— Sim, senhora. — Em uníssono respondendo, e ela parece satisfeita.
— Ótimo. Agora me sigam.
Fizemos exatamente o que ela pediu - dizendo melhor, ordenou -. A seguimos até a emergência, onde colocamos uma roupa que eu definitivamente não sei qual é, mas que sei que devemos colocar. Em seguida colocamos luvas e esperamos na porta da emergência.
— O que temos? — Nossa residente se aproximou, segurando na maca junto dos paramédicos.
— James Smith. 46 anos, taquicárdico com 140, pressão segurando em torno dos 90.
E foi ali que eu vi que eu só estava começando.
🌗
Era hora do almoço. Eu não tinha feito amizade com ninguém, então me sentei sozinho em uma parte do hospital dominada por macas. Os outros internos estavam juntos no refeitório, mas eu nem me importei.
Só me importei quando senti suco sendo derramado em cima de mim. Aí eu realmente me importei e já estava pronto para revidar, mas tudo mudou quando eu levantei o olhar e vi a visão do paraíso. Era um garoto. Usava a mesma roupa que eu, tinha um sorriso tímido nos lábios e bochechas gordinhas. A pele pouco bronzeada e bem cuidada, com os cabelos marrons caindo sobre o olho.
— Me desculpe! Por favor, me desculpe. Eu sinto muito mesmo..
— Não, tudo bem.
Ele me ajudou a se limpar e em seguida se sentou ao meu lado. Começamos a comer juntos.
Dali em diante viramos amigos. Depois, melhores amigos. Até que demos nosso primeiro beijo, bêbados, em uma festa para os aprovados e não aprovados para a residência cirúrgica.
E foi depois de muito, muito tempo que eu percebi que estava apaixonado por Hoseok. Eu não sabia se ele sentia o mesmo por mim, mas de verdade, mesmo que ele não sentisse, eu era muito feliz ao tê-lo como melhor amigo, ao meu lado e participando das etapas de minha vida.
"Eu gosto de você". Foi o que ele me disse, depois de ter me roubado um beijo em um passeio a praia na nossa raríssima folga. Estávamos sentados na areia macia, molhados depois de termos dado um mergulho e ele me roubou um beijo. Eu senti minha barriga se revirar todinha, como se fosse um redemoinho. Eu não sentia isso pelas pessoas, mas por Hoseok eu sentia. Era novo e principalmente estranho para mim, mas era um sentimento que eu definitivamente amei aprender sobre.
Pouco tempo depois viramos namorados. Ele me pediu enquanto estávamos em sua casa, assistindo algum desenho com sua prima. Foi baixinho, sem nenhuma surpresa, nem anel, nem... Nada. Ele só pediu. E mesmo assim eu fiquei extremamente feliz, porque caramba, era Jung Hoseok me pedindo em namoro! Mesmo não sendo o que chamam de romântico, para mim foi, sem dúvidas, incrível.
E hoje, três anos depois, estamos aqui. Um dia antes de nosso casamento. Temos um filho adotado, ele tem um ano e se chama Benjamin. É super esperto e ama rir, está sempre mexendo com os nossos cachorros, que correm dele a todo custo.
Construimos nossa família.
— Se você continuar de um lado para o outro vai cavar um buraco no chão e eu já aviso que é você que vai reconstruir. — Jungkook alertou, terminando de passar a maquiagem em seu rosto naturalmente bonito.
— Eu estou nervoso! Vou me casar em vinte minutos. Você, como meu padrinho, deveria me dar apoio, não ficar se maquiando fingindo que eu não estou prestes a ter um colapso mental! — Yoongi gritou, sentando-se no sofá e cobrindo seu rosto com as minhas mãos.
Pacientemente, Jungkook terminou de se maquiar. Depois, colocou as mãos nos bolsos de seu terno, sentando ao lado do corpo miúdo e colocando a mão em seu ombro. Yoongi, por poucos segundos, teve a miragem de Jungkook lhe consolando, afirmando que ficaria tudo bem, mas logo a realidade bateu na sua cara com uma firmeza indescritível quando ele ouviu Jungkook falar:
— Você quer fugir? Vou preparar o carro. — Ele já ia se levantando, decidido, quando Yoongi lhe puxou pelo pulso.
— Jungkook!
— É meu papel como padrinho! Se você quiser fugir, eu te levo e finjo que você não teve ajuda nenhuma!
— Você é doente! Eu estou prestes a casar com o amor da minha vida, nosso filho pequeno está junto dos convidados pronto para nos dar a aliança e você pergunta se eu quero desistir?! — Empurrou seu peito.
— Sim?
Bufando, Yoongi cruzou os braços e sentou de volta na poltrona. Depois, encostou suas costas cobertas pelo terno cinza, fechando os olhos. Imediatamente a imagem de seu amado sorrindo em todas as suas primeiras vezes invadiu sua mente, lhe fazendo amolecer e sorrir. Estava certo do que queria, estava certo que o queria e que lhe faria o homem mais feliz do planeta.
Quando seu tempo de reflexão acabou, ele foi até o altar. Poucos minutos depois Hoseok apareceu, com seus cachorrinhos correndo na sua frente. Yoongi riu, feliz como nunca esteve, com os olhinhos cobertos por uma grossa camada de lágrimas, mas todas de felicidade.
Hoseok estava lindo. Com o seu cabelo penteado para o lado em um topete, seu rosto vermelhinho pelo choro e usando um terno colorido que definitivamente combinava perfeitamente com ele, ele caminhava com um sorriso nos lábios, o mesmo sorriso que conquistou Min Yoongi. Quase quatro anos antes, Jung Hoseok conquistava o coraçãozinho resistente de Min Yoongi com um sorriso doce. Anos depois, ele caminhava em direção ao mesmo garoto, com o mesmo sorriso, mas com muito mais amor agora.
Não importava quanto tempo se passasse, Yoongi tinha a certeza de que continuaria se apaixonando pelo sorriso de Hoseok cada vez que visse, seja ele destinado para si ou não. Não importa com quem ele estivesse, para quem fosse o sorriso, qual o motivo... Yoongi continuaria se apaixonando cada vez mais todas as vezes.
Pondo ao seu lado, o seu sorriso aumentava cada vez mais. Dono de uma beleza inexplicável, Hoseok deixou seu sorriso perder a força, mas continuando a sentir uma felicidade inigualável.
Namjoon começou a proferir algumas coisas que quase não entraram na cabeça de nenhum dos dois. Trocaram seus votos, com as vozes trêmulas e emocionadas, depositando todos os seus sentimentos nas frágeis palavras que carregam todo o amor do mundo.
Benjamin levou as alianças, com o seu sorriso banguelinho, em passos tortos, com os braços estendidos para frente. Trocaram as alianças delicadamente, deixando um selar sobre as alianças em suas mãos.
— Eu vos declaro marido e marido, pode beijar o noivo! — Namjoon anunciou e eles finalmente ouviram, sorrindo empolgados quando uniram seus lábios.
Inicialmente, nada além de um beijinho tímido, que se tornou mais agressivo quando Hoseok passou a sua língua delicadamente sobre o lábio fino de Yoongi, que abriu a sua boca, deixando que suas línguas se unissem com um toque tão frequente, mas sempre tão inovador. As mãos de Hoseok acariciavam as bochechas gordas e quentes de Yoongi, enquanto as mãos do último citado apertavam a cintura coberta, colando ainda mais seus corpos.
Quando o ar se mostrou ser mais que necessário, eles se afastaram, um pouco tímidos. Todos presentes gritaram em uma genuína comemoração de pura felicidade. Cruzaram as suas mãos, saindo da igreja sendo perseguidos por chuvas de arroz, entrando dentro da limousine, alegres e emocionados. O motorista deu partida e, pela janela, eles viam todos se tornarem cada vez mais pequenos até que sumissem da sua vista.
Sozinhos, eles trocaram juras de amor, embriagados pela própria doçura. Trocando beijos amorosos e sorrisos cúmplices eles foram até o aeroporto, abandonando a cidade e dando início a sua lua de mel, onde o amor não os abandonou por nenhum segundo, permanecendo ao lado do casal até que seus dias estivessem contados.
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