O reencontro
Mais um capitulo no dia, para a alegria de quem gosta da fanfic, se quiser me incentivar a escrever com mais rapidez, comentem e interajam muito, sem vergonha ok ? Adoro saber o que pensam da fanfic.
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"Vamos querida, se concentre apenas na minha voz e na água, esqueça tudo só redor"-Katara fala calma, a garota mexe as mãos devagar, sobre o pequeno machucado na pele da idosa, e após alguns minutos, finalmente um brilhos surge, e logo a pele estava totalmente restaurada.
"Parabéns Korra, você a cada dia está melhor na dominação de água"- Korra sorri ficando de pé, era de noite, as duas estavam do lado de fora do orfanato, Katara lhe ensinava coisas novas toda lua cheia, quando todas as crianças dormia e nenhum homem estranho estava vigiando o local.
"Katara podemos treinar a dominação de gelo ?"-Korra sabia que a dominação de gelo era algo mais sério, pois da última vez que treinaram, houve um incidente e quase metade do orfanato acordou, felizmente Katara mentiu e todos acreditaram nela.
"Podemos treinar sim, agora de novo na posição, olhei fechados, corpo relaxado, mãos leves."-Korra volta se sentar, seguindo o passo a passo, controlando a água que estava no seu colar.
"Agora transforme isso em uma fina lâmina."-Korra aperta as sombrancelhas, e a água vira um pequena linha achatada, mas ainda líquida.
"Ótimo, agora tente transformar em gelo."-Korra suspira, se concentrando, até sentir a água cair em suas mãos, totalmente congelada, um sorriso abre no rosto de Korra, que fica de pé segurando o gelo.
"Isso foi ótimo, agora acho que já deu sua hora de dormir, amanhã tenho um dia cheio."-Korra abraça Katara, a mulher mais velha passa a mão em seu cabelos morenos, antes de desejar uma boa noite e ver a adolescente sumir em um corredor.
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"Kuvira, ataque !"-O homem grita, Kuvira concorda com a cabeça antes de se preparar para uma sequência de golpes.
Pedras vinham de todas as direções, Korra levanta várias muralhas para as mais rápidas, enquanto as mais pesadas utiliza o grande salão ao seu favor, impondo uma grande distância entre as duas.
Uma gota de suor desce pelas duas costas ao mesmo tempo que o chão se afunda sobre si, mas Korra é rápida em saltar para o lado, rolando e se defendendo o melhor que pode, esperando as ordens claras para contra atacar.
"Korra, contra ataque."- Korra fica de pé rapidamente, suas mãos trabalham em estremecer o chão inteiro, deixamos instável para as duas, o que lhe ganha alguns segundos assim acertando dois golpes enquanto Kuvira mantinha a guarda baixa.
"Kuvira, use o metal."-O homem fala simples, enquanto trás várias barras de metais facilmente, as jogando no chão, Kuvira sorri envolvendo seu corpo com proteção antes de começar atacar Korra com terra e metal.
Korra morde o lábio, quando um metal corta a pele do seu braço, mas antes que os outros acertassem seu corpo, seus pés correm para a direita e se aproximando em diagonal, suas chances em ganhar era de chegada perto.
Sua mente se recorda, Kuvira é frágil de perto apenas defenda, contra ataque no momento certo.
Quanto mais próximo ficava da sua amiga, mais metais corriam na sua direção, cortando o ar em segundos e passando perto mas nunca o suficiente para machucar, Korra sorri levantando duas muralhas e a empurrando na direção de Kuvira, que busca um recuo e de defende jogando a pedra para cima.
Korra sorri, elevando o chão sobre si, o suficiente para se jogar no ar, e trazendo consigo algumas pedras, que lhe defendem dos metais furiosos de Kuvira. Ainda fora do chão, Korra joga a pedra que sua amiga havia se livrado com força de volta para ela, que usa o metais para dividir em dois, no entrando ao abrir, Korra seguro o colar de Kuvira, ganhando a partida.
" A partida acabou, Korra ganhou, agora todos vocês vão tomar um banho e depois jantar"- O homem fala desinteressado, Korra sorri voltando até sua amiga e a ajudando a levantar, Kuvira sorri tirando uma poeira da sua roupa.
" Essa sua última jogado foi surpreendente mas não se acostume, da próxima irei ganhar.'-Korra sorri caminhando devagar, seu corpo pedia descanso e talvez ela não iria jantar, deixando um tempo maior para dormir.
"Vamos jantar primeiro ? Assim pegamos os peixes mais frescos."-Kuvira pisca para Korra que concorda com a cabeça entendendo o que significava.
A salão estava praticamente vazio, a maioria estava espremido nos chuveiros tentando pegar o máximo de água quente, que havia esquentado com o calor do dia. As duas dobradoras pegam seus pratos, servindo suas comidas e voltando para se sentar o mais longe possível dos guardas.
"Falta pouco tempo, pelo o que anotamos, a próxima troca de turnos será no final da semana."-Kuvira fala baixo, antes de enfiar um pedaço de peixe, nada fresco, na boca.
"Certo, agora temos que conseguir o mapa e decidirmos para onde cada uma vai."-Korra fala comendo sua comida, Kuvira olha para os lados, conferindo antes de falar.
"Sobre isso, acho que devemos fazer algo, mesmo que seja pequena, existe a chance de uma de nós sermos pegas, por isso, acho que devíamos nos separar e se encontramos fora do reino da terra apenas."-Korra abaixa a cabeça, ela queria ser livre novamente, uma vida nova, deixar tudo para trás, mas por outro lado Kuvira era tudo o que tinha.
"Onde quer se encontrar ?"-Korra fala baixo, Kuvira leva o último pedaço de peixe na boca, o mapa do mundo vem em sua cabeça.
"Cidade República é uma boa, tribo da água muito frio e reino do fogo muito longe."-Korra concorda com a cabeça, Cidade República, ela sabia pouco sobre o lugar, Katara morou lá alguns anos mas não comentou muito sobre, seria um bom lugar para recomeçar, sem ninguém que lhe conheça, e muito grande para alguém lhe achar.
Kuvira suspira, suas mãos tateam secamente a cama, procurando o corpo de Opal, suspirando a dobradora senta na cama , abrindo finalmente os olhos, piscando algumas vezes com a claridade.
O quarto estava vazio, Opal provavelmente já havia descido para tomar café, e se fosse um dia normal Kuvira estaria junto com sua meia irmã, mas essa noite foi uma das piores da sua vida. Sua mente simplesmente não conseguia desligar, seus pensamentos passavam nas possibilidades de onde Korra poderia estar e as chances de estar em perigo.
Lin ligou tarde da noite, Opal que atendeu parecia que ia desmaiar quando sua tia falou que Korra corria risco de vida, Kuvira ficou devidamente preocupada, mas como havia o desaparecimento da líder da gangue, a chefe de polícia deixou apenas alguns homens de confiança responsáveis de vigiar a situação.
Para melhorar a situação da casa, Asami estava sumida, apenas saiu avisando que provavelmente dormiria fora, o que deixou Opal bem cuidadosa, e as duas estavam deitadas sem conseguir dormir, cada uma virada para um lado da cama, ainda brigadas.
"Acho que deveríamos conversar sobre o que aconteceu."-Kuvira foi a primeira falar, se virando para olhar para o teto, Opal continua virada para a porta mas fala baixo.
"Não tem nada de errado para conversámos."-Kuvira suspira, se virando para sua irmã, sua mão vão devagar até o ombro da mesma, ok ela conseguia fazer isso.
"Eu sinto muito, sei que não boa em relações, e sei também que não devia ter beijado sua amiga, mas não imaginava que ficaria magoada com isso."-Kuvira fala apertando os lábios com os dentes, Opal suspira, se virando fazendo as duas ficarem cara a cara.
"Não peça desculpas, você não teve culpa, eu estava apenas com...."-Opal se aproxima mais, enfiando o rosto no pescoço de Kuvira e abraçando sua cintura com os braços.
"Ciúmes."-A voz de Opal sai abafado, Kuvira sente suas bochechas esquentarem, mas suas mãos ignoram sua vergonha momentânea e envolvem sua meia irmã.
"Boa noite, Opal, durma bem."-Kuvira fala e logo sente Opal adormece contra si.
***
A Beifong mais baixa terminava de fazer o café da manhã, quando ouviu barulho vindo da sala, seus olhos buscam por Kuvira mas Asami era quem adentrava o local. Sua amiga usava um vestido vermelho, que parecia levemente molhado, Opal aperta os olhos e fala alto.
-Bom dia Asami.-A Sato se vira, Opal aperta os olhos e caminha na direção da amiga.
-Bom dia Opal, dormiu bem ?-Asami fala e sobe as escadas, sendo seguida por sua amiga, que aperta o olhar e fala suspeita.
-Foi meio conturbada, você não soube sobre Mako e Bolin certo ?-Asami sente seu corpo travar no meio do corredor, sua feição muda e ela fala alto.
-O que aconteceu com eles ?-Opal suspira, colocando as mãos nos ombros da amiga, trazendo um leve conforto para Asami.
-Calma Asami, eles já estão bem, apenas foram sequestrados.-Opal fala tentando amenizar a situação, bem ela sabia o quanto os irmãos eram próximos de Asami, e por julgar pela reação da Sato, ela realmente não tinha nenhuma consciência do que havia acontecido na última noite.
-Quem fez isso ? Onde eles estão ?-Asami fala abaixando a cabeça, a última noite com Korra foi ótima mas só de pensar na possibilidade de perder seus amigos e estar totalmente alheia a isso a deixava devastada.
-Uma gangue local, eles estavam investigando algo e acabaram sendo sequestrados mas agora já estão no hospital, já estão seguros Sami.-Asami concorda com a cabeça, Opal suspira e fala.
-Olha, vá tomar um banho, depois tome um bom café da manhã, e depois quero saber com quem está saindo.-Opal deposita um beijo demorado na bochecha de Asami que sorri, concordando com a cabeça antes de caminhar até seu quarto.
O cômodo estava totalmente igual Asami havia deixado, o vestido é o primeiro a deixar seu corpo, as lingeries estavam levemente fora de lugar, mesmo que as duas não havia passado dos beijos, não que seja ruim, ela havia adorado passar a noite com Korra, mesmo que a morena parecia levemente nervosa quando entrou na água.
Após fazerem uma guerra de água e nadarem no mar, as duas ficaram sentadas sobre uma toalha abandonada na areia, olhando as estrelas e conversando, esperando estarem levemente secas para poderem vestir suas roupas novamente.
Suspirando, Asami deixa a água da sua banheira ir embora, indo para o chuveiro tomar um banho e tirar toda a areia do seu corpo.
A última noite com Korra foi estranhamente confortável, principalmente as conversas cheias de confissões de ambos os lados, a dobradora de terra falou um pouco sobre sua vinda para Cidade República nos trens da sua empresa. Por outro lado, Asami falou sobre sua visita ao reino da terra, avaliando os locais para auxiliar diretamente nas construções dos trens, enquanto seu pai viajava para encontrar com a rainha da terra, principalmente investidora.
Sobre a menção da rainha, Asami percebeu uma mudança de postura de Korra, mas nenhumas das duas falaram sobre e em segundos já conversam sobre outros assuntos.
Sem dúvidas havia sido seu melhor encontro com alguém, mas algo dentro de si ainda lhe culpava por estar tão alheia a tudo que acontecia, e não saber a situação que seus amigos.
Asami fecha os chuveiros, secando o cabelo, e caminhando até a frente do espelho, secando suas mechas pretas, e lembrando dos elogios vindo de Korra sobre como seu cabelo é lindo, faz a Sato pensar aonde a dobradora estaria.
***
No nível do mar, uma onda alta bate contra o paredão, molhando alguns carros que passavam pela rua abandonada, Tasha junto com seu capanga saem do mar, a dobradora de fogo finalmente suspira, ela odiava ter que fugir assim, mas não podia simplesmente desistir do seu plano.
Como costume, seu infiltrado já estava adiantado, e escorado por dentro do cano que dava para o esgoto, o homem sorri e faz uma leve referência a sua líder que sorri ao ver, ele tirar uma papel do seu bolso.
-O líder dos equalistas estão pensando em invadir o torneio de dominação, mas ainda não é certeza, se ocorrer mesmo, é bom termos bons homens, principalmente que dominam metal, para conseguir manter uma distância. Os aprendizes já conseguem bloquear rapidamente dobradores, eu diria para usarmos metal para proteger o corpo e impedir isso.-O homem fala entregando o papel, era apenas um rascunho, do que seria o verdadeiro panfleto que iriam ser distribuídos.
-Isso é ótimo, Hiroshi estar mais perto daquele mascarado, sobre o que estão trabalhando, conseguiu descobrir ?-O homem suspira, passando a mão no cabelo, Tasha aperta os olhos, das suas mãos saem um fogo iluminando todo o cano.
-Eu tentei, mas poucos têm acesso a aquela sala, se eu for pego lá, eles me matam.-Tasha faz o fogo desaparecer, e dá as costas falando.
-Consiga isso, precisamos saber pelo menos o que trabalham, senão quem irá te matar sou eu.-Tasha sai do cano, sendo seguida pelo dominador de água, que ia começar dobrar a água mas a gangster o impede.
-Vamos voltar a pé, as duas estão mais cheia agora, e a polícia deve estar de olho no mar.-O homem concorda com a cabeça, colocando seu capuz, Tasha faz o mesmo, subindo as escadas e indo para a rua, os dois não imaginavam que de longe vários capangas de Amon estavam os vigiando, o mascarado faz um sinal e três homens seguem Tasha e seu capanga, se camuflando também na multidão que surge no final da rua.
-O que irá fazer depois que Tasha parar em algum lugar ?-Hiroshi fala ligando o carro, Amon sorri fechando as janelas pretas, impedindo de alguém de fora pudesse ver algo que acontecia dentro do veículo.
-Vamos esperar o Avatar chegar, e pegá-la e dar um fim de uma vez nessa dominadora de fogo.-Hiroshi sorri, o carro vira em uma rua parada, para longe dos olhares de qualquer curioso.
Ainda naquela região da cidade, Asami manobra seu carro facilmente na frente do hospital onde Mako e Bolin estavam se recuperando, Opal não sabia muito explicar os ferimentos dos policias, mas de acordo Lin era principalmente queimaduras e nada mais grave, por outro lado, a Sato queria ter certeza e ver com os próprios olhos que seus amigos estavam bem.
Asami conheceu os irmãos antes mesmo deles serem policias, em evento beneficente, onde a Sato mais jovens estava ajudando a alimentar as pessoas que moravam na rua, Mako era outro voluntário e os dois passaram a noite servindo sopas, já Bolin estava na distribuição dos cobertores e agasalhos, visto que o inverno havia chegado em peso em Cidade República.
Os dois irmãos eram aspirantes em luta profissionais de luta, e Asami foi uma das patrocinadoras para eles conseguirem passar de fase, no entanto, na final dos campeonatos acabaram sendo derrotados e procuraram um emprego mais fixos. Inicialmente, somente Mako buscou emprego na delegacia, como detetives, mas com o passar do tempo seu irmão ajudava tanto que decidiu seguir os mesmos rumos.
treinados para sabermos invadir as maiores cidades dos reinos, até mesmo o da terra, éramos soldados, e bem se Korra estiver pensando do mesmo jeito posso imaginar o que ela pode fazer,
Asami sabia os riscos que seus amigos estavam sujeitos, mas ver pessoalmente Mako tomando soro na veia e com o rosto mais pálido do que normal, vez seu coração errar algumas batidas, todos sabiam que ela já teve algo com o dominador de fogo mas já havia ficado no passado, por outro lado, a Sato se preocupava realmente com Mako.
-Eu vim o mais rápido que pode, quando descobri o que havia acontecido.-Asami fala mesmo que o homem estivesse sobre efeito de remédios e dormindo, a sua mão vai até o cabelo bagunçado de Mako, tirando os fios da sua testa.
-Eu sinto muito, não sabia que estavam no hospital e nem nada que aconteceram, se não estaria aqui antes.-Um pequeno sorriso surge no rosto de Mako e ainda de olhos fechados o homem fala.
-Não se cobre tanto Asami, mas agora preciso pedir algo.-A mão de Mako alçanca a da Sato e aperta, ainda sem abrir os olhos, o dobrador continuar falar.
-Fale com Lin, ela precisa ir até o Avatar, ela estará em um prédio perto do litoral, Tasha tem um prédio, perto da estação de metrô, ela vai matar o Avatar.-Mako abre os olhos tentando se sentar, mas Asami o impede colocando suas mãos no peito dele.
-Eu irei falar, e você fique descansando, eu volto ainda hoje com notícias, nada irá acontecer com o Avatar... ?-Asami fala curiosa, Mako balança a cabeça suspirando, antes de falar.
-Eu não sei o nome dela, ela é uma dobradora de metal perigosa, fale para Lin não a subestimar.-Asami concorda ficando de pé, e dando um aperto carinhoso na mão de Mako, antes de sair do quarto do hospital, caminhando até a recepção, ligando do telefone informando a emergência.
Kuvira estava com Tenzin, o filho de Aang, como Lin estava terminando de resolver os problemas do caso do sequestro dos policiais os dois estavam responsáveis de comandar a busca por Korra. A missão não era bem uma busca, Kuvira se sentia imponente por estar apenas sentada esperando Korra aparecer, e em mesmo que sua amiga aparecesse em algum momento convence-la de se juntar aos líderes de Cidade República era outro problema para pensar.
Nem a dobradora de metal se sentia segura perto de tantos policiais, além do dobrador de ar, ela conseguiria fugir deles, ela tinha um plano em mente, mas algo em sua mente controlava seu impulso de fugir e de se afastar, que aos poucos desde sua adoção pela família Beifong ela vêm mudando.
Era o final da tarde quando o telefone tocou, Tenzin atende, sua feição estava tranquila como sempre, Kuvira ficou levemente curiosa pelo fato do homem parecer tão calmo, pelo pouco que sabia sobre os dobradores de ar que em sua maioria possuíam uma personalidade mais tímida, e que a dobra de ar pedia calma interior, bem diferente de dobrar a terra. Mas Kuvira para de pensar sobre dobradores de ar, quando a feição de Tenzin passa de tranquila para preocupação, sua mão livres escora na mesma, arrastando um mapa na sua direção e seus olhos vão para o relógio.
-Perto do litoral, e estação do metrô, certo precisamos de reforços, Tasha pode estar com uma pela segurança.-Kuvira fica de pé, se aproximando, seus olhos passando pelo litoral de Cidade República, até chegar na estação de trem, Tenzin estava certo, a região era longe do centro, e provavelmente de domínio de Tasha, eles precisavam ser rápidos e terem homens tanto o litoral tanto na estação de metrô, os melhores meios de fuga, suspirado Kuvira passa o dedo pelo mapa, imaginando por onde Korra poderia fugir.
-Precisamos de policiais na estação e litoral Tenzin, se não Tasha pode fugir facilmente.-Kuvira confere o relógio,Korra provavelmente iria entrar em contato no início da noite, quando normalmente era a troca de policiais.
-E precisamos ser rápido, Korra deve ir atrás de Tasha por volta das seis e meia, quando a polícia troca de turno.-O dobrador de ar aperta a sobrancelha, antes de repassar o recado e se despedir de Lin, desligando o telefone.
-Como sabe todos esses detalhes ?- Tenzin fala cauteloso, Kuvira suspira falando.
-Fomos treinados para sermos soldados, sabemos como invadir cada cidade central dos reinos, até da terra, e se Korr estiver agindo como fomos treinadas, posso ter um palpite de como ela irá agir.
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Não demorou muito para Korra descobrir o que havia acontecido com Tasha na noite que passou com Asami, de manhã a dobradora de metal estava disfarçada entre os capangas de Tasha, perguntando aonde ela estaria, e julgando pela reação das pessoas era realmente um mistério, bem para maioria poderia ser mas Korra tinha um palpite onde a líder estaria.
No primeiro dia na cidade, quando entrou em contato com Tasha pela primeira vez, foi em um prédio de três andares, perto do litoral e a poucos metros da estação de metrô, e por considerar a quantidade de pessoas suspeitas que tinha perto do prédio, Korra deduziu que a maioria eram capangas disfarçados, de forma que os esconderijo não fosse tão óbvio como a boate suspeita com fortes seguranças.
A dobradora de metal esperou começar a noite aparecer, quando a rua ia se esvaziando aos poucos, e os capangas de Tasha começavam adentrar o prédio, Korra estava usando seu capuz de sempre, seus olhos varreram a rua e telhados próximos,até que um carro parou perto do prédio e dentro deles saíram alguns dobradores de terra que Korra se lembrava de serem bons na dobra de metal e naquele momento ela teve certeza.Tasha estava ali, e bem protegida, por isso ela teria que tentar uma forma de agir mais calma, mesmo que seu plano final fosse outro.
Por um lado Korra sentia que estava agindo por impulso, mas por outro seu cérebro tentava lhe convencer de não deixar seu segredo vir a tona, ninguém pode saber que ela o Avatar, Korra não pode ser o Avatar que o mundo precisa. As lembranças e sonhos que sempre tem quando tenta dormir lhe mostra isso, os Avatares anteriores eram pessoas boas, diferente dela, Korra era uma órfã, um soldado, ela não era uma pessoa pra ter tanto poder em mãos, não com um peso nas costas como um Avatar.
Seus punhos se fecham, os dois homens tampam sua passagem, eram mais altos mas Korra conseguiria derrubar eles facilmente se quisesse.
-Quero falar com Tasha.-Os homens se entreolham, abrindo espaço para Korra passar, já dentro no prédio, vários olhares vão na sua direção, a dobradora de metal ignora todos, atravessando o andar indo até o elevador, Tasha com certeza estava no último andar.
-Tasha precisa de um barco, para meia hora, com mantimentos dentro.-Korra ouve ao sair do elevador, um homem alto falava com outros capangas, que passam rapidamente por si, entrando no elevador, a dobradora de metal se aproxima do homem desconhecido.
-Preciso conversar com Tasha.-Não era um pedido,o homem percebe isso, seus ombros levantam e ele caminha, entrando em um corredor, Korra os segue, vários outros capangas a acompanha os os olhos, o andar estava cheio, Tasha estava bem vigiada.
-Tasha, ela está aqui.-O homem anuncia sua chegada mas logo sai do ambiente, deixando Korra e Tasha sozinha na sala enorme, que parecia um escritório, com uma mesa central de frente para duas enormes janelas, Tasha estava olhando a rua , mas sua atenção se muda para a dobradora de metal que corre os olhos pelo ambiente, percebendo a pouca presença de coisas que conseguiria dobrar.
-A que devo sua visita Korra ?-Tasha fala se aproximando e se escorando na mesa, Korea passa os olhos pela roupa que a mulher usava, era ligeiramente mais simples do que a normais, além de parecerem um pouco úmidas.
-Fiquei sabendo que a polícia está atrás de você.-O semblante de Tasha continua descontraído, a mulher sorri e cruza os braços, falando.
-A polícia sempre esteve atrás de mim, isso não é uma grande novidade.-Korra sorri, devagar ela se aproxima, seus olhos passam pela janela e Tasha aperta a sombrancelha.
-Dessa vez é diferente, eles quase te pegaram não foi ? E bem, pelo modo que estava na janela e a quantidade de capangas no prédio, eu diria que você está bem receosa com a polícia na sua cola.-Korra fala sorrindo, seus braços cruzam igual Tasha fazia, mas a mulher agora estava com uma feição confusa, e já se aproximando de Korra.
-E você que normalmente age com tanta inteligente dessa vez cometeu um grande erro, deu um passo muito arriscado, deveria ter ficado escondida mais um tempo com aquele dobrador de água, não ter ido para seu prédio mais perto das saídas da cidade.-Tasha fica em pose de ataque, suas mãos estão prontas para atirar fogo em Korra, mas a dobradora de metal não se mexe, sua voz não vacila.
-Eu diria que você não tem muito tempo, a polícia deve estar a sua procura e logo chegaram a este prédio, mas se fosse esperta já teria ido embora da cidade certo ? Você ficou por algum motivo, acho que sei qual seria.-Tasha sente seu corpo flexiona, diante dos olhos de Korra, a dobradora de fogo não abaixa a guarda e fala tentando manter uma máscara.
-Você não sabe o que fala.-Korra sorri, ela se aproxima um pouco, mas não o suficiente para estar em perigo.
-Você sabe aonde o líder dos equalistas está, e aposto que espera um momento ideal para ataca-lo, matar esse mal da raiz, não estou certa ?-Antes de Tasha responder, um barulho no teto chama suas atenção, as duas mulheres correm os olhos para a janela, procurando a presença dos dirigíveis policiais.
-Não há nenhum dirigível.-Korra fala apertando sua sombrancelha, sua atenção se volta para o prédio a frente da janela, onde vários sombras atravessavam no que parecia ser uma tirolesa.
-São os equalistas.-Tasha fala, Korra ergue os ombros, caminhando rapidamente até a porta, barulhos de luta começavam soar do lado de fora, eles já estavam no andar.
-Não temos fuga, temos que enfrentar todos.-Korra fala entrando em pose para ataque, ela se afasta da porta mas não tira seu olhar de lá, Tasha faz a mesma coisa.
Não demora um minuto para a porta ser aberta de forma brusca, mas Korra estava pronta, ela facilmente dobra um metal em forma de esfera e acerta o rosto de um equalista, fazendo ele cair e os outros se desequilibrem. Tasha ao seu lado controlava suas rajadas de fogo, não podiam simplesmente incendiar o prédio sem meio de fugir, e Korea não podia destruir chão, paredes e tetos, elas tinham que manter posição e depois tentarem avançarem, para assim buscarem fugirem.
Se Korra fechasse os olhos poderiam imaginar estar no orfanato, que esses capangas eram soldados, com uma pequena diferença, isso agora valia mais do que uma janta ou um banho quente, valia sua dominação e a Tasha.
Voltando a realidade, restavam alguns capangas ainda de pé, com roupas queimadas e cortadas eles agora tentavam uma tática de contra ataque, Tasha acaba vacilando e perde momentaneamente um braço, e precisa utilizar golpes mais fortes para afastar os não dobradores. Korra suspira, forçando o chão empurrar uma mobília de madeira, acertando em cheio dois capangas e os colocando contra a parede.
Korra parte em direção a último homem de pé, acertando um soco, com a mão envolvida com ferro em cheio no rosto do capanga, fazendo ela cair desmaiado no chão. Sua respiração estava ofegante, mas Korra ignora suas batidas irregulares e corre até Tasha, a mulher mexia o braço direito tentando recuperar sua dobra.
-Ele irá chegar, precisamos ir.-Não foi um pedido, mas nenhuma mas duas comentam sobre a ordem, Korra sabia como agir na situação, era necessário apenas manter a calma.
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Os dirigíveis ainda se aproximavam do prédio, por outro policiais já estavam em posição, os cabos começam descer quanto mais próximo o prédio chegava. O plano era simples, mas Kuvira o repetia em sua cabeça, limpar o telhado, descer no último andar, convencer Korra a ir consigo, o que era a parte mais complicada.
Bem, inicialmente o plano era simples, os capangas de Tasha poderíamos ser bons mas não o suficiente para derrotarem os policiais capacitados de Cidade República, no entando, ninguém sabia da presença dos equalistas, que estavam sob o telhado. Lin é a primeira a se pronunciar, talvez o plano havia mudado.
-Há equalistas pelo telhado e provavelmente pelo prédio todos, temos que agir rapidamente, eles devem estar atrás do Avatar. Não podemos em hipnose alguma deixar o líder deles encostarem nela.-Todos os policiais respondem em uníssono a sua capitã, Kuvira por outro lado estava ocupada pensando em como a situação estava dentro do prédio, enfrentar uma gangue era totalmente diferente de enfrentar não dominadores.
Mas seus pensamentos não podem se alongar muito, logo Kuvira estava derrubando três pessoas com o metal do traje policial que ela havia pegado emprestado. A entrada para o último andar estava bem protegido por capangas com armas de choque de media distância.
Alguns policiais são acertados e Kuvira recua, seus olhos correm observando a formação que os equalistas usavam, eram um meio círculo. Correndo a dobradora de metal se aproxima de Lin, derrubando o equalista que lhe atacava pelas costas.
-Preciso que me jogue no ar, se eu conseguir cair dentro daquele meio círculo deles, acabo facilmente com os equalistas e libero a entrada.-Lin não responde, ela apenas faz um sinal com a cabeça e grita para ter cobertura, Kuvira se prepara e em segundos estava no ar.
Como esperado, os equalistas não esperavam esse tipos e ataque, Kuvira os derruba facilmente, os policiais aproveitam a oportunidade e ganham território, mas a dobradora de metal corre descendo as escadas para alcançar o terceiro andar.
Mas seus pés são obrigados a parar e seu corpo a reagir rapidamente, quando um corpo é jogado na sua direção e quase lhe acerta, mais capangas no local terminavam de lutar com equalistas que estavam dominando totalmente a luta, Kuvira suspira se preparando para mais luta.
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Não demora para o mascarado aparecer, durante esse tempo, Korra e Tasha derrubam mais meia dúzia de equalistas, a dobradora de fogo ainda não conseguia dobrar com o braço direito mas por outro lado, a raiva que a morena sentia ajudava na luta contra os não dobradores. Korra leva os olhos até Tasha, conferindo o estado da mulher, quando passos calmos soam no ambiente, uma sala com duas saídas diretas e bem ampla, com direito as duas janelas, nem perto mas também não longe do mar, e a dobradora de metal considera essa opção caso aconteça o pior.
Amon não era besta, lutar com ele com certeza seria muito difícil mas Korra poderia estar um pouco mais tranquila caso Tasha estivesse sem problemas, mas ainda sim era possível ganhar a luta contra o líder dos equalistas, que para a poucos metros das duas dominadoras.
-Mal posso acreditar que estou vendo pessoalmente a líder da maior gangue de Cidade, finalmente vou poder cortar esse mal pela raiz e de brinde conhecer a nova dobradora de metal da cidade.-Korra aperta as mãos, sentindo todo o metal do andar, e muitos próximos do mascarado, se quisesse ela podia simplesmente o mata-lo, com um metal enfiado no meio do peito, seria mortal....
A conversa não dura, Tasha é a primeira atacar, mas sua bola de fogo passa a direita do rosto de Amon que desvia se aproximando, as duas mulheres se afastam, ficando totalmente opostas. Korra dobra o metal de uma cadeira próxima, e dispara na direção do homem, que consegue novamente desviar, e se tentar se aproximar de Korra, por outro lado, Tasha estava preparada para atacar as costas do líder, quando mais não dobradores adentram a sala, partindo para cima dela.
Korra leva sua atenção por segundos para a luta que ocorria do outro lado da sala, mas seus olhos voltam a tempo de desviar dos braços de Amon que miravam suas pernas. O chão do andar treme de leve, o suficiente para desequilibrar os capangas, assim Tasha derruba dois de uma vez.
Quando o punho do mascarado acerta o bíceps de Korra era como se seu punho havia falhado, o oxigênio dentro dele desaparecido, e um leve desespero surge mas desaparece rapidamente, ela precisava se manter calma, se ficasse desconcentrada seria mais fácil de perder a luta.
Korra mexe rapidamente as pernas, abrindo um buraco no chão do andar, ela mal se importava as consequências desse ato, ela precisava manter distância, para depois contra atacar de forma certeira, sem se importar se podia ser fatal ou não o golpe.
Um metal no chão se dobra, envolvendo os braços de Korra, de maneira que a região estaria protegida dos golpes de Amon, que pulava o buraco recém feito pela dobradora de terra, que rolava na direção de Korra que acerta um golpe de raspão no tornozelo direito do homem, que mal sente o machucado e tenta devolver com mais socos. Do outro lado da sala, Tasha estende o braço esquerdo , soltando uma enorme rajada de fogo, mas sendo pega de surpresa por um capanga, que acerta sua perna de apoio, um gemido alto saiu dos seus lábios, mas Korra não precisou olhar, para ter certeza que precisava ajudar a dobradora de fogo.
Seus pés deslizam pela chão, e abrem onde os capangas de Amon pisavam, fazendo os mesmos caírem um andar, deixando Tasha sozinha, Korra suspira e dobra um metal ao redor do pé direito do mascarado, enquanto o suor descia pelo seu rosto, vários pensamentos vêm em sua mente, e ela usasse suas outras dominações ela poderia ganhar essa luta com mais facilidade.
A janela da sala é quebrada, pela força que o metal dela é puxada por Korra, que envolve em suas mãos, ela precisava acabar com essa luta de uma vez. Seus pés agem de novo, dobradora o chão do local, o necessário para fazer o mascarado vacilar, por segundos suficiente para Korra atacar com força.
Mas seu corpo não obedece, algo prende a mulher no ar, com o rosto a centímetros do rosto de Amon, que por baixo da máscara sorri, ficando de pé, Tasha do outro da sala tenta se aproximar mas logo estava paralisada igual a dobradora de metal.
-Dobrador de sangue.-Korra fala baixo, o suficiente para arrancar uma risada de Amon, que força as duas mulheres se ajoelharem e levantarem a cabeça, os olhos de Korra estavam arregalados, ela conhecia histórias sobre a dobra de sangue mas ela realmente não pensava que a sensação era tão avassaladora.
-Eu pensei mesmo que poderia usar você Korra, mas sabe de algo ?-O homem de aproxima devagar, suas mãos seguram o queixo de Korra, que fecha os olhos,ela não podia assistir aquele homem tirar sua dominação, tirar o que era, sem isso ela não seria ninguém, Korra conseguia sentir o dedo de Amon aproximando da sua testa, algo dentro de si acontece.
Kuvira estava pronta para rever Korra, ela imaginava que o líder dos revolucionários estaria no prédio também, o que era um perigo, visto que o mesmo conseguia tirar a dominação das pessoas, e algo que não podia acontecer era o Avatar perder suas dobras, o mundo simplesmente explodiria em caos.
Suas mãos dobram o metal na direção do homem, de forma certeira, o líder dos equalistas não poderia desviar, ele mal havia percebido a recém chegada de Kuvira na sala, mas antes mesmo que o metal afiado se aproximasse de Amon, uma rajada forte de fogo, vinda de Korra é disparada.
Korra não sente o fogo saindo da sua boca, não consegue controlar a direção, sua cabeça estava apenas funcionando para afastar o homem de si, e deu certo, Amon é obrigado a se afastar, com graves queimaduras no braço, e Korra e Tasha são liberadas do seu controle.
Kuvira tenta acertar o homem mascarado, mas Amon percebe logo sua presença e literalmente corre em direção a janela, saltando a mesma, a dobradora de metal corre até a janela, vendo a água pegar o homem no ar e o levar até o mar, mas a voz baixa de Korra lhe chama de volta a realidade.
-Kuvira ?-Korra tenta ficar de pé,mas seu corpo parece ignorar a ordem e graças a sua amiga não vai diretamente em encontro ao chão, Kuvira sorri abraçando a Korra.
-Fique parada um pouco, você está machucada.-Kuvira se afasta de Korra, o suficiente para ver o sorriso no rosto dela sumir e seus olhos se fecharem, e seu corpo ficar mole.
Sua primeira reação é levar o ouvido até o peito de Korra, e um suspiro inevitável sai de seus lábios ao ouvirem as calmas batidas do coração da sua melhor amiga, o momento dura alguns segundos, antes de Lin e Tenzin invadirem a sala, prontos para lutarem , mas logo os dois correm e se aproximam de Kuvira que segurava o Avatar desmaido.
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Finalmente Kuvira e Korra estão juntas novamente, mas as coisas ainda estão meio conturbadas, no próximo capítulo verão a reação de outros personagens com a " chegada" do Avatar.
Esse capítulo foi mais longo que o normal, espero que não fiquem incomodades com isso, apenas não poderia parar no meio das cenas para acabar com 3 mil palavras.
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